“Estamos vivendo uma farsa”, afirma Kátia Abreu ao defender Dilma na comissão do impeachment

Jornal GGN – Durante sessão da comissão do impeachment no Senado, Kátia Abreu (PMDB-TO) defendeu a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), dizendo que ela “não é corrupta, é uma pessoa correta” e acrescentando: “nós estamos vivendo aqui uma farsa, nós estamos vivendo aqui o inadmissível”.

A senadora cita indicadores econômicos, como inflação e desemprego, para questionar a tese dos partidos de oposição ao PT de que a presidente Dilma teria “destruído” a economia. Ela também diz que a meta fiscal aprovada pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), de R$ 170 bilhões, serviu para garantir a aprovação do impeachment. 

Ela também atacou partidos, como o próprio PMDB, que apoiam o impeachment de Dilmae que estão envolvidos em escândalos de corrupção. “Daqueles que comiam, almoçavam e jantavam no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada. Isso é uma hipocrisia, isso é um cinismo que eu não vou compartilhar”, disse a senadora.

Veja o vídeo abaixo:

Enviado por Webster Franklin

Do Viomundo.

Redação

14 Comentários

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  1. Uau!
    Orgulho das bravas

    Uau!

    Orgulho das bravas mulheres do senado!

    Kátia Abreu, com a qual tenho diferenças irremediáveis, ganha meu respeito e admiração.

    Arrasou!

    Luciana Mota

  2. Katia Abreu

    O único exemplo de lealdade e decência no nosso congresso, de parte da antiga oposição,  e que colocou o dedo exatamente onde estava precisando: aqueles que mais depenaram a Petrobrás, agora acusam a Presidente.

    Esse país e seus políticos, a classe superior (?), o judiciário e o STF ,  não desejam ter uma presidente honesta. Eu fico imaginando quanto deve valer um voto a favor do impedimento. Estão falando em 50 milhões, mas deve ser mt mais, pois colocar um Mendoncinha na Educação, um Militar p/ cuidar dos índios , um serra nas Relações exteriores e até o “filhinho do Paulinho” no Incra, não tem valor que pague.

    Os brasileiros estão podres, todos incluídos.

  3. Não há nada que a gente mais

    Não há nada que a gente mais adimire num ser humano do que a coerência com seus princípios morais e éticos.

    Quem vê um homem como Requião e Kátia Abreu, ambos do mesmo partido de Temer, qustionarem a farsa e o cinismo dos colegas, que são todos golpistas de carteirinha, pode considerar que nem tudo está perdido. Existem, sim, políticos comprometidos com a verdade. Esses dois se respeitam antes de tudo. 

    Dilma pode dizer que, entre tantos inimigos do PMDB, pode contar com dois grandes amigos pro resto da vida, pois eles tem dado uma demonstração de fidelidade de dar inveja a muitos petistas.

  4. Alguma coisa está fora da ordem…

    Como cantou o baiano de miole mole, “alguma coisa está fora da ordem…”.

    Quando uma das mais destacadas representantes do agrobusiness é a mais, senão a mais, uma das mais eloquente defensora de um governo que se reivindica “progressista” é hora de perguntar:

    Qual o sentido de se chamar progressista no Brasil?

    O que aconteceu com o PT?

    Existe esquerda no Brasil?

    Pois é, juntando os textos do Mosigenio (Xadrez do Darth Vader), com aquele post de ontem sobre fragmentação do sistema político e fisiologismo, tema tratado pela Presidenta em entrevista recente, fico com a impressão que não passamos de alguma representação, um tipo de “concessão” feita pelo capital e seus donos, uma justificativa para dar contorno institucional (ainda que frágil, como reclamou Dona Dilma) ao vai e vém de dinheiro pelas veias do tecido social.

    Somos todos um conto de Kafka.

    Katia Abreu, ela mesmo uma notável e aguerrida senhora (que por ora está “do nosso lado”), acredita (?) também na possibilidade de um capitalismo nacional, mas esbarra em uma contradição seminal, pois o que ela representa (agrobusiness) se fortalece e bebe na fonte de um capitalismo primário e exportador de produtos básicos na cadeia capitalista, com baixo valor agregado e sujeito a maiores oscilações do humor do deus-mercado.

    Nosso defeito, não é, como disse Tom Zé no seu ótimo álbum “Defeito de Fabricação”, pensar, mas sim pensar que pensamos.

    Nossa premissa é falsa, nossa oração intelectual é um sofisma.

    Nossa luta entre setores modernos e atrasados do capitalismo, o rompimento do tal pacto consensual henryfordiano, nunca existiram. Nunca houve luta, nunca houve pacto, e pior, não dá para determinar onde começa nosso capitalismo moderno e o atrasado.

    Somos um puxadinho, um tipo de cortiço do sistema financeiro internacional (a única verdade, um deus inconteste), onde pagamos aluguel (juros) para coabitarmos cubículos de cidadania. Frequentemente, quando ajeitamos o puxadinho, somos despejados.

