A viagem de Aloysio Nunes para Washington, um dia depois da votação do impeachment

Do The Intercept

Porque o Sen. Aloysio Nunes foi a Washington um dia depois da votação do impeachment?

Glenn Greenwald, Andrew Fishman e David Miranda

A CÂMARA DOS DEPUTADOS do Brasil votou a favor da admissibilidade do impeachment da presidente do país, Dilma Rousseff, encaminhando o processo de afastamento para o Senado. Em um ato simbólico, o membro da casa que deu o voto favorável nº 342, mínimo para admitir o processo, foi o deputado Bruno Araújo, mencionado em um documento que demonstra que ele teria recebido fundos ilegais de uma das principais empreiteiras envolvidas no atual escândalo de corrupção do país. Além disso, Araújo pertence ao partido de centro-direita PSDB, cujos candidatos perderam quatro eleições seguidas contra o PT, de esquerda moderada, partido de Rousseff, sendo a última delas há apenas 18 meses atrás, quando 54 milhões de brasileiros votaram pela reeleição de Dilma como presidente.

Esses dois fatos sobre Araújo sublinham a natureza surreal e sem precedentes do processo que ocorreu ontem em Brasília, capital do quinto maior país do mundo. Políticos e partidos que passaram duas décadas tentando — e fracassando — derrotar o PT em eleições democráticas encaminharam triunfalmente a derrubada efetiva da votação de 2014, removendo Dilma de formas que são, como o relatório do The New York Times de hoje deixa claro, na melhor das hipóteses, extremamente duvidosas. Até mesmo a revista The Economist, que há tempos tem desprezado o PT e seus programas de combate à pobreza e recomendou a renúncia de Dilma, argumentou que “na falta da prova de um crime, o impeachment é injustificado” e “parece apenas um pretexto para expulsar um presidente impopular. ”

Os processos de domingo, conduzidos em nome do combate à corrupção, foram presididos por um dos políticos mais descaradamente corruptos do mundo democrático, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (em cima, ao centro) que teve milhões de dólares sem origem legal recentemente descobertos em contas secretas na Suíça, e que mentiu sob juramento ao negar, para os investigadores no Congresso, que tinha contas no estrangeiro. O The Globe and Mail noticiou ontem dos 594 membros da Câmara, “318 estão sob investigação ou acusados” enquanto o alvo deles, a presidente Dilma, “não tem nenhuma alegação de improbidade financeira”.

Um por um, legisladores manchados pela corrupção foram ao microfone para responder a Cunha, votando “sim” pelo impeachment enquanto afirmavam estarem horrorizados com a corrupção. Em suas declarações de voto, citaram uma variedade de motivos bizarros, desde “os fundamentos do cristianismo” e “não sermos vermelhos como a Venezuela e Coreia do Norte” até “a nação evangélica” e “a paz de Jerusalém”. Jonathan Watts, correspondente do The Guardianapanhou alguns pontos da farsa:

Sim, votou Paulo Maluf, que está na lista vermelha da Interpol por conspiração. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. “Pelo amor de Deus, sim!” declarou Silas Câmara, que está sob investigação por forjar documentos e por desvio de dinheiro público.

É muito provável que o Senado vá concordar com as acusações, o que resultará na suspensão de 180 dias de Dilma como presidente e a instalação do governo pró-negócios do vice-presidente, Michel Temer, do PMDB. O vice-presidente está, como The New York Times informa, “sob alegações de estar envolvido em um esquema de compra ilegal de etanol”. Temer recentemente revelou que um dos principais candidatos para liderar seu time econômico seria o presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme.

Se, depois do julgamento, dois terços do Senado votarem pela condenação, Dilma será removida do governo permanentemente. Muitos suspeitam que o principal motivo para o impeachment de Dilma é promover entre o público uma sensação de que a corrupção teria sido combatida, tudo projetado para aproveitar o controle recém adquirido de Temer e impedir maiores investigações sobre as dezenas de políticos realmente corruptos que integram os principais partidos.

