Dilma nega compromisso com novas eleições em entrevista à Agência Pública

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em entrevista exclusiva à Agência Pública, publicada nesta segunda (27), a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) disse que não há consenso em relação à proposta de novas eleições e que, por isso, não é correto afirmar que ela está comprometida com a ideia. Segundo Dilma, o assunto “está em discussão”. “É uma das propostas colocadas na mesa. Agora, há de todo mundo uma opção por eleição direta, né? Sempre”, disparou.

Questionada sobre como seria, então, seu retorno à presidência no caso de o Senado rejeitar o impeachment, Dilma disse que fará “basicamente um governo de transição. Porque é um governo que vai ter dois anos, e o que nós temos de garantir neste momento é a qualidade da democracia no Brasil, o que vai ocorrer em 2018.” Para ela, cabe a discussão de uma reforma política no Brasil, sem dúvidas. Nós tentamos isso depois de 2013 e perdemos fragorosamente”, observou.

Na entrevista, Dilma ainda disse que é impossível voltar ao governo e “recompor” com partidos políticos “nos termos anteriores”. 

Sabatinada por um grupo de repórteres mulheres da Pública, Dilma também falou sobre feminismo. Na ocasião, foi instada a dar sua opinião pessoal sobre o aborto – coisa que evita fazer sob a alegação de que presidente da República não pode falar sobre determinados assuntos.

O GGN reproduz, abaixo, o trecho em que ela é pressionada e responde: “Não me tiraram não, eu continuo sendo presidenta.”

***

Andrea Dip: Presidente, vou mudar um pouquinho de assunto. Em suas campanhas, a senhora visitou vários templos evangélicos. Mas a bancada evangélica foi a que mais barrou projetos, inclusive do próprio PT, como a cartilha anti-homofobia, a discussão de gênero nas escolas, se opôs à lei que criminalizaria a homofobia e aos avanços das políticas relacionadas aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Durante o processo do impeachment, esses deputados da bancada evangélica e alguns pastores televisivos foram dos que mais atacaram a senhora de forma mais violenta. A senhora acha que valeu a pena fazer essa aliança?

Dilma: Acho fundamental que se abra essa discussão com eles. Você não vire as costas para 30% do país. Não faça isso. Nós temos que discutir com os evangélicos, falar com eles, porque eu também não acredito na uniformidade deles.

Marina Amaral: Nem todos são liderados pelo Cunha…

Dilma: Não, e não é isso. Eu acho que nem todos têm uma visão tão fechada.

Andrea Dip: Mas a bancada evangélica sim…

Dilma: Isso é outra coisa. Isso é a representação deles. Agora, pelo fato de a representação de segmentos do Brasil ser ruim, eu não vou deixar de falar com eles.

Vera Durão: Sim, mas você não deixou de falar com eles. Você fez uma aliança política com eles.

Dilma: Eu não fiz, não. Eu não fiz aliança nenhuma com eles. Aliança, como assim?

Vera Durão: De te apoiarem.

Dilma: Me apoiaram, mas nunca discutiram o que eu podia falar e o que eu não podia falar. Agora, eu acho que é fundamental que você converse com os evangélicos. Fundamental. No Rio de Janeiro, isso é decisivo, por exemplo. Vou falar isso porque eu acho isso grave: não acho que é possível a gente demonizar uma religião. Não é correto.

Andrea Dip: Mas em termos de políticas públicas, projetos de lei…

Dilma: Pois é, minha querida, mas eu vou continuar indo em templo evangélico sempre que me convidarem.

Marina Amaral: Mas a aliança com os evangélicos não barra determinados avanços?

Dilma: Não. Depende do que você, para fazer aliança com os evangélicos, aceita.

Andrea Dip: Eu vou aproveitar esse gancho e…

Dilma: Agora veja bem, querida, presidente da República não interfere em algumas coisas. Vou te antecipar, vou falar de aborto. O que nós podemos fazer no caso de aborto? Vou falar de aborto. Aborto legal nesse país está na lei. A lei é a seguinte, a lei é clara, você pode ter aborto em três casos: quando há estupro contra a mulher, quando a mulher corre risco de vida no parto e feto anencéfalo. São três casos. O que vocês estão perguntando é o seguinte: por que eu não criei mais três? O cumprimento desses três nós colocamos no SUS.

Andrea Dip: Não, é se a senhora é a favor da descriminalização do aborto.

Dilma: Eu pessoalmente posso ser a favor de tudo. Como presidenta, eu não interfiro nisso.

Natalia Viana: Mas a senhora pessoalmente é a favor?

