Afastada, Dilma concede entrevista a Glenn Greenwald

Jornal GGN – O The Intercept promete para hoje (19) uma entrevista inédita do jornalista ganhador do Pulitzer Glenn Greenwald com a presidente Dilma Rousseff. Em trecho divulgado ontem (18), a presidente fala sobre o sentimento de ver a composição ministerial do seu vice sem mulheres ou negros.

“O que está me parecendo é que esse governo interino e ilegítimo será um governo bastante conservador em todos os seus aspectos”, disse Dilma. “Não ter uma mulher e não ter um negro mostra um certo descuidado com que país você está governando”.

Do The Intercept

Trecho da entrevista de Glenn Greenwald com a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff

Como a agora suspensa presidente reagiu ao ver o ministério constituído inteiramente por homens brancos, de direita, e envolvidos com corrupção, formado pelo presidente substituto que ficou em seu lugar?

Veja a entrevista completa na quinta-feira, no The Intercept.

https://www.youtube.com/watch?v=P5-WGdiWAB4&feature=youtu.be width:700 height:394

Redação

8 Comentários

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  1. É interessante que quando

    É interessante que quando tentaram nomer Lula para ministro, rapidamente Gilmar entre tantos outros se oporam e lançaram medidads contra isso… Agora quando há dezenas de investigados não há nenhum processo contra e pelo contrário… dizem que é legal nomear ministros investigados… Alguém ainda tinha dúvida da perseguição política?

  2. veja nas entrelinhas de nossas vidas…

    e da vida de nossas filhas(os)

    …de todas as torturas, iniciou-se a pior com este golpe, com a aceitação deste governo ilegítimo, nascido da fraude, do conluio político criminoso ou da certeza de que o crime, ao contrário do que prega a nossa justiça, sempre compensou…

    …de todas as torturas, a pior é todas as decisões desse governo ilegítimo assumirem um significado doloroso até para os mortos e desaparecidos da ditadura, e merecerem aplausos da nossa imprensa…

  3. simplesmente pelo seguinte…

    porque pior do que o criminoso comum que sempre volta ao local do crime, é o criminoso político que nunca sai do local

  4. Sinceramente ???
    Estou

    Sinceramente ???

    Estou cansado dessa história de Ministerio sem Negros/Mulheres e da extinção do ministério da Cultura.

    É sintomático ?? É, mas devemos só afirmar isso e ACABOU !!!

    Em uma semana de governo Temer e só se fala nessas duas coisas. Parece uma cortina de fumaça para todos os malefícios que esse governo vai fazer !!! Enquanto Temer privatizará, atropelará direitos trabalhistas, etc, ficaremos chorando o fim do MinC.

    A verdade é uma só !!! Esse governo é ilegítimo, e temos que lutar contra ele e contra suas medidas lesa-pátria e antipopulares.

    1. É cansativo, mas, no entanto, é preciso dizer

       

      Marcelo33 (quinta-feira, 19/05/2016 às 11:53),

      Primeiro é preciso reconhecer que a luta está perdida. Ainda assim só resta lutar.

      Segundo é preciso avaliar em que a luta vai consistir. No caso, parece-me que a luta vai ficar apenas no campo das palavras. E nesse campo, para se ter idéia de quanto a luta será traiçoeira, não se pode perder de vista de que as palavras que permanecem são as dos vencedores. Em suma, lembrando Belchior, “eles venceram e o sinal está fechado para nós”.

      Assim, a luta com palavras, que é o que nos resta, será uma luta cansativa. Vamos ser repetitivos, cansativos e cansados, mas temos que insistir com as mesmas palavras. Temos que dizer, que é um golpe, que é um golpe paulista (E aqui devemos fazer o contraponto com a Revolução de 30 que a seu tempo foi um golpe, só que contra São Paulo e agora São Paulo, isto é, as elites econômicas de São Paulo fazem a vingança), que é um golpe da direita, que é um golpe contra as minorias.

      Tudo que dissermos nesse sentido nos cansará uns aos outros e a nós mesmos, mas precisamos dizer.

      E é preciso estar atento que no campo das ações a nossa luta é impossível. Uma ação de repercussão, mas impossível de ser adotada, seria, por exemplo, os operários das fábricas do Paulo Skaf pedirem demissão. Isso quebraria Paulo Skaf. Só que no regime capitalista, o capital conta com o apoio do setor financeiro e mais do que isso, origina da acumulação pela mais valia, e ao contrário o trabalho que cedeu contra a vontade a mais valia para o capital não pode ser acumulado e tem de ser usado no dia seguinte para a sua sobrevivência. Talvez mais do que uma vaquinha por José Dirceu haveria necessidade de se fazer uma vaquinha para os empregados do Paulo Skaf.

