Fiesp convida para um show… só não diz que é no meio da manifestação

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A Paulista aberta foi bem comemorada. E todos querem se divertir nesses domingos de ocupação da cidade, que tornam a vida mais leve e mais integrada. Mas usar este sentimento para mascarar um desejo de tornar a manifestação pró-impeachment um sucesso de público artificialmente não é bom. A Fiesp convida todo os participantes de seu mailling cultural para um show cover dos Beatles. E toca fogo que a apresentação é ótima e tal. Porém esquece de dizer que o show acontece exatamente no momento da manifestação pró-impeachment. Este tipo de artifício pode fazer vítimas. E isso não é nada bom. Ou o departamento cultural da Fiesp não se deu conta da “coincidência” ou algo de muito grave acontece nestes dias.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

29 Comentários

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  1. coxinha precisa

    Coxinha precisa respirar o “ingrés” para se achar em Mimai, longe desta pobraiada do Brasil. Fecham os olhos e cantam em ingrés. É uma beleza!

  2. Desculpe, Nassif, mas voce

    Desculpe, Nassif, mas voce acha que esta sera’ a primeira vez que a FIESP fabrica (vale como trocadilho) algo para enganar o povo brasileiro?!

  3. Maiorias minoritárias
    NEGROS, MULHERES, POBRES: MAIORIAS MINORITÁRIAS

    O IBGE apontava em sua pesquisa de 2010 que a população brasileira era composta em 51% por afrodescendentes e neste mesmo percentual por mulheres. Mostrava também que, dada a tendência da taxa de fecundidade, a percentagem de negros e mestiços deveria aumentar.
    Mas o mais grave e desigual estaria na pesquisa de 2014 sobre renda e contribuição tributária, que se vê no quadro abaixo

    CLASSE DE RENDA % DA POPULAÇÃO % DA CONTRIBUIÇÃO TRIBUTÁRIA
    até 3 SM 79,02 53,79
    de 3 a 5 SM 10,14 12,65
    de 5 a 10 SM 7,60 16,63
    de 10 a 20 SM 2,40 9,63
    acima de 20 SM 0,84 7,30
    SM = salário mínimo

    Esta sociedade, apesar dos programas de inserção social executados nos últimos 20 anos, com maior ênfase nos últimos 12 anos, ainda permanece injusta e excludente. Os grupos sociais quantitativamente mais representativos estão alijados ou minimamente representados nas esferas do Poder.

    A ”emancipação dos atuais escravos e seus filhos é apenas a tarefa imediata do abolicionismo. Além desta, há outra maior, a do futuro: a de apagar todos os efeitos de um regime que, há três séculos, é uma escola de desmoralização e inércia, de servilismo e irresponsabilidade para a casta dos senhores”. (Joaquim Nabuco, O Abolicionismo, 1883)

