A hora da verdade da crise hídrica em São Paulo, por Sérgio Reis

 

A hora da verdade da crise hídrica em São Paulo

Sérgio Reis

Como vimos, na última Sexta-feira a saga da crise hídrica passou por mais um momento relevante e, dessa vez, de cunho institucional: diante da recusa da SABESP em cumprir um acordo firmado no âmbito do comitê anticrise a respeito da redução das vazões de saída de água do Sistema Cantareira, a ANA, órgão regulador federal, optou por sair do grupo, solicitando ainda o seu cancelamento. É difícil, ainda, saber com clareza quais serão as consequências desse acontecimento, mas é possível conjecturar que, a partir de agora, a SABESP poderá ter maior autonomia na determinação do quanto deverá ser retirado das represas. Isso poderia significar, na prática, a aceleração do volume de água retirado, caso levemos em conta o raciocínio eleitoral de se buscar evitar ao máximo a realização de um cenário de escassez. De fato, verificamos um crescimento de quase 20% da quantidade de água retirada nesse fim de semana (as médias passaram de 18 para aproximadamente 21,5 m³ por segundo). Contudo, apostar na continuidade dessa tendência não parece ser uma obviedade. De todo modo, o caso nos dá indícios para pensarmos sobre a eventual inadequação de modelos de governança como o comitê anticrise para lidar com situações como essa, especialmente em um contexto em que o componente eleitoral é vital para se explicar decisões que foram tomadas ao longo do tempo.

Na verdade, a SABESP pode estar lidando com uma imensa “sinuca de bico” na gestão operacional da crise: a extração do volume morto do Atibainha já se encontra em seus últimos momentos. Resta pouco mais de 1 metro, ou cerca de 15 bilhões de litros de água para serem extraídos. Salvo a existência de precipitações de mais de 100 mm nos próximos dias – o que é extremamente improvável -, será inevitável que, ainda antes do primeiro turno o Governo de São Paulo seja obrigado a voltar a buscar captar o volume morto da represa Jaguari-Jacareí. Como sabemos, há cerca de 30 bilhões de litros da primeira cota dessa “reserva técnica” ainda por serem retirados, além de 106 bilhões de litros de uma segunda cota. Para quem acompanha diariamente os dados de transparência da SABESP e da ANA, foi possível verificar que, desde que começou a extração do volume morto do Atibainha, a empresa pública paulista passou a preservar ao máximo a represa Jaguari-Jacareí, em geral adotando a estratégia de manter seu volume remanescente estável (equalizando a vazão transferida para a represa Cachoeira com o total que entrava, naturalmente, por dia, reduzida da vazão transferida a jusante para o PCJ, por determinação da outorga).

No entanto, uma notícia publicada pelo Estadão neste Sábado – a qual teve pouquíssima repercussão – faz acender o alerta vermelho para quem está acompanhando a crise. De acordo com a matéria (disponível aqui: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,seca-dificulta-captacao-de-volume-morto-do-sistema-cantareira,1563152), a companhia de abastecimento de São Paulo estaria tendo dificuldades para retirar essa pequena parte que resta da primeira cota do volume morto, aparentemente em razão da insuficiência das vazões de entrada. Em outras palavras, aquele improviso montado para retirar o volume morto e lançado pomposamente por Alckmin (em um dos atos políticos mais surreais da história republicana brasileira) não é mais capaz de cumprir a sua função. A cota da represa alcançou um nível tão baixo que as bombas não mais consequem alcançá-las para captar a água com eficiência. A SABESP, então, tem passado a fazer as dragagens de terra e os canais de interligação para tentar levar a água que resta da represa para aquela região da captação – algumas dessas “artes” puderam ser vistas nos vídeos do Du Dias compartilhados na semana passada.

A situação é desesperadora porque será absolutamente necessário retirar esses 30 bilhões de litros restantes daqui a menos de 15 dias, e neste momento ainda não sabemos se a SABESP dará conta de fazê-lo. Ou seja, no mínimo 10 milhões de pessoas poderão enfrentar um racionamento no curto prazo e poderão vir a ficar sabendo disso com pouquíssima antecedência. É por isso que causa espanto que a notícia do Estadão tenha tido tão pouca repercussão.

Nesta matéria do G1 de Sábado, por sinal (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/09/sistema-cantareira-tem-nova-queda-e-opera-com-82-da-sua-capacidade.html), ficamos sabendo que só nesta semana é que a SABESP passou a realizar as obras para buscar extrair o segundo volume morto do Jaguari-Jacareí (as quais demandarão com que um nível muito mais profundo da represa possa ser captado, haja vista que hoje ela se encontra pouco abaixo da cota 817 e, caso toda essa reserva seja extraída, ela chegaria à cota 806). A reportagem do G1, por sinal, é interessante por se arriscar um pouco mais – do ponto de vista da grande mídia – na apresentação de imagens do estado atual (dramático) do reservatório.

O Estadão, na matéria supracitada, entrevista o professor Antonio Carlos Zuffo, da Unicamp, o qual explica que a parcela d’água correspondente ao segundo volume morto se encontra, é claro, não só em um nível inferior, mas em uma parte mais baixa do reservatório – uma desvantagem topográfica sensível, visto que essa condição demanda que dragagens sejam feitas continuamente (de outra forma, em razão da diferença de altura entre as porções de água e os canais, tende a ocorrer a sedimentação da terra). Em síntese, será particularmente difícil extrair essa segunda cota do volume morto – isso, é claro, se conseguirem, realmente, retirar a primeira cota.

Estamos chegando, então, a uma espécie de “hora da verdade” na crise hídrica, a qual coincide, curiosamente ou não, com as eleições para o Governo do Estado de São Paulo. Parece que nos aproximamos, lamentavelmente, do momento em que nem mais os improvisos de engenharia poderão dar conta de contornar o cenário trágico da indisponibilidade hídrica para milhões de pessoas, nem mais serão eles capazes de escamotear o imenso estelionato eleitoral em curso. A não ser, é claro, que Alckmin seja reeleito já no primeiro turno. De outra forma, contudo, talvez até possamos ser testemunhas da falência do Cantareira antes de 26 de Outubro. Que a água vai acabar e que o estrago (à cidadania, ao meio ambiente, à produção industrial, aos serviços, etc) já está feito, parece claro – não está evidente, contudo, o grau de responsabilidade do governo Alckmin, tão brilhantemente blindado pelos meios de comunicação. A questão é quando ocorrerá, qual será a reação das pessoas e como poderemos, quem sabe, superar esse quadro? E, a partir da hora em que todo mundo ficar sem água, será que a população realmente continuará a acreditar no discurso de que é tudo culpa de São Pedro? Uma hora, a paciência acaba.

