Bolsonaro quer derrubar sigilos do BNDES, que corre risco de ser extinto

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Jornal GGN – Jair Bolsonaro usou as redes sociais para prometer a seus seguidores abrir a “caixa-preta” do BNDES, derrubando todos os sigilos do banco com a desculpa de que a população tem direito de saber o que é feito com os recursos. O presidente eleito não deixou claro qual será o destino da instituição a partir de 2019. Agência de notícias ligada ao Estadão afirmou, no início do mês, que se cair nas mãos de liberais ligados a Paulo Guedes, o BNDES tende a ter seu papel encolhido e eventualmente, após as privatizações, poderá ser extinto.
 
“Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que esse é um anseio de todos”, escreveu Bolsonaro, no Twitter. “Vamos abrir todos os sigilos do BNDES, sem exceção. É o dinheiro do povo e nós temos que saber onde está sendo usado”, acrescentou.
 
Segundo o Estadão, ainda não há definição sobre o comando das estatais, pois o gabinete de transição de governo prioriza o desenho da Esplanada dos Ministérios e seus titulares. 
 
Sobre o BNDES, há a possibilidade de assumir como presidente um nome indicado pelo grupo militar, estatizante, que entende que o banco “poderia diminuir, mas ter alguma função no financiamento à inovação e aos investimentos em infraestrutura.”
 
“Já para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas às privatizações de estatais e estruturação de projetos de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. Essa função teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia até mesmo ser extinto.”
 
São cotados para o BNDES nomes como Carlos da Costa, Joaquim Levy, Eduardo Centola, sócio e co-presidente do Banco Modal, além do economista Rubem de Freitas Novaes, que foi diretor do banco em 1982 e é o favorito para o cargo.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Ações e pensamento de um

    Ações e pensamento de um ex-militar…

    Estou aprendendo muito com as forças armadas brasileiras…

    É bom para entender que país nos somos…

    E o mais importante,

    Qual futuro este pais terá…

    Qual o tamanho de brasil está sendo gestado…

    Por enquanto é o pior possível…

  2. Se alguém ainda duvida, o

    Se alguém ainda duvida, o objetivo dessa escumalha é desmontar toda a estrutura econômica do Brasil construída nos últimos 88 anos e levar ao país a era pré-Vargas. Ou seja querem, destruir o (parco) capitalismo brasileiro até a raíz. É o que demonstra a pretensão de arruinar tudo: sistema industrial, sistema educacional, sistema de saúde e por aí vai…

    Que posso dizer?

    Bem-feito para um povo inacreditavelmente medíocre que, intoxicado pela burrice e cultuador da ignorância, está conseguindo fazer a façanha de se auto-destruir.

  3. Apenas os seguidores do

    Apenas os seguidores do “boçalnaro” ainda não entenderam que o objetivo do “coiso” será de tornar o Brasil numa colônia dos Yankees, cujo banco de “fomento” (banco para o progresso da fome no dicionário do bozo) será o Bank of América.

  4. E do HSBC?
    Vai divulgar também do HSBC? E as contas da Suíça? Claro que vão acabar com o banco de desenvolvimento. Claro que vai implodir o B dos BRICs. Claro que vão onerar o pobre, aumentando a miséria e a desigualdade. Claro que vai acabar com as instituições do trabalho. Claro que o gás vai a 100. Mas os eleitores dele querem um revólver!

  5. Moro está lá para isso.

    Moro está lá para isso. Encontrar eventuais irregularidades dos inimigos (mesmo que seja necessário forçar a barra) e encobrir os crimes dos amigos.

  6. Mais um passo do golpe de 2016

    A lava jato veio criminalizar todas as políticas não apenas sociais, como também todas as políticas de desenvolvimento do país. Ao criminalizar todos os empréstimos do BNDES preparou o caminho para o seu desmonte. Assim como criminalizaram as políticas de penetração de nossas empresas no exterior, como criminalizaram as políticas internacionais, até a compra de  caças. Como criminalizaram os projetos desenvolvidos na Eletronuclear. Como criminalizaram a Petrobrás. E o mais interessante é que os empresários nacionais que se beneficiaram tanto com as políticas de incentivo, de subsídios, e das políticas de desenvolvimento, correram em grupo para dar suporte ao golpe, e agora ao governo Bolsonaro..

    Como sempre dizerm nossos empresários não empreendem porque não tem garantias.  E agora não vão empreender, porque deram suporte a um governo que não vai lhes dar suporte. A destruição do financiamento do desenvolvimento que começou com a PEC do orçamento, continua agora com o fechamento do BNDES. Tudo sempre em nome da luta contra a corrupção. E o maior golpe vai ser a privatização da Previdência, pois a reforma da previdência só  vai criar é espaço para os fundos de pensão, que terão um mercado imenso .

    Enquanto isto nossa cabeça economica do momento, Paulo Guedes, vai cumprir  a máxima empresarial: Você quer cubrir as dívidas e o deficit, feche a fábrica e decrete falência.

  7. Esquece essa história de investimentos externos no Brasil

    Se essa caça as bruxas realmente acontecer, criará pânico em todos os empresários e ninguém vai querer investir em um país tão inseguro e instavel. Será mais um fator que expulsará investimentos externos no país. Que tipo de empresário colocaria seu dinheiro no Brasil correndo o risco de ser perseguido e preso.

    Tudo o que um empresário não quer é insegurança jurídica. O ambiente de negócios no Brasil será o pior possível. Quem tem dinheiro não gosta de correr riscos e pensará mil vezes antes de investir no Brasil. Há mercados muito mais seguros e estáveis na Ásia.

     

    1. Claro que vai!

      Um país na bacia das almas? Vai ser sopa. 

      A questão não é de investimento. É de ver o que dá pra carregar.

      A lógica é tornar qualquer mudança inevitável, já dizia algo parecido o Friedman. 

  8. Historia

    Os proprietarios e acionistas do Estadão devem estar muito satisfeitos de terem apoiado abertamente Jair Bolsonaro. Vão ser recompensados. Esse é de fato um presidente à altura do jornal O Estado de S. Paulo.

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