    São passados 133 anos e a elite de hoje, filha dos escravagistas e patrimonialistas das Capitanias Hereditárias, levantam-se em novas marchas com a Família e com seu Deus muito particular, distinto daquele do Papa Francisco, para, a pretexto de uma corrupção que foi ela quem mais praticou, impedir o avanço da maioria da população brasileira que esta deixando o “quarto dos fundos” para se sentar à sala.
    Só os ingênuos, desinformados pela imprensa oligopolista, ou aqueles que estão vendo enraivecidos seus filhos concorrerem com os que até pouco tempo os serviam, além dos sempre presentes interesses estrangeiros em nossa história, revoltam-se com o ingresso do Brasil na sociedade democrática e solidária, onde todos tem os mesmos direitos e deveres.
    É quase certo que a aristocracia francesa não percebeu a migração que se dava na França da segunda metade do século XVIII em direção a Paris. Estas pessoas, destituídas, desprezadas, famintas formaram a multidão que derrubou a Bastilha. As elites brasileiras e seus capitães do mato no Congresso e Assembleias também não percebem um novo País se está formando.
    Antes das cotas raciais tornarem-se efetivas, apenas 15% dos negros brasileiros ingressavam nos cursos de nível superior. A última pesquisa já apontava serem 40% dos alunos.
    As periferias das grandes cidades desenvolvem uma cultura e valores próprios sendo os equipamentos de informação virtual seu principal, senão único, instrumento de comunicação. Esta cultura se mostra na música, literatura, modos e valores relacionais.
    Recente levantamento sobre o e-commerce (Censo do Micro e Pequeno Empreendedor Virtual pela plataforma Loja Integrada) mostrou que as lojas virtuais, fora dos grandes players que concentram 70% das compras, são propriedades de mulheres das classes C e D. Quase todas com instrução de 2º grau e 46% delas mantendo, ainda, um emprego.
    É este avanço brasileiro que vem despertando nas elites locais e no capital financeiro internacional a reação cada vez mais feroz e agressiva, sendo o caso Lava Jato um exemplo palmar. A inesperada reação de grande parte da população brasileira, inclusive de alguns membros da elite, a uma inexplicável coercitiva inquirição, em que nenhum dado novo foi perquirido, levanta a criação de uma perigo de guerra civil, incentivando mais uma vez a presença das Forças Armadas na política brasileira.
    Em vídeo apócrifo misturando cenas de Cuba ao tempo de Che Guevara, referências à Venezuela, contraditório na maior parte das vezes, usando citações de Brecht, em palestra, como incentivo à luta armada, esta minoria golpista procura atemorizar novamente a desinformada classe média, com algo oposto ao que lhe melhoraria a vida: exclusão social, estagnação econômica, maiores ganhos para o capital em detrimento do trabalho e desrespeito à soberania popular. E no mês de março, quando este mesmo discurso já foi usado para rasgar a Constituição e escancarar as portas do Brasil ao capital estrangeiro. Mas a aquele golpe seguiu-se um outro golpe, ainda que mantida a repressão, com o sentido mais nacionalista, possibilitando construir uma indústria nacional, destruída pelos governos neoliberais e pela midiática Lava Jato. Desta vez, no entanto, o sistema financeiro internacional, que domina quase todos países no mundo ocidental, não permitirá um movimento em prol da soberania nacional.
    Espero que as maiorias se assumam como maiorias e substituam as minorias que secularmente a oprimem.
    Em03/2016. Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

  4. FIESP COVIL DE INGRATOS COM A

    FIESP COVIL DE INGRATOS COM A DILMA QUE DESONEROU

    A INDÚSTRIA ,E O PAÍS PERDEU MAIS DE 100 BILHÕES EM IMPOSTOS COM ISSO

    E OS EMPRESÁRIOS NEM INVESTIR INVESTIRAM,SÓ CONTRA A DEMOCRACIA IGUALA ÉPOCA DA DITADURA!!

     

  5. A FIESP é sabidamente

    A FIESP é sabidamente golpista. Esse show foi marcado para atrair pessoas para engrossar a manifestação golpista, São uns abutres que rondam ambientes fédidos para levar vantagem, Oportunistas, estão sempre do lado do :quem dá mais? Apoiaram o Golpe de 64 e agora não poderia ser diferente, 

  6. Ta ficando muito

    Ta ficando muito engraçado

     

    É os aloprados do MP desgastando o propria instituição e o Skaf desgastando a FIESP. Muito aloprado para nossa cabeça

  7. Parece que encontraram um

    Parece que encontraram um jeito de “inflar” as manifestações e evitar que seja o mesmo fracasso das anteriores. Afinal é fundamental manter a ilusão de que a população está apoiando essa bagunça.

  8. Essa é a banda que o Reinaldo
    Essa é a banda que o Reinaldo Azevedo fala no programa dele, que destinou o cache do show em Santos ao movimento do Kim Kataguiri.

  9. Fiesp e o liberalismo à brasileira

    As Federações e Confederações de Sindicatos Patronais, Fiesp à frente, esquecem de dizer que nasceram tal e qual as organizações criadas por Mussolini no auge do fascismo. Diferentemente do que aconteceu na Itália do pós guerra, por aqui as entidades dos industriais continuaram as mesmas, com o governo federal arrecadando COMPULSORIAMENTE as contribuições sindicais e as relativas ao Sesi e Senai e as repassando aos magnânimos patrões para eles fazerem, entre outras coisas, campanhas contra o aumento de impostos e shows a favor do impedimento da presidente da República. Lindo, não?