Redação

58 Comentários

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  1. Repete-se em São Paulo em

    Repete-se em São Paulo em 2014 com a água, o que aconteceu no Brasil em 1998 com o câmbio. Com a cumplicidade criminosa da grande Imprensa familiar, o PSDB deixou de tomar providências técnicas visando, apenas, vencer as eleições. Está claro que tanto em 98 como agora, no dia seguinte às eleições, aí sim… tentarão fazer o que deveriam ter feito na hora certa, ou seja, muito antes das eleições (que diferença de Haddad… que vai fazendo o que acha ser melhor para a Cidade independentemente do que pensa essa Mídia ordinária e vendida). Triste PSDB… que pensou que poderia governar ad eternum tendo na grande Imprensa seu único suporte. Caminha a passos largos para a sua extinção. E já vai (bem) tarde…

    1. Perdão, Alckimim será eleito

      Perdão, Alckimim será eleito no primeiro turno, o que mostra que os eleitores paulistas continuam errando, pior,  persistindo no erro  e que SP se tornou curral eleitoral tucano.  Vão sofrer horrores. SP de locomotiva a vagão. Merecem pela ignorância.

      1. Tô com saudade das pesquisas

        Tô com saudade das pesquisas pra governador de SP, por quê ninguém fez mais pesquisa??? Será que o chuchu desabou??? Só darei meu pitaco depois das próximas pesquisas…

      2. E votar em quem, PT? Já não é

        E votar em quem, PT? Já não é o bastante ter esses ignóbeis em Brasília e que vivem do assistencialismo barato e rudimentar?  Chega de amadores corruptos conduzindo nossos destinos.

        1. Sabe que vocè tem razão

          Entrega as finanças pro  Soros  e põe a Halliburton para gerir o operacional . Quem não for competente que se vire, o resto são só serviços e utilizaremos a cartilha TISA. (ou Sagradas Escrituras TISA).

          Cabra bom você, gostei.

           

        2. Sim, no PT

          Em menos de dois anos Haddad já planejou e fez mais que Serra e Kassab juntos… Chega é de corruptos profissionais conduzindo o Estado de São Paulo.

          “Assistencialismo barato e rudimentar” é na sua ridícula opinião, típica de quem não consegue olhar para além do quintal onde brinca ou do quarto onde guarda seus brinquedos… parece criança imitando os pais reacionários. 

        3. Caminhão pipa

          Os profissionais tucanos são bastante eficientes em privatizar, como fizeram com a Sabesp, em garantir  bons divididendos aos acionista da Bolsa de New York em contrapartida do não investimento para melhoria do sistema de abastecimento de água. Quero ver abastecer 12 milhões de pessoas com caminhão pipa!

  2. O cérebro apodreceu: eleitor de Alckmin.

    Eu acho inacreditável. Mesmo no Regime Militar, quando os governadores eram nomeados, alguns por terem presenteado a primeira dama de plantão com jóias adquiridas com dinheiro público, mesmo naquela época, bajuladores corruptos que assumiam os governos estaduais não apresentaram tanta incompetência. Alckmin é um fenômeno. De mídia comprada, de eleitores com cérebros deformados, de moral em concordata ou mesmo falida. Votar em Geraldo Alckmin é não ter honra, não ter vergonha, não ter decência, é entregar a mulher ao rei para a primeira noite.

  3. Obrigada Sergio, era esta justamente minha pergunta em um post

    Eu imaginava impossível, já que estas represas são de formação natural e assim, cheias de ondulações em seu solo, que algo assim não ocorresse. Quando a água baixa demais ficam várias “poças”, ou seja, tem-se uma somatória de 8% de água nos reservatório mas estão elas dispersas ao longo de várias destas grandes poças. Tem-se um tanto de água, mas não acessamos ela. Fora a falta de chuvas que reabasteçam os reservatórios, surge esta grande jornada que os pobres operários é que terão de resolver, já que nossos “gestores” se congestionaram em sua arrogância e pararam de investir no negócio para dar dividendos aos especuladores. Quanto vai valer em breve uma empresa que não tem produto?

    O PSDB paulista vai ter de se tornar muito fervoroso de São Pedro e rezar diariamente, pois o risco de colapsos aqui e ali, antes mesmo do primeiro turno, é grande. Por sua vez se a imprensa envelhecida continuar escondendo os perigos da questão, terão grande baque, por desfazer de sua função básica: informar ao público. 

    1. Pois é, Iara, eu confesso que

      Pois é, Iara, eu confesso que estava tentando ser cauteloso nesse prognóstimo mais cataclísmico a respeito da real quantidade de água que poderia ser extraída. O Bill, que sempre comenta por aqui, tinha aventado a hipótese de que estaria havendo um problema de eficiência das bombas. Analisei os dados e cheguei à conclusão de que preferiram esgotar todo o Atibainha até concluírem as novas obras no Jaguari, para que então fosse possível fazer dedicar todas as bombas a fazer a extração no volume necessário (~20m³/s). Quando vemos os vídeos, contudo, observamos o quão acidentado é o terreno, o que complexifica sobremaneira o processo de captação. A conta dos 106 bilhões de litros da segunda cota, então, é provavelmente real de um ponto de vista estatístico (i.e., calculando-se a área alagável do reservatório e levando-se em conta as profundidades médias dos setores), mas muito dificilmente será possível retirá-los completamente. Além disso, existe uma pequena porção, situada ainda mais abaixo, que em tese não pode ser retirada, pois é por meio dela que as descargas obrigatórias ao PCJ (1 m³/s) são feitas. Enfim, situação complicadíssima. O governo de São Paulo, contudo, por tudo o que vemos, tomou uma decisão lá atrás e dela não abrirá mão, mesmo que, para isso, retire até o último mm³ dos reservatórios.

