Chuva causa transtornos, mas não enche a represa

Jornal GGN – A tempestade que atingiu São Paulo na madrugada de domingo para segunda-feira derrubou árvores e causou transtornos no fornecimento de energia elétrica, mas não foi o suficiente para elevar o nível do sistema Cantareira, que se manteve estável. De acordo com a Sabesp, a capacidade do reservatório segue em 7,3%. O nível do Alto Tietê baixou 0,1% e agora opera com 12% da capacidade.

Com forte chuva, nível do Cantareira se mantém estável nesta segunda

Da Folha de S. Paulo

A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo fez com que o nível do sistema Cantareira se mantivesse estável nesta segunda-feira (29) em relação ao dia anterior.

De acordo com a Sabesp, a capacidade do reservatório está em 7,3% nesta segunda – o mesmo índice registrado neste domingo, quando o sistema registrou sua primeira queda após nove dias.

O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

DEMAIS SISTEMAS

Outro manancial que se manteve estável em relação ao dia anterior foi Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas. De acordo com a Sabesp, o sistema opera com 31,6% de sua capacidade.

O nível do Alto Tietê, que também está em estado crítico, baixou 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 12% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

A represa de Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, também registrou queda 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 40,5% de sua capacidade.

Já o nível dos mananciais Rio Grande e Rio Claro subiu nesta segunda. De acordo com a Sabesp, o reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 71,9% de sua capacidade após subir 0,6 ponto percentual em relação ao dia anterior. O nível do reservatório Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 33,5% de sua capacidade nesta segunda após subir 0,1 ponto percentual.

TAXA EXTRA

Em meio à estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu nesta semana cobrar sobretaxana conta de água dos “gastões”, como o governador paulista chama os que desperdiçam.

A medida afetaria aqueles que ampliarem o consumo de água em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, mas só valerá depois de umaaudiência pública marcada para o final no mês pela Arsesp (agência reguladora estadual de saneamento).

Pela proposta, quem tiver um aumento de consumo igual ou menor que 20% em relação à média terá acréscimo de 20% na conta. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta. 

Redação

7 Comentários

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  1. Não sou paulista e nem estou

    Não sou paulista e nem estou em São Paulo e por isso quase nada sei como realmente estão as coisas.

    Mas quando houve o APAGÃO de fhc, após o racionamento veio a CONTA EXTRA para os gastões(?) de energia, onde perdi um frizer!

    Está parecendo a mesma coisa com água, mas notícias vindas do PIG não DIMENSIONAM A GRAVIDADE DO PROBLEMA E NEM SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A ECONOMIA…

    Não sabemos o que acontece com os mais pobres.

  2. Em Tóquio, cidade com cerca

    Em Tóquio, cidade com cerca de 13 milhões de habitantes, foi construído em poucos anos, a um custo relativamente baixo (US$ 3 bi), um sistema de drenagem gigantesco. Para efeito de comparação, só a reforma da marginal Tietê feita pelo ex-governador  de SP José Serra custou R$ 1,75 bi. Já a “limpeza” do Tietê, que o desgoverno tucano de SP arrasta há duas décadas, já esgotou mais de US$ 3,6 bilhões. Ou seja, enquanto o Japão construía o que talvez seja o maior sistema de drenagem do mundo, o governo paulista do PSDB gastava mais do que os japoneses em uma obra sem resultados, pois o rio Tietê continua tão ou mais poluído do que era há 20 anos.

    “Localizado nos arredores de Tóquio, por trás de um pequeno prédio do governo, debaixo de um campo de futebol e uma pista de skate há um sistema de esgoto incrivelmente enorme para controle de enchentes, construído para proteger a cidade de 13 milhões de habitantes de chuvas fortes e inundações provocadas por tempestades tropicais. O nome oficial desses longos túneis subterrâneos é “Sistema de drenagem da área metropolitana”, mas é mais comumente chamado de G-Cans. Construído entre 1992 e 2006, ao custo de 3 bilhões de dólares, este sistema subterrâneo enorme de gestão de água das chuvas compreende 6,4 km de túneis de até 50 metros de profundidade que ligam cinco silos gigantes, de 65 metros de altura e 32 metros de largura, a um tanque enorme: o Templo.

    O “Templo Underground” é a característica mais impressionante do G-Cans, que já foi usado como pano de fundo atmosférico em vários filmes e dramas. Este reservatório gigante, que mede 25,4 x 177 x 78 metros, é suportado por 59 pilares gigantescos. As águas da chuva de vias da cidade são coletadas através dos túneis e dos silos. Quando estes ficam cheios de água, os silos trabalham o seu curso através de uma série de túneis até o “Templo Underground”. De lá, quatro turbinas movidas por motores a jato, bombeiam cerca de 200 metros cúbicos ou 53 mil litros de água por segundo para o rio Edo.

