Lula divulga carta aberta à população

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Na noite desta quinta-feira, o ex-presidente Lula divulgou uma carta aberta aos brasileiros, afirmando que as críticas feitas por ele ao Supremo Tribunal Federal foram em “uma situação extrema”, feitas em um diálogo pessoal com a presidente Dilma, num momento em que agentes do Estado subtraíram seus direitos fundamentais.

O juiz de primeira instância Sérgio Moro, liberou para a imprensa os áudios dos grampos feitos pela Polícia Federal, com autorização judicial. Lula diz que no diálogo com a presidente, externou sua inconformidade, a conversa era pessoal e foi tornada pública em “ofensa à lei e ao direito”.

Diz ainda não esperar que os ministros do Supremo compartilhem de suas posições pessoais e políticas, mas não se conforma que palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais tornem-se objeto de “juízos derrogatórios sobre meu caráter”.

O ex-presidente ainda enfatiza o fato de que os processos são conhecidos primeiro pela imprensa e só depois os que estão ligados diretamente ao processo podem ter acesso.

Mas diz que ainda crê nas instituições, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República e que espera, dos membros do Ministério Público, “isenção e firmeza”.

Leia a carta na íntegra.

Carta aberta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.

Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça, garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.

Creio também nos critérios de impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.

Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, e especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.

Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder na democracia – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.

Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.

Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas.

Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para​ preservar a dignidade da Suprema Corte e para que as suspeitas fossem livremente investigadas e se chegasse à verdade dos fatos.

Agi daquela forma não apenas ​porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.

Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a atitude adequada diante das res​ponsabilidades que me haviam sido confiadas pelo povo brasileiro.

Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça.

Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos direta e legalmente interessados, foram praticados atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e e minha família.

Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.

Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições pessoais e políticas.

Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5o. da Constituição, tornem-se objeto de juízos derrogatórios ​sobre meu caráter.

Não me conformo que palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações. Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor​ se sobreponha ao direito.

Não tive acesso a grandes ​estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto.

Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte.

Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

16 Comentários

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  1. Nassif,Gilmar Mendes que se

    Nassif,

    Gilmar Mendes que se disse vítima de um grampo que até hoje não apareceu o áudio e pela imprensa anunciou que chamaria o presidente lula às falas e foi em comitiva ao Palácio do Planalto pedir a cabeça de Paulo Lacerda e que se debateu, perseguiu e colocou toda o peso do STF contra o juíz Fausto Martins De Sanctis que supostamente estava desafiando a suprema corte não vai se pronunciar? É correto que aceitemos que este ministro fariseu, sepulcro caiado fique silente, logo ele que é o primeiro a manifestar-se quando o alvo são os seus acólitos seja na mídia ou no PSDB? Embora saibamos que de Gilmar não devemos esperar nada que preste, no entanto ele é ministro do STF e tem a obrigação de ser cobrado pelas suas incoerências.

  2. Um belo dia de sol

    Há cerca de 13 anos um grande amigo me telefonou.

    Era o professor de Cirurgia da UFMG, Henio Geraldo Parreira Horta, Hênio Horta, um dos melhores que vi em cirurgia parendodôntica. Não sei se vi igual.

    – Ronaldo, vem um professor da Alemanha dar um curso de Cirurgia no Congresso de Odontologia aqui de Minas Gerais. Ocorre que uma das “exigências” dele foi conhecer Salvador. Ele vai passar primeiro em Salvador e chega aí tal dia. Não se preocupe, não precisa sair para os lugares com ele, nada disso. Só peço a você que converse com ele para orientar sobre lugares que ele pode e deve ir, a que horas, cuidados que deve ter, essas coisas.

    Fui recebe-lo no aeroporto.

    Passei 3 dias com o professor, mulher e filha e Evandro (hoje professor de Cirurgia), que fazia mestrado à época com o professor na Alemanha.

    Introduzi nesse circuito um colega que era próximo a mim e gostava de cirurgia. Achei que seria um bom contato para ele.

    Como não cabíamos todos no mesmo carro, eu saia no meu com o professor e o colega com Evandro, a mulher e a filha do professor.