  4. Ainda falta dizer

    Que todas as críticas sejam feitas, mas continuo acreditando que não custa nada informar que estamos passando tres anos de pouca chuva e que problemas de abastecimento estão pipocando em várias cidades, sem contar com rios e represas quase que secos (São Francisco é um bom exemplo).

    1. Não tente tampar o sol com a peneira

      O problema hídrico de Sâo Paulo já estava registrado desde 2004 e solicitaram a SABESP uma solução para o desastre anuciado. Infelizmente o PSDB não mexeu uma palha e levou na flauta. Nenhuma outra capital está com o mesmo problema de SP embora todo o sudeste esteja seco. Foi a mesma coisa que o PSDB fez com a energia em 2001 que virou um racionamento monstro que afetou o PIB, o emprego e a renda dos brasileiros. A Dilma solucionou o problema da energia. Mas o PSDB tem trouxas como você para defende-lo.

      1. Pombas, você conseguiu me

        Pombas, você conseguiu me chamar de trouxa e burro ao mesmo tempo (defender o PSDB). Morro de inveja de pessoas que, após ler um simples comentário – se for atrás verá que já levantei a questão das parcas chuvas no Brasil em 2013- conseguem rotular outras com esta calma toda. Fico imaginando você no trabalho. Todos devem te admirar muito.

        Aliás, trabalhas?

    2. “Continuo acreditando”

      Prezado, acreditar que faltou informar à população paulista, que as chuvas deste últimos 3 anos, não vieram, é um paliativo inaceitável. Desde quando a natureza(ou São Pedro) tem obrigação de fazer chover, ou chover aonde os maus adms.políticos, governam ? A obrigação constitucional e contratual(caso da Sabesp) de investir na prevenção desta catástrofe(anunciada) é dos governos Estaduais, e tambem compartilhada pelos prefeitos das cidades envolvidas, que deveriam pressionar as Secs. de Estado, do setor hídrico, para tal eventualidade. A citação do companheiro, dos rios e represas quase secos, não justifica, assim como a desculpa, de que “até” o velho Chico, estaria secando, não procede. Ao contrário, a iminente entrega da transposição das águas deste rio, é uma das coisas, que deveriam terem sido feitas há naos, e só agora, houve a vontade política, para tirar esta obra do papel. Em tempo: Em Israel, não há rios, tampouco represas, para armazenar água, e quase não chove, entretanto, o governo israelense, capta “toda” a água das poucas chuvas, aramazena-as nas regiões aonde elas caem, e para evitar falta dágua, desaliniza a água de seus mares, trata-a adequada e saudavelmente, evitando que a população dependa apenas da natureza. Não podíamos ter feito isso, em São Paulo, por exemplo, pois temos logística suficiente e um oceano infinito na nossa vizinhança ?

      1. Não é informar à população

        Não é informar à população paulista, estou falando da análise feita. E como mostrado acima, o governo de sp já sabia do problema há tempos. Que foi incompetente está mais que claro. Eu realmente não sei a situação dos demais estados e capitais. Sinto falta de notícias sobre as mesmas.

        Quanto ao velho Chico, não são essas as notícias que foram mostradas aqui em Minas, inclusive mostrando tres Marias que está dando dó.

        Quanto a Israel, sei da hiostória, inclusive da eterna briga pelas águas do Jordão.

      2. complementando

        ESTIAGEM E SECA »

        Governo reconhece situação de emergência em mais seis cidades de Minas

        Determinação está presente em duas portarias do Ministério da Integração Nacional publicadas nesta segunda-feira no Diário Oficial da União
         

        Estado de Minas

        Publicação: 22/09/2014 09:38 Atualização: 22/09/2014 11:15

        O governo federal reconheceu situação de emergência em 15 municípios brasileiros em razão de desastres climáticos. Seis deles ficam em Minas Gerais. A determinação está presente em duas portarias do Ministério da Integração Nacional publicadas nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

        Em dez cidades, a razão para o decreto é a estiagem e seca que atingem cidades do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, além da Bahia e Paraíba. Os demais municípios – localizados no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina – enfrentam chuvas intensas, granizo e vendaval.

        Em Minas, os municípios atingidos pela estiagem são Catuti, Engenheiro Navarro, Santa Fé de Minas, Ponto Chique e Jequitaí. Ladainha, no Vale do Jequitinhonha, sofre com a seca. Boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais aponta que há 149 municípios afetados pela seca e estiagem em 2014.

        Saiba mais…Prefeitura de Itabira decreta racionamento por causa da seca Moradores de Lagoa Formosa enfrentam racionamento por conta do período de seca
        Igarapé

        Também nesta segunda-feira, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) emitiu um alerta à população informando que Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está passando por uma crise de falta d’água por causa da escassez de chuva.

        Segundo a empresa, o município é abastecido por dois sistemas produtores – o córrego Estiva, responsável pelo atendimento de 35% da cidade, e o sistema Rio Manso, que abastece os outros 65%. No entanto, o longo período de estiagem reduziu a vazão do córrego Estiva, provocando intermitência no abastecimento da cidade.

        A empresa afirmou que tem realizado manobras operacionais no sistema, mas explica que a colaboração de todos os moradores de Igarapé é importante para enfrentar esse período de estiagem. Mudanças simples de atitude fazem toda a diferença: lavar o carro com balde de água no lugar da mangueira, deixar a torneira fechada enquanto se escova os dentes, tomar banhos rápidos, suficientes para a higiene corporal, aguar plantas com regador e não lavar o passeio com água tratada. (Com Agência Brasil)

         

    3. Que bom

      Que bom que sempre tem um evandro condé mais “ixperto” que nós outros. Ninguem sabia que estamos passando por um longo período de estiagem. Só o condé sabia, já faz tres anos.

      Então, vamos todos a Aparecida, rogar aos ceus. Obra de saneamento básico -inclusive aquelas que contemplam períodos de estiagem – é coisa do diabo. Racionamento preventivo então, nem pensar.

      O médico anestesista Geraldo Alckmin, que nas horas vagas faz o papel de governador de SP, não tinha, nem tem, obrigação nenhuma de prever que haveria o pior para o Estado que governa, em matéria de abastecimento de água. Azar nosso.

      1. Se você visse o tanto de mais

        Se você visse o tanto de mais ixpertos que me contestaram dizendo que as chuvas que caiam , lá pelos idos de 2013, seriam suficientes, que não haverriam problemas, que eu estava repercutindo o pig, etc. , aí sim ficaria admirado.