Dilma: Não vou te responder isso. O dia em que eu sair da Presidência, eu te respondo. E eles não me tiraram, não. Eu continuo sendo presidenta. Assim como eu não posso declinar aqui que eu sou A, B, C ou D em relação a qualquer religião. Eu não posso fazer isso.

Andrea Dip: Mas a senhora não acha que seria bom…

Dilma: Para vocês pode ser ótimo. Para o exercício da Presidência, é péssimo. Querida, a hora que eu aceitar isso, eu aceito que aquela mulher que entrou lá na Secretaria [Fátima Pelaes, atual titular da Secretaria das Mulheres] chegue e fale: sou contra ter direito ao aborto por estupro. A gente que é servidor público cumpre a lei. Se a lei é ruim, nós temos de mudar a lei. Servidor público faz isso, não fica falando “eu acho isso” ou “eu acho aquilo”. Assim como eu fui contra o que ela falou, porque ela não pode falar aquilo. Não é algo que ela possa discutir. A lei é clara.

Andrea Dip: Mas não é uma questão de saúde pública, já que tem mais de 800 mil abortos por ano?

Dilma: A saúde pública garantida no governo são esses três pontos. Se eu estiver fora do governo e for feminista, eu luto por outras coisas, viu? Agora, eu fui feminista, tá?
Andrea Dip: No passado, presidente?

Dilma: Eu fui da Ação da Mulher Trabalhista, querida.

Vera Durão: Do PDT?

Dilma: Não, mas nós éramos a favor de cada coisa do arco da velha… [risos]

Andrea Dip: Mas não é mais feminista?

Dilma: Eu fui feminista. Hoje eu sou presidenta.

Marina Amaral: Mas a senhora diria “eu fui de esquerda”?

Dilma: Eu não entro nesse tipo de questão nem que a vaca tussa. Não tirei direitos dos trabalhadores, não tirei férias, não tirei nada, querida. Agora, eu não faço a política. A de saúde pública é garantir que o SUS, que é o nosso Sistema Único de Saúde, cumpra o que não cumpria. E até hoje tem resistência. Ou seja, não vamos achar aqui que é um passeio cumprir os três itens [do aborto legal]. Vocês não têm ideia.

 

Leia a entrevista na íntegra clicando aqui.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

26 Comentários

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  1. Não podemos convalidar os golpes!

    Torno a repetir;

    Novas eleições para quais cargos?

    Presidente, governadores, senadores e deputados federais?

    Não?

    Antecipação de eleições ou plebiscito é apenas uma outra forma de golpe ou mais uma fórmula tornar os golpes palatáveis!

    Antecipação de eleições para quaisquer cargos ou plebiscitos, são golpes contra a democracia brasileira e nas escolhas das brasileiras e brasileiros realizada democraticamente através dos votos.

  2. Alguém me explica ? Por favor !

    Novas eleições para presidente mantendo esse congresso muda o que ? 

    Ah, o povo decidiu se explodir de vez. Fico tentando imaginar quem seriam os candidatos…JB, JS, Moro,Bolsomito,Ciro,(pq o Lula não vai entrar nessa, eu acho que sujam a ficha dele antes), Marina, L.Genrro, que pena que o Dr. Éneas da bomba atônita não pode estar nessa. “Meu nome é Éneas !!” 

    Então deixa o temerario mesmo que o pau vai quebrar de qualquer jeito.

    A classe média tem que se ferrar pra ver se aprende de uma vez por todas.

    Enquanto isso a esquerda que junte os cacos e se prepare para 2018 desde o primeiro minuto.

    Corremos o risco de não ter eleição em 2018 ? Aí o pau quebra pra valer. Vai ver que é isso que a gente precisa, pra dar valor à Democracia.

    Por mim é: Dilma volta escancara geral pra Deus e o mundo e fé na tábua.

     

     

  3. A Dilma tem que ser mais

    A Dilma tem que ser mais politica, e fazer politica.

    Dizer aquilo que a maioria do senadores no momento querem ouvir.

    Depois de derrotado o golpe, assumindo o poder, mais a frente vê-se como fica.

    Não pode ser radical e taxativa nas colocações, tergiversar em politica em prol da Democracia é válido. Tem que enrolar esses caras golpistas também

    Até porque, a Dilma está lidando com um bando de safado, ladrão, corrupto, traficante, comedor de merenda de criancinha, conspiradores e por aí vai. 

    Dilma, faça politica com esses cabras. Faça com eles o que lhes fizeram e prometeram.

