A crise de refugiados na Europa move-se de país a outro sem solução

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) alertou que o caos e a confusão ocorrem devido à ausência de uma resposta europeia coerente e única à emergência enfrentada pelo continente com o fluxo de refugiados que chegam em seu território.

O porta-voz do ACNUR em Genebra, Adrian Edwards, falou em uma coletiva de imprensa sobre os tumultos ocorridos na fronteira entre Sérvia e Croácia, que culminou com o fechamento de alguns pontos de entrada croatas, e a situação dramática observada na fronteira húngara, onde a polícia usou gás lacrimogêneo e outras medidas antidistúrbios contra os migrantes.

“A crise cresce e se desloca de um país a outro sem solução. Enquanto isso, o sofrimento e os riscos para milhares de refugiados e imigrantes aumentam e a incerteza e falta de informação alimenta seu desespero, o que aumentam probabilidades de incidentes graves, alimentando a hostilidade contra as pessoas que fogem de perseguições e conflitos, e eles precisam de ajuda”, disse ele.

Edwards avisou que esse cenário só beneficia os traficantes de pessoas e outros delinquentes que buscam tirar vantagem da população mais vulnerável.

O porta-voz acrescentou, ainda, que o ACNUR congratula-se com a decisão do Parlamento Europeu de apoiar os planos de realocação de 120 mil pessoas mais nos países do continente.

Neste sentido, destacou a importância das reuniões de 22 e 23 de setembro nos Conselhos Europeus e de Assuntos Internos para chegar a um acordo que dê uma resposta coerente à crise.

Edward afirmou que a ACNUR reconhece os esforços europeus e elogiou os países e cidadãos que têm mostrado vontade de ajudar os refugiados.

Este ano, até agora, chegaram na Europa mais de 442 mil refugiados e migrantes cruzando o Mediterrâneo em embarcações precárias. Cerca de 3 mil dessas pessoas morreram na travessia.

(Com informações da ONU)

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Solução é deixar Alemanha,
    Solução é deixar Alemanha, Inglaterra, França e Itália PAGAREM a conta.
    Porque estes são os países que LUCRARAM com os motivos do êxodo.

    Se conseguirem, através do amor ao próximo e prooaganda, com que OUTROS países paguem a conta, farão novamente .

    1. Frontex

         Uma das propostas a serem resolvidas ( não debatidas, já foi decidido ), mas que na “propaganda” será minimizada, e a ACNUR sabe dela, não concorda, mas engolirá, é a expansão da FRONTEX ( Agencia Européia de Fronteiras ), que em conjunto e apoio ao ACNUR, instalará controles alem-Europa, nos campos de refugiados do LIbano, Jordania e Turquia, para “selecionar” refugiados ( estabilizar o fluxo ao minimo necessário ), a desculpa para tal medida, é que os refugiados – em sua grande maioria ( ou seja: os que não interessam para os europeus ), continuem próximos a seus locais de origem, pois assim que a guerra acabar, eles poderão retornar mais facilmente a seus paises.

           Quem irá pagar: Os paises que vc. referenciou ( menos a Italia, que tem outro problema), os nórdicos ( Suécia, Noruega e os “etnicos puros” dinamarqueses ), com pequena participação da Holanda e Espanha, a principio os Europeus ( Comissão Européia ) tb. pressionam os Estados Unidos e os paises do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (  sauditas e demais emirados e reinos ), para que estes tb. entrem com “verbas”.

  2. O horror

    A Hungria é indigna de fazer parte da União Européia, enquanto um continente que defende certosz valores. Quem viu as imagens dos refugiados em comboios de trens, com a policia empurrando a maioria, jogando alguns para o chão, retirando à força, etc. Toda a cena lembrava os embarques de milhares de judeus durante a segunda guerra. Ca estamos vivenciando outro tipo de guerra.

    1. Não se espante

       É histórica a atitude hungara relativa a diferenças supostamente “étnico-religiosas”, mesmo anterior a divisão do Império Austro – Hungaro, ela já existia, e na Hungria moderna ( pós 1920 ), intensificou-se, tanto que o segundo país europeu a estabelecer limites para “judeus”, incluindo cidadania, foi a Hungria, nos anos 30, junto com leis que estabeleciam “quotas” populacionais relativas a: ciganos, romenos, etc.. , ou simplificando, todos os povos/etnias, que apesar de secularmente até, vivessem em território hungaro, não tivessem origens “puras magiares”.

         Mesmo durante a época “comunista”, a tal “descendencia magyar”, subsistiu, um nacionalismo étnico e religioso, fortemente conservador , o qual, com a queda do regime comunista, ressurgiu com força.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador