Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A ameaça dos aparelhos repressivos, por André Araújo

A ameaça dos aparelhos repressivos, por André Araújo

Joseph Fouché, Ministro de Poliíia do Diretório, Consulado e do Império de Napoleão, construiu o primeiro aparelho repressivo da Era moderna, tornou-se tão poderoso que Napoleão o temia. Fouché tentou negociar com os ingleses, sem Napoleão saber através do banqueiro Ouvrard. Só que ele era tão forte que Napoleão não conseguiu demiti-lo,  afinal a própria Imperatriz Josefina, que gastava muito e sempre precisava de dinheiro era sua informante. A rede de espiões e delatores de Fouché incluía a aristocracia, os salões literários, as cortesãs e os criados.

Depois da queda do Imperador, em 1814, Fouché se infiltrou no governo da Restauração Bourbon. Apesar de regicida, foi um dos que assinou o decreto de execução de Luis XVI e foi chefe de polícia de Luis XVIII, irmão do rei guilhotinado. Ninguém confiava nele e acabou banido da França para Triestre, onde morreu em 1820, tendo sido o homem mais rico da França.

Na Revolução Soviética, Stálin herdou a polícia política do Czar, a Okhrana, transformada em Cheka. Seus chefes se tornavam tão poderosos que Stálin, a cada período, mandava executar o chefe da polícia política que teve vários nomes. Em 15 de março de 1938 executou Yagoda e sua mulher, em 4 de fevereiro de 1940 seu sucessor Yezhov foi executado na Lubyanka. Já o poderosissimo Lavrenti Beria, o mais temido chefe da NKVD foi executado pelos sucessores de Stálin, a troika Bulganin, Malenkov e Kruschev, em 23 de dezembro de 1953. A troika também executou o sucessor de Beria, Viktor Abakomov, em 19 de dezembro de 1954, a razão era sempre o risco que o poder do chefe da polícia representava.

Nos Estados Unidos, J.Edgar Hoover reinou sobre o Federal Bureau of Investigations por 48 anos,  operou com grande ativismo político, através de intimidação, perseguição e chantagem. John Lennon, Charles Chaplin e Martin Luther King eram grampeados e vigiados por ele. Roosevelt o temia e não conseguiu demiti-lo, na era da Comissão McCarthy (49-53) foi o braço investigativo do Senador, perseguindo e arruinando a vida de mais de 1.000 pretensos comunistas com os quais ele cismava, fez devastações no Departamento de Estado, em Hollywood, na Broadway, nas universidades.

Após sua morte em 1972 a Comissão Church, do Senado dos EUA, descobriu um programa clandestino de vigilância, de código COINTELPRO que promoveu milhares de escutas  e perseguições ilegais de esquerdistas, intelectuais, pacifistas, líderes de movimentos negros. Hoover era uma pessoa detestável e de vida pessoal complicada, viveu por toda vida com Clyde Tolson, que herdou todas suas propriedades e depois foi enterrado a seu lado.

Na Alemanha do Terceiro Reich o mortífero Coronel SS Reinhard Heydrich, chefe da Gestapo,  tornou-se tão eficiente e ameaçador que fez um dossiê do próprio Adolf Hitler, sobre o qual descobriu uma antepassada judia. Hitler e outros figurões nazistas o temiam. Quando Heydrich foi assassinado em Praga por um atentado do Serviço Secreto britânico o o crime  foi vingado com a destruição da cidade de Lidice com execução de todos seus habitantes. Mas, discretamente, a morte de Heydrich foi festejada em Berlim, todos tinham medo dele.

No Brasil do regime militar de 1964, em certas fases, o aparelho repressivo ficou fora de controle. A Operação Bandeirantes assumiu vida própria que ninguém mais controlava e foi essa uma das razões pelas quais o Presidente Geisel partiu para a redemocratização. Qual a razão pela qual esse fenômeno se repete através de séculos e em culturas tão diferentes?

Os chefes da repressão se sentem tão poderosos que a audácia lhes sobre à cabeça e tornam-se uma ameaça ao próprio poder que lhes deu força para operar, tornando-se a partir de certo ponto uma ameaça a seus superiores.

Permitir operações repressivas criarem vida própria e sem controle de cima é um dos maiores perigos, não só para Democracias, mas também para ditaduras. Esta é a lição da História.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

63 Comentários

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  1. Aula de História

    Prezado André Araujo: De seu artigo, conhecia apenas o que diz respeito a Hoover e, sobre Stalin, alguma coisa sobre os expurgos que promoveu. Assim só posso dizer a você, muito obrigada por informações que, certamente dão pistas sobre o que está acontecendo nos bastidores da política brasileira. Acompanhando o que vem acontecendo no Brasil desde a eleição da Presidente Dilma em 2014, a cada dia fico mais estarrecida. A Constituição Federal começou por ser rasgada e hoje, está sendo incinerada pelos modernos inquisitores que recuperaram os abomináveis métodos da “santa inquisição”. para onde irá o país?   A você, só posso agradecer pela aula de História. Muito obrigada.

  2. Prezado André
    Bom dia
    Com a

    Prezado André

    Bom dia

    Com a guerra de informação que existe hoje, torna-se mais complexas essas conspirações.

    Não há como controlar como antigamente.

    Tudo é muito rapido

    Grato pela aula de história.

    Abração.

  3. André,
    Quando você vai

    André,

    Quando você vai publicar um livro com todos os seus fantásticos artigos, publicados ao longo dos anos?

    Eu certamente compraria um exemplar.

  4. A ingenuidade de Lula e Dilma permitiu toda essa libertinagem…

    A ingenuidade de Lula e Dilma permitiu toda essa libertinagem nas corporações públicas repressivas brasileiras. Toda essa crise política poderia ter sido evitada se as lideranças petistas tivessem um pouco mais de ousadia e coragem. Mas agora é tarde, é preciso resistir a ofensiva desses carniceiros golpistas.

    1. Discordo de quem atribui pura ingenuidade a Lula e Dilma

      O nosso maior problema chama-se transição democratica. Escreveram e eu assino embaixo: ”O Brasil está ainda tomado pela mentalidade promovida e fortalecida pela ditadura. Nela, os valores estão todos invertidos. Os que assumiram a resistência a um regime opressor são ‘terroristas’; os que massacraram corpos e torturaram são anistiados. E a impunidade reina soberana.” Os grupos eversivos que compraram generais com malas de dinheiro são os mesmos que hoje fnanciam movimentos sociais. Eles estão agindo à luz do sol. Outro exemplo: Delfin Neto, signatario do AI-1, ”l’ambassador veint per cent”, continua dando palestras e entrevistas.
      No mundo covarde, corrupto, que os militares construíram, só se obtinha lealdade mediante o terror. Marilena Chaui falando sobre a vida academica na USP após o AI 5: ”As congregações de cada instituto, de cada faculdade, delatavam e cassavam. Não foram forças externas, nem os militares. Foram os civis acadêmicos, dentro da universidade, que fizeram uma limpeza de sangue. É uma coisa sinistra, mas foram nossos colegas que fizeram isto. E, impávidos, quando começou a luta pela volta da democracia, quando começaram as greves no ABC, quando começaram as lutas pela diretas, eu ia às assembleias da Adusp e do DCE e ficava lado a lado com muitos deles que estavam ali para fazer defender o retorno da democracia”.
      Alerta de Othon Luiz Pinheiro da Silva em entrevista ao Diário do Paraná, em 2004: ‘O Brasil é um país infestado de espiões americanos, atentos a todos os movimentos que faz para ser mais independente. Os EUA não têm o menor interesse em que o Brasil seja autônomo em termos de defesa”. Moniz Bandeira: “Para os EUA, quaisquer que seja seu governo, não querem que o Brasil se consolide como potência econômica e política global, integrando toda a América do Sul como um espaço geopolítico com maior autonomia internacional”.
      Senadores dos mais diferentes campos ideológicos se revezaram na tribuna para reverenciar as Organizações Globo. De José Serra a Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), passando por Marta Suplicy (Sem partido-SP) e Jorge Viana (PT-AC). Num mundo sem espinha dorsal, baseado no individualismo, no lucro, no servilismo, é fácil, muito fácil trair alguém generoso, alguém que doa. Tiranos só muito raramente são traídos, porque a lealdade que recebem é baseada no medo, na autopreservação, no autointeresse. E’ facil trair o Lula e a Dilma.