     

  4. Tá de brincadeira

    Só pode estar de brincadeira. Deve estar querendo perder votos no Senado e ser cassada logo, só pode. Até no fim Dilma faz asneiras.

      1. Dilma voltar pra fazer o que?

        Caro alexis. Dilma foi escorraçada quase que a socos e a pontapés pelo congresso. Acredita que ela voltaria ao poder para fazer o que? Acredita mesmo que o congresso a deixaria governar, ou fazer alguma coisa?

        Nosso sistema político deixa o presidente de joelhos diante do congresso, depende dele para tudo. Dilma não seria apenas chantageada, seria chutada para fora do poder com toda força, mas não sem antes a algemarem, e a Lava Jato destruir mais meia dúzia de empresas de grande porte.. Não estamos jogando um joguinho, é guerra jurídica, é pra valer.

        A esquerda se apaixonou tão fanaticamente por seus mitos que nem percebe, a gravidade da situação, e nem sabe avaliar as batalhas que tem condições de vencer, e as que não tem.

        Dilma seria uma ótima lider se estivéssemos em um país Escandinavo, mas não estamos. Um lider no Brasil, tem de ter antes de mais nada formação militar para general, ou quase isto, pulso para guerrear, dom para enfrentar os políticos mais raposas do planeta  pois enfrentará ambiente de guerra. É tudo o que Dilma não tem.

  5. Edição esquisita essa do GGN

    A começar pelo título, essa edição feita pela equipe do GGN deu um outro sentido à entrevista, embora seja textuais as falas ai colocadas…o problema é que as frases foram retiradas de seu contexto, um papo espontâneo que, da forma como está ai, ficou parecendo picuinha…antes de ler a entrevista na integra  estava com a impressão de que Dilma ter sido interrogada e não entrevistada….na verdade foi uma conversa interessante, ao contrário desse recorte do GGN,  dias atrás a vítima desse tipo de edição foi Aldo Rabelo

    Segue link para a entrevista na íntegra, já linkado no post

    http://apublica.org/2016/06/eles-nao-me-tiraram-nao-eu-continuo-sendo-presidenta/

     

  6. Cautela

    Dilma está sendo apenas cautelosa.

    Falar a-priori em nova eleição é, por outro lado, aceitar o golpe. Primeiro retorna a Democracia e, apenas depois, o povo e os movimentos populares são consultados, onde novas eleições são apenas uma opção.

    Sair da chantagem do Cunha para cair na chantagem de 3 ou 4 senadores não parece ser muito diferente. O Senador que mude o seu voto que o faça por uma causa justa, como a que reivindicamos. Depois de voltar, aí sim as coisas são discutidas. Antes, é chantagem e submissão.

  7. Li a entrevista e me assustou esse posicionamento de Dilma

    Li a entrevista e me assustou esse posicionamento de Dilma. Pareceu-me carta de suicídio. Só os mais fanáticos dilmistas a querem de volta para concluir o mandato. Muitos petistas já a rifaram. Há tempos. Soou-me incompreensível esse apego de Dilma a um governo que, para todos os efeitos práticos, está absolutamente acabado.

    Como ela pensa em voltar a governar depois de ter sido escorraçada da forma que foi pela câmara dos deputados?

    Não há outra coisa para ser dita: Dilma, ao ter a abertura do processo de impeachment autorizada pela câmara, naquele carnaval ridículo e vergonhoso, diga-se, foi posta para fora do governo a socos, pontapés, cusparadas e risos escarnecedores. Como ela voltará a governar tendo que lidar com aquela turba que lhe é francamente hostil, beirando a barbárie? Só ela sabe. Ou, como  quase sempre, não sabe (o que é muito mais provável, dado o que foi visto desde 2010).

    Votei em Dilma tanto em 2010 quanto em 2014, neste último ano apenas no 2º turno (votei em Lula no 1º e no 2º turno, sempre). Não me arrependo. Jamais votaria em Aécio (tampouco em Alckmin e muito menos em Serra). Mas lamento imensamente que Lula não tenha se imposto como candidato nas últimas eleições. Sob Lula, a coisa não teria chegado ao ponto de descarrilhamento que chegou. Esse caos político tem muito das mãos de Dilma sobre si. É inegável. Não por maldade. É por mera falta de vocação para a vida presidencial em um país como o Brasil. Ela poderia ter sido uma grande timoneira numa Alemanha, numa Inglaterra ou numa Noruega. Mas, cá no Brasil, há que se ter uma dose de sangue no olho, frieza e mesmo cinismo. Esses atributos que são necessários para governar o Brasil inexistem em Dilma. Está aí, nessa entrevista, a prova viva.

