Ministro diz que grampo foi ilegal e Lava Jato diz que celular era usado por Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “A gravação foi baseada em um grampo ilegal uma vez que nem o presidente do PT, nem eu, somos alvos de investigação e a divulgação deste diálogo caracteriza mais um claro desrespeito à Constituição, às liberdades individuais e ao Estado de Direito Democrático”, afirmou o ministro chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.
 
O ministro criticou a conversa entre ele e Rui Falcão estar na lista de áudios liberados pelo juiz Sergio Moro, da Vara Federal de Curitiba, sobre a investigação contra o ex-presidente e ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva. 
 
A justificativa dada pelos investigadores da equipe da Lava Jato é que “a ligação na qual se falam Wagner e Falcão foi feita por meio de um celular utilizado pelo ex-presidente Lula”, versão transmitida pela reportagem do G1. O ex-presidente utilizava aparelhos telefônicos distintos, de assessores, secretários e políticos próximos.
 
Logo no início da gravação, é possível verificar que o presidente do PT, Rui Falcão, alerta o ministro para a suspeita que eles já tinham de que o celular estaria sendo grampeado. “Alô, seu ministro, você tá no celular, é?”, questiona Falcão. O assessor de Jaques Wagner responde que sim. Então o presidente do partido afirma: “ele [Jaques Wagner] sabe as condição que tão o celular dele né?”, indicando a suspeita.
 
Em seguida, começa o diálogo entre ambos comentando o pedido do Ministério Público de São Paulo de prisão preventiva de Lula, no dia 10 de março. Falcão cobra do ministro uma “decisão de estado-maior”, com ações do Palácio do Planalto para garantir o direito de defesa do ex-presidente e contra os desmandos dos procuradores. 
 
No meio da conversa, o presidente do PT Rui Falcão consulta Jaques Wagner a respeito de uma dúvida: “outra coisa é o seguinte: se nomear ele [Lula] hoje, o que que acontece?”. “Aí não sei, eu tô por fora”, respondeu Jaques. Em seguida, comentaram sobre as movimentações do sindicato e de petistas para que o ex-presidente assumisse o Ministério.
 
O trecho foi suficiente para que a imprensa o divulgasse como mais uma “prova” de que houve a tentativa por parte do Planalto de interferir nas investigações da Lava Jato, ao conceder foro privilegiado a Lula, uma vez que ele se tornaria ministro. Apesar de o diálogo demonstrar que a dúvida era do presidente do PT, Rui Falcão, e que o ministro de Dilma não sabia quais eram os efeitos caso Lula assumisse um Ministério.
 
Na nota, Jaques Wagner aponta que considera “muito estranha a divulgação de gravação de conversas privadas” e “ainda mais a tentativa de gerar interpretação desvirtuada de minhas palavras e do diálogo mantido”. “Ao contrário dos que agora buscam distorcer o diálogo,  jamais defendi ambiente de conflito e confronto social”, respondeu.
 
O ministro chefe do Gabinete Pessoal de Dilma Rousseff afirmou que vai solicitar investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República, “bem como sobre a autorização de divulgação de diálogos privados feitas de forma ilegal”.
 
A indignação de Jaques Wagner também foi publicada em sua conta no Twitter:
 
 
Confira, abaixo, o diálogo entre Jaques Wagner e Rui Falcão:
 