  5. Fleury

    Muito bom artigo, Araújo. A acrescentar sobre a Operação Bandeirantes, apenas o fato de seu chefe, o notório torturador e arqui-temido delegado Sérgio Paranhos Fleury, também foi vítima de uma morte mal explicada, com todo jeito de queima de arquivo. Em maio de 1979, início do processo de abertura política, Fleury havia se tornado um homem rico, que já não obedecia a ninguém. Supostamente, afogou-se ao cair de uma lancha em Ilhabela. Seu corpo nunca foi necropsiado.

  6. verdade

    Portanto sempre é necessário reprender  todos os tipos de órgãos repreensores para estes não criarem  vida própria. Todo o que o PT no governo não fez e agora o monstro tá se sentido que pode devorar e sentar-se no trono. 

  7. Prezado André, bom dia
    Mais

    Prezado André, bom dia

    Mais um texto muito bom, de novo estamos sempre aprendendo com seus textos; sabia um pouco de Fouché, mas do serviço secreto da URSS só tinha ouvido falar de Beria.

    Pensando no Brasil, Herr Moro e Monsieur Janot (que mostra que é membro oculto da Liga da Justiça) atuam para detonar tudo

  8. Acho, que em suas reuniões

    Acho, que em suas reuniões privadas, a turma do Moro canta a Die Fahne Hoch com um entusiasmo pouco comum… Se é que eles sabem o que é isso…

  9. O jornalista Glenn Greenwald,

    O jornalista Glenn Greenwald, ganhador do prêmio pulitzer ao revelar as denúncias de Edward Snowden sobre o jogo de espionagem em massa do governo americano, publica uma longa e dura reportagem denunciando a tentativa de golpe no BRasil. Está lá no site “o cafezinho”.

     

  10. foi dado o recado……….

    André Araujo dando mais uma aula de história………….

    o recado foi dado:

    criam-se monstros, que quando escapam da jaula ou coleira, vem a morder ou matar seus donos/criadores.

    controlem o pitbull de Curitiba.

  11. O problema é o guarda da esquina

    Uma pergunta que a gente se fazia nos idos dos 60 e 70, e principalmente após a tentativa do atentado do Rio Centro, era quem vigiava o quem vigiava.

    Outro dia pesquisando um nome nos arquivos que se tem do antigo DOPS/MG dei de cara com um depoimento de um investigado que o “departamento” listou uma série de pessoas, entre eles o José Maria Alkimin e o Pedro Aleixo, figuras notórias da política mineira, e aliados (?) da “redentora”, dizia que TODOS os telegramas recebidos e enviados por eles deveriam ser com cópias para a sede da Policia Federal.

    Inclusive, já naquela época, o Pedro Aleixo, então Vice-Presidente da República do Governo Costa e Silva, foi “grampeado.” Quando da “trombose” do presidente e a junta militar assumiu o governo, um dos motivos para não passarem o poder para “um civil” foi um grampo telefônico. O Costa e Silva já estava à morte no Rio de Janeiro e o Pedro Aleixo resolve sair de Brasília e ir, segundo ele, ficar ao lado do moribundo no Rio. Quando chega na base aérea do Galeão uma equipe das três armas já o estavam esperando e levaram, preso, direto para o palácio do Catete onde a “trinca”, através de um ato institucional declaravam a morte do Presidente, a “deposição” do vice-presidente e a junta provisória assume o governo até a posse do Médici. Razão exposta ao constitucionalista Pedro Aleixo, ligando aparelho: A gravação de um telefonema do José Maria Alkimin para o seu inimigo político Pedro Aleixo, implorando para que o este ao ir de Brasília para o Rio fizesse uma parada em Belo Horizonte. Tradução dos espiões da ditadura: Se o Vice-Presidente Aleixo descesse em BH, O José Maria que já tinha a informação da morte do Costa e Silva garantiria a posse do Vice com a polícia mineira.

    Passaram-se anos e os grampos continuam a determinar os destinos desta terra de Santa Cruz.

  12. Para variar

    Mais um artigo para a gente aprender. Nestes tempos onde só se posta sobre esta armação de golpe, é um alívio ler teus artigos.

    Por favor, continue. E interessante notar como, na Rússia, os caras aceitavam o cargo sabendo que seriam defenestrados da pior forma. Ou acreditavam que não?

    1. As diferenças são enriquecedoras
      Concordo. Até falei isso outro dia aqui. Os posts do AA são muito instrutivos. E olha que eu divirjo bastante de suas ideias, especialmente no campo trabalhista/sindical (estamos em pólos opostos). Mas, isso é mais uma prova de que é possível não só o diálogo, mas o aprendizado com quem pensa diferente.

  13. Biblio

    Parabéns e obrigado por esse artigo tão interessante. O tema é fascinante. Poderia dar algumas indicações bibliográficas também?

     

    abraços

    1. Bem, vejo que o autor do

      Bem, vejo que o autor do texto lê os comentários de seus leitores. Uma pena que tenha ignorado o meu, e não tenha tido a boa vontade de compartilhar algumas indicações bibliográficas com aqueles que se interessam pelo tema.

       

      abraços

  14. https://jornalggn.com.br/notic

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-policia-e-a-chave-do-poder-por-andre-araujo

    Apos a morte de Stalin em março de 1953 Beria tinha tudo pronto para tomar o poder. O Kremlin estava ocupado por seus homens da NKVD. Seu plano foi desfeito pelo Exercito na pessoa do Marechal Zukhov, heroi da Segunda Guerra, que o prendeu pessoalmente, os homens de Beria estavam dentro do Kremlin mas por fora o Exercito tinha cercado a sede do Governo sovietico e o poder de fogo do Exercito era muito superior ao da NKVD.

    1. O post deu ensejo à pesquisa sobre Heydrich

      Busquei na Wikipédia, o artigo trás um excelente apanhado da criação das polícias na alemanha nazista, inclusive as secretas e o problema do Chefe de Polícia que sabe demais, inclusive insinuando que sua morte foi a mando do Comando Central, pois até dossiê contra o Hitler ele tinha e o acusava do mesma coisa de que fora acusado.

      Vai o link

      https://en.wikipedia.org/wiki/Reinhard_Heydrich

      Reinhard Heydrich

      From Wikipedia, the free encyclopedia  “Heydrich” redirects here. For other people with the surname, see Heydrich (surname).Reinhard HeydrichBundesarchiv Bild 146-1969-054-16, Reinhard Heydrich.jpgHeydrich as an SS-Gruppenführer in 1940 Deputy Protector of Bohemia and Moravia
      (acting Protector)In office
      29 September 1941 – 4 June 1942Appointed byAdolf HitlerPreceded byKonstantin von Neurath
      (Protector until 24 August 1943)Succeeded byKurt Daluege
      (Acting Protector)Director of the Reich Main Security OfficeIn office
      27 September 1939 – 4 June 1942Appointed byHeinrich HimmlerPreceded byPost createdSucceeded byHeinrich Himmler (acting)President of the ICPC (now known as Interpol)In office
      24 August 1940 – 4 June 1942Preceded byOtto SteinhäuslSucceeded byArthur NebeDirector of the GestapoIn office
      22 April 1934 – 27 September 1939Appointed byHeinrich HimmlerPreceded byRudolf DielsSucceeded byHeinrich MüllerPersonal detailsBornReinhard Tristan Eugen Heydrich
      7 March 1904
      Halle an der SaaleGerman EmpireDied4 June 1942 (aged 38)
      Prague-LibeňProtectorate Bohemia and Moravia
      (now Prague, Czech Republic)Political partyNational Socialist German Workers Party (NSDAP)Spouse(s)Lina von Osten (m. 1931; his death 1942)RelationsHeinz Heydrich (brother)Children4SignatureNickname(s)The Hangman[1]The Butcher of Prague[2]The Blond Beast[2]Himmler’s Evil Genius[2]Young Evil God of Death[3]Military careerAllegianceGermany Weimar Republic(1922–1931)Nazi Germany Nazi Germany (1931–1942)Service/branch ReichsmarineFlag Schutzstaffel.svg Schutzstaffel LuftwaffeYears of service1922–1942RankOberleutnant zur See(Reichsmarine)Major of the Reserve (Luftwaffe)SS-Obergruppenführer Collar Rank.svg SS-Obergruppenführer und General der PolizeiCommands heldReich Main Security OfficeBattles/warsSecond World WarAwardsGerman Order(posthumous)Blood Order (posthumous)War Merit Cross 1st Class with Swords (posthumous)Wound Badge in Gold (posthumous)Iron Cross First Class (1941)Luftwaffe Pilot’s BadgeCombat Clasp for Reconnaissance in Silver (1941)Nazi Party Long Service Award Third Class (10 Years Service)Police Long Service AwardSecond Class (18 Years Service)SS-Honour RingHonour Sword of theReichsführers-SSHonour Chevron for the Old GuardSS Long Service Award (12 Years Service)Grand Officer of the Order of Saints Maurice and Lazarus of Italy (1937)Knight Grand Cross of theOrder of the Crown of Italy(1938)