OS ESTADOS UNIDOS têm permanecido notavelmente silenciosos sobre esse tumulto no segundo maior país do hemisfério, e sua postura mal foi debatida na grande imprensa. Não é difícil ver o porquê. Os EUA passaram anos negando veementemente qualquer papel no golpe militar de 1964 que removeu o governo de esquerda então eleito, um golpe que resultou em 20 anos de uma ditadura brutal de direita pró-EUA. Porém, documentos secretos e registros surgiram, comprovando que os EUA auxiliaram ativamente no planejamento do golpe, e o relatório da Comissão da Verdade de 2014 no país trouxe informações de que os EUA e o Reino Unido apoiaram agressivamente a ditadura e até mesmo “treinaram interrogadores em técnicas de tortura.”

O golpe e a ditadura militar apoiadas pelos EUA ainda pairam sobre a controvérsia atual. A presidente Rousseff e seus apoiadores chamam explicitamente de golpe a tentativa de removê-la. Um deputado pró-impeachment de grande projeção e provável candidato à presidência, o direitista Jair Bolsonaro (que teve seu perfil traçado por The Intercept no ano passado), elogiou ontem explicitamente a ditadura militar e homenageou o Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe de tortura da ditadura (notavelmente responsável pela tortura de Dilma). Filho de Bolsonaro, Eduardo, também na casa, afirmou que estava dedicando seu voto pelo impeachment “aos militares de ’64”: aqueles que executaram o golpe e impuseram o poder militar.

A invocação incessante de Deus e da família pelos que propuseram o impeachment, ontem, lembrava o lema do golpe de 1964: “Marcha da Família com Deus pela Liberdade.” Assim como os veículos de comunicação controlados por oligarquias apoiaram o golpe de 1964, como uma medida necessária contra a corrupção da esquerda, eles estiveram unificados no apoio e na incitação do atual movimento de impeachment contra o PT, seguindo a mesma lógica.

Por anos, o relacionamento de Dilma com os EUA foi instável, e significativamente afetado pelas declarações de denúncia da presidente à espionagem da NSA, que atingiu a indústria brasileira, a população e a presidente pessoalmente, assim como as estreitas relações comerciais do Brasil com a China. Seu antecessor, Lula da Silva, também deixou de lado muitos oficiais norte-americanos quando, entre outras ações, juntou-se à Turquia para negociar um acordo independente com o Irã sobre seu programa nuclear, enquanto Washington tentava reunir pressão internacional contra Teerã. Autoridades em Washington têm deixado cada vez mais claro que não veem mais o Brasil como seguro para o capital.

Os EUA certamente têm um longo — e recente — histórico de criar instabilidade e golpes contra os governos de esquerda Latino-Americanos democraticamente eleitos que o país desaprova. Além do golpe de 1964 no Brasil, os EUA foram no mínimo coniventes com a tentativa de depor o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em 2002; tiveram papel central nadestituição do presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide em 2004; e a então Secretária de Estado, Hillary Clinton, prestou apoio vital para legitimar o golpe 2009 em Honduras, apenas para citar alguns exemplos.

Muitos na esquerda brasileira acreditam que os EUA estão planejando ativamente a instabilidade atual no país com o propósito de se livrar de um partido de esquerda que se apoiou fortemente no comércio com a China, e colocar no lugar dele um governo mais favorável aos EUA que nunca poderia ganhar uma eleição por conta própria.

EMBORA  NÃO TENHA surgido nenhuma evidência que comprove essa teoria, uma viagem aos EUA, pouco divulgada, de um dos principais líderes da oposição brasileira deve provavelmente alimentar essas preocupações. Hoje — o dia seguinte à votação do impeachment — o Sen. Aloysio Nunes do PSDB estará em Washington para participar de três dias de reuniões com várias autoridades norteamericanas, além de lobistas e pessoas influentes próximas a Clinton e outras lideranças políticas.

