Gleisi Hoffmann relembra os 101 decretos suplementares de FHC

Jornal GGN – Em seu discurso na votação de admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal, a senadora Gleisi Hoffmann disse que a medida não poderia estar sendo aplicada para discutir problemas políticos. “Impeachment é algo excepcional, como baixar um estado de sítio. Não pode ser usado para discutir problemas políticos”, afirmou.

Ela disse que nunca antes um decreto suplementar foi usado para impedir o mandato de um chefe do executivo. Segundo a senadora, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez 101 decretos suplementares e o relator do processo do impeachment no Senado, senador Antônio Anastasia, provocou mais de cinco mil decretos quando era governador de Minas Gerais. “Estão querendo punir com pena de morte uma infração de trânsito’, comparou a senadora.

Da Agência PT

Gleisi Hoffmann: “Detestaria estar no lugar de quem me venceu hoje”

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) começou seu discurso no Senado Federal lembrando que o Brasil vive sob uma jovem democracia que permitiu ao povo, a partir de 1985, conquistar o direito ao voto e ao primeiro operário e à primeira mulher chegar à presidência da República. Ela afirmou, porém, que ultimamente há o crescimento de um discurso fascista na sociedade.

“A intolerância fascista cresce, com líderes de direita incitando a violência contra negros, homossexuais, mulheres e outras minorias”, disse.

Para ela, tirar uma presidenta eleita sem crime de responsabilidade pode parecer democrático, mas não é. “Impeachment é algo excepcional, como baixar um estado de sítio. Não pode ser usado para discutir problemas políticos”, destacou.

A petista lembrou, ainda, que se houvesse crime não seria a Câmara, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) que deveria debater e decidir a questão.

Nunca um decreto suplementar, explica Gleisi, foi usado para impedir o mandato de um chefe do executivo. De acordo com ela, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez 101 decretos suplementares e o relator do processo do impeachment no Senado, Antonio Anastasia, provocou mais de cinco mil decretos quando era governador de Minas Gerais.

“Estão querendo punir com pena de morte uma infração de trânsito’, comparou a senadora.

Ela explicou que a crise econômica brasileira é um reflexo da crise mundial, que ocorre em países como França, Estados Unidos e China, e destacou que no Brasil foram mantidas as proteções aos mais pobres, com todos os programas sociais que ajudaram a proteger a população. Também criticou as atitudes do PSDB em prol do impeachment.

Por fim, declamou uma frase histórica do antropólogo Darcy Ribeiro: “Eu detestaria, não suportaria, estar no lugar de quem me venceu hoje”.

Redação

2 Comentários

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  1. eu detestaria caminhar com

    eu detestaria caminhar com esses traidores do projeto de inclusão social –

    prefiro ocminho dos solidários e dos dos que buscam utopias…

  2. Só num País farsesco como o

    Só num País farsesco como o nosso uma quadrilha depõe uma Presidente eleita sem a menor cerimônia.

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