Foto: Leon Rodrigues/Secom
Jornal GGN – Um abaixo-assinado que circula nas rede sociais presta apoio a Alexandre Schneider, secretário da Educação do município de São Paulo, e critica o projeto ‘Escola Sem Partido’, que pretende combater a chamada “doutrinação ideológica” nas salas de aula.
Na semana passada, Schneider reagiu às ações do vereador Fernando Holiday (DEM), que decidiu visitar escolas sem aviso prévio para “verificar se estava havendo doutrinação ideológica por parte de professores”.
Através do Facebook, o secretário da gestão João Doria (PSDB) criticou a atitude do vereador, afirmando que Holiday, ligado ao MBL, “exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores”.
Desde então, Schneider tem sofrido ataques de pessoas e sites ligados ao MBL, que afirmaram que o secretário é partidário do PSOL. Filado ao PSD, Alexandre trabalhou na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab e foi candidato à vice-prefeito na chapa de José Serra (PSDB) em 2012.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Schneider se incomodou com as críticas e decidiu pedir demissão, reclamando para Doria da falta de respaldo da gestão municipal em meio aos ataques. O prefeito teria conseguido convencê-lo a continuar no cargo.
O abaixo-assinado lembra que há um movimento crescente de tentativa de controle ideológico dos professsores no país, e ressalta que a “educação deve considerar o pluralismo político, de ideais e de concepções pedagógicas para a construção da cidadania”, como está previsto na Constituição Federal.
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#ApoioAlexandreSchneider
Na semana passada, o Secretário de Educação do município de São Paulo Alexandre Schneider, gestor competente e respeitado pela comunidade educacional, foi atacado por simpatizantes de movimentos que defendem o controle de manifestações ideológicas, políticas e morais nas escolas. O ataque veio após o secretário Schneider defender a promoção da tolerância e os princípios constitucionais da liberdade de ensinar, de aprender e do pluralismo de ideias.
O vereador Fernando Holiday defende o projeto de lei “Escola sem Partido”, que busca restringir as opiniões de professores em sala de aula. Importante destacar que muito recentemente, em março de 2017, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão imediata de lei similar do estado do Alagoas. A lei foi considerada inconstitucional segundo o artigo 206, inciso II, da Constituição Federal, que dispõe a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Em sua decisão, o ministro afirmou que a lei traz “previsões de inspiração evidentemente cerceadora da liberdade de ensinar assegurada aos professores, que evidenciam o propósito de constranger e de perseguir aqueles que eventualmente sustentem visões que se afastam do padrão dominante”, e promove uma “desconfiança com relação ao professor”.
A tentativa de controle ideológico dos professores é um movimento que infelizmente cresce no Brasil, no Congresso Nacional, junto ao Ministério da Educação, nos legislativos estaduais e municipais.
Por essa razão, reafirmamos nossa convicção de que a educação deve considerar o pluralismo político, de ideais e de concepções pedagógicas para a construção da cidadania, tal como prevê a Constituição Brasileira.
É nosso dever promover a carreira docente e desenvolver uma Base Nacional Comum Curricular pertinente aos tempos atuais, que, conforme diretriz do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), promova “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”.
#ApoioAlexandreSchneider
Alan Dubner
Alejandra Meraz
Alessandra Gotti
Alessandra Monteiro
Alexandre Youssef
Alice Andrés Ribeiro
Ana Cecília Lessa
Ana Diniz
Ana Inoue
Ana Lúcia Villela
Ana Maria Wilheim
André Barrence
André Lazaro
André Palhano
André Portela
André Stabile
Anna Helena Altenfelder
Antonio Augusto Batista
Beatriz Cortese
Beatriz Goulart
Beto Vasconcelos
Binho Marques
Caio Callegari
Caio Farah Rodriguez
Camila Pereira
Carlos Jereissati
Carolina Fernandes
Cecília Motta
Claudia Costin
Cleuza Repulho
Daniel Cara
David Saad
Denis Mizne
Denise Curi
Diogo Busse
Drica Guzzi
Edson Tamoio
Eduardo Queiroz
Eduardo Rombauer van den Bosh
Élida Graziane Pinto
Elisângela Fernandes
Fabio Barbosa
Fabio Toreta
Felipe Soutelo
Fernando Abrucio
Fernando Almeida
Francisco Soares
Gabriel Barreto Correa
Germano Guimarães
Glauco Humai
Guilherme Leal
Gustavo Arns de Oliveira
Heloisa Morel
Humberto Laudares
Ines Mindlin Lafer
Ismar Barbosa Cruz
Jair Ribeiro
José Frederico
Leandro Machado da Rosa
Lia Carolina Ortiz de Barros Glaz
Lucia Couto
Lucia Fávero
Luciano Monteiro
Manuel da Cruz
Márcio Neubauer
Marcos Nisti
Marcos Silveira
Maria Amabile Mansutti
Maria Lúcia Meirelles Reis
Marina Helou
Mario Ghio
Marta Melo
Marussia Whately
Mauricio Rodrigues Borges
Melina Risso
Miguel Thompson
Monica Dias Pinto
Mozart Ramos
Natacha Costa
Natalia Marcassa de Souza
Natalie Unterstell
Neca Setúbal
Olavo Nogueira Batista Filho
Paula Louzano
Pedro Henrique Cristo
Pedro Villares
Pilar Lacerda
Police Neto
Priscila Cruz
Regina Egger Pazzanese
Renan Ferreirinha
Ricardo Henriques
Ricardo Young Silva
Rodrigo Bandeira de Luna
Rodrigo Cheuiche Vieira da Cunha
Rogério do Nascimento Godinho
Ronaldo Lemos
Sergio Quadros
Sofia Lerche
Sonia Penin
Tereza Perez
Thiago Rocha de Paula
Ursula Peres
Vanessa Yumi Souto
Vera Lucia da Costa Antunes
Vera Masagão
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Pensar é perigoso
Qual a formação e competência pedagogica do tal vereador para ir à uma escola inspecionar o que esta sendo ensinado?
Por certo, ele preferiria que as escolas ensinassem apenas a decorar datas historicas e a repetir formulas. Qualquer coisa a mais que isso ja é perigoso.
Senão me enganei identifiquei
Senão me enganei identifiquei na lista algumas cabeças pensantes da direita, Fabio Barbosa entre eles. O ex-diretor da Veja?
Pode ser junto com o artigo do Jobim, mais um sinal para reforçar a tese do Edu, a de que a centro direita está incomodada com o avanço da extrema-direita.
Que fofo!
Que fofo!