O Senador Nunes vai se reunir com o presidente e um membro do Comitê de Relações Internacionais do Senado, Bob Corker (republicano, do estado do Tennessee) e Ben Cardin (democrata, do estado de Maryland), e com o Subsecretário de Estado e ex-Embaixador no Brasil, Thomas Shannon, além de comparecer a um almoço promovido pela empresa lobista de Washington, Albright Stonebridge Group, comandada pela ex-Secretária de Estado de Clinton, Madeleine Albright e pelo ex-Secretário de Comércio de Bush e ex-diretor-executivo da empresa Kellogg, Carlos Gutierrez.

A Embaixada Brasileira em Washington e o gabinete do Sen. Nunes disseram ao The Intercept que não tinham maiores informações a respeito do almoço de terça-feira. Por email, o Albright Stonebridge Group afirmou que o evento não tem importância midiática, que é voltado “à comunidade política e de negócios de Washington”, e que não revelariam uma lista de presentes ou assuntos discutidos.

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O Senador Aloysio Nunes (esquerda) com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (direita) e o Senador José Serra (Foto: Marcos Alves/Agencia O Globo, via AP Images)

Nunes é uma figura da oposição extremamente importante — e reveladora — para viajar aos EUA para esses encontros de alto escalão. Ele concorreu à vice-presidência em 2014 na chapa do PSDB que perdeu para Dilma e agora passa a ser, claramente, uma das figuras-chave de oposição que lideram a luta do impeachment contra Dilma no Senado.

Como presidente da Comissão de Relações e Defesa Nacional do Senado, Nunes defendeu repetidas vezes que o Brasil se aproxime de uma aliança com os EUA e o Reino Unido. E — quase não é necessário dizer — Nunes foi fortemente apontado em denúncias de corrupção; em setembro, um juiz ordenou uma investigação criminal após um informante, um executivo de uma empresa de construção, declarar a investigadores ter oferecido R$ 500.000 para financiar sua campanha — R$ 300.000 enviados legalmente e mais R$ 200.000 em propinas ilícitas de caixa dois — para ganhar contratos com a Petrobras. E essa não é a primeira acusação do tipo contra ele.

A viagem de Nunes a Washington foi divulgada como ordem do próprio Temer, que está agindo como se já governasse o Brasil. Temer está furioso com o que ele considera uma mudança radical e altamente desfavorável na narrativa internacional, que tem retratado o impeachment como uma tentativa ilegal e anti-democrática da oposição, liderada por ele, para ganhar o poder de forma ilegítima.

O pretenso presidente enviou Nunes para Washington, segundo a Folha, para lançar uma “contraofensiva de relações públicas” e combater o aumento do sentimento anti-impeachment ao redor do mundo, o qual Temer afirma estar “desmoraliz[ando] as instituições brasileiras”. Demonstrando preocupação sobre a crescente percepção da tentativa da oposição brasileira de remover Dilma, Nunes disse, em Washington, “vamos explicar que o Brasil não é uma república de bananas”. Um representante de Temer afirmou que essa percepção “contamina a imagem do Brasil no exterior”.

“É uma viagem de relações públicas”, afirma Maurício Santoro, professor de ciências políticas da UFRJ, em entrevista ao The Intercept. “O desafio mais importante que Aloysio enfrenta não é o governo americano, mas a opinião pública dos EUA. É aí que a oposição está perdendo a batalha”.

Não há dúvida de que a opinião internacional se voltou contra o movimento dos partidos de oposição favoráveis ao impeachment no Brasil. Onde, apenas um mês atrás, os veículos de comunicação da mídia internacional descreviam os protestos contra o governo nas ruas de forma gloriosa, os mesmos veículos agora destacam diariamente o fato de que os motivos legais para o impeachment são, no melhor dos casos, duvidosos, e que os líderes do impeachment estão bem mais envolvidos com a corrupção do que Dilma.

Temer, em particular, estava abertamente preocupado e furioso com adenúncia do impeachment pela Organização de Estados Americanos, apoiada pelo Estados Unidos, cujo secretário-geral, Luis Almagro, disse que estava “preocupado com [a] credibilidade de alguns daqueles que julgarão e decidirão o processo” contra Dilma. “Não há nenhum fundamento para avançar em um processo de impeachment [contra Dilma], definitivamente não”.