        E eu fiz um comentário, a época, simplesmente achando estranho a falta de manifestações sobre a seca que, eu como leigo, simplesmente “advinhava”. Como não sou advinho porcaria nehuma, uma alma generosa postou acima um link mostrando que o problema já estava em estudo desde 2001.

        E novamente, quando voces discordam de alguém já saem rotulando?

  5. Nacional

    Pelo visto o problema chegou ao ponto de envolver a segurança nacional.

    Vai acontecer o fato de a água acabar por completo de um dia para o outro.

    Com a água vão-se os empregos, a produção industrial, o PIB !

    E com isso a paz social

    O pior dessa história é que vão por a culpa no ….Lula !  

  6. Acho melhor o paulista ,e o

    Acho melhor o paulista ,e o paulistano principalmente ,começarem a pensar em fazer o fluxo inverso em direção ao nordeste brasileiro.

    Vamos lá povo de São Paulo ,a migração pode começar imediatamente.

    Afinal a transposição do rio São Francisco já está abastecendo vários municípios do nordeste.

    Quem sabe .vcs que sempre ridicuarizaram os nordestinos os chamando de “Bahianos ” ,vão poder ser apelidados de quê?

    1. questão de engenharia?

      Como fazer é engenharia. 

      Querer fazer e mandar fazer, é política. 

      Alckmin quis fazer: a distribuição de dividendos acima do acordado nas assembléias.

      Alckmin não quis investir. 

      Não tem água? O povo que compre coca-cola e beba. 

      Não é mesmo, Maria Alckim Antonieta??

       

       

       

       

    2. Com a situação climática

      Com a situação climática atual e o governo estadual se recusando a fazer racionamento devido a época de eleições …

      E o autor do post é que está politizando (???)… sei …

      Cada um acredita na mentira que quer.

  7. Assunto fora da Eleição

    Olha, essa crise já deu o que tinha que dar e a solução não está nas mãos da SABESP ou do Alckmin. Só uns poucos eleitores um pouco mais esclarecidos e que não votam PSDB que tratam dela. Ninguém mais.

    Nem os candidatos ao Bandeirantes.

    De Padilha aos que vão salvar São Paulo do demônio, de Skaf a malucos inventores de trem voadores e que vão “endireitar São Paulo”, ninguém trata deste assunto. Confesso que assisto com boa regularidade os programas da TV e rádio – mas perco alguns e talvez nestes que perdi o assunto tenha sido tratado.

    Agora estão se debatendo numa ficção científica tipo Big-Brother metropolitano com umas câmeras de fazer inveja ao Hubble, capazes de identificar qualquer cidadão através da leitura da íris e do DNA e já acionar a Rota pra “averiguar o elemento”. Se ele é criminoso ou não e se ele vai sair ileso do camburão não são problema dos paulistas. Segundo Alkmin, “Quem não reagiu tá vivo”.

    “Mas tem em Nova Iorque!” Pronto! Serve pra Terra da Garoa.

    Me pergunto: e as outras cidades? Ficam felizes com esse autoritarismo pan-óptico paulistano?

    E taca Deus e o mundo falar o óbvio: só delírio. E é por aí que vai o debate eleitoral…

    Bem citada a tática repetida agora e que foi usada em 1998 para a reeleição de FHC quando só se revelou a real situação do câmbio no primeiro dia do segundo mandato.

    Quem é de São Paulo – SP vai se lembrar da eleição de José Serra para a Prefeitura logo após Marta Suplicy: a prefeita só se candidatou pois tinha inimagináveis índices de aprovação para um governo petista na cidade. O PSDB inventou umas clínicas de computação gráfica e TODO o debate foi para novamente falar o óbvio, um delírio. Resumo: o PT ao invés de falar tudo de bom que tinha realizado (de Bilhete Único a CEUs) ficou batendo que o delírio era delírio e perdeu a eleição. Dois anos depois, Serra renúncia e se candidata ao Governo do Estado. Não termina o mandato e perde as eleições para presidente.

    Mas todos nós sabemos quem é o pai dessa estratégia de ilusionista do PSDB – que desvia a atenção da plateia com uma mão e esconde a verdade com a outra. Ou alguém se esqueceu do Fura-Fila de Celso Pitta?

  8. O nome disso é irresponsabilidade.

    Independente das últimas decisões do Executivo Paulista, no que concerne a este assunto, tenha sido determinado pelo desejo animalesco, de ser reeleito a qualquer preço, este preço, será caro demais, senão impossível de ser “pago” e poderemos estar “caindo na real” tarde demais, e appós es eleições, quando então, “tudo já estará consumado”.

    Pareceres técnicos; Instruções e alertas da ANA; Remanejamento de recursos do orçamento estadual(sem afetar os dividendos dos acionistas da Sabesp) estão sendo feitos arbitrariamente, com o único objetivo: fazer o atual governador continuar no Palácio dos Bandeirantes, para não correr o risco, de ver esta atual administração, ser investigada nesta questão, e continuar “empurrando com a barriga” até a próxima eleição, e…

    Na história brasileira concernente à administração hídrica, estas ações do atual governador paulista, é a maior irresponsabilidade, e não pode e nem deve ser absorvida(e ainda por cima, gratificada com a reeleição)pelos paulistas, que terão que mudar radicalmente suas vidas, com a iminente(e não somente ameaçadora)falta absoluta dágua, tudo fruto de uma má e irresponsável administração, que só visou manter-se politicamente vivo, e as locupletações dos seus aliados.

  9. Não se preocupem não vai

    Não se preocupem não vai faltar água francesa “Perrier” nas redações dos jornais, tvs e rádios especialmente para os redatores-chefe.

  10. É muito triste ver tudo isso

    É muito triste ver tudo isso acontecendo com o belo estado de SP e com o Brasil que vai sofrer consequencias dessa irresponsabilidade

    1. Cada povo…

      … tem o governo que merece!

      Isso porque o povo de São Paulo diz que tem que ter alternância de poder… claro que isso só vale se quem estiver no poder é o PT…

      Pro Paulista, 20 anos de PSDB no poder é pouco.

      Faltar água pra beber é pouco…

      Tem que criticar a cor das ciclofaixas que faz campanha descarada ao governo do PT, mesmo que o vermelho seja a cor utilizada mundialmente.