      Reinhard Tristan Eugen Heydrich (German: [ˈʁaɪnhaʁt ˈtʁɪstan ˈɔʏɡn̩ ˈhaɪdʁɪç] ( listen)) (7 March 1904 – 4 June 1942) was a high-ranking German Nazi official during World War II, and one of the main architects of the Holocaust. He was SSObergruppenführerund General der Polizei (Senior Group Leader and Chief of Police) as well as chief of the Reich Main Security Office (including theGestapoKripo, and SD). He was also Stellvertretender Reichsprotektor (Deputy/Acting Reich-Protector) of Bohemia and Moravia, in what is now the Czech Republic. Heydrich served as president of the International Criminal Police Commission (ICPC; later known as Interpol) and chaired the January 1942 Wannsee Conference, which formalised plans for the Final Solution to theJewish Question—the deportation and genocide of all Jews inGerman-occupied Europe.

       

    2. Confusa…

      Essa versão sobre Béria é incerta. Para os que acham que Stalin foi assassinado, por exemplo, dizem que foi queima de arquivo!…Béria sabia demais!…

  15. Imprecisões

    Sobre Stalin esse texto é cheio de imprecisões…..Stálin não herdou nada. A Cheka foi criada ainda na época de Lênin e chefiada pelo impecável bolchevique Félix Dzerjinsky, culo lema era: “Um homem da Cheka tem que ter a cabeça fria, o coração quente e as mãos limpas!.”

    1. O texto não é um trabalho

      O texto não é um trabalho academico de Historia, a Cheka foi criada em Dezembro de 1917 em Petrogrado, ainda com a Revolução fervendo e teve varias reorganizações em pouco tempo. Quando me refiro a herança é a cultura da espionagem e repressão que vinha da policia politica do Czar, de longa tradição no regime autocratico do Imperio russo. Foi a Okrana quem produziu a obra conhecida como OS PROTOCOLOS DOS SABIOS DO SIÃO, escrita para justificar pogroms que eram comuns na Russia czarista.

      1. André seu post é excelente e com os Protocolos ficou completo

        Não existe conspiração que valha o nome se não aparecer os Protocolos dos Sábios do Sião, o Umberto Eco no seu brilhante livro O Cemitério de Praga, faz um excelente apanhado histórico da época e no começo ressalva que tudo é autêntico, com excessão do personagem principal.

      2. Estado derretido

        Na verdade, pela dimensão territorial do país, o caos causado pelas dificuldades na 1ª Guerra Mundial fez com que o estado perdesse autoridade e o controle do país. O czar tinha cometido o grande erro de assumir o comando militar supremo. A aristocracia em Petrogrado, com membros da própria família imperial aproveitou a ausência do monarca para matar Rasputin que viam como concorrência pela preferência imperial. Com derrotas sucessivas e a impossibilidade de punir seus companheiros, o czar teve que abdicar. O Governo Provisório não teve autoridade nem pra fuzilar Lenin depois da viagem no trem selado, muito menos para conter uma contrarrevolução comandada pelo comandante em chefe Kornilov. Diante disso o aparelho repressivo passou para o lado que melhor representasse uma solução.

  16. Hoover era uma pessoa

    Hoover era uma pessoa detestável e de vida pessoal complicada, viveu por toda vida com Clyde Tolson, que herdou todas suas propriedades e depois foi enterrado a seu lado.

    Vida pessoal complicada?  Eu diria um sujeito muito esquisito.  Até os quarenta anos ele viveu com a mãe.  Numa época em que as pessoas saíam de casa cedo. Gostava de espionar todo mundo, sabia da vida de todos, inclusive sobre suas intimidades e particularidades em detalhes. Digamos que ele inspirou os tais dossiês nos dias de hoje.  Acredito que foi o mentor e o precursor do que os EUA se tornaram hoje em matéria de espionagem, contra espionagem e inteligência a serviço de forças ocultas.  Alguns dias atrás, a tv por assinatura exibiu um documentário sobre essa figura, inclusive exacerbando suas excentricidades. Era um moralista psicopata, dizem que possuía um acervo de desenhos e fotos pornográficas tomados de seus espionados.  

  17. E a morte do Fleury?

    Texto bastante elucidativo, porém com uma falha. Foi mencionada a “Operação Bandeirantes”, que revelou um dos maiores – senão o maior- carrascos do Brasil, o delegado Sérgio Paranhos Fleury, que antes comandava o também célebre “Esquadrão da Morte”, a partir do DEIC, em São Paulo.

    Fleury, sem dúvida alguma, conhecia em detalhes todos os porões da ditadura. Principalmente, tinha provas e todos os nomes dos financiadores da operação criminosa que encetou e comandou. Sua morte, em circunstâncias até hoje misteriosas, foi colocada debaixo do tapete. Foi noticiada como afogamento resultante de uma queda do seu iate (ué, delegado de polícia proprietário de iate?). Nem autópsia foi feita.  E não se fala mais nisso. Não é intrigante?

  18. CORPORATIVISMO, ENQUANTO APARELHO REPRESSIVO .


    É POSSÍVEL FAZER-SE JUÍZO DE VALOR POR CAUSA DE UMA OPINIÃO DO PRESIDENTE LULA, COM BASE EM UM ÁUDIO QUE É FRUTO DE CRIME COMETIDO PELO  JUIZ MORO ?

    DAR MUITA IMPORTÂNCIA À OPINIÃO PRIVATIVA DE LULA, DE CERTA O FORMA, O CORROBORA ?

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=6-bvliWm4FE align:center]

    Com todas as vênias, eu gostaria de colocar esse debate em tela.

    Entendo  ser da maior importância que se estabeleça o contraditório, pois um juiz , qualquer juiz, não deve e não pode emitir, fora dos autos, nenhum  juízo de valor.

    Ao ler uma nota em defesa do STF, a corte corrobora o dito do presidente  Lula, pois caso o presidente não tivesse razões para dizê-lo, a nota não seria lida.

    É uma questão de lógica elementar.

    Carta dirigida ao nobre ministro, Sua Excelência Lewandowski está sendo redigida por mim e será devidamente protocolizada, já na segunda feira próxima, no balcão do STF.

    Existe uma diferença muito grande entre ser comedido e ser omisso.

    Eu entendo que uma forma do cidadão preservar o Estado de Direito é não se omitir ao debate respeitoso, porém firme.

    O STF, enquanto instituição do direito deve à Constituição e à população  ( a mesma que lhe paga o excelente salário ) o devido discernimento entre  opinião privada e pronunciamento público.

    Espero que haja o debate sadio e sensato sobre esse tema.

    O que eu acho do juiz Moro e do juiz Gilmar Mendes não pronuncio, em respeito às leis e às instituições.

    O que eu falo ao telefone sobre o que eu acho do  juiz Moro e do  juiz Gilmar Mendes é uma questão privativa minha e amplamente amparada pela Constituição.

    Não é uma questão de mera opinião minha.

    A leitura da nota, proferida pelo  juiz Celso de Mello,  fere as garantias individuais do presidente Lula e deveria ser evitada a bem do direito e a bem da Constituição.

    É dispensável comparar situação oposta:

    Caberia a Lula fazer qualquer pronunciamento público, contendo  juízo de  valor sobre eventuais afirmativas do juiz Moro, caso Lula tivesse acesso a ligações telefônicas de Moro, nas quais ele se pronunciasse de forma oblíqua, ou não, sobre o STF ?

    Essas perguntas serão devidamente dirigidas ao Exmo. ministro Lewandowski.

