Dilma precisa de uma guinada para encarar crise

Enviado por nilo

Crise – estado terminal ou coragem de mudança

DADOS E SAÍDA

Ou Dilma dá uma guinada – e já – ou naufraga de vez e, quiçá, arrastando com ela o sonho de esperança do “sem medo de ser feliz”. O governo está se tornando indefensável e popularmente insustentável. Case-se esta (1) previsão do DIEESE com as observaçõe (2) deRenato Meirelles do DataPopular (Instituto de Pesquisa das Classe C,D e E):

Da Rede Brasil Atual

Dieese prevê desemprego próximo de 14% na Grande SP até final do ano

São Paulo – A trajetória do mercado de trabalho neste ano indica que o Brasil chegará ao fim de 2015 em uma situação ruim. Com a recessão, o corte de postos de trabalho deverá ficar em torno de 1 milhão de vagas formais, refletindo que neste ano a queda de braço entre capital e trabalho termina com o pior saldo para os trabalhadores. Esse resultado reverteria, em parte, uma tendência positiva dos dois mandatos do governo Lula e da primeira gestão Dilma, que juntos criaram mais de 20 milhões de postos de trabalho formais.

Na região metropolitana de São Paulo, um dos principais termômetros do mercado de trabalho no país, o contingente de desempregados, que segundo dados do Dieese e da Fundação Seade era de 1,169 milhão de pessoas em setembro de 2014 – quando a crise começou a se agravar –, em julho deste ano subiu para 1,514 milhão, um incremento de 29,5%.

Não fosse a histórica tendência do desemprego de crescer no primeiro semestre e cair no segundo, graças a eventos que injetam recursos na economia e aquecem o consumo, como 13º salário, festas de fim de ano e as contratações temporárias, a região metropolitana poderia chegar ao fim de 2015 com 15% de desempregados. “Eu preferiria projetar entre 13% e 14%, que já é um resultado ruim”, pondera o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, prevendo que os eventos do semestre ainda vão injetar ânimo na economia e atenuar o crescimento do desemprego, que conforme a última taxa do Dieese, de julho deste ano, está em 13,7%.

Do Conversa Afiada

2) RENATO MEIRELLES: PT TEM QUE FALAR DO FUTURO

(…)

O fato de os jovens não conhecerem o Brasil pré-PT criará um abismo geracional entre a classe baixa mais velha e a classe baixa mais nova?

Renato Meirelles –

 Sim, isso já acontece. Por que não faz sentido para a população brasileira a comparação entre a gestão de Fernando Henrique Cardoso e a de Dilma? Porque metade dos eleitores da última eleição não viveram os quatro anos do último mandato de FHC.

Os eleitores mais novos da classe C nunca passaram fome na vida. Esta foi e eleição em que a classe C mais se dividiu, com os mais velhos votando na Dilma e os mais novos se dividindo entre Aécio, anulação e abstenção.

Se o PT quiser se reeleger, o desafio é como falar do futuro. O partido hoje fala que está erradicando a pobreza e ajudando os mais pobres, mas 81% dos brasileiros se identificam como classe média. Não estou falando que eles são, mas que eles se veem assim. Esse cara fala “pobre não sou eu, então não estão resolvendo a minha vida”.

A esquerda acha que todo mundo associa redução da miséria com igualdade de oportunidades. Mas redução da miséria fala para o passado e igualdade de oportunidades fala para o futuro.

Para a dona Maria isso não é automático. Ao mesmo tempo, o brasileiro não vê mérito em ganhar uma corrida de 100m saindo 50m na frente. O discurso da igualdade de oportunidades será a plataforma do próximo presidente da República, não tenho dúvida nenhuma disso. Se ele vai vir do PSDB, do PT ou de outro partido é uma história diferente.

Os políticos se comunicam com o jovem brasileiro?

Renato Meirelles –

 Os políticos brasileiros são analógicos e o novo eleitor é digital. O político brasileiro está acostumado a falar, não a ouvir.

A lógica digital é a lógica de querer ser protagonista, de quem tira selfie na manifestação. Eu quero ouvir, mas eu também quero ser ouvido.

Os políticos são da época da televisão. A TV era uma janela para o mundo, a única forma de as pessoas saberem o que está acontecendo lá fora.

A internet é uma vitrine para o mundo. Os políticos não entendem isso.

Como unir o Brasil?

Renato Meirelles –

 A mudança do discurso é fundamental. Parte considerável dos brasileiros acha que o Bolsa Família não ensina a pescar. E por outro lado os governistas gritam que quem diz isso é coxinha. Esse lado é o do dissenso.

Mas e o lado do consenso? Um dos poucos itens que tem quase a unanimidade da opinião pública brasileira é a defesa da educação como a única forma de o Brasil melhorar.

(…)

http://www.conversaafiada.com.br/politica/renato-meirelles-pt-tem-que-falar-do-futuro/

SAÍDA:

Dilma voltar-se às bases progressista que a elegeram e, mesmo, às que estiveram às margens; voltar-se aos movimentos sociais, voltar-se às micros e pequenas empresas, à agricultura e negócios familiares e de vizinhança; voltar-se às políticas sociais, à educação, saúde e segurança publica; às reformas políticas e tributária; e abandonar o sistema de metas inflacionárias, o câmbio flutuante e a necessidade de gerar o superávit primário “que amarra toda e qualquer busca de caminhos para a superação da crise de uma perspectiva desenvolvimentista” (Paulo Kliass)

Redação

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  1. “SAÍDA:
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    “SAÍDA:

    Dilma voltar-se às bases progressista que a elegeram e, mesmo, às que estiveram às margens; voltar-se aos movimentos sociais, voltar-se às micros e pequenas empresas, à agricultura e negócios familiares e de vizinhança; voltar-se às políticas sociais, à educação, saúde e segurança publica; às reformas políticas e tributária; e abandonar o sistema de metas inflacionárias, o câmbio flutuante e a necessidade de gerar o superávit primário “que amarra toda e qualquer busca de caminhos para a superação da crise de uma perspectiva desenvolvimentista” (Paulo Kliass)”

    TODO ARTISTA TEM DE IR AONDE O POVO ESTÁ!

    (Fernando Brandt e Milton Nascimento, IN Nos bailes da vida)

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