      Chora, Paulista! É Alckimin no 1o. turno!!!

      Só tem um problema nessa história…

      Eu e minha família estamos aqui na cidade de São Paulo… 🙁

  11. Uma pergunta que me ocorreu…

    Quando a água acabar e tiver algum incêndio de grande monta, vai ter caminhão-pipa o suficiente para dar conta? Se não tiver, quem será responsabilizado? São Pedro?

    1. Não e não, porque os patetas
      Não e não, porque os patetas vão conseguir um jeito de colocar a culpa no PT.
      Aliás, há 15 dias, faltou água para apagar um incêndio numa favela na cidade de SP e o governador ameaçou processar o prefeito Haddad porque o hidrante estava seco.

      1. A Sabesp segue as palavras

        A Sabesp segue as palavras daquele grande pensador, Homer Simpson: “a culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser”. Com a ajuda da mídia está colocando a culpa no governo federal.

        O duro é que mesmo quem não vota no Alkmin teremos de aguentar as conseqüências do voto do pessoal que trocou o cérebro pela Veja.

  12. este tipo de estelionato

    este tipo de estelionato eleitoral 

    colocou o psdb numa sinuca de bico história.

    ao omitir-se junto com a grande mídia,

    ambos decretam a procrastinação

    de medidas políticas, ténicas

    e sociais que

    impediriam o desasrtre.

    mas não  o fizeram,

    não fazem

    e não o farão

    –  pelo andar da carruagem enlameada

    nesse obscuro caminho da auto-destruição…

  13. Paulista,um povo que se

    Paulista,um povo que se merece, qualquer consequencia será de mero reconhecimento de suas responsabilidades, uma vez que tem a mentalidade muito próxima da ideologia Nazi-fascista.

  14. Alckmin deveria sair do

    Alckmin deveria sair do governo algemado e não praticamente reeleito, tal a gravidade da sua incompetência e desonestidade como gestor.

    O que Sérgio Reis relatou no post é a crise do presente. O que sinto falta é de especialistas discutindo as consequências para o futuro, mais objetivamente, na questão da desindustrialização do Estado mais rico do país por conta da má gestão da oferta de água.

    Quantos anos serão necessários para recuperar o estrago que o desespero tucano está fazendo no sistema de reservatórios do Estado?

    Quanto tempo o Estado terá de conviver com a crise hídrica? Tenho ouvido falar entre 7 e 10 anos.

    Qual será a cota individual prevista no racionamento e por quantos anos? Tenho ouvido falar que será por volta de 5 litros/pessoa/dia (só para se ter uma ideia, uma descarga de privada, daquelas antigas, de parede, consome entre 12 e 15 litros por vez).

    Sinto falta de dados consistentes sobre essas questões.

  15. Para quem não viu, o IG fez

    Para quem não viu, o IG fez essa matéria na Sexta-feira: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-09-19/alckmin-diz-que-racionamento-seria-problemao-e-sugere-que-nao-se-lave-o-carro.html

    Alckmin diz que racionamento seria “problemão” e sugere que não se lave o carro

    “Na Califórnia (EUA), andar com o carro sujo é sinal de patriotismo”, disse o governador e candidato à reeleição

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato a reeleição pelo PSDB, sugeriu que, enquanto persistir a estiagem que castiga o Estado, o paulista deve evitar o uso de água para lavar automóvel. “Na Califórnia (EUA), andar com o carro sujo é sinal de patriotismo”, disse o tucano, que voltou a descartar a hipótese de racionamento.

    Vagner Campos / DivulgaçãoAlckmin dá início à captação de água da reserva técnica da represa Jaguari/Jacareí

    Em palestra feita nesta sexta-feira a empresários da Câmara Portuguesa, em São paulo, o governador afirmou que o racionamento seria “um problemão” e garantiu que as decisões tomadas são técnicas. “Não há nada de questão eleitoral”, disse ele, atribuindo as dificuldades à falta de chuvas no Sul de Minas, de onde sai a água que abastece o Sistema Cantareira, o maior do Estado.

    Segundo ele, a hipótese de racionamento prejudicaria a população mais pobre e, por reduzir a zero o abastecimento, poderia destruir a rede de encanamento sempre que a água fosse liberada novamente. O governador acha que a estiagem dará uma trégua nos próximos dias.

    Leia mais: Geraldo Alckmin nega racionamento de água em São Paulo

    Em debate agressivo, Alckmin ataca Dilma e recebe ataques de Skaf e Padilha

    Para Alckmin, a instituição do sistema de bônus – pelo qual quem economiza 20% no consumo ganha 30% de desconto na conta – equivale ao racionamento na escala de 24 por 72 horas. Ele afirmou que 78% dos consumidores reduziram o consumo e, destes, 49% ganharam o bônus, o que justificaria a decisão do governo.

    Para tranquilizar os empresários, boa parte receosa em função da crise hídrica, Alckmin anunciou que o governo está firmando parceria para construção do oitavo sistema de abastecimento, uma parceria público privada (PPP) para captar água do Rio São Lourenço, em Juquitiba, a 80 quilômetros da capital e a 300 metros de altitude.

     

    1. De que patriotismo ele está

      De que patriotismo ele está falando, meu deus? Patriotismo paulista?

      Esse pessoal está ficando cada vez mmais perigoso. Já passaram do ponto há muito.

  16. Infelizmente quem decide a eleição é um povo sem raciocínio.

    Infelizmente esse goverandorzinho será reeleito ainda no primeiro turno porque quem decide o voto nesse país são aqueles que pouco usam a massa cefálica, votam de qualquer forma sem ao menos se interessar pelas informações, que aliás não tem o mínimo de trabalho de ler e muito menos de pesquisar.

     

    Enquanto essa parte da população brasileira mantiver esse costume, políticos irresponsáveis como esse sempre se darão bem.

    A outra parte de população que procura informações e que tem consciência de voto, são obrigados a irem às urnas simplesmente por praxe e para não ter que pagar multa e ser punido por outros meios, porque enquanto um pensa e age com razão vota, outros nove que nem se dão ao trabalho de se informar definem a eleição.

