Jornal GGN – Nesta quinta (13), durante depoimento à senadora Eliziane Gama, para a CPI da Pandemia, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que “outros países começaram [as negociações com a Pfizer] no mesmo tempo e assinaram o acordo de compra antecipada antes do Brasil”. A informação alimentou uma discussão na CPI sobre a lentidão na aquisição dos imunizantes em comparação com outros países, inclusive os vizinhos México e Chile, que começaram suas campanhas de vacinação antes do Brasil.
Ainda segundo Murillo, nem Jair Bolsonaro, nem o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, receberam pessoalmente a Pfizer ao longo dos seis primeiros meses de negociação. As conversas se deram através de interlocutores do Ministério da Saúde, entre eles, o ex-secretário-executivo Elcio Franco, exonerado em março de 2021, quando Marcelo Queiroga assumiu o lugar de Pazuello.
À senadora Eliziane, o CEO da Pfizer ainda acrescentou outra informação: o que parece ter acelerado o andar do governo Bolsonaro na compra da vacina possivelmente foi a conclusão do estudo clínico da Pfizer, publicado em novembro de 2020, indicando 95% de eficácia contra Covid-19.
Mas quando o Brasil, enfim, decidiu formalizar a aquisição das primeiras 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, em março de 2021, outros países do mundo já estavam usando o imunizante desde dezembro de 2020.
O primeiro contato da empresa com o governo brasileiro se deu em maio de 2020. O GGN detalhou aqui as ofertas da Pfizer ignoradas pelo governo Bolsonaro.
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