O chefe da União das Nações Sul-Americanas, Ernesto Samper, da mesma forma, disse que o impeachment é “um motivo de séria preocupação para a segurança jurídica do Brasil e da região”.

A viagem para Washington dessa figura principal da oposição, envolvida em corrupção, um dia após a Câmara ter votado pelo impeachment de Dilma, levantará, no mínimo, dúvidas sobre a postura dos Estados Unidos em relação à remoção da presidente. Certamente, irá alimentar preocupações na esquerda brasileira sobre o papel dos Estados Unidos na instabilidade em seu país. E isso revela muito sobre as dinâmicas não debatidas que comandam o impeachment, incluindo o desejo de aproximar o Brasil dos EUA e torná-lo mais flexível diante dos interesses das empresas internacionais e de medidas de austeridade, em detrimento da agenda política que eleitores brasileiros abraçaram durante quatro eleições seguidas.

ATUALIZAÇÃO: Antes desta publicação, o gabinete do Sen. Nunes informou ao The Intercept que não tinha mais informações sobre a viagem dele à Washington, além do que estava escrito no comunicado de imprensa, que data de 15 de abril. Subsequente à publicação, o gabinete do Senador nos indicou informação publicada no Painel do Leitor (Folha de S. Paulo, 17.04.2016) onde Nunes afirma — ao contrário da reportagem do jornal — que a ligação do vice-presidente Temer não foi o motivo para sua viagem a Washington.

Traduzido por: Beatriz Felix, Patricia Machado e Erick Dau

Redação

45 Comentários

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  1. E o Paulo Paim parece que vai fazer um papelão…

    “Para um grupo de seis senadores a solução para a crise política no Brasil é a realização de eleições diretas para presidente e vice-presidente da República no dia 2 de outubro deste ano; uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) deve ser apresentada em até dois dias pelo grupo formado por João Capiberibe (PSB-AP), Walter Pinheiro (Sem partido–BA), Randolfe Rodrigues (Rede–AP), Lídice da Mata (PSB–BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF); eles prometem trabalhar intensamente para ganhar a adesão dos demais parlamentares; a PEC não estabelece ainda a duração do mandato.”

    Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/226974/Grupo-de-senadores-apresentar%C3%A1-PEC-de-nova-elei%C3%A7%C3%A3o-presidencial.htm

    Ora, se há algum lugar onde deveria haver novas eleições é no Congresso.

    1. O seu congresso inteiro

      O seu congresso inteiro precisa ser substituído. O que adiantaria trocar o presidente se vocês continuarem com um congresso corrupto e incompetente como este? O próximo presidente também iria sofrer um impeachment pelos motivos mais absurdos e iria passar adiante por causa do congresso.

      Quem manda agora no seu país é Cunha, e só removendo-o vocês terão alguma chance de realmente sair dessa crise.

      1. A tese de nova eleição só

        A tese de nova eleição só faria sentido se fosse ampla, incluindo o Congresso. Sem alterar a composição atual do parlamento,  sem chance para o Brasil. E propor apenas nava eleição presidencial é também GOLPE.

    2. Abstinência…

      Estava faltando aquele holofote básico para alguns ……Típico do Buarque e do Paim.

      Eleições apenas em 2018 e, se for inevitável, então para todos da câmara, pois são filhotes das mesmas eleições de 2014 que hoje desconhecem.

  2. Aloysio Nunes foi prestar

    Aloysio Nunes foi prestar contas. Como eu disse antes vocês brasileiros perderam a capacidade de enxergar o óbvio.

  3. Quando esse jornalista Green

    Quando esse jornalista Green fala devemos acreditar, pois trata-se de uma pessoas séria e com muito conhecimento.

  4. aparentemente…

    como  os golpistas não conseguiram amarrar as Forças Armadas com essa traição ao Brasil, … vão buscar socorro nos EUA para se garantirem no poder….

