Meirelles e seu discurso privatista explícito para a Caixa e BB

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Na quarta-feira, dia 6, Henrique Meirelles participou de sabatina no Correio Braziliense. O ex-ministro da Fazenda e hoje candidato do governo ilegítimo, Meirelles mostra a que veio: escancara seu projeto de privatização de várias empresas públicas.
 
Usando o velho discurso de ‘profissionalização de gestão’, Meirelles coloca como imediata a privatização da Petrobras e, a curto prazo, o desmonte dos bancos públicos via pulverização de capital. E já adiantou que a Caixa Econômica está sendo preparada para isso.
 
O candidato do golpe traz em sua campanha o que o governo demonstra: um absoluto desprezo pela soberania do país e seu povo. Seu discurso e intenções desconsideram a vontade do povo que diz querer representar.

 
A Pesquisa CUT/Vox Populi trouxe a opinião da população sobre as privatizações, e mostra um cenário diverso do discurso do pré-candidato do golpe. 49% dos entrevistados acham que a Caixa (100% pública) e o Banco do Brasil são indispensáveis ao desenvolvimento nacional e não devem ser privatizado; e 47% acreditam que se a Caixa for privatizada muitas cidades do interior ficarão sem agências bancárias, diminuindo ou mesmo extinguindo programas sociais.
 
Não bastasse isso, 49% dos entrevistados entendem que, caso a Caixa seja privatizada, o FGTS deixará de financiar habitação para as famílias de baixa renda. E, perceba, os números mostram a opinião da maioria absoluta, já que os favoráveis à privatização não ultrapassam 26%, muito próximo daqueles que não quiseram ou não souberam opiniar.
 
Hoje, em São Paulo, dia 7, começa a 34ª edição do Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), maior e mais importante instância de decisão dos trabalhadores do banco, reunindo 455 delegados de todo o país que, até o dia 8, debaterão, primordialmente, estratégias de resistência e defesa de uma Caixa 100% pública.
 
Debatem a questão tão urgente Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência, a deputada federal Erika Kokay (PT/DF), Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, e José Eymard Loguércio, advogado da Fenae e da CUT.
 
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. O candidato do governo

    O candidato do governo ilegítimo é o Alckmin. Esse tem as mesmas propostas do Meirelles e tem chances de ser eleito .

  2. Que o povo se prepare para

    Que o povo se prepare para tomar as rédeas deste pais se não quiser sucumbir nas nãos desses ratos…..que as Instituições e empresas públicas e privadas não demorem gravitar sob a soberania dos habitantes das cidades….afinal de contas, será que essa classe dominante continuará nadando de braçada….até quando mesmo….

    Um reles Homem de Washington, que não tinha projeção nenhuma e totalmente desconhecido em meio a população, no entanto às custas de muita grana foi eleito deputado federal…

    Embora não houvesse outra saída naquele momento, Lula colocou em prática a conciliação com esses escorpiões cuja natureza sabemos qual…

     

  3. Baita candidato, nossa !
    Proposta do postulante a estadista: privatizar e controlar.E ainda se acha capaz de transformar 1% em 40% em três meses.

    Sou da tese de que narcisismo e vaidade excessiva afetam seriamente a psique humana. Afinal, em que mundo vivem esses caras?

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