     

     

  17. Governadores deixam de tomar

    Governadores deixam de tomar medidas necessárias para não desagradar “investidores” que buscam rentabilidade imediata. Investimentos demandam tempo de retorno do investimento e diminuem dividendos. Então deixam de fazer os investimentos necessários para garantiar a continuidade e expansão dos serviços públicos.

    Enquanto isso, os pastores atribuem a falta de água ao anti-cristo encarnado na figura na Dilma.

    “Êh, oô, vida de gado
    Povo marcado
    Êh, povo feliz!”

  18. Cantareira em Las Vegas, quando outubro chegar

    Quem aposta 100 contra 1 que um picolé de chuchu vai decretar um racionamento de água assim que for eleito, provavelmente em primeiro turno?!

    Quem sabe o temporário desastre (S.Pedro afinal é um santo) de algumas semanas, meses ou anos e seus respectivos dramas e tragédias durante o período, não convença o paulista a votar diferente, melhor do que vota há decadas?

    O paulistano, que tem uma composição populacional bem mais variada, já mostra bons sinais. Relutantes, mas os há.

    Dessa irresponsabilidade cínica e típica desfaçatez com o povo, por Alckmin e seus tucanos, talvez possa-se, pesarosamente, vir-se a usar o velho dito de que “há males que vêm pra bem”.

    Apesar do preço,..

  19. Vale a pena ler esta

    Vale a pena ler esta reportagem também:

    http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/09/capa/nacional/207848-seca-isola-condominios-de-luxo-a-beira-de-represa.html

    PIRACAIA

    Seca isola condomínios de luxo à beira de represa

    Baixa vazão dos reservatórios Jaguari-Jacareí obriga moradores a usarem helicóptero para conseguirem se locomover

     

    20/09/2014 – 09p7 – Atualizado em 20/09/2014 – 11p1 |       Envie a notícia por e-mail E-mail    Imprimir Comunicar erro

     

    Foto: Janaína Ribeiro/ Especial a AANSeca, isola, condomínios, luxo, beira, represa, Jaguari-Jacareí, Piracaia, crise, abastecimento, água, racionamento, Campinas, Grande São PauloBaixo nível da represa obriga moradores a usarem estrada de terra em péssimas condições para chegar à cidade

     

    A estiagem isolou condomínios de luxo que ficam à beira da represa Jaguari-Jacareí, que faz parte do sistema Cantareira, em Piracaia (SP), a 85 Km de Campinas. O acesso de barco ficou comprometido com a baixa vazão dos reservatórios, sendo necessário utilizar helicópteros para que os veranistas cheguem em suas residências.
    De carro, é necessário percorrer 12 km de estrada de terra em péssimo estado contados a partir da Rodovia José Augusto Freire, que liga a cidade de Piracaia a Joanópolis, para chegar a estrada do Panorama, que dá acesso aos condomínios. Em época de temporal, a dificuldade em fazer o trecho piora. Difícil acesso
    Trabalhadores e caseiros que vivem ao redor destes condomínios reclamam do difícil acesso ao bairro, principalmente da inexistência de ônibus circular. A alternativa para se locomover é ter carro ou moto, para os que não têm, a carona é a solução. “Tem que ter um carro velho para servir a gente. Aqui o ônibus não chega”, afirma Iraci Pereira, moradora de um sítio há 39 anos, onde hoje virou um loteamento residencial e precisa entregar o imóvel, que será derrubado por não estar nos padrões do condomínio. Ela afirma que durante este ano sempre deu o endereço de amigos que residem no Centro de Piracaia para ter acesso às suas correspondências e que procura ir à região central uma vez por mês, porque o valor do combustível é alto. “Ganho um salário mínimo e tenho custos com remédios. Não posso ter o luxo de ir ao centro toda vez que preciso.” Doze condomínios Doze condomínios estão à beira da represa do Jaguari-Jacareí; Entre eles: Riviera do Jaguari, Residencial Santa Fé, Enseada do Jacareí, Paiquerê e Panorama. Os veranistas do Panorama e do Paiquerê utilizam helicóptero, por estarem localizados em áreas mais distantes. Para Willian Ferreira Preto, de 21 anos, porteiro de um novo condomínio que ainda não tem moradores, compensa ir e voltar da sua casa porque não trabalha todos os dias e é mais barato encher o tanque da moto. “Trabalho aqui há um ano e já me acostumei com o trajeto, mas por ser um dia sim e outro não”, disse. A região
    O comércio da região teve grande baixa, depois que os turistas, em sua maioria paulistas, migraram com a falta de água. Pessoas que dependem da represa para ter renda já sentem o prejuízo. Para o corretor de imóveis Victório Costa, a estiagem também secou as suas vendas. “Há pelo menos quatro meses que não vendo nada. Antes a procura por casas de veraneio e loteamentos residenciais era constante, principalmente pelo público paulista.” Os passeios de barco e lancha que antes eram constantes agora estão suspensos por questão de segurança. Com a represa baixa, muitos bancos de areia e pedra são formados, podendo causar acidentes graves. As pousadas da região estão praticamente sem reservas.

     

    1. Sergio
      Acho que estes

      Sergio

      Acho que estes condominios de luxo (reduto tucano) ganharam dividendos da Sabesp, com certeza com o lucro dá pra comprar agua.

      Faça uma pesquisa pra ver em quem eles votam…..

  20. Vai ter seca

    “a extração do volume morto do Atibainha já se encontra em seus últimos momentos.” O Sistem Cantareira pode parar ainda esta semana. Sera ? Acho que o Alckmin e sua equipe não acreditam nissso. De toda forma, faltam quantos dias para 5 de outubro ? Eh so o que interessa o governo de Geraldo Alckmin. Não sei como no século XXI ainda elegem (eu tô fora!) politicos que deveriam ter acabado junto com a republica café com leite.  

     

  21. Vão vendo como ocorre a

    Vão vendo como ocorre a transferência de responsabilidades … http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,ong-pede-retorno-de-agencia-federal-ao-comite-do-cantareira,1564277

    ONG pede retorno de agência federal ao comitê do Cantareira

    FABIO LEITE – O ESTADO DE S. PAULO

    22 Setembro 2014 | 13h 27

    The Nature Conservancy afirma ver ‘com extrema preocupação’ saída do órgão gestor do grupo técnico que monitora e sugere ações de enfrentamento da seca ao lado do governo paulista

     

    SÃO PAULO – Maior organização ambiental do mundo, a ONG The Nature Conservancy (TNC) divulgou nota nesta segunda-feira, 22, na qual afirma ver com “extrema preocupação” a saída da Agência Nacional de Águas (ANA) do comitê anticrise do Sistema Cantareira, anunciada na última sexta-feira, 19. A entidade pediu o retorno imediato do órgão federal ao grupo técnico formado em fevereiro em conjunto com o governo de São Paulo para monitorar a seca no manancial e recomendar ações de contingência.