    Mostramos Salvador e um pouco mais a eles. Até à praia, em um belo dia de sol, fomos.

    Aquela figura branca, cerca de 2 metros de altura, de boné, cachecol em volta do pescoço, um pullover, manga comprida, na praia lotada de gente.

    Ele já ouvira falar do nosso sol. Mas que foi muito estranho, foi. Todos olhavam para nós.

    Em 3 dias nunca vi um único sorriso do alemão.

    O que eu podia pensar? Ele não está gostando.

    Até que em um desses dias, vínhamos conversando distraídos quando, saindo de uma pequena rua no farol da barra, “bati” de frente, literalmente de frente, com o mar e com o sol da Bahia.

    – Se eu morasse numa cidade como essa teria dificuldade em voltar para o consultório à tarde.

    Nunca esqueci isso.

    Foi o seu jeito de dizer que estava gostando.

    Sem conhecer o seu sorriso, ele foi para o congresso em Minas.

    Tempos depois, Evandro escreveu dizendo que o professor tinha adorado os 3 dias aqui em Salvador.

    Por que escrevo isso?

    Não sei. Só sei que me lembrei desse episódio.

    Talvez tenha contribuído o fato de que hoje estou diante de outro belo dia de sol.

    Hoje me ocorreu que aquele professor alemão sentiu o pulsar da vida.

    Hoje tenho a certeza de que, mesmo aquela frieza, aquela ausência de sorriso, sentiu o coração bater mais forte.

    Há estudos que mostram que as pessoas que vivem em lugares mais frios, cinzentos, sem ver o sol por períodos mais prolongados, apresentam maior tendência à depressão, algumas chegando ao suicídio.

    Triste.

    Hoje é sexta-feira e não há nenhum dia melhor do que sexta-feira.

    Quero sair, quero andar pelas ruas de Salvador, quero ver as pessoas, quero falar, quero principalmente sorrir.

    Sorrir, sorrir muito.

    Sou um privilegiado.

    Moro em uma “cidade”, a Bahia, que é plena em luz, em brilho, festa, onde as pessoas se cumprimentam, dão bom dia e sorrisos, muitos sorrisos, são vistos e curtidos a toda hora, a todo instante.

    Somos, os brasileiros, privilegiados.

    O Sol é nosso, faz parte das nossas vidas. Os nossos sorrisos estão aí, soltos, distribuídos, compartilhados.

    Em todas as cidades brasileiras; Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

    Cidades também sorridentes, alegres, com suas roupas coloridas com o azul do Céu, o amarelo do Sol, o verde das árvores, a beleza dos rios, o verde-azul do mar de quem o tem.

    E as nossas aves e pássaros!

    Onde os há diversos, coloridos, vivos, como aqui?

    E lá estão as nossas nuvens, brancas, mas também às vezes cinzentas ou mesmo escuras.

    Sinais de mau tempo?

    Não, de mudança de tempo.

    Trazem a chuva para adubar o nosso solo para preservar as nossas matas e trazer os frutos coloridos, saborosos e únicos.

    Cores vivas, típicas desse país encantado.

    Com a alegria desse povo bonito na sua miscigenação.

    Um povo único.

    Já houve quem dissesse que o nosso é o último povo feliz na face da Terra.

    Já perceberam uma mudança de hábito?

    Diante da dor da morte, vestíamos luto.

    A dor da morte da mãe, do pai.

    Roupas escuras, roupas pretas.

    Uma tradição.

    E ao olhar para os filhos, a pergunta:

    Por que “eles” têm que sentir essa dor?

    E os pais, morrendo um pouco na morte dos pais, viam nos filhos a vida chamando de volta.

    Não, não tragam a tristeza para as nossas crianças.

    Não digam a elas, vistam essa roupa escura, chore, fique triste, com raiva.

    Não façam mais mal ainda a elas além daquele que naturalmente já faz parte da vida, porque é o tempero dela.

    São as dores que nos fazem pensar mais profundamente e entender a beleza da vida.

    Porque a vida sempre nos chama para a vida.

