CPI da Pandemia tem sessão suspensa

Silêncio de Emanuela Medrades levou senador Omar Aziz a solicitar ao STF esclarecimentos sobre limites do silêncio da depoente

Da esq.p/dir: diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Batista de Souza Medrades; presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD); relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Jornal GGN – A sessão da CPI da Pandemia está suspensa enquanto aguarda uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) a um pedido de embargo de declaração, que é uma espécie de pedido de explicação, sobre a decisão que amparou o habeas corpus concedido à diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades.

A depoente se recusou a responder qualquer tipo de pergunta feita pela comissão por conta de um habeas corpus que lhe dá o direito de ficar calada. Em sua exposição, Emanuela disse que a CPI foi quem primeiro a tratou como investigada, ao quebrar seus sigilos e deixar a sua condição de investigada expressa em requerimento.

 “Eu já prestei depoimento na Polícia Federal sobre os fatos investigados, já entreguei documentos perante as autoridades investigativas – a CGU, TCU e também a essa CPI e, portanto, por orientação dos meus advogados eu vou permanecer em silêncio”.

Emanuela não respondeu a nenhuma pergunta feita pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB), nem mesmo a respeito sobre sua ligação profissional com a Precisa Medicamentos, o que levou os senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabiano Contarato (Rede) a pedirem a prisão em flagrante da depoente por desobediência.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), quer que a Corte esclareça “quais são os limites para a depoente ficar em silêncio”. Caso a depoente permaneça calada, Aziz afirmou que a diretora técnica da Precisa Medicamentos será reconvocada após o pronunciamento do STF.

“A nossa depoente foi ouvida ontem pela Polícia Federal. Inexplicavelmente, o seu Maximiliano se torna investigado um dia antes de vir depor e, inexplicavelmente, a nossa depoente de hoje também é ouvida um dia antes de vir depor”, disse. “Não quero eu aqui fazer qualquer tipo de pensamento que há um movimento, longe de mim de falar isso da Polícia Federal, mas é estranho que para mim e como para muitos outros aqui, como jabuti não sobe em árvore, nós não podemos entender como é que são feitas essas coisas”.

A CPI aprovou ainda um requerimento para que a Polícia Federal compartilhe com a comissão cópia do depoimento prestado na segunda-feira (12) por Emanuela. O pedido foi apresentado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Redação

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