     

     

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    “Apelamos para o retorno imediato da ANA ao GTAG (sigla do comitê anticrise) como um dos atores chave e com competência legal para a definição das regras operativas ao estabelecer não apenas do volume de retirada do Sistema Cantareira, mas também o plano de ação do Governo do Estado de São Paulo com o conjunto de medidas que permitirão reduzir os riscos na gestão da crise hídrica”, afirma a TNC, que coordena o projeto “Movimento Água para São Paulo” desde o ano passado. 

     

    Na última sexta-feira, o presidente da ANA, Vicente Andreu, emitiu uma nota dizendo que a agência vai deixar o grupo técnico porque o secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, tem negado um acordo que teria sido firmado entre ambos em agosto para novas reduções no volume de água que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pode retirar das represas do Cantareira para abastecer a Grande São Paulo. As reduções passariam a valer a partir de outubro e de novembro.

     

    “A decisão da agência baseia-se nas manifestações do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, na qual ele nega acordo sobre a proposta de novos limites de retirada de água do Sistema Cantareira para a Região Metropolitana de São Paulo e na ausência de recomendações de vazões a serem praticadas desde o dia 30 de junho”, informou a ANA na última sexta-feira, 21.

     

    Em nota, Mauro Arce disse que “lamenta a decisão da ANA de romper unilateralmente um esforço conjunto que vinha sendo conduzido de forma harmônica desde a criação do GTAG em fevereiro” e que “estranha o momento dessa decisão e o fato de ter sido tomada de uma forma que contraria os critérios técnicos que continuarão pautando o trabalho do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo), da Sabesp e dos demais integrantes do GTAG”. “Em defesa dos interesses de São Paulo e sempre aberta ao diálogo, a secretaria espera que a ANA reveja sua decisão e volte ao grupo de trabalho”, completou Arce.

     

    Para a TNC, “é preciso que se restabeleçam as condições mínimas no diálogo técnico entre os diferentes atores que compõem o GTAG para superar o atual desafio”. Segundo a ONG, que atua em 35 países, “a crise hídrica é gravíssima e pode ter consequências muito impactantes do ponto de vista social e econômico nas áreas afetadas” e “a boa governança da água é imperativo para a superação de desafios relacionados à segurança hídrica”.

     

    Criado no dia 12 de fevereiro, o comitê anticrise é composto por um técnico da ANA, do DAEE, da Sabesp e dos comitês das bacias hidrográficas do Alto Tietê, na Grande São Paulo, e dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), na região de Campinas. Com exceção do funcionário da agência federal, todos os integrantes trabalham no governo de São Paulo. Para especialistas, a saída da ANA ocorreu porque o comitê anticrise era controlado pelo governo paulista, que discorda de uma redução agora da retirada de água do Cantareira para não comprometer o abastecimento da Grande São Paulo. 

     

  22. E a SABESP mantém o discurso,

    E a SABESP mantém o discurso, mesmo com tantas evidências em contrário: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2014/09/22/sabesp-diz-que-abastecimento-de-agua-em-sp-esta-garantido-ate-marco-de-2015.htm#fotoNav=151

    Sabesp diz que abastecimento de água em SP está garantido até março de 2015

    A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, reafirmou nesta segunda-feira (22) que o abastecimento de água está garantido até março de 2015, com autorização e obras para utilização de uma “segunda cota” da reserva técnica do Sistema Cantareira.

    A segunda cota, de 106 bilhões de litros, da reserva técnica -também chamada de “volume morto”- pode elevar o nível do sistema em 10,7 pontos percentuais, quando começar a ser utilizada.

    O Cantareira é o principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo e exibe nesta segunda-feira nível de 8 por cento, já considerando a utilização da primeira cota do volume morto, iniciada em meados de maio. A primeira cota “adicionou” 182,5 bilhões de litros ao sistema.

    O volume morto é a porção de água que fica empoçada abaixo do nível de captação das comportas das represas e que precisa ser bombeada dos reservatórios para chegar a estações de tratamento.

    O Estado de São Paulo enfrenta em 2014 a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Temperaturas mais altas que a média do início do ano aliadas com chuvas fracas do período não recuperaram as represas para o atual período do inverno, quando a pluviosidade normalmente é significativamente menor.

    Segundo a Sabesp, as obras para a captação da segunda cota do volume morto estão prontas e ela “será utilizada se houver necessidade”.

    O pedido para utilização de cerca de mais 100 bilhões de litros foi feito ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo julho. Na época, o nível das represas do sistema era de 17 por cento.

    O governo Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, tem preferido adotar medidas que têm evitado decretação de rodízio de água generalizado na região metropolitana, porém várias cidades do interior paulista, como Bauru e Mauá, estão decretando racionamento de água.

    “Na remota hipótese de não chover uma gota na próxima estação chuvosa, está garantido o abastecimento, no mínimo, até março de 2015, quando estará consolidado o próximo período de chuvas”, disse a Sabesp em nota, sem informar se há garantia de que a próxima estação chuvosa ficará dentro da média histórica.

    Segundo dados da Sabesp, o volume útil do Sistema Cantareira se esgotou em 12 de julho.

    Na sexta-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu deixar o Grupo Técnico de Assessoramento para a Gestão do Sistema Cantareira (GTAG-Cantareira). O grupo foi criado diante da crise hídrica vivida pelo Estado e inclui o DAEE, Consórcio PCJ e Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, além de representantes da Sabesp.

  23. Mais uma mágica contábil à

    Mais uma mágica contábil à frente?

    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/09/cantareira-tera-107-mais-de-agua-com-uso-da-2-cota-do-volume-morto.html

    22/09/2014 14p6 – Atualizado em 22/09/2014 15h09

    Cantareira terá 10 pontos percentuais a mais de água com 2º volume morto

    Sabesp não deu data para início da captação de 106 bilhões de litros.
    Uso da reserva técnica elevaria para 18,7% capacidade nesta segunda.