    Esse meu comentário afirma a minha cidadania. Cidadania essa que será mais respeitada pelos órgãos do direito, se eu, enquanto cidadão, não me  subtrair, mediante omissões.

    Que todos se deem o trabalho de ir aos correios na segunda feira, fazendo o mesmo o que farei.

    Se  300 … 500 … 1.000 cartas chegarem ao STF… tratando respeitosamente dessa matéria, ao menos constará nos anais daquela casa que a população  brasileira está atenta às intentonas de corporativismos oblíquos.

    Este comentário será lido em plenária do PCdo B daqui algumas horas.

    Valeu.  Ótimo sábado a todos.

    Sergio Govea.

    =========================================================

    1. A opinião de Lula foi

      A opinião de Lula foi manifestada em carater PRIVADO e nunca deveria ser comentada, é o que ele pensa e dai?

      É a opinião dele e ponto. Como a opinião não foi publica, janais deveria ser rebatida ou sequer registrada.

      Qualquer brasileiro pode ter a opinião que quiser sobre o Supremo.

      O grave, gravissimo, que o Ministro nem tocou foi o levantamento do sigilo de uma conversa particular sem qualquer carater juridico.

    2. Perfeito. Essa é uma situação

      Perfeito. Essa é uma situação de profunda desigualdade perpetrada por um órgão que deveria zelar não apenas pela igualdade, mas também pelo amplo direito de defesa. Lula ser chamado de bandido por um ministro do STJ por causa de uma conversa informal que foi ilegalmente gravada é sinal de que o aquecimento global já deveria ter acabao com o mundo, pois o ser humano que aqui habita não merece mais viver.

    3. Corporativismo, enquanto aparelho repressivo.

      Acredito que essa NOTA foi totalmente desnecessária, haja vista que qualquer cidadão tem o direito de se expressar da forma que quiser em sua vida privada, em sua intimidade, em seu telefone particular. Isso é garantido Constitucionalmente, ou não é mais? Quem verdadeiramente HUMILHOU o STJ foi quem autorizou a divulgação desse grampo.

      1. Não adianta argumentar com gente que age de má fé.

        Diante da clareza dos fatos e diante das ameaças à democracia, as pessoas politicamente oligofrênicas não se cabem num espelho e vergam-se, diante de si mesmas.

        É o seu caso.

        Você, que assina como “silvahenrique” vem a este espaço, para mostrar e demonstrar que há brasileiros e que há estrangeiros, que se fazem passar por brasileiros, dispostos a desconstruir o debate.

        A sua ideia é a de tentar fragilizar a qualquer custo.

        Não conseguirá.

        Desnecesário seria apontar as incongruências legais, contidas em todos os seus textos.

        Necessário é apontar que é de muito bom tom desprezá-lo neste ambiente.

        Os Blogs progressistas são as nossas janelas.

        Sem eles e sem a internet, estaríamos nas trevas da informação.

        Se você pretende ser o  guardião e o portador da treva, saiba que não passa de uma nuvenzinha de nada.

        As pessoas que aqui frequentam sabem muito bem distinguir um sociopata de um comentarista.

        É isso aí.

        Sergio Govea.

        —————————————————————————————

  19. Aparelhos repressivos fora de controle

    Precisaram matar o Fleury porque estava acima das ordens. Aparelhos repressivos saem do controle, assim como no caso do Riocentro, as bombas nas bancas de revistas que vendiam imprensa alternativa, a bomba na OAB que matou a secretária, dona Lida, Herzog, Fiel Filho, a demissão sumária do general Ednardo, além de inúmeros outros casos. Operação Condor na América Latina a todo vapor, a rede de cooperação entre os aparelhos repressores dos países sob ditadura. No entanto, o autor do artigo, ao longo dos últimos anos aqui neste espaço, nunca admitiu que JANGO, LACERDA E JK foram eliminados. O autor, contra evidências escandalosas e fatos, joga na conta da “teoria da conspiração”. Fala sério. 

  20. A República do C… na Mão

    Agora parece existir uma explicação lógica para o acovardamento dos principais membros dos poderes da República:

    os velhos e obsoletos grampos telefônicos.

    Eles estão aí de volta e isso me faz lembrar uma das máximas de Tancredo Neves: ele , em sua longa  experiência com golpistas já dizia que nada deveria ser tratado por telefone, a não ser encontros em lugar errado para ludibriar possíveis arapongas.  

    Com a forte suspeita de que o STF e o STJ tenham também sido grampeados, assim como a Presidência da República e o Congresso Nacional, todos agora entendem o porquê de ministros, juízes, deputados, senadores, procuradores, empresários, etc,  defenderem veementemente  a queima em praça pública de nossa Constituição e em especial  a destruição dos direitos fundamentais de qualquer cidadão,  ao apoiarem ilegalidades cometidas por representantes da lei e da ordem, abrindo um perigoso precedente para a corrosão de nossa ainda fraca democracia.

  21. Do post de 2015: “A unica

    Do post de 2015: “A unica força que poderia se contrapor são as FORÇAS ARMADAS…”. Não há necessidade de tanto e não sejamos dramáticos. Para se contrapor basta que o Diretor da PF faça cumprir o Estatuto (deve ter um Estatuto) ou a Lei ou, por fim, a Constituição. Se o Diretor não quiser ou puder basta acionar o Ministro da Justiça. Se este não quiser ou não puder basta o Presidente da Republica fazer cumprir. Não é dificll. O Lula já fez isso naquele episodio da escuta que não houve. Simples assim.

  22. Amadorismo institucional

    O que me deixa chocado Dr. Araujo e Luiz Claudio Pontes, é o amadorismo da segurança institucional do Governo Federal. A grosso modo, qualquer técnico em telecomunicações de operadoras telefônicas pode, a qualquer momento, grampear o alto escalão da República.

    O Brasil vive uma crise política sem precedentes, e não são tomados cuidados básicos de segurança nas informações de estado. É muito amadorismo. O governo só se mantém, porque a força, históricamente desastabilizadora, não entrou em cena, e, também, porque a informação não é mais monopólio dos grandes grupos de mídia, afora isso, Dilma já teria sido deposta a muito tempo.

    1. Também acho. O governo não

      Também acho. O governo não controla a ABIN? E a inteligência das Forças Armadas? Não há varredura diária no Planalto? ë muito amadorismo para comandar um Estado. E a gente pensava que era só republicanismo ingênuo.

      1. Controlava

           Até outubro passado o Planalto ainda tinha um pequeno controle sobre “parte” da ABIN, com a reforma ministerial perdeu o que restava.

           Faxineiros podem manobrar suas vassouras tanto para limpar, como para sujar, como para varrer para debaixo do tapete.

    2. Tem caroço nesse angu

      Também critico muito isso, porém acho que tem caroço nesse angu..

      E se o Gabinete tem duas linhas, uma para assuntos confidenciais (chamado Telefone Vermelho) e outra para assuntos corriqueiros?

      E se, sabendo-se grampeados, montaram uma arapuca pros caras? Apesar da escandalização da midia, as conversas não tem nada de mais… Poderia haver ainda dezenas, centenas mais comprometdoras. Quem sabe há, esperando o momento propicio a serem divulgadas.

      Tudo bem, sei que o histórico de trapalhadas do Governo é grande, mas também que, qualquer falha ou percalço são muito amplificadas pela imprensa, que é em definitiva, quem cria as pautas políticas, sociais e econômicas.

      Não sei… só sei que o Governo está cercado de enemigos, e sufocado. De qualquer forma, grampear ou deixar que grampeiem instituições, é GRAVÍSSIMO.

  23. AA gostei do artigo,a própria

    AA gostei do artigo,a própria História nos ensina que tudo tem

    QUE TER LIMITES(INSTITUIÇÕES,PESSOAS) só que me parece

    que até chegar nesta consciência,MUITOS SOFREM,inclusive

    ESSA NOSSA DEMOCRACIA BÊBÊ , “Lulinha paz e amor/PT /Dilmaa” e

    outros 116(acho) conduzidos coercivamente sem intimação!!Vaaaleu!!!

  24. Faltou algo fundamental nesse artigo.

    O artigo do André Araújo, muito bom, como os demais artigos que ele publica neste blog, deixou, entretanto, de identificar os fatos históricos que permitiram o surgimento desses aparelhos repressivos sua permanência no tempo e o imenso poder que adquiriram.

