Antes de deixar Ministério do Trabalho, Nogueira fez de tudo para barrar auditoria

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Antes de deixar o Ministério do Trabalho, ainda em meados de outubro, o então titular da Pasta, Ronaldo Nogueira (PTB), fez de tudo para barrar uma investigação da Controladoria-Geral da União. Até acionou a Advocacia-Geral da União (AGU), um órgão do próprio governo, para impedir que o relatório da auditoria da CGU viesse à tona. É o que mostra reportagem de O Globo divulgada nesta sexta (29).
 
Segundo a matéria, o gesto de Nogueira foi visto como “inusual e considerado sem precedentes dentro do governo”. Ele buscou a AGU em 23 de outubro “para tentar anular a auditoria e impedir a publicação do relatório, finalizado desde o dia 11 daquele mês. No último dia 12, o colegiado da AGU recusou o pedido, o que levou a um novo recurso do ministério, no dia 21.”
 
A Câmara de Conciliação da AGU jamais havia sido acionada para arbitrar um conflito dessa ordem. Inclusive, argumentou que não tinha competência para rejeitar o pedido de Nogueira.
 
A reportagem ainda relata mais suspeitas sobre o caso. Diz que o relatório da CGU recomendou a devolução aos cofres públicos de R$ 5 milhões, relativos a contratos superfaturados ou não executados, fechados pelo Ministério do Trabalho sob Nogueira com a empresa “Business Intellingence-BI MicroStrategy”. Ela foi contratada para atuar na área de “tecnologia de informação e plataformas antifraude em programas como o seguro-desemprego, com compra de licenças, manutenção e suporte.”
 
Dois contratos com a B2T somam R$ 76,7 milhões, e segundo O Globo, “a auditoria aponta superfaturamento, por exemplo, nas horas de trabalho pagas aos funcionários da empresa. Um só empregado recebeu R$ 126 mil por 22 dias úteis de trabalho, ou R$ 828,95 por hora trabalhada, mostrou o relatório.”
 
Nogueira também barrou os trabalhos de um “grupo montado no Ministério do Trabalho para analisar os contratos com a B2T.” “Além disso, servidores se recusaram a fazer pagamentos referentes aos contratos e pediram para deixar as funções, conforme essas fontes. Gestores que ocupam cargos comissionados no ministério e filiados ao PTB em Goiás — de onde é o líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes — foram colocados nas funções.”
 
Leia a reportagem completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. desde sempre o ptb é

    desde sempre o ptb é corrupto. desde os bobjeffersons da vida. depois, com a sua (dele) filha. depois e sempre com todos roubando o que puderem. e dizer que bateram panelas para que essa gentalha metesse a mão na grana pública. e a dita grande mérdia, ó, nem nem. e o tal mpf de araque, o, nem nem; e a tal injustiça de meia pataca, ó, nem nem. Só a sordidez desMoronada para querer condenar o Lula com todos esses ladrões dando plantão em cada esquina, né, ó, desembargas-de-gravatinha-com-lencinho. Um dia, com certeza, os alibabás serão presos e, com eles, muitos dos que, hoje, posam de vestais em stfezinhos de merrecas. Haja saco.

  2. Aí, Moro, mais um candidato

    Aí, Moro, mais um candidato para se ferrar nas entranhas da lei estúpida, que iguala ao criminoso, o inocente que não nada sabia sobre o crime praticado.

  3. correção

    corrgindo:

    Aí, Moro, tens aqui um verdadeiro candidato para se ferrar nas entranhas da lei estúpida, Com a diferença que esse merecidamente se iguala ao criminoso, por não se comportar como um inocente e por não poder dizer não praticava e que nada sabia sobre o crime praticado.

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