Bolsonaro chama Bolsa Família de “condução coercitiva” dos governos do PT

O mandatário disse que se estivéssemos no governo Dilma, “talvez tivéssemos dois homens se beijando aqui na frente”

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Em discurso no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse que o programa social Bolsa Família era um “tipo de condução coercitiva” do PT para manter o eleitorado. Ainda, chamou os governos do ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff como “cangalha”, e disse que se o discurso fosse dado há quatro anos, no governo Dilma, “talvez tivéssemos dois homens se beijando aqui na frente”.

Eu lembro que, num debate de 2014, uma candidata bateu no peito e disse que ‘no nosso governo 50 milhões de pessoas vivem do Bolsa Família’. Obviamente, muita gente humilde necessitava até disso daí. Mas outra parte, não. Porque não era também estimulada a sair desse tipo de condução coercitiva, vamos por assim dizer”, disse o mandatário.

A condução coercitiva é uma medida judicial que obriga uma testemunha ou investigado a prestar depoimento às autoridades, mesmo contra a sua vontade. A expressão foi usada por ele para afirmar que o programa que retirou milhões de brasileiros da extrema pobreza era uma estratégia de amarra eleitoral.

Denegrindo os programas sociais criados nos governos do ex-presidente Lula e Dilma Rousseff, Bolsonaro afirmou que “para esses que até há pouco dominavam o país”, pessoas pobres precisavam ter em “em uma das mãos o titulo de eleitor e na outra, o cartão de um programa assistencial”.

Ainda no mesmo discurso, realizado para celebrar o Dia Internacional da Juventude, Bolsonaro disse que a Argentina corre o risco de uma “ditadura venezuelana” se a oposição formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner vencerem as eleições no país. O público, formado por aliados e funcionários do governo, gritava “mito” a Bolsonaro.

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Redação

9 Comentários

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  1. Quando será que o “mito” vai abandonar a campanha eleitoral e começar a governar?
    Sugiro que o PT comece a adotar discursos da extrema direita para ver se o Bozo começa a agir no sentido contrário. Quem sabe funciona, né?
    Com animais quadrúpedes deve-se agir com a máxima inteligência.

    1. “Quando será que o “mito” vai abandonar a campanha eleitoral e começar a governar?”

      Quando ao invez de dois homens se beijarem, um estiver mijando na boca do outro.

      Ou, pelo menos, quando eles fizerem troca-troca na frente dele.

  2. É só um falastrão que também viveu de bolsa familia, só que de outro tipo. Bem mais arregada, mas também as custas dos nossos impostos.
    Afinal, o que fez este sujeito nos últimos 40/50 anos?
    Vou arriscar a resposta: Se transcrevessem as realizações deste cara para um livro com 190 paginas, 188 estariam em branco.
    Aliás, ja fizeram..
    https://www.google.com/amp/s/oglobo.globo.com/cultura/livro-viraliza-nas-redes-ao-listar-motivos-para-confiar-em-bolsonaro-com-188-paginas-em-branco-23876857%3fversao=amp

    E mesmo assim a família e agregados enriqueceram…

  3. Da últuma vez que um chefe de Estado brasileiro desprezou um programa de segurança alimentar para os mais pobres, milhões morreram de fome. “Mero assistencialismo”, criticavam. Foi no início do milênio. Quase ninguém lembra, mas eu me lembro muito bem.

    Efeagá não é só culpado pelo crime lesa-pátria da privataria, como também é culpado por dar preferência aos pagamentos do FMI à garantia das mínimas condições de vida do nosso povo mais humilde. Quando anunciado o programa Fome Zero e o Bolsa Família, os jornais limpinhos e cheirosos, os almofadinhas blasé de nariz empinado e dedo em riste bravaram, em editoriais nervosos: “assistencialismo”, “compra de votos”, “populismo”… anos depois, quando o Brasil saiu do Mapa da Fome, minimizaram a maior conquista do governo. Pelo contrário, continuaram a bater no PaTê sem dó nem piedade. A vida do pobre não vale de nada para eles, tanto que fazem pouco caso agora que o Brasil ameaça a voltar ao Mapa da Fome e o bolsofascismo repete as mesmas bravatas dos antigos e novos coronéis contra o pobre, que na cabeça deles só serve como “carvão pra queimar”. Tem sido assim desde os primórdios da colonização destas terras. Esse, afinal, é o papel do Brasil na economia capitalista global, um gigantesco latifúndio.

  4. Preparando o terreno pro fim do bolsa-família, né?
    Que adianta arrochar salário, precarizar o trabalho, eliminar auxílios sociais, enfim, fazer toda a dinheirama que significa consumo das famílias, tudo isso pra levar a uma crise econômica?
    Não precisa de “exército rebelde”, igual na Líbia, pra destruir um pais.

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