    Não é o caso de fazê-lo em toda sua extensão em um simples artigo

    Mas no caso da incipiente democracia brasileira, é preciso debruçar-se sobre o tema, pois ainda está para se contar a verdadeira história de como foi possível criar, em um simples juízo federal de 1ª instância, lá na República Fascista de Curitiba, tal aparato repressor, com tanto poder, cuja  finalidade é golpear o Estado Democrático de Direito para derrubar a Presidenta da República, eleita, soberana e democraticamente pelo voto popular.

  25. O corporativismo

    Excelente o texto e tema. No Brasil o corporativismo juridico-burocrático faz a sociedade refém. Ai daquele que conteste uma autoridade jurídica. Se eles, juntamente com a corporação dos delegados, fizerem esse atentado contra uma presidente e ex-presidente, imagina o que não são capazes de fazer com um de nós?

    São tempos tenebrosos. Espero que alguma força social dê um basta nesse padrão de casta corporativa que temos aqui. Mas o pior de tudo é tudo às nossas custas!!! Enquanto eles nada produzem!!

  26. Os “juristas”

      Mesmo nas mais sangrentas ditaduras, quem faz o “trabalho sujo” uma hora dança, mas os mais espertos, os “juristas” que prestaram bons serviços sobrevivem, inclusive abatem seus anteriores assistentes, como :

       1. Heydrich quando morto foi festejado no RSHA, por H. Muller, Kaltenbrunner, e outros, até mesmo Himmler, todos estes tinham medo de seus dossiers, e todos estes futuramente tabem. enfrentaram o carrasco, mas teve um que “sobrou”, morreu de velhice, o Chefe do Depto. Legal do RSHA, o “jurista” Dr. Werner Best , condenado a morte, sentença reformada para 12 anos, cumpriu 4 – viveu até os 85 anos.

       2. Vyshinsky e Rudenko : Os “juristas” dos processos de Moscou nos anos 30, Rudenko inclusive foi quem em um simulacro de julgamento sentenciou a morte ,seu ex-colaborador de anos, Laurenti Beria, Vyshinsky faleceu em Nova York no posto de Embaixador da URSS perante a ONU, e Rudenko foi Procurador Geral da URSS de 1953 a 1981.

  27. Cabe lembrar que o

    Cabe lembrar que o Delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury morto em 1979, significativamente no dia 1º de maio de 1979, recebi a notícia no estádio da Vila Euclides, enquanto helicópteros militares sobrevoavam o ato e  apontavam metralhadoras para nós da classe trabalhadora, naquele momento pensei, começou a queima de arquivos, eles estão voltando para as casernas.

  28. Exatamente

    Um dos grandes motivos de Lula estar sendo perseguido, por quase todos os partidos, é que ele liberou a Poilícia Federal, e o Ministério Público para perseguir quem lhes aprouvesse. Todos os partidos sabem, que se Lula retornar ao poder, o republicanismo que iniciou o estado de terror policial, vai continuar. Por isto a maioria dos partidos anseia pelo fim da era Lula.

    Existiam maneiras menos traumáticas de eliminar a corrupção, como por exemplo leis anticorrupção e controle dentro das empresas, como é nbos EUA. ao optar pelo espetaculo policial midiático, Lula criou um estado de terror, que faz com que quase todos desejem o fim dele, e por conseguinte o fim do PT e de Lula.

    O republicanismo entrará para a história como um gigantesco tiro no pé que Lula e o PT deram em si mesmos.

    1. Nosso maior erro…

      … é não termos sido capazes de aprender muito mais em muito menos tempo (Fidel Castro)

      E’ inadmissivel dizer que Lula criou estado de terror.
      Vamos antes de tudo considerar a esperteza jurídica que nivelou torturadores aos torturados, consagrando a impunidade. O Brasil está tomado pela mentalidade promovida e fortalecida pela ditadura. O ativista gaúcho Jair Krischke, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, resumiu a questão: “Não houve justiça de transição. Houve justiça de transação”. Uma árvore que afunda suas raízes num terreno envenenado não pode dar bons frutos. Não há justiça enquanto os canalhas não forem responsabilizados. Aquela força eversiva não perdeu poder de ação. Do lado civil a prova está na midia, na planificação, financiamento e realização de programas com recrutamento de jovens e no aliciamento de Forças Públicas. O  Gerdau é um dos cabeças do Fórum da Liberdade. O Instituto Millenium foi lançado ali em 2006 com Armínio Fraga ”star” no campo econômico. Quem paga: Gerdau, editora Abril e a Pottencial Seguradora, uma das empresas de Salim Mattar, dono da locadora de veículos Localiza, a Suzano, o Bank of America Merrill Lynch e o grupo Évora (dos irmãos Ling como parceiros). William Ling participou da fundação do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) em 1984, formado por jovens líderes empresariais, Wiston, é fundador do Instituto Liberdade do Rio Grande do Sul; o filho, Anthony Ling, é ligado ao grupo Estudantes pela Liberdade, que criou o MBL. O empresário do grupo Ultra, Hélio Beltrão, também está entre os fundadores do Millenium, embora tenha o próprio instituto, o Mises Brasil.  A rede de think tanks dos fascistas no Brasil se completa com o Instituto Ordem Livre e o Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista, do Rio de Janeiro, ligado ao Opus Dei do Ives Gandra. O pivȏ dessa merda toda foi o Instituto Liberal, criado em 1983 pelo Donald Stewart Jr., falecido em 1999. De acordo com a tese de doutorado do historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, da Univ.Federal Fluminense (A ditadura dos empreiteiros, 1964-1985), a Ecisa, Engenharia Comércio e Indústria S.A., empresa de Stewart Jr., foi uma das maiores empreiteiras durante a ditadura militar e Stewart Jr. se associou à construtora estadunidense Leo A. Daly para construir escolas no Nordeste para a Sudene. A participação de companhias dos EUA nas obras era exigência dos financiamentos da Usaid – a agência de desenvolvimento americana que funcionava como braço da CIA durante as ditaduras latino-americanas.

      Os recalcados e revanchistas Peri, Moura Neto e Saito, chefes do Exército, Marina e Aeronáutica, que estavam em seus cargos desde o governo do Lula, contra quem montaram gesto de insubordinação (nenhum chefe militar compareceu à cerimônia de lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade); desafiaram a Dilma Rousseff e os parlamentares reunidos no Senado, ostentando indiferença, sem aplaudir, como faziam os presentes, durante a cerimônia que restituiu simbolicamente o cargo ao ex-mandatário Jango. Durante o enterro definitivo do presidente Goulart, em São Borja, o boçal e impreparado general Carlos Bolívar Goellner fez declaração provocatória: “Nada de que retratar-se, nenhum erro histórico, a história não comete erros, a história é a história” (detalhe: o rechonchudinho Goellner que usava calça curta em 1964 é a prova que os quadros militares brasileiros continuam unidos na reivindicação do terrorismo de Estado e contra as tentativas de reconstruir a memória). Em outubro de 2004, o Centro de Comunicação Social do Exército publicou nota no Correio Braziliense justificando a tortura de prisioneiros políticos durante a ditadura. O comandante do Exército era o fascista Francisco Ambuquerque, que no dia 1º de março de 2006 demonstrou platealmente o que significa abuso de poder: mandou parar um avião na cabeceira da pista no aeroporto de campinas para retirar dois passageiros e embarcar, com sua mulher, no lugar deles.
      Nunca faltaram provocações dos militares a Lula e Dilma. O general chefe da segurança da Presidenta permitiu que um fascista panaca entrasse na área de contato com a Presidenta no corredor do hotel em Washington, para insultá-la. Vale lembrar a provocação do debochado general Luiz Eduardo Rocha Paiva (foi chefe da Escola de Comando do Estado-Maior e secretário-geral do Exército). Aconteceu durante a entrevista do jornal O Globo. Disse ele cinicamente:  “Dilma era da VAR-Palmares. E a VAR-Palmares foi a que lançou o carro-bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho. Ela era da parte de apoio. Será que ela participou do apoio a essa operação? A comissão da Verdade não vai chamá-la, por quê?”.  Fonte: http://oglobo.globo.com/brasil/general-duvida-que-dilma-tenha-sido-torturada-na-ditadura-4120865
      Comentando esse ato terroristico de manipulação dos fatos, um ex preso politico que na época era um secundarista, fez saber que a VAR-Palmares nada teve a ver e nem sequer existia em julho de 1968 — e acrescentou: ”Quem soltou um carro-bomba ladeira abaixo na direção do QG do Exército, sem nem de longe imaginar que um sentinela pudesse abandonar o posto e aproximar-se do veículo sem motorista, foi a VPR –a qual considerou depois um grave erro. Naquele ano Dilma militava no Colina, que não atuava em São Paulo nem mantinha qualquer esquema de cooperação com a VPR. Foi no Congresso de Mongaguá, em abril de 1969, que a VPR manteve entendimentos com o Colina e com a ALN. As negociações com a ALN não frutificaram, mas a fusão com o Colina acabou acontecendo, em junho de 1969. Foi quando nasceu a VAR-Palmares.
      Dramático é saber que os até os meios de comunicação partícipes do golpe de 64 não podem ser investigados pela Comissão da Verdade CV. A CV foi proibida também de investigar os grandes grupos empresariais, a embaixada estadunidense e o alto comando das Forças Armadas. Dizem que esses ”vetos” partiram do próprio governo (penso imediatamente ao ministro da Defesa Celso Amorim, aquele que não tirou o sapato no aeroporto mas teve o descaramento de afirmar à CV –em nota oficial– que não ocorrera tortura nos quartéis. Amorim valentão, com a sua cara ideal para embalagem de loção anti calvicie, acreditem, não tirou o sapato porque usa meia furada. Essas altas patentes continuam em seus postos para servir aos interesses dos grandes comerciantes e das elites políticas.

