Governo Temer corre risco de paralisar serviços públicos por falta de orçamento

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Lula Marques
 
 
Jornal GGN – O governo Michel Temer pode ter de suspender a oferta de alguns serviços públicos por causa do rombo no orçamento. Segundo reportagem veiculada pelo jornal O Globo, nesta segunda (11), os planos de Temer para aumentar a receita estão frustrando a equipe econômica e há risco de novo contingenciamento no orçamento de diversos setores.
 
A reportagem afirma que “mesmo com o aval do Congresso para ampliar o rombo das contas públicas em R$ 20 bilhões”, há risco real de que a falta de recursos provoque um “shutdown, ou seja, a paralisação da máquina pública.”
 
Fontes do Planalto teriam dito ao jornal que entre as principais incertezas na arrecadação do governo este ano está o leilão de 4 hidrelétricas operadas pela Cemig. A expectativa é de arrecadar R$ 11 bilhões com a medida, mas até agora não há previsão de quando e se ela, de fato, será efetuada.
 
Há atraso e possível não realização dos leilões, diz o jornal. Especialistas afirmam que empresas podem não demonstrar interesse e isso afetar no preço das concessões, acarretando prejuízos ao erário, inclusive.
 
“Assim, além de não conseguir reverter o forte contingenciamento de quase R$ 45 bilhões já feito nas despesas, os técnicos teriam que apertar ainda mais o cinto, paralisando por completo os investimentos e alguns serviços de atendimento à população”, alerta o veículo. Só do PAC (Programa de Aceleração do Crescimentp), Temer já cortou R$ 7,5 bilhões este ano. 
 
Quando aumentou o rombo fiscal em R$ 20 bilhões, o governo Temer calculou que seria precisa “liberar ao menos R$ 10 bilhões em despesas para atender ministérios de forma emergencial até o fim do ano”.
 
Mas o que, até o momento, é uma espera para destravar o recebimento de R$ 14,6 bilhões com os programas desenhados pela Fazenda. A maior parte desse valor, cerca de R$ 13 bilhões, deveria sair do Regis. Mas o Congresso ainda não pôs o texto para votação e o governo já sabe que, mesmo que aprovado, a promessa de arredação não se confimará.
 
Ainda de acordo com O Globo, apesar do cenário duro, o governo continua discutindo formas de liberar receita para minisério e evitar o congelamento de serviços públicos. O anúncio do que será feito deve ocorrer em 22 de setembro.
 
“A liberação ou não de parte do contingenciamento ainda vai ser decidido até o dia 22 de setembro, quando o governo precisa publicar o novo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. É nesse documento que os técnicos informam se terão condições de fazer alguma liberação de gastos ou se precisarão contingenciar mais”, acrescenta.
 
“Embora o espaço seja pequeno para afrouxar despesas, a ala política e os ministérios pressionam a equipe econômica para poder pagar contas atrasadas e executar programas. Essa pressão também acaba pesando na decisão sobre o Orçamento”, conclui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Era esse o Pais dos sonhos dos paneleiros?

    Quando a Câmara paralisou o governo Dilma eles pensaram, os super-jênios! – que seria facil depois de retomar o crescimento. Não contavam com a “astucia” dos procuradores da Lava Jato e do Janot para atrapalhar ainda mais os planos deles e ao mesmo tempo levar o despenhadeiro a economia. E ainda tem o Meirelles jurando de pés juntos que sua politica de austeridade ainda vai savar ao Temer e ele sera o proximo presidente. 

    1. Culpa dela

      Em 2050, um meninho vai perguntar ao vovô;

      – Vovozinho, porque vivemos nessa merda?

      – Culpa dela!!!

      – Dela quem?

      – Da Dilma. Batemos panela, vestimos camisa da seleção, eu enchi pixuleco no bico até assar a boca, fomos pra rua e botamos ela pra correr. Mas, não adiantou, de lá prá cá virou essa zona. O Presidente Temer não conseguir dar jeito. Nem o Dória, nem o meu amado Presidente Bolsonaro..

      – É verdade vô. O neto do seu Bonner, aquele velhinho do 701 que trabalhava na Globo, já me falou isso.O presidente Kim também diz isso toda hora, Foi essa tal da Dilma. Vaca!

  2. O Rio de Janeiro já demonstra

    O Rio de Janeiro já demonstra o que é um estado não ter dinheiro. E o que mais me entristece é que não há por parte da população uma mega mobilização contra os ladrões da Alerj, contra os juízes que não tiveram um dia de salário e mamatas atrasados, não houve uma tentativa de matar um desses fdps. A nossa elite, todo o dia, deve agradecer por ter um bom tão bovino quanto o nosso. 

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