RUI FALCÃO: Alô, seu ministro, você tá no celular, é?
ASSESSOR DE JAQUES WAGNER: É.
RUI FALCÃO: Ele sabe as condições que tão o celular dele né?
ASSESSOR DE JAQUES WAGNER: O presidente Rui Falcão quer falar com o senhor rapidinho.
JAQUES WAGNER: Alô.
RUI FALCÃO: Alô.
JAQUES WAGNER: Oi.
RUI FALCÃO: Oi, Jaques. O louco do Conserino aqui pediu a preventiva do Lula.
JAQUES WAGNER: É, eu vi porra.
RUI FALCÃO: Sim, e vocês vão deslocar alguém pra cá, como é que é?
JAQUES WAGNER: Deslocar em que sentido?
RUI FALCÃO: Não, acho que tem que vim alguém pra cá, porra, pra se mexer aqui também.
JAQUES WAGNER: Mas alguém quem? Só pra eu entender. Não, que eu não tô raciocinando. 
RUI FALCÃO: Não tem ministro da justiça, não tem…
JAQUES WAGNER: Não, tem ministro da justiça. Ele tá no ministério. Claro. Ele tá no posto.
RUI FALCÃO: Alguma iniciativa vocês precisam tomar. Porque tá na mão de uma juíza da quarta vara que não sabe quanto toma a decisão, mas pode tomar a decisão hoje. Nós…
JAQUES WAGNER: Ah, ele pediu a preventiva do cara em cima do quê?
RUI FALCÃO: Não… não tem… em cima do triplex, da denúncia, ele é louco. Os três promotores aqui, Jaques.
JAQUES WAGNER: Tá bom. Deixa eu fazer alguma coisa aqui.
RUI FALCÃO: É, porque eles podem, a juíza pode despachar agora, tá? Tem os advogados tá lá, “tamo” chamando deputado…
JAQUES WAGNER: Falou, ok.
RUI FALCÃO: A outra coisa é o seguinte: se nomear ele hoje, o que que acontece?
JAQUES WAGNER: Aí não sei, eu tô por fora.
RUI FALCÃO: Então, consulta isso também, porque a gente…
JAQUES WAGNER: Mas ele já decidiu?
RUI FALCÃO: Não, mas nós “tamo”, todo mundo pressionou ele aqui. Fernando Haddad, todo movimento sindical, todo mundo.
JAQUES WAGNER: Tá bom.
RUI FALCÃO: Tá.
JAQUES WAGNER: Eu acho que tem que ficar cercado em torno do prédio dele e sair na porrada, Rui.
RUI FALCÃO: Tem nada.
JAQUES WAGNER: Não, tudo bem, ué? Mas tem que cercar tudo.
RUI FALCÃO: Não, eu sei, mas enquanto isso…
JAQUES WAGNER: Tudo bem, deixa eu falar aqui.
RUI FALCÃO: Alerta a presidente. Toma a decisão de estado-maior aí.
JAQUES WAGNER: Falou, ok.
RUI FALCÃO: E mantém a gente informado. Ele, tá?
JAQUES WAGNER: Tá bom.  

Leia a íntegra da nota oficial de Jaques Wagner:
 
Considero muito estranha a divulgação de gravação de conversas privadas que mantive com o Presidente do PT, Rui Falcão, e ainda mais a tentativa de gerar interpretação desvirtuada de minhas palavras e do diálogo mantido.  Ao contrário dos que agora buscam distorcer o diálogo,  jamais defendi ambiente de conflito e confronto social.

É imprescindível  afirmar que a gravação foi baseada em um grampo ilegal uma vez que nem o presidente do PT nem eu, somos alvos de investigação, e que a divulgação deste diálogo caracteriza mais um claro desrespeito à Constituição, às liberdades individuais e ao Estado de Direito Democrático.

Vou solicitar investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República, bem como sobre a autorização de divulgação de diálogos privados feitas de forma ilegal.

Jaques Wagner
Ministro Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República

 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

21 Comentários

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  1. Acho que deveríamos acabar

    Acho que deveríamos acabar com toda essa celeuma e nomear, ou melhor, coroar Imperador do Brasil o Juiz Moro. 

    Grampeou “deus e o mundo” nessa operação agora mudada para “Grampeia a Jato”. Até meu telefone desconfio também ter sido grampeado; E até que seria bom porque iria desabafar e dizer uma ruma de palavrões contre ele e os hipócritas do STF e STJ. Para Gilmar Mendes dedicaria um desabafo especial. 

  2. O nivel do Moro

    Que baixaria que estão fazendo com o governo. Quem diria que chegariamos nessa politica rasa, baixa, que não traz proveito nenhum ao Pais, tão somente movimentar mais ainda as intrigas e odios em cima do nada.

  3. Titanic moro

    O Moro é  um boyzinho do interior 

    Nunca esteve sob pressão. 