      MONIZ BANDEIRA:  ”Evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, NED e outras entidades americanas. Não sem razão o Putin determinou que todas as ONGs fossem registradas e indicassem a origem de seus recursos e como são gastos. O Brasil devia fazer algo semelhante. As demonstrações de 2013 e as últimas, contra a eleição da presidente Dilma Russeff, não foram evidentemente espontâneas. Os atores, com o suporte externo, fomentam e encorajam a aguda luta de classe no Brasil, intensificada desde que um líder sindical, Lula, foi eleito presidente da República.  Está claro que, por trás da Lava-Jato, o objetivo é desmoralizar a Petrobras e as estatais, de modo a criar as condições para privatizá-las.”
      Entrevista completa: http://www.ptnacamara.org.br/index.php/inicio/noticias/item/21878-eua-promovem-desestabilizacao-de-democracias-na-america-latina-denuncia-moniz-bandeira

      Vale a pena refletir no que disse Giorgio Romano Schutte, professor de Relações Internacionais da Federal do ABC: ”Até então, no meio da crise internacional, o Brasil era o queridinho de todo o mundo. Pela primeira vez, o Brasil era visto como solução, e não mais como parte do problema. Entrou para o G-20, estava à frente dos BRICS. E o que acontece em 2010?  O Lula, pela primeira vez em oito anos, toma uma medida que vai diretamente contra os interesses internacionais, que foi a mudança do marco regulatório de exploração do petróleo, do pré-sal. O Lula vinha fazendo o governo que havia prometido, atendendo as camadas populares sem contrariar interesses das elites. Quando ficamos sabendo dos grampos telefônicos da agência de segurança dos EUA, eram grampos sobre a Dilma e a Petrobrás. Depois se você observar todas as visitas seguintes, da Hillary Clinton, do ministro da Energia americano, houve época que de três em três meses havia uma delegação americana de alto nível no Brasil, e ia direito para o Rio, nem passava por Brasília, tinham mais interesse em falar com a Graça Foster do que com a própria Dilma. Então, quando o Brasil faz uma legislação que praticamente garante o controle total – é o que eu chamaria de uma reestatização moderada –vai contra interesses muito organizados e poderosos.”

  29. Os negócios privados do delegado Fleury

    Os negócios privados do delegado Fleury

    Em meados de 1976, quando morava e trabalhava em Ponta Porã (MS), um crime chocou e movimentou o Estado, que foi o sequestro e morte do jovem milionário de 22 anos Lúdio Martins Coelho. Ludinho, como era conhecido, era filho do pecuarista, ex-prefeito de Campo Grande por duas vezes (1983-1985 e 1989-1992), dono do Banco Financial de Mato Grosso (posteriormente vendido ao Bamerindus), e finalmente Senador (1995-2003).

    O sequestro fora praticado por dois tenentes da Polícia Militar, e Ludinho teria reconhecido um deles,  por isso foi morto. No dia que o corpo foi localizado, um jatinho cruzava os céus de Campo Grande, era o delegado Fleury, contratado pelo pai, o banqueiro Lúdio Coelho, para resolver o caso. A notícia correu instantaneamente, o temido delegado Fleury estava na cidade e assumira a investigação. Mas afinal, o que é que o caso tinha a ver com o DOI-CODI paulista? Nada, era um negócio particular do Fleury, um “por fora”. Ademais, quem seria capaz de enquadrar o delegado por usar o aparato estatal para seus negócios particulares, se não prestava contas a ninguém dos seus atos?

    “Fleury chegou a Campo Grande no mesmo dia em que o corpo do moço foi localizado. Assim que pôs os pés na futura capital do Mato Grosso do Sul, foi procurado por dois tenentes da polícia militar, que se ofereceram para auxiliar na investigação.

    Dias depois um terceiro miliciano, um cabo, procurou o pai da vítima e relatou que fora convidado, mas recusara participação no sequestro, apontando como autores justamente os dois tenentes que se apresentaram a Fleury. A PM do Mato Grosso não acreditou na delação, o delegado sim. Descobriu em seguida que a amante de um dos autores teria confidenciado o plano para uma amiga de nome Josélia.

    Aí entrou em ação o chefe do DOI-CODI. Fleury colocou no pau-de-arara (instrumento no qual as vítimas de tortura eram dependuradas) a moça e o advogado dela e durante longa sessão de choques e pancadaria fez uma promessa: se entregassem os autores ficariam livres, jamais seriam importunados. Foi assim que obteve a confirmação de que os dois tenentes haviam planejado e executado o crime.

    Os policiais foram presos no litoral paulista e recambiados para o Mato Grosso. Depois de dois minutos de “tratamento” confessaram tudo ao delegado. Algum tempo depois o mentor do sequestro acreditou numa promessa de fuga do presídio e foi fuzilado ao transpor os portões. Sua eliminação jamais foi esclarecida.

    No seu relato sobre o caso, Percival de Souza revela que Fleury cumpriu a promessa que fez à testemunha que o ajudou a desvendar o crime: Josélia. Diz que ela foi para São Paulo e jamais foi importunada. (Fonte: http://proseando-blog.blogspot.com.br/2009/05/os-poroes-da-ditadura.html)

    Durante meses esse caso foi assunto no futuro Estado de Mato Grosso do Sul, especulava-se de quanto teria sido o cachê do delegado Fleury, falava-se em milhões, afinal Lúdio Coelho era seguramente a maior fortuna do Estado. De forma oportunista, a dupla Milionário e José Rico fez sucesso com a música em homenagem ao filho do banqueiro (“O Brasil todo sentiu / Mato Grosso entristeceu / Campo Grande está de luto / pelo filho que perdeu”). Nesse ponto, há controvérsias sobre toda Campo Grande estar de luto. A fama do garoto era das piores, as histórias que se contavam a seu respeito eram escabrosas, de ele e sua turma resolverem acabar com uma festa e quebrar tudo, arruaça em boates, e o que é pior, se ele quisesse determinada mulher era por bem ou por mal. Vários comentários que ouvi em Ponta Porã davam conta disso: “as mães de Campo Grande respiraram aliviadas por suas filhas”.

    É nisso que dá quando criaturas se tornam maiores do que os criadores, e fora de controle.

    Fonte: Autópsia do Medo, de Percival de Souza

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=uIRMraZjxz0%5D

  30. republicano

    Frase de FHC para Ciro Gomes, num regime republicano todos que enfrentaram a corrupção cairam, por isso não investiguei denuncias…

  31. QUANDO OS CANALHAS COVARDES

    ganham pelo medo e terror.

     

    Por que Ciro Gomes merece aplausos ao enxotar os fascistas de sua rua. Por Kiko Nogueira

     

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-ciro-gomes-merece-aplausos-ao-enxotar-os-fascistas-de-sua-rua-por-kiko-nogueira/

    O homem se aproximou de nós com a moto e sem tirar o capacete, me chamou de puta.