     

    Do G1 São Paulo

        

    A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou nesta segunda-feira (22) que a segunda cota da reserva técnica do Sistema Cantareira, conhecida como volume morto, elevará o nível dos reservatórios em 10,7 pontos percentuais. A capacidade das represas alcança recordes históricos negativos desde sábado (20). Nesta segunda-feira, o nivel era de 8% da capacidade total.

     A Sabesp não informou quando começará a captação da segunda cota do volume morto, mas disse que a obra, autorizada pelos órgãos reguladores, já está pronta e somente será utilizada se houver necessidade.

    Se a reserva fosse usada a partir desta segunda-feira, o nível do sistema pularia de 8% para 18,7%. São 106 bilhões de litros abaixo das comportas. A capacidade total do Cantareira é de 400 bilhões de litros, de acordo com a companhia.

    Apesar das seguidas quedas no nível dos reservatórios, a Sabesp descarta a implantação de racionamento e defende que, mesmo sem chuva na primavera e no verão, o abastecimento da Grande São Paulo está garantido até março de 2015 com a transferência de água entre outros sistemas e bônus sobre a conta para quem economizar água.

    Volume morto e seca
    Desde 16 de maio o sistema capta água do seu volume morto. À época, o Cantareira marcava 8,2% da capacidade, menor nível em suas medições. Naquela data, o acréscimo da reserva técnica elevou a capacidade para 26,7%. Mas, desde maio, o sistema continuou entregando mais água do que recebe.

    O meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) Thomaz Garcia explica que a chuva não auxilia o sistema por não ser contínua e regular. “Apesar de ter chovido, a estiagem continua. Essas chuvas que acompanhamos apenas melhoram a qualidade e a umidade do ar, mas não revertem a estiagem. São muito irregulares e não têm continuidade.”

    Garcia ressaltou que São Paulo não tem um período de chuva acima da média há nove meses. Os últimos registros ocorreram em março e abril, quando foram registrados 27,1 milímetros. Desde então, a capital paulista tem acompanhado longos períodos de seca. Neste domingo (21), a precipitação foi de 11,4 milímitros.

    Em 3 de setembro, após 101 dias de queda, o sistema registrou um dia de estabilidade, mantendo 10,7%, mesmo nível registrado um dia antes. No entanto, voltou a cair no dia seguinte, atingindo 10,6%. Desde então, não foram mais registrados dias de estabilidade no Cantareira.

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    Saída do grupo técnico
    Na sexta-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) propôs o fim do grupo técnico formado por órgãos reguladores para auxiliar o governo paulista em sua gestão do Sistema Cantareira. Em ofício, a ANA também comunicou sua saída do grupo por discordar da postura da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos sobre os limites adotados para captação de água e abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

    O Grupo Técnico de Assessoramento para a Gestão do Sistema Cantareira (GTAG-Cantareira) foi criado em fevereiro para discutir alternativas à crise hídrica que causou queda no nível dos reservatórios.

    Decisão ANA
    O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, afirmou em ofício enviado à superintendência do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) que o secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, tem negado acordo à proposta de novos limites de retirada de água do Cantareira para a Região Metropolitana de São Paulo.

    Na quinta-feira (18), a agência já havia divulgado alerta sobre a demora do governo em convocar nova reunião do GTAG para concluir a análise da proposta apresentada em reunião em 21 de agosto, e acordada pessoalmente entre Arce e Andreu, de reduzir as vazões de captação.

    Desde o fim do mês passado, o G1 tem solicitado informações sobre as discussões da reunião do grupo, mas os detalhes não foram informados pela Secretaria de Recursos Hídricos e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE)

    Discussões
    O GTAG foi criado em 12 de fevereiro com a objetivo de assessorar a administração do armazenamento de água do Sistema Cantareira no período de crise hídrica. Além de ANA e DAEE, também fazem parte do GTAG representantes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitê PCJ) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT).

    As reuniões do GTAG, presenciais ou à distância, foram realizadas a partir de convite encaminhado pelo DAEE, designado secretaria do Grupo, e na sequência foram expedidos comunicados disponibilizados nos sites das instituições integrantes do grupo.

    A Sabesp defende que a queda dos reservatórios que atendem a Região Metropolitana de São Paulo é resultado da falta de chuva no último verão, o mais seco dos últimos 84 anos, época em que começaram as medições, e as temperaturas que permaneceram altas mesmo durante o inverno.

    Barco fora da água após Represa de Nazaré Paulista baixar por causa da estiagem (Foto: Isabela Leite/G1)Barco fora da água após Represa de Nazaré Paulista baixar por causa da estiagem (Foto: Isabela Leite/G1)

     

  24. O melhor para governar São

    O melhor para governar São Paulo é Alckmin. Foi ele com sua incompetência que criou essa situação, Hoje em Itu teve protesto contra falta de agua. Quem tem que segurar esse pepino é Alckmin e não Padilha e Skaf. “Quem pariu Mateus, que o embale.”

  25. Os industriais paulistas tem sérias chances de ficarem chorando

    Os industriais paulistas tem sérias chances de ficarem chorando nos próximos anos. Para reeleger Alckmin eles estão aceitando quietos toda esta ENORME IMPREVISÃO que está sendo feita com a água em São Paulo.

    A chance de se ter mais um ano seco não é impossível, e se este ano seco ocorrer de novo São Paulo vai parar mesmo.

    Esta brincadeira de utilizar o volume morto depleciona o lençol freático em torno das barragens e quando chover esta acumulação deverá ser reposta, com isto e com um abastecimento já inferior a demanda no próximo ano o racionamento ainda poderá ser pior.

    As condições de investimento em São Paulo podem ser tornar críticas e os outros estados com reserva hídrica poderão tomar uma boa fatia deste mercado, aí não adianta chorar.

  26. Mas se alguém já sabia que

    Mas se alguém já sabia que isto podia acontecer e não soou o alarme é mais culpado que qualquer um.Estou feliz porque vejo o fim do pt próximo.Partido de mentirosos que fala que não há desemprego quando a taxa esta em 14% em idade jovem.Corrupção , um pouquinho né.Qualquer coisa menos pt. 

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