      Para ver como a luta com ações já foi descartada, na terça-feira, 17/05/2016, em comentário que enviei às 18:45, para junto do comentário de Maria Luisa enviado terça-feira, 17/05/2016 às 13:01, no post “Ilan Goldfajn é escolhido para presidir Banco Central” de terça-feira, 17/05/2016 às 11:07, aqui no blog de Luis Nassif, e com texto do Jornal GGN, eu sintetizei essa nossa situação de estarmos inertes, inanes e inermes para o golpe desfechado contra a presidenta Dilma Rousseff no seguinte parágrafo:

      “Com a indicação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central acaba o último resquício de poder que a presidenta Dilma Rousseff, se voltasse a presidir o país, poderia ainda exercer. Sem o apoio de um terço do Senado, ela não conseguirá nomear um novo presidente para o Banco Central. E se ela voltasse, ela certamente nomearia o Alexandre Tombini que cumpriu com denodo a missão que foi a ele confiada: manter a taxa de inflação no limite superior da banda”.

      E eu até concordo em parte com o que o Luis Nassif expressa lá no post “Xadrez do nó econômico da quadratura do círculo” de quinta-feira, 19/05/2016 às 05:01, aqui no blog dele em que ele diz que

      “Há um ganho na equipe econômica, com a indicação de Ilan Goldjan para o Banco Central”.

      Não diria que há um ganho, diria que não há perda. O Ilan Goldjan tem menos experiência do que o Alexandre Tombini, mas provavelmente não mudará a política monetária. Se bem que o elemento principal para essa avaliação seria saber como ele agiria diante de uma subida de juro pelo FED. Será que ele teria a mesma parcimônia do Alexandre Tombini. É torcer para que ele tenha. De qualquer modo, no caso da volta da presidenta Dilma Rousseff, ela não teria a mesma influência que tinha com Alexandre Tombini, não só em aceitar uma inflação em um patamar, mas também não conseguiria pedir que se buscasse uma maior valorização do dólar.

      E essa dificuldade que restou para o campo da esquerda com o impedimento da presidenta Dilma Rousseff também está expresso por Luis Nassif junto ao post “Xadrez do governo Frankenstein” de quarta-feira, 18/05/2016 às 09:45, também aqui no blog dele, quando ele diz que o “PT já desistiu de Dilma”.

      Não concordo com a censura que ele faz ao PT por não apoiar a presidenta Dilma Rousseff. Nem concordo também quando ele diz “Dilma terá dificuldades de construir uma narrativa com credibilidade sobre o que poderia ser seu governo, em caso de rejeição do impeachment” nem com o acréscimo em que ele diz que a “Dilma não parece em condições de construir essa narrativa”.

      E a minha discordância não é com o conteúdo explícito das duas frases. Em meu entendimento a presidenta Dilma Rousseff terá dificuldades de construir uma narrativa com credibilidade sobre o que poderia ser seu governo, em caso de rejeição do impeachment pela questão numérica de faltar a ela sequer um terço dos votos na Câmara e no Senado. É claro que faltando o apoio de sequer um terço dos votos na Câmara e no Senado a presidenta Dilma Rousseff não tem condições de construir a narrativa do que seria o governo dela.

      O link para os três posts mencionados são:

      1) Para o post “Ilan Goldfajn é escolhido para presidir Banco Central” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/ilan-goldfajn-e-escolhido-para-presidir-banco-central

      2) Para o post “Xadrez do nó econômico da quadratura do círculo” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-no-economico-da-quadratura-do-circulo

      e 3) Para o post “Xadrez do governo Frankenstein” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-governo-frankenstein

      Enfim é isso, com o avanço natural da direita em períodos de crise econômica como o exemplo da década de 30 deveria nos lembrar, agora que ela chegou em maioria no nosso Congresso, embora eu suspeito que ela sempre esteve lá com esse grau de maioria, não resta muito a fazer para a esquerda.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 19/05/2016

  5. Poderia ter cem mulheres, cem

    Poderia ter cem mulheres, cem negros, LGBTs, indígenas, portadores de necessidades especiais e quaisquer outros segmentos da sociedade que, ainda assim, esse governo continuaria golpista, ilegítimo e imoral, porém com um verniz de progressista.

    Portanto, essa discussão está errada. Golpista é golpista e ponto!

  6.  AMERICANO  DIZER  PARA A OEA

     AMERICANO  DIZER  PARA A OEA  QUE NÃO HÁ  GOLPE NO BRASIL É AUTO EXPLICATIVO. ARMARAM UM GOLPE,

    ELES, OS AMERICANOS,  E OS TONTOS DA PAULISTA APLAUDIRAM. O RESTO É CONSEQUÊNCIA. RECEBI DA CARTA MAIOR UM TEXTO ÓTIMO QUE FALA SOBRE ISSO. É DO LEONARDO BOFF. “A VOLTA DA CLASSE DO PRIVILÉGIO”. EXCELENTE MESMO, DEIXA TUDO BEM CLARO. 

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