Chapa contrária à interventora vence eleição do Diretório Acadêmico da UFGD com 73% dos votos

Essa eleição para o diretório está sendo considerada uma das mais importantes dos últimos anos, visto o cenário de conflito que envolve atualmente a UFGD.

Chapa contrária à interventora vence eleição do Diretório Acadêmico da UFGD com 73% dos votos

Nesta última terça-feira (19/11) os acadêmicos da UFGD votaram para escolher a nova Diretoria do Diretório Central dos Estudantes da universidade. Haviam duas chapas na disputa, a Chapa 1 “Maria Quitéria” e a Chapa 2 “Contra-Atacar”.

Essa eleição para o diretório está sendo considerada uma das mais importantes dos últimos anos, visto o cenário de conflito que envolve atualmente a UFGD. Havia muita expectativa por parte de toda a comunidade acadêmica pois, no centro dos debates está a situação do comando da Reitoria da universidade.

A Chapa 2, Contra Atacar, se colocou publicamente contra o que denuncia ser uma intervenção do Ministério da Educação na universidade, usando o mote de campanha: “Contra Atacar a intervenção na UFGD”. Isso porque, o Governo Federal nomeou, em junho deste ano, uma reitora pró-tempore para a universidade. O Movimento Estudantil, incluí-se aí a atual gestão do DCE, assim como o movimento sindical, considera que a Prof. Mirlene Damázio não tem legitimidade para ocupar o cargo de reitora e a chama de interventora. Além disso, já foram feitas inúmeras manifestações públicas em repúdio à intervenção e em defesa da autonomia universitária e se exige que o reitor eleito na Consulta Prévia em março, Prof. Etienne Basotto, seja nomeado.

Por outro lado, a Chapa 1 “Maria Quitéria”, adotou um discurso ponderado a respeito da situação da universidade. Em debates defendeu a legalidade da nomeação pró-tempore de Mirlene Damázio e várias de suas medidas, além de fazer coro com os argumentos do MEC a respeito da UFGD. Pelos corredores da universidade, essa posição transpareceu que a Chapa 1 apoiava a reitora e o processo de ingerência do governo na universidade. Isso foi reforçado pelo fato de integrantes da Chapa 1 serem filiados ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

A campanha, então, foi polarizada, ainda mais por que a chapa 1 foi identificada, desde o inicio, com grupos como a “UFGD Conservadora”, uma organização de direita que por vezes protagoniza polemicas na universidade. Enquanto que, a Chapa 2, foi identificada como de esquerda, por defender o legado do Movimento Estudantil que foi construído nos últimos anos, por ser ligada a movimentos sociais e por ser crítica às medidas do Governo Federal como o corte de recursos da educação e o Programa Future-se.

Apesar da polarização na campanha, o resultado das urnas foi esmagador para a Chapa 1, que acabou a disputa com 23% dos votos, ou 362 votos de um total de 1.356. A Chapa 2 obteve 994 votos (73%), vencendo em seis das sete urnas, o que representa uma vitória significativa no atual momento político.

O resultado da eleição está sendo considerado um termômetro para medir a opinião da comunidade estudantil sobre a situação da universidade. O que fica evidente é que e os estudante desaprovam o grupo que ocupa a reitoria e apoiam a política que vem sido tocada pelo Diretório Central.

Mais informações sobre o processo:

https://dceufgd.org/2019/11/20/chapa-contra-atacar-e-eleita-para-o-dce-com-73-dos-votos/

Redação

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