Como Raquel Dodge irá lidar com a turma de Curitiba? Por José B

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reuters

Por José B

Comentário à publicação “Na consagração de Janot, o populismo em um órgão de Estado, por Luis Nassif

Espera-se que a nova PGR tenha a postura e preparo adequados ao correto desempenho das funções e, ao mesmo tempo, saiba imprimir técnica jurídica às investigações, recolocando o MPF na esteira da legalidade e devolvendo credibilidade à instituição acima de conveniências partidárias.

Será interessante observar como será o tratamento dispensado ao pessoal de Curitiba. Como os alvos prioritários são Lula e o PT, não acredito que serão imediatamente enquadrados. Cunha parece tranquilo e bem tratado nas carceragens da Lava Jato, já que sua delação até hoje não saiu e jamais ameaçou implodir o esquema que resultou no impeachment. O poder de persuasão da turma é seletivo.

Ao contrário do que ocorre com delatores dispostos a incriminar nomes eleitos pela investigação, os rapazes de Curitiba (apud ministro Barroso) jamais criaram embaraços ao grupo aboletado na Presidência da República. Qualquer  referência ao PSDB é solenemente ignorada, pois é preciso sustentar que os esquemas na Petrobras começaram em 2003, narrativa tão falsa quanto o interesse do MBL pelas artes.

Os tucanos são sócios do PMDB na empreitada do golpe, mas não há ninguém denunciado no tal “quadrilhão”. Gostaria de ouvir a explicação do Janot na CPI.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. O estrago desejado já foi

    O estrago desejado já foi feito. Agora eles irão limpar o terreno. Irão, de uma certa forma, queimar arquivos e as coisas parecerão ter entrado nos trilhos, mas não será desfeito nada do que foi feito contra a economia nacional, contra Lula, contra o PT e o próprio golpe de estado. E o “gigante” adormecerá novamente, até o dia em que os nacionalistas e progressistas tenham novamente a oportunidade de tentar fazer desta merda de lugar um país decente. Aí o despertador tocará o hino dos EUA e o gigante desperta novamente.

  2. O modelo de administração de

    O modelo de administração de justiça idealizado pelo seguidores da lava jato não encontra correspondentes em estados de direito autênticos. No pacote das 10 medidas, projeto engendrado pela corporação travestido de iniciativa popular, pretende-se abolir garantias civilizatórias expressas no texto constitucional.

    Temos uma inquisição moderna, proposta por segmentos minoritários do MP. Convém lembrar que os tribunais do santo ofício estimulavam delações. Não havia direito de defesa e os críticos eram considerados hereges.

    Na fogueira da vaidade, os justiceiros queimam em brasas.

     

     

     

     

     

  3. Machismo !

    Não fará nada, pois os “omi” não permitirão. Como não permitiram à Dilma e a Carmem Lúcia, que chegou com cara de má, de durona, e murchou, deixando tudo nas mãos do Gilmar Dantas (?) .

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