Na CPI, Luana Araújo mostra credenciais e vontade de frear a “hecatombe” no Brasil

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Médica disse à CPI que aceitou o convite para ser secretária extraordinária do enfrentamento à Covid porque Queiroga lhe prometeu autonomia

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Jornal GGN – “Trezentos e vinte dias. Esse seria o tempo que teríamos de ficar quietos para respeitar um minuto de silêncio para cada uma das mais de 460 mil mortes que tivemos no Brasil. Só de ontem para hoje, é como se doze aviões comerciais grandes e lotados tivessem caído no nosso território. Para mim, isso é intolerável e todo mundo deve fazer o que está ao seu alcance para impedir essa hecatombe.” Foi assim, com essas palavras, que a médica Luana Araújo abriu sua participação na CPI da Covid, na manhã desta quarta (2/6), no Senado Federal.

Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em saúde pública pela Universidade Johns Hopkins – a primeira brasileira a conseguir a bolsa de estudo na renomada instituição – a epidemiologista e infectologista, consultora em saúde internacional com foco em resolver ameaças infecciosas, foi convidada por Marcelo Queiroga para ser secretária extraordinária de enfrentamento à pandemia.

Mas no governo negacionista de Jair Bolsonaro, uma cientista com o preparo de Luana e sua vontade de frear a “hecatombe” não durou duas semanas. Ela foi retirada do cargo que sequer chegou a assumir oficialmente em menos de 10 dias.

Luana disse à CPI que aceitou o convite para participar da luta contra a Covid porque recebeu de Queiroga a promessa de que teria autonomia e respeito às decisões técnicas e científicas. Ela disse que viu nele um ministro comprometido e esforçado para superar a crise sanitária. Sem explicar o motivo de sua saída, ela lamentou a polarização que divide o País, os ruídos na comunicação com a sociedade sobre a pandemia e outros atos prejudiciais ao combate ao vírus.

A médica fez questão de frisar que “ciência não tem lado, ciência é bem ou mal feita”, e revelou que tentou montar uma equipe, nos 10 dias que permaneceu no governo, mas encontrou dificuldade porque profissionais preparados esta crise já não querem perder seu tempo com um governo negacionista.

A cientista agora responde às perguntas dos senadores.

Acompanhe a CPI da Covid pela TVGGN:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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