    Quando fez a cágada de expor seus comparsas da imprensa com o helicóptero e o triplex de paraty se perdeu, se borrou de medo e na tentativa de melhorar, só  mete os pés pelas mãos

    A água começou a bater no saco.

    Olé Olá o Aragão vai te pegar

  4. Belo artigo

    O suicídio da Lava Jato

    Vladimir Safatle 

    18/03/2016  02h00

    O juiz Sergio Moro conseguiu o inacreditável: tornar-se tão indefensável quanto aqueles que ele procura julgar. Contrariamente ao que muito defenderam nos últimos dias, suas últimas ações são simplesmente uma afronta a qualquer ideia mínima de Estado democrático. Não se luta contra bandidos utilizando atos de banditismo.

    A divulgação das conversas de Lula com seu advogado constitui uma quebra de sigilo e um crime grave em qualquer parte do mundo. Não há absolutamente nada que justifique o desrespeito à inviolabilidade da comunicação entre cliente e advogado, independente de quem seja o cliente. Ainda mais absurdo é a divulgação de um grampo envolvendo a presidente da República por um juiz de primeira instância tendo em vista simplesmente o acirramento de uma crise política.

    Alguns acham que os fins justificam os meios. No entanto, há de se lembrar que quem se serve de meios espúrios destrói a correção dos fins.

    Pois deveríamos começar por nos perguntar que país será este no qual um juiz de primeira instância acredita ter o direito de divulgar à imprensa nacional a gravação de uma conversa da presidente da República na qual, é sempre bom lembrar, não há nada que possa ser considerado ilegal ou criminoso.

    Afinal, o argumento de obstrução de Justiça não para em pé. Dilma tem o direito de nomear quem quiser e Lula não é réu em processo algum. Se as provas contra ele se mostrarem substanciais, Lula será julgado pelo mesmo tribunal que colocou vários membros de seu partido, de maneira merecida, na cadeia, como foi no caso do mensalão.

    Lembremos que “obstrução de Justiça” é uma situação na qual o indivíduo, de má-fé e intencionalmente, coloca obstáculos à ação da Justiça para inibir o cumprimento de uma ordem judicial ou diligência policial. Nomear alguém ministro, levando-o a ser julgado pelo STF, só pode ser “obstrução” se entendermos que o Supremo Tribunal não faz parte da “Justiça”.

    A fragilidade do argumento é patente, assim como é frágil a intenção de usar um grampo ilegal cuja interpretação fornecida pelo sr. Moro é, no mínimo, passível de questionamento.

    Na verdade, há muitas pessoas no país que temem que o sr. Moro tenha deixado sua função de juiz responsável pela condução de processo sobre as relações incestuosas entre a classe política e as mega construtoras para se tornar um mero incitador da derrubada de um governo.

    A Operação Lava Jato já tinha sido criticada não por aqueles que temiam sua extensão, mas por aqueles que queriam vê-la ir mais longe. Há tempos, ela mais parece uma operação mãos limpas maneta.

    Mesmo com denúncias se avolumando, uma parte da classe política até agora sempre passa ilesa. Não há “vazamentos” contra a oposição, embora todos soubessem de nomes e esquemas ligados ao governo FHC e a seu partido. Só agora eles começaram a aparecer, como Aécio Neves e Pedro Malan.

    Reitero o que escrevi nesta mesma coluna, na semana passada: não devemos ter solidariedade alguma com um governo envolvido até o pescoço em casos de corrupção. Mas não se trata aqui de solidariedade a governos. Trata-se de recusar naturalizar práticas espúrias, que não seriam aceitas em nenhum Estado minimamente democrático.

    Não quero viver em um país que permite a um juiz se sentir autorizado a desrespeitar os direitos elementares de seus cidadãos por ter sido incitado por um circo midiático composto de revistas e jornais que apoiaram, até o fim, ditaduras e por canais de televisão que pagaram salários fictícios para ex-amantes de presidentes da República a fim de protegê-los de escândalos.

    O Ministério Público ganhou independência em relação ao poder executivo e legislativo, mas parece que ganhou também uma dependência viciosa em relação aos humores peculiares e à moralidade seletiva de setores hegemônicos da imprensa.

