Jornal GGN – Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, afirmou à imprensa que o caso contra ele foi construído, uma vez que seria “o único jeito que eles (a Nissan) tinham de se livrar da Renault era se livrando de mim”.
Segundo o ex-executivo, o plano deu certo no sentido de que, atualmente, a Renault possui poucas informações sobre o dia-a-dia da Nissan – mas, segundo Ghosn, o resultado não foi o esperado, pois a montadora japonesa caminha para seu pior resultado financeiro em 11 anos.
No terceiro trimestre, a empresa frustrou expectativas ao reportar um resultado 70% menor, enquanto as vendas estão em seu menor patamar nos últimos seis anos, e as ações no último ano apresentaram queda de 20%.
De acordo com Ghosn, a fuga do Japão foi a decisão “mais difícil” de sua vida. Embora tenha ressaltado que as acusações que levaram à sua prisão sejam falsas, ele disse que não podia falar como deixou o país no último dia 29.
A prisão de Carlos Ghosn ocorreu dias antes de uma reunião em que os termos para a fusão entre Renault e Nissan seriam discutidos. O executivo era favorável a uma fusão irreversível entre as duas empresas, enquanto a Nissan era contra esse acordo por desejar mais poder dentro da aliança – a Renault tem 40% das ações da Nissan, e a empresa japonesa possui 15% dos papéis da companhia francesa. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.