Henrique Alves anuncia saída do Ministério do Turismo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Carta de demissão já foi encaminhada; Machado afirmou que repassou a Alves R$ 1,55 milhão em propina

Jornal GGN – Henrique Eduardo Alves não é mais ministro do Turismo. Citado pelo ex-presidente da Transpetro em delação premiada, o político já entregou sua carta de demissão ao presidente interino Michel Temer. Este é o terceiro ministro a deixar o governo interino devido a acusações de recebimento de propina.

Segundo a delação premiada de Machado, divulgada na quarta-feira (15), Alves recebeu R$ 1,55 milhão em doações eleitorais oriundo de propina do esquema investigado pela Operação Lava Jato. Parte do dinheiro teria sido utilizado para o pagamento das despesas da campanha eleitoral de Alves para o governo do Rio Grande do Norte em 2014, na qual acabou derrotado.

 

Da Folha de São Paulo

Acusado de envolvimento no petrolão, ministro do Turismo pede demissão

Gustavo Uribe e Valdo Cruz, de Brasília

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, avisou nesta quinta-feira (16) ao presidente interino, Michel Temer, que vai deixar o cargo.

No telefonema, o ministro disse que enviará a carta de demissão ainda nesta quinta para formalizar o pedido. Segundo a Folha apurou, ele afirmou que não quer criar constrangimentos ao presidente interino.

O Palácio do Planalto já confirmou que Alves deixou o governo.

No início deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ministro atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS.

Em delação premiada, divulgada na quarta-feira (15), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que repassou ao ministro R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.

Na semana passada, Alves já havia sido aconselhado por aliados de Temer a deixar o posto para evitar o aumento do desgaste na imagem do governo interino.

Terceiro

Em pouco mais de um mês, a saída de Alves é a terceira baixa no primeiro escalão da gestão peemedebista. Antes dele, foram demitidos Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), após o vazamento de gravações em que ambos criticaram a Operação Lava Jato.

Na manifestação à Suprema Corte, Janot afirmou que parte do dinheiro do esquema desbaratado pela Operação Lava Jato teria abastecido a campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, quando ele acabou derrotado.

A negociação envolveria o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. As afirmações da Procuradoria constam do pedido de abertura de inquérito para investigar os três, enviado no fim de abril ao Supremo, mas até hoje mantido sob sigilo.

No despacho obtido pela Folha, Janot aponta que Cunha e Alves atuaram para beneficiar empreiteiras no Congresso, recebendo doações em contrapartida.

“Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”, escreveu Janot.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

13 Comentários

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  1. Demissão de Henrique Alves

    E no final, quem vai ficar para apagar a luz?? Será que o Temer vai entregar sua demissão à Globo???

  2. Henrique alves, e toda a

    Henrique alves, e toda a família alves, que nasceu primeiramente pobre como quase todos os nordetinos, encontrou na política um meio de enriquecer, e como enriqueceu toda essa família, parece que sem tirar nenhum, porque é todo mundo pendurado em aglum cargo, com algum poder público.

    Agora Henrique está sem mandato. Acho até que pediu a Dilma e a Temer o ministério pra se livrar de Moro, caso viesse a ser investigado por ilicitudes. Outro dia morreu um tio dele em Natal, deputado estadual, caindo de velho – tava pior que Dornelles, que mal consegue andar. Lá no Congresso tem Garibalde Alves como senador, um garoto que parece ainda usar fraldas, já deputado federal, e tava ele, Henrique, de senador, a ministro duas vezes, fora o tempo em que foi presidente da Câmara. o prefeito de Natal – Eduardo – é primo de Henrique, sabe Deus de quem é filho. Sabe Deus também quantos prefeitos Alves estão espalhado no RN, sem contar o número de parentes empregados nas diversas administrações públicas do Estado.

    Poucos no RN tem tanta riqueza, mas, com certeza, até Aloísio chegar a governador, no início dos anos 60, quando henrique era um garoto, todos os irmãos do falecido, que são muitos, logo ficaram ricos. Há mais de 50 anos que essa gente não vive de outra coisa, a não ser fazer política suja, comprando voto dos incautos, pois agem como os velhos coronéis. 

    São donos de jornais, tem concessão de televisão e rádios no RN, gráfica, e tanto mais. São fortunas incalculável sem trabalhar duro, porque político não trabalha, só percebe salário e vantagens de todo tipo.

    Acho que se agastar por mísero um milão e quentos é bobagem. Acredito que o bicho tá com medo do que virá. Se duvidar, tá com medo também desse interino se lascar e a vida dele se enrolar mais ainda. O perfil dessa gente, que não difere em nada dos Maias do RN – outra família numerosa e dona de patrimônios imensos – é ser dedo-duro; traíra. 

    1. As oligarquias Maia e Alves

      As oligarquias Maia e Alves dominam o Rio Grande do Norte há mais de meio século. Talvez seja uma das poucas ainda remanescentes no Nordeste. Até o Maranhão já deu um ponta-pé no traseiro do Sarney. 

      Acredito que também sucumbirão após a Lava a Jato. Morrerão abraçados. 

  3. Que tal um bolão de quem serão os próximos?

    Minha lista:

    1) Moreira Franco

    2) Gedel

    3) Eliseu Padilha

    4) Leonardo Picciani

    5) Ricardo Barros

    6) José Serra

    7) Bruno Araújo

  4. Como Henrique Alves não tem

    Como Henrique Alves não tem mandato, não tem foro privilegiado. Seu processo deverá ser enviado para Curitiba.

    Outra delação à vista?

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