    1. questao Dilma

       Acredito que falta em Dilma algumas habilidades politicas, lidar com o Comgresso mas culpar a Dilma pela situaçao grave do pais não faço, e explico, antes das eleiçoes o pais vivia com 4% de desempregados, nivel de Finlandia, se a oposição (politicos, midia, PF,STF) não faz essa balburdia no seu 2 mandato o pais passaria pelas dificudades e segundo, a questão da Lava Jato no seu governo foi terrivel, os politicos envolvidos querem acabar com ela para travar a Lava jato.

      1. A Lava Jato é a culpada? Pois Lula teria sobrevivido.

        A Lava Jato é a culpada? Pois Lula teria sobrevivido. Cardozo nunca foi ministro de Lula. O mesmo quanto a Mercadante. Ambos não só ministros, mas colaboradores diretos e diletos de Dilma. Deu no que deu.

        Dilma se deixou enredar numa conversa que não era dela e nem do Partido dos Trabalhadores com muita facilidade:

          1. O fato é que Dilma gostava desse tipo de afago.

            Vc não compreendeu. O fato é que Dilma gostava desse tipo de afago. E se iludiu. Ia fazendo sua faxina ministerial, dizimando a sustentação que Lula havia construindo, sendo incensada pelo “detrito de maré baixa” (gostou?) e construindo o que vive agora. Ela gostava. Estava saindo, de modo elogioso, na capa da Veja. Muito ministro do STF adora.

            Depois, retomando o tempo perdido, nomeou dono de churrascaria para o ministério da ciência e tecnologia, deu o ministério da saúde ao PMDB, colocou Mercadante na Educação, demitindo Renato Janine Ribeiro via imprensa etc. Tentou um loteamento danado, ao fim. E nada. Entregou todas as joias da coroa ao PMDB. Fez uma faxina danada para, após, construir um ministério completamente loteado, numa tentativa desesperada de ficar aonde estava. Não deu. E terminou decapitada. A capa da Veja foi o beijo véspera do escarro. 

    2. Não se trata disso e sim o

      Não se trata disso e sim o fato de que Dilma não cometeu crime, a próprio Globo golpista reconhece isso…não defenda a iliegalidade e o golpe, pois amanhã você pode ser vitima dos golpsitas que hoje vc exalta,,,nem o Carlos Lacerda, defensor incansável do golpe de 64 escapou, certo…

      http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/pericia-ve-acao-de-dilma-em-decretos-mas-nao-identifica-nas-pedaladas.html

       

       

      1. Prezado, você não faz ideia

        Prezado, você não faz ideia de quem “exalto”.

        Quanto aos fatos de que cuidamos, cumpre esclarecer: a) não fui eu quem resolveu colocar Michel Temer na chapa de Dilma; b) nada tive a ver com as articulações que terminaram por produzir Eduardo Cunha presidente da câmara dos deputados; c) não faço parte de nenhum partido político;  d) Tinha simpatia pelo PT, a qual esmoreceu sobretudo no pós-Lula e e) não vejo motivos para defender Dilma de uma situação em que ela mesmo e seus auxiliares diretos (Mercadante e Cia.) se colocaram. E não o farei. Não vejo viabilidade nela como presidente. O ajuste fiscal que ela queria implementar era uma clara contradição com tudo que por ela foi dito em campanha – eu votei nela no segundo turno, a fim de me livrar de Aécio Neves, e eis que me vejo com o plano de governo deste, na área econômica, sendo implementado.

        NÃO GASTO SALIVA NEM DEDO A FAVOR DE DILMA.

        É um direito meu. O que não me impede, por outro lado, de não ser sustentáculo de Michel Temer. O maior alicerce de Temer foi o fato de ter sido eleito, graças aos votos do PT, para a vice-presidência da república. Nada tive a ver com isso. Essa fatura é única e exclusive de Lula e do Partido dos Trabalhadores. Ah, ponha o Eduardo Cunha nessa conta também, por favor, envelope-a e a coloque na sede do PT. Nada tenho com isso. Quero mais é que Temer caia. É um corrupto. Se ele está onde está, fazendo o que está fazendo, ameaçando direitos sociais e conquistas históricas, como a CLT, a responsabilidade é de quem permitiu que as coisas se colocassem no pé em que estão: conta da mesa de Dilma, Mercadante, Cardozo e Cia.

        A única solução minimamente viável para o Brasil seria a realização de novas eleições. Com o direito dado a Lula, inclusive, de figurar como candidato. Não acredito em Dilma Rousseff.