    Passam-se os dias e fica cada dia mais claro que a comoção criada pela Lava Jato tem como alvo único o governo federal.

    Por isso, é muito provável que, derrubado o governo e posto Lula na cadeia, a Lava Jato sumirá paulatinamente do noticiário, a imprensa será só sorrisos para os dias vindouros, o dólar cairá, a bolsa subirá e voltarão ao comando os mesmos corruptos de sempre, já que eles foram poupados de maneira sistemática durante toda a fase quente da operação.

    O que poderia ter sido a exposição de como a democracia brasileira só funcionou até agora sob corrupção, precisando ser radicalmente mudada, terá sido apenas uma farsa grotesca. 

     

    1. o safatle criticou bem o

      o safatle criticou bem o moro, mas sem querer admite que

      tem cukpa no cartório  nisso  tudo que está ocorrendo agora,,,

      como todos os parttidos, safatle deixou que os absurdos rolassem

      com o tempo  esperando o desgaste inevitável do pt e do lula,

      com todos esses absurdos e ilegalidades que ocorreram…

      tudo para tirar uma casquinha e se benficiarem, como supiunham….

      depois de deixarem o serviço sujo ser efetuado,

      agora reclamam do resultado de tantas infamias….

      não podem mais dizer que não participaram disso…

      ou, no caso, se omitiram e acabou resultando nesse golpe infame….

  5. Grampo

    Nassif,

     

    Foi adiantado, e com estardalhaço, pelo Estadão que o PGR iria aceitar os dialogos gravados entre Lula e Dilma.

    Pelas palavras do Proprio PGR, os audios (ou grampos) são validos até a operadora de telefonia ser notificada. Dessa forma, como se vê abaixo (dados vindo da insuspeita Globo nesse assunto), seguem os horarios:

    11p3min46: despacho de Moro determinando o fim do grampo

    11p4min14: PF é notificada a decisão

    12p0min21: Justiça Federal do Paraná manda ofícios para as companhias telefônicas comunicando o fim do grampo

    12p3min53: PF é notificada dos ofícios enviados às companhias telefônicas

    12p6min00: PF manda e-mail para a operadora Claro com ofício judicial determinando fim do grampo

    13p2min17: telefonema entre Dilma e Lula

    15p7min35: PF informa Justiça Federal do Paraná sobre o diálogo entre Dilma e Lula

    16p1min57: Moro põe fim ao sigilo da investigação

     Assim, como a PF notificou a Claro antes do Dialogo mais importante entre Dilma e Lula, esta gravação é ilegal e, ainda mais, a sua divulgação! Validando estes horarios acima, será um bom argumento para AGU. Abracos,

     

    1. parece que agora ficou mais

      parece que agora ficou mais claro que o janot é o chefe do golpe…

      ou pleo menos o que orienta e dá vazão a muita coisa equívoca e errada nisso tudo…

  6. LAMENTO DIZER mas o mais

    LAMENTO DIZER mas o mais grave desses grampos é a plena demonstração de que o Palacio do Planalto não tem mais poder.

     

  7. O grampo foi devastador! (mas não criminalmente, como devia)…

    Mas fefecalmente, digo, fofocalmente. Acho que esta foi a maior porrada: o veneno destilado das conversas pessoais.

    Há que se tirar o chapéu: embora ilegal e não tenha detetado NENHUM crime (e olha que gravaram gente prakaray por quase 1 mes), eles conseguiram em alguns minutos de frases pessoais íntimas e sem relação com a investigação, jogar Lula contra o STF, o PGR, Renan, Temer, e tantos outros, destruindo relações qadministradas que tomaram muitos anos e suor de construção.

    Derrubou até a relação com a Marta Suplicy!

    Mas aí também … phoda-se…

  8. O acervo da lava-jato “melhor” que o da Biblioteca do Congresso?

    Bem entendido, refiro-me ao americano.

    Voces já imaginaram, nestes 2 anos de ilegalidades, exacerbações, truculências e re-interpretações do Direito e da Constituição, quanto já se gravou, escreveu, delatou, apreendeu, grampeou, transferiu, copiou e, não menos importante, escondeu ou sumiu?