    Disse que se eu não fosse pra casa ele iria dar tiro em mim e na minha filha (uma bebê de 5 meses). Eu não tive reação (e permaneço não tendo).

    Saí apressada, trêmula, ouvindo ele me chamar de puta e desgraçada por vestir a criança de vermelho.

    Quase caí com a Mia e segui apressada sem olhar pra trás.

  32. Excelente texto.

    Excelente texto. Moro investiga tudo, grava conversas telefônicas de todo mundo, mas só investiga políticos ligados ao PT, apesar de várias delações sobre Aécio ter se beneficiado dos esquemas de propinas da Petrobrás, nada foi feito a respeito pela republica de Curitiba.

  33. finanças, economia, política, geopolítica, negócios, mídia, jogo

     

    Cada vez mais todas as áreas estão envolvidas como estiveram desde sempre: finanças, economia, política, geopolítica, negócios, mídia, jogos em geral, drogas, contrabando, prostituição, corrupção, lavagem de dinheiro, artes, etc.

     

    Favor ler principalmente na frase final do Warren Buffett no jornal “Folha de São Paulo”, na versão traduzida em português: “Quem disse que não há luta de classe? Claro que há, e nós estamos vencendo”.

     Folha de São Paulo – Caderno Opinião 22/04/2014 VLADIMIR SAFATLE Como não pagar IPVAhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/162401-como-nao-pagar-ipva.shtml Todos os anos você precisa pagar o IPVA do seu carro. Como o nome diz, trata-se de um Imposto de Propriedade sobre Veículos Automotores. Bem, um veículo automotor é, pasmem vocês, “aquele dotado de motor próprio”. Por exemplo, um carro de boi não pagará IPVA por não ter motor próprio: o motor é o boi, a saber, uma entidade ontologicamente a parte do aparato técnico de motricidade desenvolvido pelo saber humano. A bicicleta não pagará o imposto pela mesma razão, assim como o helicóptero do banqueiro, o jato particular do escroque e o iate do Naji Nahas. “Assim como o helicóptero, o jato particular e o iate”? Sim. Você poderá procurar todos os meandros do saber jurídico, encontrar explicações surreais, como aquela que afirma que o atual IPVA substituiu a antiga TRU (Taxa Rodoviária Única), logo os veículos automotores que pagarão impostos são apenas aqueles colados no chão. No entanto, a verdade é uma só: helicópteros, jatos particulares e iates não pagam IPVA porque, no Brasil, os ricos definem as leis que protegerão seus rendimentos e desejos de ostentação. Bem-vindo àquilo que economistas como o francês Thomas Piketty chamam de “capitalismo patrimonial”: um capitalismo construído para quem ganha mais continuar a ganhar mais, a não precisar devolver nada para a sociedade, enquanto quem ganha menos é continuamente espoliado e recebe cada vez menos serviços do Estado. Se os 20 mil jatos particulares e os 2.000 helicópteros que voam livremente no Brasil pagassem IPVA, teríamos algo em torno de mais R$ 8 bilhões. Esse valor é o equivalente a, por exemplo, dois orçamentos da USP. Ou seja, se aqueles que têm mais capacidade de contribuição simplesmente pagassem para ter seu singelo helicóptero o mesmo que você paga para ter seu carro, poderíamos financiar mais duas universidades com 90 mil alunos estudando gratuitamente. Esse é apenas um dentro vários exemplos de como o Brasil se organizou para ser um país onde ser rico é um ótimo negócio. Um país que, só em 2014, deverá ter mais 17 mil milionários e nenhum deles pagando aquilo que você paga. Porque, aqui, quanto mais você sobe (de preferência de jato ou helicóptero), mais você é protegido. Isso pode parecer uma explicação primária, mas muitas vezes o óbvio é o que há de mais difícil a enxergar. Como disse, não um esquerdista de centro acadêmico, mas o megainvestidor norte-americano Warren Buffett: “Quem disse que não há luta de classe? Claro que há, e nós estamos vencendo”. VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.    Favor ler principalmente na parte falada pelo Warren Buffett no jornal “The New York Times”, na versão original em inglês: It turned out that Mr. Buffett, with immense income from dividends and capital gains, paid far, far less as a fraction of his income than the secretaries or the clerks or anyone else in his office. Further, in conversation it came up that Mr. Buffett doesn’t use any tax planning at all. He just pays as the Internal Revenue Code requires. “How can this be fair?” he asked of how little he pays relative to his employees. “How can this be right?” Even though I agreed with him, I warned that whenever someone tried to raise the issue, he or she was accused of fomenting class warfare. “There’s class warfare, all right,” Mr. Buffett said, “but it’s my class, the rich class, that’s making war, and we’re winning.”  The New York Times – Your Money EVERYBODY’S BUSINESS In Class Warfare, Guess Which Class Is Winninghttp://www.nytimes.com/2006/11/26/business/yourmoney/26every.html?_r=0http://www.nytimes.com/2006/11/26/business/yourmoney/26every.html?_r=0&pagewanted=print By BEN STEIN Published: November 26, 2006 NOT long ago, I had the pleasure of a lengthy meeting with one of the smartest men on the planet, Warren E. Buffett, the chief executive of Berkshire Hathaway, in his unpretentious offices in Omaha. We talked of many things that, I hope, will inspire me for years to come. But one of the main subjects was taxes. Mr. Buffett, who probably does not feel sick when he sees his MasterCard bill in his mailbox the way I do, is at least as exercised about the tax system as I am. Put simply, the rich pay a lot of taxes as a total percentage of taxes collected, but they don’t pay a lot of taxes as a percentage of what they can afford to pay, or as a percentage of what the government needs to close the deficit gap. Mr. Buffett compiled a data sheet of the men and women who work in his office. He had each of them make a fraction; the numerator was how much they paid in federal income tax and in payroll taxes for Social Security and Medicare, and the denominator was their taxable income. The people in his office were mostly secretaries and clerks, though not all. It turned out that Mr. Buffett, with immense income from dividends and capital gains, paid far, far less as a fraction of his income than the secretaries or the clerks or anyone else in his office. Further, in conversation it came up that Mr. Buffett doesn’t use any tax planning at all. He just pays as the Internal Revenue Code requires. “How can this be fair?” he asked of how little he pays relative to his employees. “How can this be right?” Even though I agreed with him, I warned that whenever someone tried to raise the issue, he or she was accused of fomenting class warfare. “There’s class warfare, all right,” Mr. Buffett said, “but it’s my class, the rich class, that’s making war, and we’re winning.” This conversation keeps coming back to mind because, in the last couple of weeks, I have been on one television panel after another, talking about how questionable it is that the country is enjoying what economists call full employment while we are still running a federal budget deficit of roughly $434 billion for fiscal 2006 (not counting off-budget items like Social Security) and economists forecast that it will grow to $567 billion in fiscal 2010. When I mentioned on these panels that we should consider all options for closing this gap — including raising taxes, particularly for the wealthiest people — I was met with several arguments by people who call themselves conservatives and free marketers. One argument was that the mere suggestion constituted class warfare. I think Mr. Buffett answered that one. Another argument was that raising taxes actually lowers total revenue, and that only cutting taxes stimulates federal revenue. This is supposedly proved by the history of tax receipts since my friend George W. Bush became president. In fact, the federal government collected roughly $1.004 trillion in income taxes from individuals in fiscal 2000, the last full year of President Bill Clinton’s merry rule. It fell to a low of $794 billion in 2003 after Mr. Bush’s tax cuts (but not, you understand, because of them, his supporters like to say). Only by the end of fiscal 2006 did income tax revenue surpass the $1 trillion level again. By this time, we Republicans had added a mere $2.7 trillion to the national debt. So much for tax cuts adding to revenue. To be fair, corporate profits taxes have increased greatly, as corporate profits have increased stupendously. This may be because of the cut in corporate tax rates. Anything is possible. The third argument that kind, well-meaning people made in response to the idea of rolling back the tax cuts was this: “Don’t raise taxes. Cut spending.” The sad fact is that spending rises every year, no matter what people want or say they want. Every president and every member of Congress promises to cut “needless” spending. But spending has risen every year since 1940 except for a few years after World War II and a brief period after the Korean War. The imperatives for spending are built into the system, and now, with entitlements expanding rapidly, increased spending is locked in. Medicare, Social Security, interest on the debt — all are growing like mad, and how they will ever be stopped or slowed is beyond imagining. Gross interest on Treasury debt is approaching $350 billion a year. And none of this counts major deferred maintenance for the military. The fourth argument in response to my suggestion was that “deficits don’t matter.” There is something to this. One would think that big deficits would be highly inflationary, according to Keynesian economics. But we have modest inflation (except in New York City, where a martini at a good bar is now $22). On the other hand, we have all that interest to pay, soon roughly $7 billion a week, a lot of it to overseas owners of our debt. This, to me, seems to matter. Besides, if it doesn’t matter, why bother to even discuss balancing the budget? Why have taxes at all? Why not just print money the way Weimar Germany did? Why not abolish taxes and add trillions to the deficit each year? Why don’t we all just drop acid, turn on, tune in and drop out of responsibility in the fiscal area? If deficits don’t matter, why not spend as much as we want, on anything we want? The final argument is the one I really love. People ask how I can be a conservative and still want higher taxes. It makes my head spin, and I guess it shows how old I am. But I thought that conservatives were supposed to like balanced budgets. I thought it was the conservative position to not leave heavy indebtedness to our grandchildren. I thought it was the conservative view that there should be some balance between income and outflow. When did this change? Oh, now, now, now I recall. It changed when we figured that we could cut taxes and generate so much revenue that we would balance the budget. But isn’t that what doctors call magical thinking? Haven’t the facts proved that this theory, though charming and beguiling, was wrong? THIS brings me back to Mr. Buffett. If, in fact, it’s all just a giveaway to the rich masquerading as a new way of stimulating the economy and balancing the budget, please, Mr. Bush, let’s rethink it. I don’t like paying $7 billion a week in interest on the debt. I don’t like the idea that Mr. Buffett pays a lot less in tax as a percentage of his income than my housekeeper does or than I do. Can we really say that we’re showing fiscal prudence? Are we doing our best? If not, why not? I don’t want class warfare from any direction, through the tax system or any other way. Ben Stein is a lawyer, writer, actor and economist. E-mail: [email protected].    Favor ler principalmente as partes em que o Thomas A. Stewart fala sobre “eles” em várias partes do seu artigo (“eles” significando quatro grupos: judeus, maçons, banqueiros, e políticos comprados) e a riqueza do Brasil (Manaus, Amazonas e Região Amazônica/Bacia Amazônica) … mas “eles”, sem dúvida, são conluio habitual dos teóricos da conspiração – judeus, maçons, banqueiros, e políticos comprados – até seus truques sinistros habituais.  Knowledge, the Appreciating Commodity Nations’ real wealth doesn’t reside in forests of rubber trees or acres of diamond mines, but in the techniques and technologies for exploiting them. http://archive.fortune.com/magazines/fortune/fortune_archive/1998/10/12/249274/index.htm    Favor ler principalmente as páginas 193, 209 e 210 da “Senhoriagem ou soberania?” do Randall Wray Senhoriagem ou soberania? L. Randall Wray http://www.eco.unicamp.br/docprod/downarq.php?id=541&tp=a file:///C:/Users/Usuario/Downloads/01-wray.pdf http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ek4dAYH9j8wJ:www.eco.unicamp.br/docprod/downarq.php%3Fid%3D541%26tp%3Da+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br   Sistema Monetário e Financeiro Internacional http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/novo/grade-curricular/sistema-monetario-e-financeiro-internacional.html   Anotações sobre o dólar e o Sistema Monetário Internacional http://www.vermelho.org.br/noticia_print.php?id_noticia=17647&id_secao=2  