    Acho que foi isso que senti ao acordar hoje.

    Hoje, bem cedo, o céu já estava azul, o sol amarelo, as nuvens brancas, as árvores cheias de verde.

    Não resisti.

    Desci e tirei essas fotos.

    Sou péssimo fotógrafo, por isso nem máquina tenho. Foi com o celular.

    Pensei em editar as fotos, corta aqui, corta ali, tira esses cabos da rede elétrica, tira essa ponta desse edifício, enfim, torna-las mais bonitas.

    Desisti.

    Não quero editar a vida, quero senti-la.

    Sentir o seu sabor.

    Não permita que editem a sua.

    Não deixe que digam que cor terá o seu dia.

    O seu dia tem que ter a sua cor, não a de outro.

    Então vamos a ela.

    Claro, à vida.

    Vamos hoje sair e andar pelas ruas, cumprimentar as pessoas, apertar as mãos, abraçar, sorrir (que maravilha), viver as nossas cores, as nossas alegrias.

    Vamos depositar a vida no colo da cidade-Mãe:

    O Brasil.

    Toda mãe quer ver seus filhos alegres.

    Toda mãe quer ver seus filhos vestindo as cores e a alegria da vida.

    1. Muito grato . . .

      Muito grato Ronaldo pelo seu belo texto, de um singela mas enorme brasilidade.
      Muito garto por esta injeção de sol em nossas vidas no dia de hoje que, espero, seja muito alegre, de celebração da vida.
      De uma vida nova, com respito ao outro, às diferenças e de celebração da equidade, que amparada no amor ao próximo, deve ser a massa mística que deve unir todos os brasileiros.
      E quem não compartilhar deste sonho . . . bem, uqe se mude ora bolas !

  3. Marajalândia

    Acho que se Lula depender da firmeza do ministério público e justiça as coisas vão ficar ainda mais absurdas. Pelo que vi metade dos manifestantes indignados, guardiães da moral,  são os marajás que ganham auxílio moradia e salários nababescos, comparados com os demais funcionários públicos. Aí é fácil ficar indignado. O que o Lula não entendeu ainda é que a jurisprudência coronelista ainda impera: aos amigos tudo, aos inimigos a lei. Ele é o inimigo.

  4. Politicamente correta e cuidadosamente revisada por advogados
    Nada surpreendente a emissão de uma carta politicamente correta e cuidadosamente revisada por advogados. Vocabulário um tanto rico para quem (na carta) se diz não letrado.

  5. Força, Lula.

    Força, Lula. Te achei meio abatido ontem, mas sei que é quase humanamente impossível um único homem resistir a todo o massacre e perseguição de, como disse o Fernando Brito (Tijolaço), uma máquina estatal com “uma vintena de promotores federais e estaduais, uma dezena ou mais  de delegados da PF, centenas de agentes, auditores-fiscais da Receita, juízes e assessores da vara de Sérgio Moro, centenas de servidores, carros, escritórios”, além, é claro, do maior e mais vil oligopólio midiático do mundo. E agora que a sua intimidade e a de seus familiares foi ilegalmente exposta a todos, violada, a “justiça”, com seus dândis e janotas, se cala. Mas eles só fazem isso por que têm muito, mas muito medo de você, Lula, pois sabem que os filhos do Brasil estão contigo e não há nada que possa deter a força de um povo. Força, Lula.

  6. Diferenças
    De forma simples e honesta, o ex-Presidente Lula usou o Instituto Lula para a comunicação com a população.

    O Exmo. Juiz Sergio Moro, com objetivo de agradecer os elogios manifestados à sua pessoa no dia 13, enviou um email endereçado ao blog de Cristiana Lobo da Globonews.

    Esse é o único ou é o melhor canal para um Magistrado se dirigir ao povo brasileiro?

    Além disso, esse juiz recomendou que as autoridades eleitas e os partidos ouvissem a “voz das ruas”, mesmo sabendo que naquele dia os apoiadores da presidente Dilma foram mandados ficar em casa e mesmo sabendo que movimentos como CUT e MST foram PROIBIDOS de se manifestar no mesmo dia.

