Jornal GGN – O Banco Interamericano de Desenvolvimento está investigando possível superfaturamento na construção do Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo. O Escritório de Integridade Institucional do BID apura denúncia que recebeu de um ex-funcionário da empresa da Desenvolvimento Rodoviário.
O banco de desenvolvimento emprestou R$ 2 bilhões para o governo Alckmin concluir a asa norte do anel viário, avaliada em R$ 6,9 bilhões. A Polícia Federal também está no caso.
Do Estadão
BID apura suposto desvio no Rodoanel
Por Fabio Leite
Escritório em Washington recebeu denúncia de exfuncionário da Dersa; é a 5ª investigação sobre obras do anel viário desde 2013
SÃO PAULO Após a abertura de inquérito pela Polícia Federal, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também iniciou uma investigação sobre as suspeitas de superfaturamento na construção do Trecho Norte do Rodoanel, em São Paulo, para beneficiar empreiteiras. O Escritório de Integridade Institucional da instituição, em Washington (EUA), apura a denúncia feita por exfuncionário da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) à PF e ao banco, que emprestou R$ 2 bilhões para o governo Geraldo Alckmin (PSDB) concluir a asa norte do anel viário, avaliada em R$ 6,9 bilhões.
Esta é a quinta investigação envolvendo as obras do Rodoanel Norte, que começaram em fevereiro de 2013 e deveriam ter sido concluídas há dois meses – o novo prazo é março de 2018. A construção dos 47,6 km de estrada na Grande São Paulo também é alvo do Ministério Público Federal (MPF), da Corregedoria Geral da Administração do Estado (CGA), que apuram as mesmas denúncias de superfaturamento, e do Ministério Público Estadual (MPE), cujo foco são supostos desvios de até R$ 1,3 bilhão nos processos de desapropriação de áreas. Todas as denúncias estão sob sigilo.
O BID é uma organização financeira internacional que financia projetos de desenvolvimento e redução de pobreza na América Latina. Em São Paulo, o banco já financiou, por exemplo, as obras de extensão das Linhas 4Amarela e 5Lilás do Metrô e o projeto de despoluição do Rio Tietê. Em junho de 2012, Alckmin assinou o contrato de financiamento para o Rodoanel Norte, no valor de R$ 2 bilhões à época, para construção de pistas, pontes e túneis. Foi o maior empréstimo feito pelo governo paulista até então.
Em novembro de 2015, o BID recebeu por email uma denúncia de um exfuncionário da Dersa que trabalhou na obra até 2015 dizendo que a companhia havia assinado no mês anterior aditivos contratuais com as empreiteiras que executam a obra, elevando em mais de R$ 420 milhões (em valores atualizados em janeiro de 2016) os custos com terraplenagem sem justificativa, apenas para beneficiar as construtoras. A Dersa nega a acusação, mas admite aumento de R$ 170 milhões nos custos por causa da inclusão de novos serviços que não estavam previstos no projeto básico. Os maiores aumentos aconteceram nos lotes executados pela OAS e Mendes Júnior, investigadas na Operação Lava Jato.
A denúncia, que já resultou na abertura de inquéritos pela PF e pelo MPF neste ano, foi repassada pelo banco ao Escritório de Integridade Institucional, órgão independente do BID responsável por investigar alegações de fraude e corrupção nas atividades financiadas pela instituição. Quando as irregularidades são comprovadas pela investigação, o caso é levado para um comitê de sanções do BID, que pode aplicar punições ao ente que tomou o empréstimo. As medidas variam conforme a gravidade do caso, e vão desde carta oficial de censura ao comportamento do investigado e proibição de assinar novos contratos até restituição dos recursos comprovadamente desviados e multa.
Dersa. Em nota, a Dersa afirmou que “não recebeu qualquer notificação do BID sobre a instauração ou existência de procedimento relativo à investigação” e que “mantém o banco informado acerca de todas as apurações que realiza sobre quaisquer denúncias recebidas”. A estatal afirma ainda que comunicou ao BID sua solicitação à CGA para “apuração externa e independente” sobre denúncias relacionadas à obra.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
só assim mesmo, …
… porque, se depender do corrompido judiciário de São Paulo e, francamente, do restante do Brasil também, …. não vai dar em nada….
Se a PF
Entrou no caso, melhor esquecer, como faz o PGR. Acabou-se !
Um cidadão brasileiro tem que
Um cidadão brasileiro tem que ira lá no exterior denunciar para que se apure, ou seja apurado, pois processo contra tucano nasce com o freio de mão puxado, nunca anda, é vergonhoso né, mas o cara foi reeleito em primeiro turno. Então resta aos paulistas a tomar agua de reuso, fazer o quê
Só o BID mesmo porque for
Só o BID mesmo porque for esperar pelos playboys globais do MPF.
Nossas instituições ão uma
Nossas instituições ão uma piada se não fosse a Suiça o Cunha estava posando de bom rapaz.