Dilma pede “civilidade” no confronto de ideias

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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As novas declarações foram dadas no evento de recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República
 
Jornal GGN – Dilma Rousseff voltou a criticar os atos de tentativa de sua saída da presidência da República, durante o evento de recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República, nesta quinta-feira (17). Dilma defendeu a democracia como limite da atuação de qualquer autoridade, voltando a frisar a legitimidade das eleições. Afirmou que os ilícitos devem ser punidos, mas com o devido respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa.
 
“Todos queremos um país em que a lei é o limite. Muitos de nós lutamos por isso justamente quando as leis e os direitos foram vilipendiados. Queremos um país em que os políticos obtenham o poder por meio de votos e aceitem o veredito das urnas”, disse a presidente.
 
Lembrou da responsabilidade que os representantes do Poder têm, defendendo um país “em que os governantes se comportem rigorosamente segundo as atribuições, sem ceder a excessos; em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidárias, jamais transigindo com a presunção da inocência de quaisquer cidadãos”, afirmou.
 
As declarações respondem às tentativas de impeachment que estão em análise na Câmara dos Deputados. Nesta quinta, integrantes de movimentos da oposição entregaram ao presidente da Casa, Eduardo Cunha, uma nova versão de impeachment da presidente Dilma, assinado pelo ex-deputado federal Hélio Bicudo (SP), um dos fundadores do PT. 
 
Dilma ressaltou a necessidade do debate democrático. Para ela, o “confronto de ideias” deve caminhar em “um ambiente de civilidade e respeito”, independentemente da divergência de opiniões. “Todos podemos e devemos contribuir para que a civilidade prevaleça e para que a tolerância e o respeito à diversidade, que sempre caracterizaram a vida dos brasileiros, voltem a imperar”, defendeu.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. Dilma pede “civilidade” no confronto de ideias

    Li uma reportagem em que o filho do ex deputado Helio Bicudo afirma categoricamente que o seu pai NÃO FOI FUNDADOR DO PT.

    Porque esse Site afirma que foi?

  2. Sigam o conselho da Dilma

    Todos que vêem meus comentários aqui sabe que não sou governista ou apoiador do governo, muito pelo contrário sou um duro crítico de esquerda. Mas tenho que dar meu braço a torcer sobre o pedido de civilidade que a presidente fez. Apenas acrescento que esse conselho deve ser seguido também pelos governistas. Aqui mesmo no GGN temos gente perdendo a cabeça, apelado para a baixaria nos comentarios, com xingamentos e ofensas pessoais a quem eles nem mesmo conhecem. Afora isso quem milita por ai sabe muito bem a que nivel de barbárie que vão muito além de xingamentos a que certos grupos governistas chegaram.

  3. Lamento informar a presidente

    Lamento informar a presidente que não está lidando com uma oposição civilizada e muito menos obedecem o limite da lei.

    Conspiram diuturnamente e agem sordidamente para derrubar a presidente. Em qualquer país civilizado onde as instituições funcionem regularmente, parte das oposições estariam sendo processadas pelo judiciário e alguns estariam na cadeia.

     

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