        PS. Interessantes suas palavras:

        “amanhã você pode ser vitima dos golpsitas que hoje vc exalta,,,nem o Carlos Lacerda, defensor incansável do golpe de 64 escapou, certo…”.

        Prezado, você não sabe nada a meu respeito. Abstenha-se de tal tipo de comentário. Sua menção a Lacerda em comparação à minha pessoa é risível. Farei o que eu e meus antepassados temos feito: sobreviverei, dia após dia, façam o que fizerem os irresponsáveis da ocasião. Sobrevivemos a Jânio Quadros, a Collor e a FHC. Não serão Dilma Rousseff, Michel Temer e Aécio Neves e Cia. com os aloprados do PSDB que nos sepultarão. Saudações.

        1. Você está falando de um

          Você está falando de um Sistema Politico que pariu gente como Eduardo Cunha, Temer, Geddel, Jucá…a culpa não é de Dilma….nem fui ao show do Rolling Stones para ver o Roger…

    3. Exatamente

      Até que enfim um comentarista lúcido. Disse tudo, Dilma não tem condições mínimas para enfrentar a oposição mais raposa de todos os tempos neste país. Ela teve a sua chance e jogou fora, agora o melhor que Dilma pode fazer é ir curtir a sua velhice em paz e deixar o jogo para os que tem pulso para jogarem.

  8. PQP!

    …vamos cuidar da qualidade da democracia, governo de transição…Γαμώτο! Essa Dilma voltou a conversar com o Mercadante, que aparantemente disse o que ela queria ouvir! 

      1. Ironia..

        …foi o que houve, ó André. Poderia mencionar vários episódios que esclareceriam a dita, mas dois em particular.

        Por ocasião da reeleição da Dilma, os conselheiros dela capitaneados por Mercadante, disseram que ela finalmente poderia livrar-se do “jugo” de Lula, pois ela tinha sido eleita por seus próprios méritos e não por conta da popularidade dele. Nisso fica evidente a arrogância não somente dela, mas do nosso amigo de espesso bigode. Lembro também sobre o mesmo Mercadante quando na liderança na Câmara um deputado de outro partido que supostamente faria parte da base, dando uma entrevista disse ao reporter: “Olha lá ele! Passa direto e nem cumprimenta ninguém!”.

        O que revolta-me não é exatamente a arrogancia, mas o fato de novamente o estelionato eleitoral. Na reeleição disse uma coisa e depois de dois meses sem dar notícias, aparece a tiracolo com Levy, O Breve,  jogando no lixo todas as razões para que foi eleita e aplilcando uma plataforma economica rejeitada democraticamente (os derrotados Marina e Aécio pregavam o que ela acabou fazendo). Ela está fazendo a mesma coisa quando diz que “fará um governo de transição” nos “dois anos” que restam.

        A incapacidade política dela é bem evidente quando não exerga o óbvio. A defesa dela por parte significativa da população, a está fazendo crer que quer-se a volta dela, mas não é isso. Rejeita-se o golpe, defende-se a democracia e para isso novas eleições, como ela mesmo chegou a apontar. É essa e não ela a razão de sua popularidade resgatada.

        Ao juntar-se com parvos e outros ainda menos hábeis politicamente como ela (o Mercadante no meu comentário é só figura de proa, mas há muitos mais) deu no que deu. E ainda quer repetir a mesma σκατά de antes.

        Quando o Nassif a entrevistou (e foi uma entrevista crítica sim) no trecho em que foi questionada sobre as bobagens do Levy, apesar das justificativas, a linguagem corporal não a deixava mentir: Tinha sido um asneira sem tamanho; ela tinha errado e em meu humilde entendimento perceber os erros a tornava relativamente impermeável a outras bobagens. Engano meu. O que ela pretende mostra que ela está pior que antes, mais cega com menos percepção de médio e longo prazo – que entendo ser a principal qualidade de um politico. Mas que estou dizendo? Ela não é, nunca foi e nunca será política. Nem mediana. Daí, prezado André, repito: PQP!

  9. Confirmado. Dilma acredita ter condições de chegar a 2018:

    Confirmado. Dilma acredita ter condições de chegar a 2018:

    Questionada sobre como governaria sem uma base sólida no Congresso Nacional, defendeu a necessidade de uma reforma política, mas não falou em propostas de plebiscito ou novas eleições. Disse que sua volta ao exercício da Presidência será a condição para “restabelecer a democracia no Brasil”.

    LINK: http://folha.com/no1786654

     

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