    Daí também vem a preocupação Russa sobre as possíveis “interferências externas” na ordem constitucional do Brasil…

    O momento é perigoso e esses ladrões imbecís da oposição vão caminhando para a derrocada final … na visão deles, que é a do capital americano, … preferem a terra arrasada ao triunfo do PT e da democracia no Brasil…

  5. Mas ele foi a Washington

    Mas ele foi a Washington fazer exatamente o que? Sem essa informação comentar sobre uma viagem é inutil.

    Ao contrario do Brasil, o mundo americano não é centrado só em Washington, o poder das corporações está em Chicago, San Francisco, Denver, Los Angeles, Atlanta, em Washington Aloysio tem extamente qual penetração no mundo politico?

    1. verdade

      acho muito injusto a gente confabular sobre o que um dos tripulantes desse navio golpista foi a washington fazer neste momento. já não se pode ir no toys r us em paz… comprar uns presentes para o netinho ou para o bisneto que está por vir, o gato ou o cachorro.

      seria hilário um surto de sinceridade de aloisio dizendo o que de fato foi fazer lá… vamos ter de aguardar por um novo wikileaks como o que revelou a conversa da chevron. 

      você é muito bom andré e sabe que esse movimento é noticia. se ninguém falar, aloisio jamais será cobrado.

       

      1. Para a longa memoria dos

        Para a longa memoria dos serviços de inteligencia dos EUA que até hoje não permitem o VISA para o Gabeira, Aloysio foi um guerrilheiro de extrema esquerda,  com folha corrida nos anos 60, nunca soube de um  especial relacionamento em Washington onde os relacionamentos se contam pela biografia e

        onde é preciso ter um network de primeira para acessar onde interessa, não adianta ir ao Woodrow Wilson Center falar com o Paulo Sotero, esses “locus” não contam, mas posso estar enganado e o moço ser amigo do Obama, quem sabe.

        1. vistos

          então. sabe que ex-esquerdistas tendem a esforçar-se sobrehumanamente para provar que são ex-esquerdistas.

          achei a foto da reportagem um pouco apelativa por juntar o eduardo cunha. aloisio nunes é homem do serra e esse tem para lá de bom trânsito no estados unidos. fez o discurso da central do brasil como presidente da une, fugiu de dois golpes de estado apoiados pelos estados unidos e nunca teve problema algum em entrar lá. o visa do aloisio é o serra. 

        2. Jornalismo.

          O Aloysio pode ser um zé ninguém, mas ele pode muito bem funcionar como um mensageiro mais discreto.

          Não vamos esquecer que quem deu destaque à essa viagem foi o jornalista americano e prêmio Pulitzer, Glenn Greenwald

          Pela graça divina estamos em um momento auspicioso para o Brasil, a imprensa internacional começou a se interessar pelo Golpe dos Corruptos aqui. Está havendo jornalismo no Brasil. Coisa que estávamos desacostumados, exceto pelos blogs de alguns jornalistas.

        3. O Aloysio Nunes não

          O Aloysio Nunes não participou do sequestro do embaixador dos EUA. O Gabeira, sim.

          E, segundo o The Intercept, ele, o Aloysio, teria encintros com o Subsecretário de Estado, Thomas Shannon, com integrantes do Comitê de Relações Exteriores do Senado e com lobistas ligados a ex-Secretária de Estado, Madaleine Albright. Mas suspeito do que isso, só se a Dilma fosse retirada do Alvorada à forca pelos marines ainda com roupa de dormir, como fizeram com Zelaya em Honduras.

          Ressalte-se que o impeachment  não foi consumado e a Dilma  ainda é a Presidente do Brasil.

          1. pudor

            Ainda é. A falta de pudor é enorme.

            Gosto de pensar nas inversões.

            Imaginemos um momento assim no eua. Imaginemos um aloisio estadunidense fazendo essa viagem, para esses encontros com, digamos, chineses ou russos – sendo SENADOR.

            Será que conseguiria entrar de volta no seu país? Entrando, ficaria livre?

