Após ataque do PSDB, Cunha diz que pedaladas não significam impeachment

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Menos de 24 horas após ser alvo de um relatório paralelo da CPI da Petrobras, no qual PSDB assinou o pedido de indiciamento de Eduardo Cunha (PMDB), Lula e Dilma Rousseff (PT) por denúncias de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara reagiu jogando um balde de água fria na tese de que a presidente da República pode sofrer impeachment em função das pedaladas fiscais condenadas pelo Tribunal de Contas da União no exercício fiscal de 2014. O PSDB protocolou, na quarta (21), o pedido de afastamento de Dilma alegando que as pedaladas continuaram em 2015.

“O fato de existir a pedalada necessariamente não quer dizer que tenha havido o ato da presidente da República com relação ao descumprimento da lei. São duas coisas distintas. A pedalada pode ser uma circunstância de equipe”, afirmou Cunha em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (22). “O fato por si só de que há pedalada não significa que isso seja razão do pedido de impeachment. Tem que configurar que há atuação da presidente no processo que descumpriu a lei”, reforçou o peemedebista. As informações são do Estadão.

Cunha disse que os responsáveis diretos pelas pedaladas devem responder se houve crime fiscal. “Se os bancos públicos não pagaram, aquilo é um ato de responsabilidade do banco”, citou, ressaltando que não analisou, porém, o pedido de impeachment assinado pelos juristas contratados pelo PSDB, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.

O peemedebista também afirmou que não deu prazo nenhum para anunciar sua decisão sobre o deferimento ou não do pedido de afastamento de Dilma. Há algumas semanas, alguns veículos publicam que Cunha deixará para analisar o requerimento por volta do dia 15 de novembro. “O que me comprometi foi ser célere e isento. Agora a celeridade depende da capacidade de formar juízo de convicção. O tempo é um tempo indefinido”, rebateu.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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    1. Não só eles. Se você der uma

      Não só eles. Se você der uma olhada em todos os comentários postados ou publicados na mídia, são todos assim, ora a favor, ora contra, alguns sobem em muros. Depende do momento. Estou detectando que no momento vão sentar o pau no cunha.

    2. Tá mais para samba do impicheiro doido

      Há claramente uma negociação entre Cunha e a caterva impicheira (e como cheira mal! menos o Aécio que cheira bem, cheira para valer) no sentido de livrar a cara do Cunha em troca do impitiman…

      E a coxinhada desvairada acha lindo.

  1. O problema é o TSE e o Gilmar

    O problema é o TSE e o Gilmar Mendes.

    É de lá que sai o golpe e não se tem para onde correr.

    ¨Do pescoço para baixo,tudo é bola.¨

    Vale tudo!!!

    Se deixar o Gilmar na linha de frente,acho que já era.

     

  2. Quem tem, tem medo.
    Não sei

    Quem tem, tem medo.

    Não sei porque, mas acho que o Cunha está falando meia verdade.

    Ele sabe que com essa oposição ele não vai arrumar nada, até porque, e mais suja ou tão suja quanto ele.

    O negócio é dá uma escamoteada, e de de vez em quando fazer um afago no governo, sabe cumé, ninguém sabe o dia de amanhã.

    A politica continua sendo a arte de comer merda sem sentir o cheiro. Vale a teoria, se não tem cheiro, não tem gosto.

    E vamos que vamos meter o bocão !

  3. Pedaladas mesmo me lembram o Cunha. . .

    Pedaladas mesmo me lembram o Cunha. Esse cara me lembra aqueles ciclistas de moutain bike, naquelas pistas de montanha em dia de chuva. Ora agrada o PT, ora ameaça fazer o jogo do impeachment de Dilma, só para agradar ao PSDB, bate de frente com o procurador geral, diz que é vítima de perseguição e vai ficando no poder. É capaz de cair a Dilma, prenderem todos os acusados do Lava Jato e ele continuar incólume. Nunca vi uma coisa dessas . Só no Brasil mesmo.