    Em cima e acima de nós, os corretores, a nossa elite caricata, que tem desde o Rei do Camarote, até os mais civilizados e festejados pela Carta Capital, nossa bíblia dos bem nascidos com alguma consciência social (uai?).

    É tudo golpe, mas ainda assim, respeitamos o rito do stf.

    Nossa reação se limite às fronteiras do jogo que denunciamos ser viciado.

    Tem coisa mais maluca?

    Um país que aceita a morte de 50 mil pessoas/ano não dá um grito contra o roubo de milhões de votos, como assim?

    Então invertemos: Não damos um grito sequer porque aceitamos a morte de 50 mil pessoas/ano.

    Nossa violência, nossa noção de valentia é sempre definida pela covardia.

    Por isso, nossa musa é a Kátia Abreu.

    1. Colega, respondo apenas com
      Colega, respondo apenas com uma frase.

      “Se Hitler invadisse o inferno, eu faria uma menção favorável ao diabo na Câmara dos Comuns” – Churchill.

      1. Hitler e o diabo na terra do sol.

        Caro colega,

        Ninguém despreza o valor tático de alianças, esse não é o ponto central do comentário.

        O problema é imaginar que o diabo, ele mesmo, não faria o acordo antes da invasão com Hitler.

        Uma coisa é ter a senadora do agrobusiness como interlocutora junto aos setores conservadores do campo, outra coisa é tê-la como referência, quase única, na defesa institucional do mandato da Dilma.

         

  5. Recordar é viver

    Kátia Abreu: a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa

    21/11/2014 – 17:47

    Desde que a senadora Kátia Abreu migrou para a base aliada (PMDB), nunca tive um milímetro de dúvidas de que seria a próxima Ministra da Agricultura, bastava ver o entrosamento cada vez maior da senadora com a presidenta, a interlocução cada vez mais frequente, e a amizade que passou a existir entre elas (coisa rara em se tratando de Dilma). De todos os ministérios, a única certeza de que eu tinha era a pasta da Agricultura e a sua futura ocupante. 

    Durante 4 anos a crítica unânime ao governo Dilma foi a falta de interlocução, uma vez que a minha presidenta achava que era possível governar isolada de tudo e de todos e com ministros medíocres. Dos empresários ao setor agropecuário, passando pelos movimentos sociais e sindicais a queixa era uma só, falta de interlocução, isolamento, falta de diálogo. Esses segmentos nunca se viram representados no governo. Dilma conseguiu a proeza de perder contato com o ex-ministro da Agricultura do Lula, Roberto Rodrigues, que foi seu colega de ministério, um conselheiro importante para a área.  

    O setor agropecuário responde por 25% do PIB. repetindo e soletrando: vinte e cinco por cento do PIB. Kátia Abreu não vai executar no MA a política da Kátia Abreu, mas a política do governo Dilma, vai ter de dar conta das demandas dos agricultores, dos Sem Terra, dos quilombolas, indígenas, etc, de acordo com a pauta governamental. E os movimentos sociais estão aí para exercer a necessária e indispensável pressão para que isso ocorra. 

    A escolha de Kátia Abreu está em sintonia com a escolha do ministro do Desenvolvimento e Indústria, ex-presidente da CNI. Doravante, ninguém do setor da Indústria e Agropecuária poderá se queixar da falta de interlocução no governo, todos têm legítimos representantes.

    É hora de dona Kátia Abreu mostrar que tem garrafas para vender e pacificar a relação do setor com o governo, enfim, mostrar serviço. 

    https://jornalggn.com.br/comment/514949#comment-514949

    Kátia Abreu não foi uma imposição de ninguém

    28/11/2014 – 12:01

    Quem acompanha minimamente o cenário político, teria percebido que nos últimos 4 anos, Dilma e Kátia construíram uma relação de convívio, e sobretudo de amizade. KA foi uma escolha pessoal da presidenta, em nome da amizade e confiança mútua, tanto é que o PMDB não a reconhece como do partido, alega que se trata de cota pessoal da Dilma. Ninguém pediu para nomear a dona Kátia. 

  6. Excelente!
    É preciso lembrar

    Excelente!

    É preciso lembrar um dado sórdido.

    Uma parcela desses golpistas no Legislativo, só está eleito graças ao SANTINHO colocanado a foto junto da Presidenta Dilma, principalmente, no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, periferias e rincões deste Brasil continental no período eleitoral de 2014. 

    O sujeito é eleito colando sua imagem à da Presidenta Dilma e dos programas sociais dos governos petistas e dá “Golpe de Estado” e apoia a retirada desses programas ou cortes significativos deles. 

    É muita falta de caráter!

  7. Surpresas:

    A boa: Katia Abreu.

    A ruim: Marta Suplicy.

    Com Katia Abreu, continuamos em lados opostos. Mas é possível um diálogo construtivo.

    Com Marta Suplicy… não sei o lado no qual se encontra. Parece ter perdido o eixo. Diálogo? nem construtivo nem destrutivo.

     

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