             

    2. trata-se

      … de um agente infiltrado, …  tal qual fhc e serra, ….  pesquisar no livro “Quem pagou a conta ? ” … de conhecimento geral, embora abafado pela mídia….

       

      Foi lá, só pra prestar contas e articular uma possível intervenção …

  6. Se foi uma tentativa de

    Se foi uma tentativa de reverter a impressão negativa que esse processo está causando no exterior, o efeito pode ser o oposto. Ou seja, quem apenas desconfiava passa a ter certeza que trata-se de um golpe sob patrocínio e planejamento do Tio Sam. Sem contar o fato de que o Aloysio Nunes não parece ser a pessoa mais adequada para uma missão de relações públicas, de diplomacia.

    Vem à mente aquela estranhíssima história da ditadura militar. Um perseguido político dos anos de chumbo buscar e obter asilo nos EUA.

    Enfim, uma viagem a Washington no dia seguinte à votação do impeachment … SEI NÃO. 

     

     

     

     

  7. Ida de Aloysio Nunes à Washington

    Sou um simples cidadão ignorante de tudo. Estava em Londres no verão inglês de 2013. Um cientista político turco residente na cidade me disse: “se vc quiser entender o que está acontecendo nas ruas das cidades brasileiras em 2013, vá procurar em Washington. Vcs entraram para o grande mapa do petróleo. E se despregaram da barra da saia americana. Não terão mais paz.” Em 2012, antes do golpe no Paraguay, quem estava na embaixada americana é a mesma embaixadora americana credenciada no Brasil atualmente. Coincídências, advertências e perguntas. O que Aloysio Nunes foi fazer em Washington no dia seguinte da votação do Impeachemt. Relatar o ocorrido ou prestar contas? 

  8. Começou a distribuição…

    Começou em Washington a distribuição dos Ministérios e cargos de segundo escalão.

    A turma deve fazer fila é por lá.

  9. A solução pro nosso povo eu vou dar

    A solução pro nosso povo eu vou dar

    Negócio bom assim niguém nunca viu

    Tá tudo pronto aqui é só vir pegar

    A solução é alugar o Brasil

     

                                                  Raul seixas

  10. Muito interessante como o

    Muito interessante como o nível de sofisticação de “guerra não convecional ”  do MP pode ser jogada fora pelos fracos parlamentares brasileiros, com uma simples visita ao EUA de um dos mais aposicionistas dentro do parlamento. Não conseguiram que a opinião publica por completo fosse ganha pela tese de impeachment , apesar de todo a musculatura gasta pela oposição e mídia oligárquica brasileira vão novamente ficar marcados pelo invervencionismo , podiam simplesmente deixam morrer o PT sangrando até 2018, talvez eles fossem perder um ou outro capitão mas agora com esses fatos pode ocorrer  uma reaglutinação de forças de esquerda.  Pior que isso provavelmente os EUA não vão chancelar nada desse novo governo explicitamente e por questões politicas é capaz que alguns players importates como Russia , China , Franca e Alemanha tenham pouco interesse em se aproximar de um governo Temer. 

  11. A VIAGEM DE ALOYSIO NUNES

    Alguém ainda duvida do porque da viagem desse senadorzinho? É evidente que foi agradecer o apoio e fortalecer os velhos laços de subserviência aos americanos, como no governo de FHC. Agora é torcer para que esses abutres, com a conivência de parte da mídia, notadamente da Rede Globo, não tente se desfazer do que resta das nossas estatais, principalmente a petrobras e acaixa econômica, porque as outras, eles já doaram de bandeija. É triste

  12. Novo Lacerda

    Quando do golpe de 64, Lacerda foi à Europa explicar por que o golpe não era golpe.

    Pretendia ser candidato a Presidente em 1965.

    Pouco depois, Lacerda sentiu o golpe na própria pele.

  13. Ele é o representante do US

    Ele é o representante do US no futuro governo. Afinal os bicudos não querem ficar de fora! Entraram na frente do PMDB para ter o que negociar.

