O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente Michel Temer (à dir.)Sérgio Lima/Poder360
do Poder360
Fazenda vê risco de rombo ainda maior nas contas para salvar Temer
Presidente distribui bondades para manter apoio no Congresso
por Leila Coimbra e Jamile Racanicci
Capitaneada pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda), a área econômica do governo vê com ceticismo o efeito no Orçamento causado pelo enfraquecimento de Michel Temer. O Tesouro prevê 1 rombo de R$ 139 bilhões neste ano. Mas está difícil conseguir essa meta, por mais deficitária que seja.
O presidente se mantém no cargo após absolvição do TSE mas, para conseguir manter o apoio no Congresso, o governo distribui benesses. Eis uma tabela com as “bondades”:
Algumas medidas feitas exclusivamente para garantir arrecadação extra não se concretizarão. É o caso do fim das desonerações da folha de pagamentos (MP 774). O governo acreditava em receita de R$ 4,8 bilhões com a medida. Agora, o cálculo está em R$ 2,5 bilhões.
Nas reuniões internas do governo para tratar das reivindicações dos aliados, Meirelles tem deixado claro: tudo o que for cedido de 1 lado terá que ser cortado de outro. Isso significa que, além do desgaste da aprovação das reformas, no 2º semestre o Congresso pode ter que votar cortes no Orçamento.
Recentemente, o governo liberou R$ 3,1 bilhões para gastos de 1 total de R$ 42,1 bilhões contingenciados em abril. Deste total, maior parte irá para a pasta da Saúde.
E mais custos poderão ocorrer: a pedido da bancada de Minas Gerais, o Planalto pressiona a Fazenda a duplicar a distribuição dos royalties da exploração mineral para municípios. Também encomendou ao Banco do Brasil 1 estudo para que os produtores rurais da área da Sudene em MG tenham suas dívidas renegociadas, com os mesmos benefícios dos agricultores do Nordeste.
Depois de negociar exaustivamente com a Fazenda, deputados e senadores já preparam modificações no texto do novo Refis. Até agora, foram apresentadas 309 emendas ao projeto. A maioria pede a redução no valor de entrada do pagamento das dívidas, atualmente em 20%.
Avança 1 acordo mediado pela AGU (Advocacia Geral da União) entre bancos públicos e a Febrabo (Frente Brasileira de Poupadores). Deve injetar mais de R$ 8,6 bilhões na economia e beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maior parte aposentados. A entidade busca na Justiça a correção dos planos econômicos passados.
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Uma sugestão
Por que ele não aumenta logo a carga tributária para 78% do PIB, abocanhando principalmente as classes mais baixas e poupando quem detém mais grana? Acho que o efeito de tal medida seria bem interessante.
O problema não é nem o custo
O problema não é nem o custo mas a qualidade deste custo.
O PAC,por exemplo,está contemplado com somente R$ 3,5 bi,uma ninharia se comparadas as médias de investimento do período da presidenta Dilma na ordem de R$ 30 bi,ou seja,os golpistas e seus apaniguados continuam,como sempre,torrando o dinheiro público e impedindo o país de crescer.
Comentário.
Perguntemos sobre a política econômica. O Temer e o Meirelles JBS vão falar de forma monocórdia sobre as reformas, fazendo o que é peculiar, colocando uma coisa na frente que não tem necessariamente a ver para responder mal a uma pergunta objetiva. Isso é ideológico no sentido estrito da palavra.
A propósito. Mesmo com esse congresso de maioria golpista (em tempo: o Cunha seria um distribuidor de grana vinda de grupos como a JBS para dentro do Congresso e comprar parlamentares para apoiarem o golpe?) e um verdadeiro cheque em branco que foi o déficit aumentado na forma de "orçamento", Temer e Meirelles JBS se mostraram incompetentes, com exceção daqueles que dizem respeito à banca.
O que a Fazenda diz está na cara. Aliás, desde sempre esteve.
Temer é um governante medíocre, um lumpen-governante.
Pensei que ninguém fosse tocar no assunto
O nosso desinterino temerário presidente, em troca de se manter no poder, abençoado pela extensão do orçamento , já debilitado e proibido para a presidenta deposta, mas permitido para ele; em nome da economia de recursos e para defender os "direitos do povo," pretende aumentar ainda mais a dívida do estado para convencer os seus asseclas a levar o dito povo para debaixo da "ponte para o futuro".
Não sei, tem hora que me bate um estado de burrice. Eu não consigo entender a alegria que trará aos nossos governantes endividar-nos por toda a vida e a de nossos descendentes para garantir que não teremos no futuro, nem trabalho digno, nem bens e nem direito a aposentadoria.
Na verdade, a minha dificuldade está no fato de entender como e por quê permitimos isso.
De toda sorte para debaixo da ponte o povo já está indo, agora só falta cancelar o futuro.