    Aquela era a única voz a ser ouvida?

  7. Todo corporativismo é
    Todo corporativismo é emburrecedor.

    Membros dos principais tribunais de justiça responderam de forma muito dura a divulgação ilegal de um grampo telefônico de um bate papo informal entre dois amigos.

    Os doutos puerilmente entraram no mafioso gás expelido pela Globo.

    Rapidamente emitiram nota oficial de repúdio de uma gonvetsa feb pé de ouvido.

    Esse Brasil se tornou muito infantil,

    plinplin

    1.   Concordo com a critica ao

        Concordo com a critica ao corportivismo.  Mas observo: boa parte do crescimento do partido que hoje está no Poder ( PT) se deu graças ao corporativismo. Ao incentivo mutuo entre o PT e as corporações, especialmente as do seviço publico, da Adminstração publica,  presa menos habilitada a exercer a auto-defesa contra o ataque dessa praga……  Nunca tive duvida do mal causado pelo corporativismo. Sempre o vi comouma especia de  “individualismo elevado à enesima potrencia!!!”. Me lembro de usar essa expressão desde 1989, pelo menos….. 

       

  8. Carta a VOCÊ, Lula!

    Eu, que além de ter tido oportunidades que voce, Lula (sei que posso chamá-lo assim), não teve, pois nasci em uma familia próspera, numa cidade grande sem precisar emigrar, pude fazer uma boa universidade, trabalhei como executivo em grandes multinacionais, residi no “primeiro mundo” e tantas outras, posso reclamar de uma coisa:

    Não tive, como voce, Lula, a oportunidade de, sem ter as oportunidades que tive, superar a falta delas e chegar a presidência deste gigantesco país, democraticamente eleito, duas vezes, pelo seu povo.

    E sem ficar falando muito em resultados efetivos, tangíveis e intangíveis (é Lula, eu falo essas palavras que vc talvez tenha ouvido após muita luta …), voce saiu depois de dois mandatos e muita guerra contra si, com a melhor avaliação de um presidente na nossa História. E olha que vc nem fala inglês como eu, hein! No entanto, os mesmos palavrões…

    Se eu tivesse a sua coragem, Lula (não que não tenha alguma), eu não diria que vc teve esta oportunidade, pois vc não a teve, como eu. Vc a criou!

    Se eu tivesse a sua coragem, eu não estaria, como agora, confortavelmente atrás de um teclado, mencionando que não me surpreenderia se voce abrisse mão de seu foro privilegiado para ensinar ao país que precisamos mais, podemos evoluir muito na cultura e ação politica, institucional e social deste país e seu povo, de bom caráter mas submetido a uma minoria que sequer o tem. Não entenda como uma sugestão, apenas como declaração. Um tapa na cara da zelite!

    Sei que vc criou casca, que já foi preso, que lutou pelos seus iguais em tempos tenebrosos, que ganha o suficiente para comprar um sitiozinho e um apto. de praia para os netos, já que dificilmente iria poder curtir seu isopor na cabeça, pois os papparazzi não lhe dariam paz. Sei que voce pode comprar até barcos e pedalinhos, ora se sei! Até os maledicentes de má fé, todo mundo sabe! Alguns só não sabem é de sua própria mediocridade.

    Sei que além da sua residência, que sequer deva me fazer inveja (não eu também não moro em Higienópolis, mas poderia), vc não tem muito mais além de containers que (sinto lhe dizer, não cabem num ânus, hehe), mais uma vez na minha covardia anônima, não me surpreenderia se vc oferecessa a um museu ou mesmo fizesse um leilão de caridade, sem abrir mão do que é legitimamente seu e voce queira deixar para seus netos.

    Sei que insinuar confortavelmente que vc possa arriscar sua liberdade, com já o fez, para ensinar o grande “público”, submetendo-se ao julgamentos e ações farsescas e, por que não dizer, canalhas contra voce, sua familia e sua história, que também passou a ser nossa, é um tanto passar dos limites, até porque precisamos fazer por merecê-la.