  34. finanças, economia, justiça, política, negócios, mídia, artes

     

     

     

    Complementando o meu texto anterior…

     

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    Da História do homem no planeta Terra a gente conclui que sempre houve, há e haverá não apenas o uso da ameaça dos aparelhos repressivos por quem está de plantão no poder supremo ou alto comando com completa arrogância, mas também o uso do termo FUD em inglês (“Fear, Uncertainty and Doubt” que significam “Medo, Incerteza e Dúvida” – é uma prática de marketing que consiste em desacreditar o concorrente espalhando desinformação sobre o produto rival. Apesar de ser uma prática moralmente condenável em muitos países, o FUD é aceito nos Estados Unidos.) para reprimir, intimidar, assustar, desmoralizar, vender uma ideia/produto/serviço/solução, etc..

     

     

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    A guerra declarada ou não declarada da elite manipula ou tenta manipular tudo e todos, está em um nível amplo e profundo e encontra-se envolvida em tudo tanto na dimensão material quanto na dimensão espiritual (só para dar uma pequena noção, favor lembrar da famosa e antiga frase do William Shakespeare, por exemplo: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”), não apenas na política, mídia e justiça.

     

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    Nesta atual fase do capitalismo totalmente selvagem em que estamos vivendo no Brasil e no mundo, a qual começou principalmente a partir dos anos 80/90 do século passado (depois da quebra do lastro entre ouro e dólar ou moedas em geral, ou seja, depois do fim do padrão ouro, da crise do petróleo e do fim do comunismo soviético), o poder do dinheiro (incluindo ativos financeiros com/sem lastro e/ou riqueza fictícia de papel pintado) da elite cresceu de forma sem precedentes e compra praticamente tudo ou, pelo menos, quase tudo.

     

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    “Eles” estão unidos e não estão brincando em ação, por exemplo: favor ler o que os americanos Warren Buffet e Thomas Stewart falam abertamente. Parece surreal, brincadeira sem graça, loucura total, porém isso é verdade sincera nua e crua.

     

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    Com isso, todas as áreas estão cada vez mais envolvidas/integradas como estiveram desde sempre: finanças, economia, justiça, política, geopolítica, negócios, mídia, artes, jogos em geral, drogas, contrabando, prostituição, corrupção, lavagem de dinheiro, etc., etc..

     

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    Favor ler principalmente na frase final do Warren Buffett no jornal “Folha de São Paulo”, na versão traduzida em português: “Quem disse que não há luta de classe? Claro que há, e nós estamos vencendo”.

     

    Folha de São Paulo – Caderno Opinião

     

    22/04/2014

     

    VLADIMIR SAFATLE

     

    Como não pagar IPVA

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/162401-como-nao-pagar-ipva.shtml

     

     

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    Favor ler principalmente na parte falada pelo Warren Buffett no jornal “The New York Times”, na versão original em inglês:

     

    It turned out that Mr. Buffett, with immense income from dividends and capital gains, paid far, far less as a fraction of his income than the secretaries or the clerks or anyone else in his office. Further, in conversation it came up that Mr. Buffett doesn’t use any tax planning at all. He just pays as the Internal Revenue Code requires. “How can this be fair?” he asked of how little he pays relative to his employees. “How can this be right?”

     

    Even though I agreed with him, I warned that whenever someone tried to raise the issue, he or she was accused of fomenting class warfare.

     

    “There’s class warfare, all right,” Mr. Buffett said, “but it’s my class, the rich class, that’s making war, and we’re winning.”

     

     

    The New York Times – Your Money

     

    EVERYBODY’S BUSINESS

     

    In Class Warfare, Guess Which Class Is Winning

    http://www.nytimes.com/2006/11/26/business/yourmoney/26every.html?_r=0

    http://www.nytimes.com/2006/11/26/business/yourmoney/26every.html?_r=0&pagewanted=print

     

    By BEN STEIN

     

    Published: November 26, 2006

     

     

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    Favor ler principalmente as partes em que o Thomas A. Stewart fala na revista Fortune sobre “eles” em várias partes do seu artigo (“eles” significando quatro grupos: judeus, maçons, banqueiros, e políticos comprados) e a riqueza do Brasil (Manaus, Amazonas e Região Amazônica/Bacia Amazônica)

     

    … mas “eles”, sem dúvida, são conluio habitual dos teóricos da conspiração – judeus, maçons, banqueiros, e políticos comprados – até seus truques sinistros habituais.

     

     

    Knowledge, the Appreciating Commodity Nations’ real wealth doesn’t reside in forests of rubber trees or acres of diamond mines, but in the techniques and technologies for exploiting them.

    http://archive.fortune.com/magazines/fortune/fortune_archive/1998/10/12/249274/index.htm

     

    By Thomas A. Stewart

     

    October 12, 1998

     

    FORTUNE Magazine

     

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