    Quanto material já existe disponível para a (atual) oposição, para campanhas eleitorais, de chantagem, difamação, vantagem politica, empresarial, jurídica, diplomática e outras tantas?

    Quanto os corruptos do lado de cá se apropriaram dos de lá, para “continuar delinquindo”, como historicamente?

    Quantas informações financeiras, contas secretas descobertas mas não divulgadas, que podem ser negociadas, divididas ou usadas em tempos mais “oportunos”? Ainda que com ótimos salários, um “pouquinho” mais é sempre bem vindo, né?

    Sacumé, ladrão que rouba ladrão…

    Nem a CIA ou o FBI, conseguiria tanto, nas barbas de todo mundo, com acompanhamento midiático e cheiro de … Justiça”!

    E com apoio “popular”!!!

    Pra que operações de inteligência, subversão e destruição industrial, socio-economica e institucional? 

    Parabéns aos criadores de tão sofisticado modelo de golpe!

    Embora ainda falte se concretizar…

    É.

     

     

    1. Morogate

      É um autêntico Morogate. E ele não entende que o presidente Nixon caiu porque foi ele o autor dos grampos ilegais, e não porque o grampearam, e depois divulgaram de forma ilegal, por interesse público, como diz Moro. Então, seguindo a regra de Moro quem deve cair é o autor e divulgador dos grampos ilegais e não o contrário.

  9. pode sair o golpe, mas para

    pode sair o golpe, mas para quem sabe interpretar tudo o que ocorreu,

    ficou muito claro, com os grampos,  quem deu o golpe….

    quem é mentiroso e quem é goipista…

    e quem colocou a situação como ela é, o caráter do golpe….

    ou o caráter dos golpistas…

    nunca observei nada parecido com isto…

    saber de antemão o ocaráter infame de quem nos quer governar….

  10. Caro Nassif e demais
    A fase

    Caro Nassif e demais

    A fase Gandhi, do PT, está cansando.

    Apanha de todos os lados e fica quieto.

    Saudações

     

  11. A intenção clara é derrubar o govern.

    A intenção é a derrubada do governo.

    Eles não irão dar trégua;.

    O jogo é sujo.

    Os meios de comunicação avalizam toda essa bárbarie.

    Agora eu pergunto: prá que serve a ABIN?

    Prá que serve essa repartição públicas?

  12. No audio do JN

    Com audio no jornal a globo deixou transparecer suas entranhas. Pareceu-me  uma entidade do mal tentando intimidar com um tom de ” olha do que eu sou capaz”.

    Sabia que ja tinha visto algo parecido lembrei…

    Era a” Skynet” tentando tomar o controle te tudo.

  13. Imaginem se a presidenta

    Imaginem se a presidenta Dilma mandasse o serviço de inteligência grampear os palhaços golpistas que tentam derrubar o governo. Qual seria o diálogo entre Moro e os paus mandados da Globo? Ou entre Moro e seus delegados e procuradores? Imagine os diálogos privados entre Aécio e Agripino? Ou entre Aécio e Paulinho da Força? Ou entre Cunha e Temer? Ou entre Gilmar Mendes e Serra? Certamente o Brasil ficaria envergonhado.

    Mas, quem tem o poder de fazer o que bem entende, de rasgar a constituição, de grampear qualquer cidadão, inclusive a presidenta, e liberar este grampo na mesma tarde, sem qualquer critério, mesmo que ele seja ilegal – como foi o caso – são estes palhaços golpistas. Vai chegar o momento – ou talvez não – que o governo federal vai ter que decidir se continua lutando contra o golpe usando apenas os instrumentos legais, constitucionais, ou se vai usar as mesmas armas usadas pelos inimigos do povo. Por exemplo: mandando grampear secretamente todos eles. Outro exemplo: colocando agentes da PF no encalço deles, quebrando o sigilo bancário, telefônico, etc. Ah, dirão alguns, para isso é preciso autorização judicial. Sei. E o que fazer quando a justiça está envolvida no golpe e não tem isenção para julgar mais nada contra o governo?

    Acho que aí existem dois caminhos: ou o governo entrega os pontos, reconhece que não tem força para resistir, não tem base social – as manifestações do dia 18 mostram o contrário -, ou enfrenta os inimigos com a mesma força. O governo tem, teoricamente, a caneta do diário oficial para contratar e demitir; tem a PF, ou parte dela, pelo menos, desde que queira botar ordem na casa; tem a receita federal para saber o que esses cidadãos andam aprontando às escondidas; tem até as forças armadas, se julgar que a segurança nacional está ameaçada – como está – pela ação irresponsável desse grupo (Moro, mídia, procuradores e delegados da PF) que está provocando caos, desordem e incitando uma guerra civil.

    A única pessoa eleita pela maioria do povo brasileiro se chama Dilma Rousseff. A constituição diz que o poder emana do povo, através dos representantes eleitos, sobretudo, no caso do Brasil, pelo regime presidencialista, da chefe de estado eleita legitimamente pela população. Dilma não pode ser humilhada como vem acontecendo, com o juiz de primeiro grau grampeando e liberando suas falas de forma ilegal e irresponsável; com o parlamento tramando golpes diariamente sem qualquer fundamento legal; com esse clima de terror e incitamento criado pela Globo e reproduzido pelos outros meios de comunicação (rádios e TVs, que são concessão pública).

    Ora, como aceitar essa palhaçada e ainda por cima dar a este golpe o nome de democracia e liberdade de imprensa? O governo Dilma tem todo o direito, e até o dever, para preservar as conquistas do nosso povo, de reagir com as armas que dispõe, inclusive convocar rede de rádio e TV para explicar ao povo brasileiro o que está acontecendo, diferentemente da carga de desinformação que os cidadãos recebem diriamente da mídia golpista.

  14. No audio do JN

    Com audio no jornal a globo deixou transparecer suas entranhas. Pareceu-me  uma entidade do mal tentando intimidar com um tom de ” olha do que eu sou capaz”.

    Sabia que ja tinha visto algo parecido lembrei…

    Era a” Skynet” tentando tomar o controle te tudo.

  15. De quem era o telefone do Rui?

    Parece-me que, se o telefone que o Rui usou prá conversar com o Ministro não era do Lula, cometeram crime.

    Esse papo de que Lula usava telefone de auxiliares não cola.

    Por esse raciocínio (?) Lula poderia usar os telefones dos policiais federais que trabalham na sua segurança, como ex-presidente que é.

    E até o meu, que lhe emprestaria com prazer.

    E assim poderiam grampear todos os telefones de quem se aproximasse do Lula.

    Deve ser gente pacas!

  16. Onde está a lei?

    No fundo para concluir a ilegalidade deste vazamento e desta gravação basta dizer, que ,  mesmo que o telefone fosse de Lula, o conteúdo de uma conversa com duas pessoas  e sem Lula, não poderia ser grampeado. Caso o fosse fotuitamente, a gravação  deveria ser apagada,  pois estaria fora do mandato legal.  Mas além desta ilegalidade, que tentam esconder, afirmando que foi uma gravação fortuita, existe uma ilegalidade explicita, quando violaram a privacidade de um Ministro e de um presidente de partido. Aliás isto seria ilegalidade com relação a qualquer cidadão.   Tudo isto tem sido feito de forma explicita, e as argumentações dos juizes , promotores e policiais são claramente argumentações midiáticas.  Dizer que o que importa é conteudo das conversas  e não como foram obtidas, é praticamente dizer que a lei não importa , qualquer meio vale. Outro aspecto ilegal é que a justiça tem liberado vazamentos, alem de seletivos, gravações que são claramente  manipuladas pela imprensa, e não se vê em nenhum momento nenhuma autoridade se posicionar sobre as manipulações.  O que esta ocorrendo é que estas pessoas não mais obedecem a lei, e o fazem na cara dura devido ao acobertamento da midia. A campanha se acirrou e todo dia tem uma gravação manipulada nova. Quando não é possivel obter frases de efeito, os jornalistas se encarregam de dar uma falsa interpretação.  

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