    Por isso não podemos deixar que os medíocres, além de destruí-lo, tentem destruir a sua memória, a sua imagem, pois é isso que fazem há séculos com os seus poucos pares em nossa ainda pouco brilhante História, onde eles querem eternizar a mediocridade e (dos) seus privilégios.

    O Brasil precisa muito de gente como voce, Lula. Que é demonizado porque além de bom e bem sucedido para si e seu povo, é “safo”! Os invejosos “meritocráticos”, que receberam seus privilégios na bandeja da hereditariedade e seus relacionamentos, não podem aceitar isso, já que eles não são “safos”! São apenas bandidos mediocres e elegantes e precisam transformar o seu “safo” em safadeza, bandidagem mesmo. Para nivelá-lo a eles. Não por cima, mas por baixo…

    Olha Lula, assim como não tenho religião mas posso respeitar um certo papa, rabino ou pai-de-santo, eu lhe digo: não sou petista não! E veja que hoje em dia ou vc o é “discretamente”, ou TEM que ser “anti” doente! Não há nem mais uns tonzinhos cinza, quanto mais cores! É pau ou é pedra num fim de caminho! (voce é “analfa” mas conhece o Tom né!).

    Mas assim como vc, Lula, sei diferenciar o que é certo do que é errado, o que é ou foi bom do que não é ou não foi. E sem conhecê-lo (e infelizmente sequer votei em voce!), posso dizer que voce foi bom! É só olhar seus resultados…

    Sei que a maior oportunidade que voce não teve, mas criou, foi a de dar oportunidades a milhões de brasileiros

    Embora eu nem tenha precisado exatamente delas, pois já as tive, sei que posso falar em nome deles,. E no meu também:

    Muito obrigado, Lula

    E como voce ainda está vivo …

    Por enquanto.

  9. A centelha do otimismo

    Com o belo texto do colega Ronaldo Souza, lembrei-me de algo semelhante ocorrido hoje de manhã cedo.

    Assistia com o espírito um tanto cansado, à uma das chamadas de contínuas reportagens sobre a fiespesca “ocupação” da av.Paulista, que curiosamente passou a ser pano de fundo até de outras reportagens sobre outros assuntos (mais ou mnos como os inevitáveis canos enferrujados do “petrolão” no JN, ainda que o assuntos seja culinária).

    Aí o reporter menciona, já com um acampamento crescido ao fundo, que o movimento Vem pra Rua estava se movimentando nas redes sociais para que os ocupantes deixassem a avenida por causa da manifestação oposta que haverá hoje.

    Sim, nem olhei as redes para analisar melhor, nem sei se é uma armação para deixar os democratistas em alguma pretensa furada (ex: infiltrar agitadores e vândalos para isolar culpas e violências), atrair a imagem ou pose de bom senso. Enfim, passaram-se na minha cabeça todas as velhacarias que já vi e a busca de alguma que desconheça ou não perceba para avaliar a notícia

    Uma frase, farsesca ou não, se do repórter ou de algum membro do grupo ou não, da Fiesp, governo ou PM do Alckmim ou não, um reconhecimento de que já estava pegando muito mal ou não, porque estão sabendo que a manifestação será xôxa ou não, por medo de confronto ou não, me disparou uma faísca que acabou me iluminando o dia, tal qual o do Ronaldo. Algo como:

    “Eles estão fazendo esse pedido por considerar que os outros também devem ter a sua vez de se manifestar”.

    Apesar de toda a decrnça e desconfianças velhacas acima citadas, ganhei o dia!

    Pela simples vislumbre de possibilidade de que uma parte contínua e crescente destes denominados coxinhas, em contraposição aos petralhas comece a perceber que há muito mais em jogo do que torcer em uma partida no estádio.

    Pelo simples vislumbre de que não sejam total e eternamente manupulados pela desinformação e sejam movidos afinal a combater os verdadeiros inimigos, que são mais ou menos comuns.

    Pelo simples vislumbre de que possam até se manisfestar juntos com bandeiras de qualquer cor por nossa sociedade.

    Pelo simples vislumbre de que esta possibilidade exista, esta ínfima rápida e ingênua centelha

    Incendiou novamente meu incurável otimismo.

