Jornal GGN – Os governadores conseguiram, em mobilização, exercer a exata pressão para que o PR Jair Bolsonaro e seus ministros recuassem da retirada do Exército e Força Nacional do Ceará por conta do fim do decreto da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O presidente voltou atrás e o GLO foi prorrogado por mais oito dias.
O Ceará é palco de um motim da Polícia Militar que, empoderada pelas falas do PR Bolsonaro, interromperam um processo de negociação, voltando atrás e exigindo muito mais.
Os governadores se debruçaram sobre dois pontos diversos. Na madrugada de sexta, após a live oficial do PR Bolsonaro, em que disse que não prorrogaria a GLO, uma estratégia jurídica foi discutida.
Na conversa, além dos governadores, parlamentares e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente do Supremo Tribunal Federa, Dias Toffoli.
Na reunião, o consenso de que Camilo Santana, governador do Ceará, se tivesse seu pedido de prorrogação da GLO negado, o caminho seria judicializar a questão.
Outro ponto discutido, e mais simples, seria entrar com um pedido de decisão provisória no Supremo para manter as forças federais no Ceará. Ou, ainda, e considerado mais audacioso, pedir ao STF ou ao Congresso que requisitasse a GLO a Bolsonaro, uma via institucional.
A movimentação foi percebida pelo governo. Segundo a Folha, o caminho foi através de conversas entre Toffoli e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Antes de assumir a pasta, Azevedo trabalhou diretamente como assessor de Toffoli.
No cardápio das discussões também entrou a possibilidade de que a recusa do PR Bolsonaro configurasse crime de responsabilidade, mas não houve progresso a opção.
Após a madrugada agitada, abriu-se outra frente. Conforme relatado por Monica Bergamo, em sua coluna, os governadores do Rio, Bahia, Piauí e Maranhão combinaram enviar tropas estaduais para apoiar o Ceará, caso o PR deixasse Santana na mão.
O conjunto das pressões foi efetivo. PR Bolsonaro decidiu prorrogar a GLO até o dia 6 de março e o governo, através da Secretaria de Comunicação, pediu ao Congresso que discuta o excludente de ilicitude, pauta do PR para isentar de punição os militares que vierem a matar alguém durante a operação da GLO.
O PR Bolsonaro, em suas redes sociais oficiais, está pressionando para que o excludente de ilicitude seja aprovado, e chegou a usar a situação do povo do Ceará para fazer mais pressão. A maneira fácil com que descarta de um Estado é preocupante, e suas lives oficiais são desventuras em série para a população.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Jair Messias Bolsonaro, o maestro que bagunça o coreto e cujo sonho de consumo é autorização para banalizar a morte por agentes públicos!
presidente – Pres. ou Presid.