  4. Pela foto é possível constatar que o Cunha está visivelmente…

    Pela foto é possível constatar que o Cunha está visivelmente abalado. Sentiu que a casa caiu para o lado dele. Não tem para onde fugir. Seus capangas o abandonaram.

    O todo poderoso Cunha se transformou num moribundo. É só ele aceitar ou não o pedido de impeachment que não será mais útil para ninguém. Tanto o PSDB quanto o próprio PMDB irá descartá-lo como lixo.

    E assim termina a saga desse facínora.

  5. As razões de Cunha…

    É certo que ele confia menos na tal oposição do que na Dilma.  Como diz o ditado bandido desconfia de outro bandido.  Só confia quando o bandido é da mesma família. Mas neste caso há outra razão. Quando o pedido de impedimento foi entregue, estava em vigor, como ainda está, o rito que ele bolou para conduzir o impedimento.  Também estavam em vigor as liminares concedidas pelos ministros do STF aos governistas, amarrando as mãos de Cunha. A ministra Weber foi muito clara ao dizer que ele estava proibido de tomar qualquer medida relacionada com o assunto em questão, isto é, impedimento da presidente. Ele recebeu o pedido mas não pode fazer nada, sob pena de ser acusado de estar obstando o livre trânsito da justiça, e pior, de estar usando a posição de presidente da casa para fazê-lo.  Isto poderia ensejar o STF, ou o PGR, a requerer o seu afastamento da presidência, pelo menos até que o caso seja julgado pelo plenário.

    Bem como não pode fazer nada, ele recebeu o pedido e continua a fazer o seu joguinho, orientado pelo seu advogado, ex PGR, com a esperança que eles consigam, tecnicamente, acabar com o processo, assim como o Daniel Dantas conseguiu se safar tecnicamente.  E que se cuidem todos, pois o seu “adevogado” é bem entendido nestas coisas, ou não é?

  6. Na orgia e a apologia juridica, o desconcerto do Brasil.

    É de embrulhar o estômago, de qualquer pessoa decente, assistir publicamente a essas vergonhosas e escandalosas barganhas políticas e a toda essa esculhambação que fazem com as leis do país. Já dizia Bezerra da Silva “malandro é malandro e mané é mané”. Somos, nós, pessoas decentes, os verdadeiros “manés” no Brasil e a prova disso está flagrantemente estampada em todas as carceragens espalhadas pelo país. Essa situação, por si só, já é um grave indício de preconceito da justiça brasileira com a camada mais desfavorecida da população. Esse preconceito é um produto do mundo e veio na bagagem dos descobridores como um objeto de uso comum e necessário. Porém, em pleno século 21, observamos que continua muito viva a existência robusta do preconceito de classe dentro da própria justiça, que ao aceitar isso, de uma forma muda e omissa, também se vê obrigada a assistir a toda uma orgia de oportunismo jurídico legal, onde brechas, buracos, lacunas, adendos e todo tipo de estrupo legalizado, a constituição, é permitido e aceito. A consequência disso é, queiram ou não concordar, uma constante, gravíssima e perigosa apologia ao uso do crime graças ao amparo de normas jurídicas, que lhes concedem ampla e justa imunidade. Eduardo Cunha, os delatores da lava jato (alguns até com mestrado, né Yousseff?), Renan, Dantas, Richa, Cássio, o tucanato paulista, etc, etc, etc … Esses são alguns dos poucos exemplos, no presente, que usufruem dessa orgia apológica, preconceituosa, parcial e altamente perseguidora de seus opostos. Após 30 anos de governo civil, o lado podre da política, contratado pelo poder dominante, continua sendo seu fiel cão de guarda, que luta dedicadamente pelos seus interesses e pela manutenção do poder secular. E assim caminha a humanidade brasileira: uns passeiam com os pés pelas leis; outros, quase excluidos da sociedade, tornam-se exemplos do rigor da lei; alguns mais, ao assistirem toda essa permissividade sentem-se incentivados a também praticá-las. O resultado é que raríssimos passam impunes, mas a grande maioria viram exemplo de uma espécie de “desconcerto do Brasil”.

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