  14. Aposto um picolé que foi combinar o que vão fazer com o pré sal

    Moscou ja deu a dica, meses atras, citando Aloysio Nunes numa matéria em que se falava da espionagem americana em outros Paises.

  15. A internacionalização da BRINCADEIRINHA BRASILEIRA

    A demonstração mais clara e óbvia não poderia existir: todos os que votaram ‘sim’ e que fizeram as suas orações à belzebú nos conformes do que o seu dono lhes mandou que fizessem — a coisa da família, dos filhos e netos, igreja etc etc tudo armado previamente pra homogeneizar a gangue de vende-pátrias  (já que a inteligência dos congressistas mede menos de 20, de zero a cem em coeficientes de QI)  demonstra claramente a que ponto esses malditos teleguiados se dispuseram a fazer:  A FAMOSA BRINCADEIRINHA BRASILEIRA!!!                                                                                                                               Isto agora se torna patente e claro ante à minoria da população de brasileiros que entende do que se trata, na realidade. Pois, sem quererem, fazem afinal, parte da brincadeira. E danem-se os demais que não entendam a que vieram tantos louvaminhas às igrejas evangélicas, à patroa, aos filhos e até aos netos/as ainda não nascidos!!!                                                   É DE SE GARGALHAR ANTE A TAMANHA   DESFAÇATEZ   E SEMELHANTE   MOLECAGEM   em conjunto.                              A quem pensam que enganam? Que creem que fizeram, um bem à sociedade, expulsando os demônios nela investidos? Nada disso: levaram a coisa à patente forma de criatividade em conjunto: ao lesco-lesco formal dos que nada têm a acrescentar ao seu luxo de multi-milionários representantes de cartéis e de patotas de interesses diversos — mas nunca do povo brasileiro que os execra profundamente; fazem parte dos que afundam o país no lodo e na discórdia, cada dia mais e mais.  

  16. O escritório da Albright

    O escritório da Albright Stonebridge Group, é um dos patrocinadores das ações contra a Petrobrás e outros nos Estados Unidos. 

  17. Capachão !

    O PMDB faz o lado feio da coisa e o PSDB fica com o papel de ir pessoalmente informar o resultado em Washington, já que são os preferidos por lá. É o PSDB voltando ao ninho do PMDB, pois se assim não fosse, jamais chegariam ao poder novamente. Estão sujos demais por aqui e nem com suas “belas” penas de tucano e a proteção de todo o judiciário e mídia, mostraram e continuam mostrando sua verdadeira FACE.  Tb deve ter ido informar que”companhero” Serra já está garantido num ministério, e os EUA já podem começar a escrever s/ a validade do golpe e apoiá-los.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    1. Jamais chegariam…

      “…jamais chegariam ao poder novamente…”

      Oi, Lenita!

      Eles não chegam, mas assaltam o poder, o que é próprio de meliantes que eles são, aos bandos.

      1. Pois é….

        Ganharam em cima do Plano Real do Itamar Franco da 1a. vez. E instituiram a reeleição comprado votos. “mas é somente o PT que tem projetos de poder” como gostam de dizer, para justificar suas derrotas.

  18. Então já sabiam

        Como a solicitação do Sen. Nunes Ferreira, foi protocolada em principio de Abril, junto a mesa do Senado, solicitando ausentar-se para viagem internacional entre os dias 15 e 22 de Abril, não apenas para os Estados Unidos, como para o México, e de acordo com o artigo “por ordem de Temer “, eles então já sabiam que iam vencer na Camara , portanto Temer já mandava.

          É função do Pres da CREDN, o contato com autoridades externas, e independe, teoricamente e legalmente, do que pensa o MRE , aliás ele nem precisa comunicar a Embaixada, o que irá discutir ou qual a motivação de sua viagem.

           No futuro governo Temer, está certo que o MRE será do PSDB, com algum diplomata de carreira ( Embaixador ), hoje no “desvio”, ou com um politico, e Nunes Ferreira concorre para a vaga.

           P.S. : Shannon tem relações próximas com Nunes Ferreira desde 2013, quando do caso NSA.

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