    Se os dirigentes dessas entidades,  que evocam o deus mercado a todo momento, deixassem de se  víncular ao governo e assumissemo que toda a arrecadação devida às entidades patronais deve ser voluntária, estariam coerentes com o seu discurso a favor do Estado mínimo, mas, espertos que são, sabem que suas federações, suas escolas profissionalizantes, seus centros de lazer não aguentariam uma semana sem o Estado querido e protetor.Aqui eles ainda (mal) disfarçam o uso criminoso do Sesi em atos políticos. Na maioria dos outros Estados, a malversação dos recursos do sistema S é visível a olho nu. Só quem não enxerga éo Tribunal de Contas da União e quem não quer. 

  10. Vão é perder o direito de

    Vão é perder o direito de fazer cover dessa banda, tem as autorizadas que tem direito a usar a imagem, cheio de regras….

  11. Teriam de alertar, sim!

    O show pode até servir para acalmar ânimos, mas quem for deveria saber que manifestação está marcada a se realizar ali.

  12. calça lee falsificada: um dos pobrema nos ´60s, também

    e é o que a fiesp tem a oferecer, numa hora dessas.

    isso, e só.

    e mais do mesmo, adiante.

  13. O que tenho ouvido aqui pelo

    O que tenho ouvido aqui pelo Centro Oeste é que estão gastando uma dinheirama para encher essa “manifestação” com “manifestantes voluntários” muito bem pagos, só não disseram de onde está saindo tanto dinheiro.

  14. NOVA FM …

    Chamando para o tal show o dia todo. Provavelmente,  a ALPHA-PIG FM, idem  … tá tudo dominado. 12 anos no poder e até radio FM tira um “chinfa” com o governo e o PT . É soda! É desanimador … É show pra 1 milhão ou mais na paulista. 

  15. agent provocateur beatlemaníaco

    Beatles na Paulista?

    Vai que a banda cover ataca de “Piggies” – uma daquelas do Álbum Branco?

    Saca só a letra.

    “Everywhere there’s lots of piggies

    Living piggy lives.

    You can see them out for dinner

    With their piggy wives.

    Clutching forks and knives to

    Eat their bacon”

     

    Em bom português parece que fica assim:

    “Em todo lugar há muitos porquinhos vivendo

    Uma vida porca

    Você pode vê-los jantando fora

    Com suas esposas porquinhas

    Segurando garfos e facas para

    Comerem o bacon”

    A distinta classe média paulistana – esse povo tão odiado pela Marilena – pode até se sentir ofendida.

    Vou dar ideia: carece de uma certa dose de “Dear Prudence” na hora de escolher o repertório; se não, vai dar numa puta duma “Helter Skelter”.

    Muita calma nessa hora: até o PSDB (efeito Miriam Dutra?)  já ensaiou um “All You Need Is Love” para serenar os ânimos.

    Outra coisa: contratam uma bandinha cover e não chamam o Lobão?

    Vai por mim: o cara pode até se sentir desprestigiado.

                                                                                                            

  16. Cabe uma ação, com pedido de

    Cabe uma ação, com pedido de liminar para impedir este show.

    Nos comícios eleitorais são proibidos shows devido ao abuso de poder econômico,

    Nas manifestações políticas, por similaridade, valem as mesmas restrições.

    Mãos à obra.

  17. aí a tv vai dizer

    aí a tv vai dizer descaradamente que são os manifestantes indo ao encontro dos beatles…

    sacanagem essa amnipulação…

    é preciso desmascarar essa manipulação, que parece evidente, na minha opinião…

    mostra o caráter histórico-repulsivo da  fiesp –

    vide casos do golpe de 64…. 

  18. De bobo, o sondo do Skaf

    não tem nada.  Coincidência é você ganhar a Mega Sena junto com seu vizinho, fazendo apostas independentes um do outro. E aí a possibilidade deve ser de 1 para 500 000 000.

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