     

     

    1. Pauta bomba

         Gostaria de sugerir a Nassf que apresenté a seguinte pauta bomba:

       

      – Elevar em 100% o imposto sobre o capital especulativo.

      – Elevar em 100% o imposto sobre grades fortunas.

      – Elevar em 100% o imposto sobre lucro dos bancos.

      – Criar alicotas  do imposto de renda pessoa fisica 30, 40 e 50% e reduzir as inferiores a um para mar unico de 5%.

      – Criar uma força  tarefa para resolver os problemas dos grandes devedores do fisco.

      – Criar uma força tarefa para ampliar a reforma agrária. 

         Fica aqui minha sugestão para que seja encaminhada está pauta ao congresso para definitivamente remover sua máscara. 

  10. DEFENDO O ESTADO DE DIREITO E PRISÃO DE MORO!!!

    ESTE JUIZ MORO QUER CONVOCAR AS RUAS COM QUE AUTORIDADE POLITICA???????????? ESTE JUIZ È UMA FRAUDE PRISÃO NELE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    DEFENDO O ESTADO DE DIREITO E PRISÃO DE MORO!!! 

    O juiz Sérgio Moro conseguiu o inacreditável: tornar-se tão indefensável quanto aqueles que ele procura julgar. 
    Um Juiz jamais poderá levar a sociedade uma causa pelo qual é ele o responsável para julgar, e isto ocorreu, quando ele clama para o POVO ir as ruas, deste modo, ele transformou este processo em uma discussão política. Colocou no lixo a justiça brasileira, suas leis e garantias fundamentais e todos os operadores de direito sérios. 

    O Juiz Moro em que pese seus relevantes serviços prestados, mas em relação a escutas sem autorização devida na instituição PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA, neste caso cometeu exagero, agiu com imparcialidade, e emoção, como qualquer ser humano, mas, afrontou uma lei de responsabilidade contra SEGURANÇA NACIONAL e cometeu crime de lesa pátria prevista na CF e lei relativos a segurança nacional, que prescreve prisão imediata de quem a cometeu e pena de 2 á 15 anos de prisão, então defendo que ele seja responsabilizado por este desvio e condenado de acordo com o rigor da lei. 

    Minha sensação pessoal é a de que o país está repetindo março de 1964, com as pessoas saindo nas ruas para apoiar um golpe. Elas nem se perguntam quem vai assumir o poder. São e estão sendo massa de manobras sem saber a realidade. 

    Só lhes interessa agora quebrar a ordem jurídica, frustrar o que foi decidido nas urnas. Quando isso ocorreu, em 1964, deu no que deu: ditadura, gente morta e os poderosos de sempre, com a grande mídia do seu lado (pois lá a mídia e o povo também apoiou o golpe), desbancando os direitos dos brasileiros por décadas, sem denúncia nenhuma de corrupção ao final apontadas, aumentando a pobreza, a falta de acesso à educação. Educação só para alguns. 

    Quando se cansou da ‘brincadeira’ o próprio Exército entregou o poder e o pais era um gigante devedor de inúmeras obrigações nos organismos internacionais. Hoje o país é um dos maiores mercados consumidores mundiais. 

    Há muito interesse em jogo e a população se desculpando pela sua virulência, dizendo que acabando com Lula e o PT vai ser um exemplo para acabar com a corrupção. 

    Estão é empobrecendo o país. Mas quem quer tirar Dilma, também lá em 1964 como cá, não estão se importando se quem entrar no lugar vai estar a serviço de esquemas de corrupção. 

    Mesmo ela tendo sua idoneidade comprovada, cultivam por ela, e a tudo o que a eleição dela respeita, um ódio desmedido. 

    O momento é crucial para o cidadão que quer defender a democracia, razão pelo qual não deveria adotar nenhuma medida tendente a ser vista como reforço a essa barbárie. 

    DEFESA DA DEMOCRACIA E ESTADO DE DIREITO, DIGO NÃO A BARBÁRIE!!!! 

    Tenho dito!!!!

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