Brasil vive momento mais difícil, por Pedro Augusto Pinho

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Brasil vive momento mais difícil

por Pedro Augusto Pinho

Fulanizar uma ideia, um projeto, uma ação política sempre dá mais visibilidade e possibilita os poucos esclarecidos manifestarem suas opiniões sem fundamentação. Estamos diante de um momento gravíssimo de nossa história e as notícias parecem colocar os golpistas de 2016 em facções com características próprias e distintas e envolvidos numa peleja pelo poder.

Será realmente isto que está ocorrendo? Há alguma contradição que coloque o golpista Temer em oposição ao golpista Roberto Barroso ou ao golpista Maia ou Meireles à Cármen Lúcia ou etc etc etc.

A história, mesmo vista com séculos de distância, continua a permitir revisões, reinterpretações, com os mesmos velhos e gastos fatos. São as releituras que volta e meia entram na pauta da contemporaneidade. O que se dirá das ações e reações que se afirmam e desmentem a toda hora?

O golpe de 2016 foi articulado no exterior, como o foi o de 1964, com praticamente os mesmo objetivos. Tirar o Brasil do protagonismo internacional, recolocá-lo como colônia do poder vigente e impedir que os donos das terras, escravos e dinheiro nacionais perdessem ou vissem reduzidos, pelo mínimo que fosse, seus rendimentos e bens. Lembrar que a questão tributária, sempre motivo de múltiplos ataques, garante os rendimentos de uma classe sem os encargos dos tributos e cobra dos trabalhadores seus maiores ônus.

Temos vários níveis ou âmbitos de enfrentamento da questão nacional e da social.

O mais amplo é, a meu ver, o internacional. O poder vigente que quer manter a colônia brasileira, usufruindo tudo – recursos naturais, trabalho, tecnologias – que esteja à nossa disposição.

Este poder atualmente é o sistema financeiro internacional, que substituiu os poderes imperiais nacionais. Ele não só domina a área financeira e econômica, como invadiu a comunicação de massa, a política, a questão social e a própria administração dos Estados Nacionais. Denomino banca este poder que se tornou o maior após a trágica herança de Margaret Thatcher e Ronald Reagan.

Outros poderes, como do latifundiário escravocrata, dos rentistas de bens imóveis e móveis, dos donos da comunicação de massa e, de grande importância para a banca, do judiciário são coadjuvantes..

O judiciário está para a banca como os militares estavam para o capitalismo industrial e as geopolíticas nacionais, até poucos anos.

Para todos estes níveis de confronto, creio eu, a primeira e mais ampla ação deva ser a denúncia, permanente e abrangente, das ações dos golpistas nacionais e das incoerências da banca.

É o esclarecimento e a conscientização que precede as ações. É indispensável entender que neste universo golpista não temos aliados ou amigos.

Todos, rigorosamente todos, não desejam um Brasil soberano, socialmente justo e democrático. Nacionalismo, justiça social e democracia causam arrepios e profundo mal estar para estes golpistas.

Não se iluda o povo brasileiro; se hoje algum age a seu favor ou de seu líder, está apenas preparando um tacão maior e mais doloroso para nos agredir.

Estamos em guerra: as forças nacionais e populares contra os invasores e oportunistas. Se isto sempre ocorreu, hoje é claro e inquestionável.

Não existe mais um general nacionalista interessado no Brasil Potência, não existe mais um jurista honesto que acredita que há um direito a ser aplicado a todos. A banca corrompeu tudo e todos que se aproximaram dos poderes.

Esta passeata de juízes e promotores exigindo a aplicação de uma excrescência jurídica, que está em oposição nítida ao princípio constitucional da presunção da inocência, imposta pelos asseclas e agentes da banca, apenas mostra que não haverá acordo possível.

E por que esta diferença atual para os sempre colonizados e escravistas? Porque a corrupção está no cerne deste sistema dominante, o da banca. Veja que foram aqueles já citados governantes estrangeiros, os que tiraram todas as restrições para que o dinheiro das drogas, dos tráficos de armas, de pessoas e de órgãos, que os opressores corruptos colocassem seus recursos para render e “limpar” no sistema financeiro internacional. A banca, sem regulações, é o instrumento de maior corrupção já conhecido no Planeta.

Esta é uma diferença entre antigos colonizadores e o sistema atual.

E é este sistema que domina todos os denominados poderes da República: executivo, legislativo, judiciário, ministério público e midiático.

Portanto à luta, o dia de glória está para chegar.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Guerra nas estrelas!

    Com esse judiciário, com essa possibilidade de ser eleito nesse nível de legislativo e contar com apoio da caneta do executivo…

    A força escura não vai deixar passar esta oportunidade que está tão perto e de tentar enquanto não obter este poder!

    Parece brincadeira, mas hoje está mais para a força escura…

    Pessimismo!

    Não!

    É por que as pessoas que poderiam fazer a diferença estão só olhando…

  2. A prova maior do que Pedro 

    A prova maior do que Pedro  Augusto afirma é a participação do militares no golpe, que aceitaram e até colaboram com a transformação do país em colônia, além de atuarem como capitães do mato da plutocracia.  A banca comprou o congresso, o judiciário, é dona dos meios de comunicação de massa. O país está em guerra, os inimigos são a banca e os que se venderam à banca. É uma luta desigual. Parece-me que a resistência possível não está mais no campo político ou jurídico. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador