Eike diz que investigação da PF vai provar sua inocência

Do Globo

Eike diz que ‘é excelente que tudo seja esclarecido

Em entrevita ao ‘Wall Street Journal’, empresário nega irregularidades, afirma que sempre informou tudo ao mercado e se diz tranquilo em relação à investigação da PF. 

Polícia Federal investiga três crimes que teriam sido cometidos por Eike, enquanto controlador da ex-OGX, entre eles o de ‘insider trading’

O empresário Eike Batista não está preocupado com a investigação anunciada na última quinta-feira pela Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, para apurar crimes financeiros que ele teria cometido envolvendo a venda de ações da petroleira OGPar (ex-OGX), da qual é controlador. Em entrevista ao jornal americano “Wall Street Journal”, Eike disse que será “excelente que tudo seja esclarecido”.

Foi a primeira entrevista concedida a um veículo de imprensa desde que a petroleira entrou em recuperação judicial, em novembro de 2013. Desde que seu império começou a cair, o empresário tem evitado a mídia nacional.

— É excelente que tudo seja esclarecido. Estou muito calmo. Deixemos que eles investiguem — disse Eike em entrevista por telefone.

O empresário disse que a PF não entrou em contato com ele e negou ter feito qualquer coisa de errado. Ele admitiu ter vendido ações da ex-OGX no passado, mas salientou que sempre informou o mercado sobre essas transações.

— Todas as vendas foram declaradas. Tudo relacionado a minhas companhias de capital aberto sempre foi informado ao mercado — afirmou Eike.

Os três crimes investigados pela PF são manipulação de mercado, insider trading (uso de informação privilegiada) e lavagem de dinheiro. Somados, eles podem resultar em pena de até 23 anos de prisão. Na nota distribuída à imprensa semana passada, no entanto, a PF não cita o nome do empresário. Diz apenas que a investigação terá como alvo o “acionista controlador de uma empresa que atuou na área de petróleo”.

Na mira da CVM também

Eike também é alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que pode aplicar penas na esfera administrativa, incluindo multa e inabilidade para o exercício de cargo de administrador em empresas abertas.

A ex-OGX teve o pedido de recuperação judicial deferido em novembro passado, tornando-se o maior colapso financeiro da América Latina. A dívida na época era de R$ 11,2 bilhões.

Seu plano de recuperação judicial ainda tem de ser votado em assembleia, mas a empresa já garantiu o aval dos principais credores. Em acordo paralelo, ela conseguiu desse grupo uma injeção de capital de US$ 215 milhões, em troca de participação acionária na nova OGPar.

Pelo acordo, Eike, que hoje tem pouco mais de 50% da OGPar, verá sua fatia cair a 5%

Redação

1 Comentário

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  1. Lembrando que em 2008, quando

    Lembrando que em 2008, quando ainda estava em franca ascenção e antes de se tornar o sétimo homem mais rico do mundo, Eike foi alvo de uma operação da PF, chamada não por acaso de “Toque de Midas”.

    Tal operação misteriosamente desapareceu da mídia, e em pouco tempo Eike passou a ser tratado pela mídia (e pelo Planalto) como o Mauá do século XXI.

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