    A utilidade de tal sistema de drenagem colossal é questionado por algumas pessoas que acham a estrutura muito exagerada. Mas de acordo com a Central do Conselho de Gestão de Desastres de Tóquio, se em 3 dias chover um total de 550 milímetros, o rio Arakawa em Kita Ward vai transbordar em suas margens, inundando até 97 estações de metrô, fato que o G-Cans ajudaria a evitar.

    O projeto do G-Cans é um feito de engenharia incrível, estranhamente bonito também e, portanto, um fascinante destino turístico. Quando não estão inundadas, são realizados passeios duas vezes por dia às galerias, de terça a sexta-feira. Infelizmente, o passeio é realizado apenas com guia japonês. Certifique-se de levar um intérprete”.

    Leia mais em: G-Cans: o gigantesco sistema de drenagem de água da chuva de Tóquio (13 fotos) – Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=27820#ixzz3NIbgeS1I

  3. A natureza dá o troco devido

    A natureza dá o troco devido ao preço a pagar pelo “progresso” de SP, feito às custas da destruição de recursos naturais, além da exploração da força de trabalho.

  4. Recarga dos aquíferos!

    Estas chuvas servem para regarga dos aquíferos, ou seja, elas estão simplesmente recuperando a umidade do solo, se continuar a chover, somente no fim de janeiro e início de fevereiro é que começará a subir de forma significativa o volume dos reservatórios. Se a temporada de chuvas for longa há alguma esperança para os paullistas, porém acho difícil pois entramos num ciclo de seca que pode ser longo. Um exemplo deste ciclo pade ser mostrado pelos dados históricos das medidas de chuva obtidos desde 1888 na Estação da Luz no centro de São Paulo.

    Como se pode ver do início do século XX até mais ou menos 1936 as chuvas medidas eram muito abaixo da média histórica do período (em torno de 1 desvio padrão), se um ciclo como este se repetir São Paulo poderá ficar sem água por uns vinte anos.

    Estes ciclos são regidos pela temperatura dos oceanos que oscilam lentamente e tem ciclos de 30 a 60 anos.

    O mais surpreendente de tudo é que os dados utlizados para o dimensionamento dos reservatórios começam em 1960, séries extremamente curtas para definir capacidade de sistemas como o de abastecimento de Sâo Paulo.

  5. Castigo divino

    O unico manancial que teve algum acrescimo foi o rio Grande, exatamente o braço da Billings, todos os outros apesar das chuvas diminuiu.

    O clima mudou definitivamente nas regiões afetadas é um fenomeno natural de mudança climatica global. E é bom lembrar, não tem nada a ver com interferencia humana.

    A Billings que é vitima do maior crime ambiental no mundo, mantem o indice de volume de água, ironicamente não pode ser utilizado em razão do estado calamitoso de poluição.

     

     

    Que os administradores responsaveis pelo abastecimento de agua, se movam rapidamente e encontrem novas alternativas de abastecimento, podem esquecer da região que sofre com a estiagem, jamais voltara a oferecer o mesmo volume de agua do passado.

     

    1.  
      “O governo do Estado está

       

      “O governo do Estado está pelo menos um ano atrasado nas demandas correlatas à lei específica. Destaco o atraso em relação aos passos que devem ser seguidos a fim de atender o que estabelece a Lei Específica, como também merece ressaltar que faz mais de 4 anos que o Comitê Estadual de Recursos Hídricos aponta a ausência do plano de gestão dos recursos hídricos. Ou seja, tanto a Lei Específica da Billings, quanto a política estadual de recursos hídricos contam com significativos atrasos em suas deliberações. Atrasos esses cometidos principalmente pelo Estado – Secretaria Estadual de Meio Ambiente – CETESB e também Secretaria Estadual de Recursos Hídricos”,

      É preciso fazer pela Represa Billings e que, até agora, ninguém fez. “Quanto ao que temos de necessário a ser feito se refere ao problema referente à contaminação por metais pesados e outros contaminantes depositados no fundo do reservatório, bem como, nas águas subsuperficiais.

       

       

  6. Me lembro bem quando chovia e

    Me lembro bem quando chovia e alagava em São Paulo, o que os prefeitos Serra e Kassab eram criticados aqui no blog. O PHA então, vivia falando sobre a Veneza Paulista.

    Ué! Até agora nada sobre  isso? Com o Maldad tudo bem?

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