Bolsonaro atiça seus seguidores a invadirem hospitais e filmarem leitos vazios

O presidente do Brasil nega o número total de mortes por coronavírus. Ele não acredita em pandemia, mas não faz um giro por hospitais.

Jornal GGN – Em nova demonstração de irresponsabilidade, o presidente Jair Bolsonaro disse, em sua live semanal de iniquidades, que seus seguidores entrem nos hospitais públicos e de campanha, filmem o interior, e vajam se os leitos de emergência estão livres ou não.

O presidente quer que eles enviem as imagens, caso vejam alguma anormalidade. O endereço para o envio é o governo federal, que repassará para a Polícia Federal ou para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para que sejam investigadas.

Tal ato coloca em risco o paciente, o profissional de saúde e o próprio insano que seguir as ordens do presidente. Além disso, pode haver constrangimento dos pacientes e trabalhadores de saúde. Contaminação não passa na cabeça do mandatário, não é ele que vai se expor. Aliás, como presidente, o indivíduo não visitou nenhuma unidade de saúde, só reinaugurou hospital de campanha já inaugurado para fazer aglomeração de pessoas.

Disse ele: ‘Se tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda’.

O presidente do Brasil nega o número total de mortes por coronavírus. Ele não acredita em pandemia, mas não faz um giro por hospitais.

Num discurso recorrente e sem provas, Bolsonaro disse que chegam a ele informações de que o número total de mortes está inflado e de que muitas pessoas morrem por outros motivos, mas entra coronavírus na causa da morte.

Se agarrando na usual teoria da conspiração, disse que inflar números dá um ganho político ‘dos caras’. Sente que esse cenário é para atacar e culpar o governo federal. ‘Pode ser que eu esteja equivocado, mas, na totalidade ou em grande parte, ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou de UTI’, completou.

Redação

6 Comentários

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  1. O objetivo do sujeito que ocupa a presidência da república não é que algum insano invada hospitais para filmar,ou mesmo fingir que filma. O objetivo desse sujeito é despertar a dúvida naqueles imbecis que já não querem mesmo seguir nenhuma orientação médica.
    Poderíamos dizer que é direito deles,individual. Ocorre que não estão em casa,estão nas ruas podendo contaminar outros.
    Não é mais possível que esse sujeito continue a acobertar sua falta de governo com nuvens de fumaça e,neste caso,nuvem tóxica.

  2. Com raras exceções, médicos formaram a linha de frente do bolsonarismo

    Agora são chamados, para o Brasil e para o mundo, de mentirosos e fraudadores por aquele que recebeu maciço e caloroso apoio da classe.

    Enquanto isso, nas redes sociais – foi o que sobrou – indignação e revolta. Pela milionésima vez, bradam aos ventos: “Chega, não dá mais, passou de todos os limites!!!, com muitas exclamações. A professora Sylvia Moretzsohn, pelo menos, usa o vernáculo que a situação requer: “Algum médico ainda vai ter coragem de defender esse filho da puta depois de hoje?”

    Calma, a CF/88 vai botar freios no imbecil. Calma, o Congresso vai conter a besta-fera. Calma, o Judiciário vai manter o estúpido dentro dos limites constitucionais. Calma, as Instituições, ah as Instituições, vão impor limites ao quadrúpede, afinal todas elas estão em “pleno funcionamento”, precisamos confiar nas instituições.

    Nossa única e remota esperança está no STF/TSE, com a cassação da chapa, que se ocorrer, não será este ano, com a consequente eleição direta. Eleição direta significa abrir mão do controle do processo, cochilaram em 2002 e deu no que deu, 13 anos de “insuportável governo do PT”. Se ocorrer, será em 2021, e eleição indireta com 594 eleitores. Rédea curta.

    O país – e o povo brasileiro – aguentam?

    1. Adendo ao terceiro parágrafo:

      “Calma, os generais não vão deixar o governo sair dos trilhos, afinal os generais, ao contrário do capitão, têm formação e pensamento sofisticados”.

  3. Com estas dicas Bolsonaro só quer uma coisa…
    uma multidão em processo brutal de seleção

    Quer apenas colocar em prática o seu discurso inicial de caça e abate de pessoas por qualquer desvio, mesmo que seja apenas por reivindicar direitos perdidos. E, pelas falas dos milicos, é bem capaz de conseguir porque acusar e punir pessoas por qualquer coisa ficou muito fácil depois de Moro e Lava Jato

    Tudo indica que Bolsonaro governa apenas para o seu prazer e sem se preocupar com a aceitação ou opinião dos outros. Talvez por considerar que a vida não é uma dança, digamos assim, mas sim uma competição. Talvez por considerar todos os brasileiros que não votaram nele como inimigos

  4. Todas as ações deste infeliz precisam ser agrupadas para que ele tenha julgamento e condenação rapidas. Por exemplo, o veto deste sujeito num projeto legislativo que conferia ao síndico o direito de impedir festas em condomínios durante a pandemia é argumento para condenação em julgamento de genocídio.
    Também seu decreto, que facilita armar milicias e multiplica por muito a compra de balas é mais um argumento.
    Abaixo uma amostra do que sofrem as familias sob esta ignomínia que se estabeleceu no RJ. Alguns são obrigados a sair só com a roupa do corpo.

    https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/12/milicias-expulsam-moradores-de-casa-em-itaborai-mage-e-rio-e-colocam-imoveis-a-venda.ghtml

  5. As evasões e distorções da realidade são curiosíssimas. Numa hora, é uma gripezinha, noutra hora, a pandemia (não era só uma gripezinha?) é argumento para atacar direitos trabalhistas e a autonomia das instituições federais de ensino superior. Outra hora, escondem o número de mortos. Em outro passo, tentam maquiar. Outra hora, a responsabilidade é dos governadores e dos prefeitos. Duvidou-se da pandemia e agora duvida-se das mortes.
    Até pelo fato de, com tal dúvida, ela, por si só, se torna “dúvida razoável”, o que leva a não fazer coisa alguma e/ ou duvidar das outras ações.
    Mas um leito vazio é um leito não ocupado. Eis que aparece a desonestidade: se não está ocupado, não há doente, logo, não há pandemia. E eu aqui, pensando que é melhor que tenha um número razoável de leitos não ocupados (mais leitos do que menos) pra não haver pressão sobre o sistema de saúde. Afinal, pra que mais leitos, se não pra evitar o colapso do sistema de saúde?

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