Milhares se infectaram enquanto China escondia coronavírus, diz AP

Casos poderiam ter sido cortados em até dois terços se as autoridades chinesas tivessem avisado o público uma semana antes do anúncio oficial

Jornal GGN – A agência de notícias Associated Press publicou nesta quarta (15) um relatório obtido com um médico anônimo da China, que participou de discussões do governo sobre coronavírus, e cravou que a demora em emitir o alerta público sobre a epidemia gerou milhares de contaminações em apenas 6 dias.

A reportagem da AP é uma crítica dura, afirmando que “a tentativa da China de estabelecer uma linha entre alertar o público e evitar o pânico preparou o terreno para uma pandemia que infectou mais de 2 milhões de pessoas e tirou mais de 128.000 vidas” em todo o mundo.

A agência também não poupou crítica ao presidente Donald Trump, anotando que o republicano teve cerca de 2 meses desde que os casos começaram a explodir na China para preparar os Estados Unidos para a crise. Na maior parte do tempo, Trump adotou postura cética ou negacionista.

As primeiras evidências de que o coronavírus já tinha saltado a barreira entre espécies, provocando contaminação de humano para humano, surgiram ainda em dezembro de 2019, mas as autoridades chinesas silenciaram sobre os casos iniciais.

Semanas se passaram, eventos festivos ocorreram. Somente quando um caso surgiu na Tailândia, em 13 de janeiro, é que o governo chinês admitiu internamente que estava diante de uma possível pandemia. As operações de controle começaram em 15 de janeiro. Mas um anúncio oficial ao público só veio à tona sete dias depois, em 20 de janeiro.

“O presidente Xi Jinping alertou o público no sétimo dia, 20 de janeiro. Mas, na época, mais de 3.000 pessoas foram infectadas durante quase uma semana de silêncio público, de acordo com documentos internos obtidos pela Associated Press e estimativas de especialistas com base em retrospectiva sobre os dados de infecção.”

“Se o público tivesse sido avisado uma semana antes para tomar medidas como distanciamento social, uso de máscaras e restrições de viagens, os casos poderiam ter sido cortados em até dois terços”, afirmou a AP.

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Redação

13 Comentários

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  1. O GGN presta um desserviço a informação ao publicar artigo desonesto da AP! escutem o Pepe Escobar e verifiquem a cronologia dos acontecimentos!

  2. Mas e sobre a China divulgar em 31/12/19 sobre o caso “nº 1” e em 15/01/20 ter separado o genoma do vírus e distribuído aos países para estudo, como vinha sendo informado?

  3. André, essa AP e esse tal chines são os tipos de oportunistas, querendo aparecer encima dos cadáveres que não são culpa dos chineses.
    Vejamos: 1) Como classificar uma doença pulmonar, em alguns casos semelhante com a de 2003, sem melhor conhecer o que estava de fato acontecendo? Um alerta mundial é de responsabilidade infinita, e ela foi dada quando se reconheceu de fato que estavam diante de um caso grave, um novo coronavírus, com comportamentos que precisariam conhecer para contê-lo, não era o coronavírus de 2003.
    2) Imediatamente a China provou, na prática, que era um caso grave ao colocar 60 escavadeiras hidráulicas para preparar as bases de um hospital com 1000 leitos de UTI entregue em 10 dias. E outro com 1500 leitos entregue em sete dias.
    3) O resto do mundo, principalmente o OCIDENTE, estavam acusando a China de terrorismo, exagero desproporcional, assustando o mercado e podendo provocar recessão.
    4) Nem o isolamento no centro da pandemia na China era levado a sério. Os meios de comunicação de massa mostravam as imagens como uma cidade fantasma mas não alertavam e não cobravam ações dos governos para o problema que se alastrava para o OCIDENTE.
    5) De imediato, diante das recomendações da OMS, os ocidentais não deram a devida importância. Quando a ficha caiu já era tarde e não foi no fim de fevereiro. Já era março. Mesmo assim nem todos levaram a sério. aliás, até hoje tem governantes que ainda não levaram a sério.
    6) Só para encerrar, estão tripudiando encima dos cadáveres para acusar a China que esteve e está sempre ajudando, deixando para para traz acusações mesquinhas que em nada ajuda. A China que salvar vidas, onde quer que ela esteja. O Ocidente quer salvar economia, o capitalismo, o dinheiro,…

    1. Vou então acreditar que as notícias envolvendo o oftalmologista que fez os primeiros alertas são improcedentes. Me dispenso de colocar o que já foi noticiado.

  4. “A agência de notícias Associated Press publicou nesta quarta (15) um relatório obtido com um médico anônimo da China”… “um médico anônimo”…, “anônimo”…

    Resumo: agência de notícias dos EUA culpa a China, culpa a China, culpa a China… “também não poupou crítica ao presidente Donald Trump”, ou seja, se trocar de presidente os EUA mudam, talvez inclusive sua política externa de barbárie contra outros países. Ah, não… essa não que essa não é política de governo – tanto que entra um, sai outro mas os EUA têm agredido há uns 150 anos – é política de estado.

  5. Isso está até parecendo piada. Depois do aviso do governo chines, das tomadas de medidas restritivas, grande mobilização do governo e sociedade, construção de hospital em tempo recorde etc. etc. etc. O resto do mundo ficou esperando um mês para saber que providencias iria tomar, discutindo até se de fato providencias mais drásticas deveriam ser tomadas. Só quando começou a explodir casos de infectados por todas as latitudes e que providencias desconectas começaram a ser tomadas e mesmo assim com muitas dúvidas e discussão priorizando a questão econômica. Agora querem arrumar um culpado para justificar o fato de mesmo os países mais ricos do mundo estarem absolutamente despreparados e sem infraestrutura para enfrentar uma crise de saúde. Nunca olharam a saúde como uma questão de segurança do cidadão mas sim como uma questão comercial. E viva os comerciantes da saúde com seus planos vips e suas hotelarias cara com poucos leitos e equipamentos para o que importa.

  6. A AP é uma “agência de notícias” (de propaganda, na verdade) estadunidense. Precisa dizer mais? A AP, juntamente com a Reuters e a AFP são donas das “notícias” e divulgam só o que é de interesse do 1% que domina a humanidade.

  7. Essa AP lembra aquele ditado que dizia: Senta-se sobre seu próprio rabo e desanda a falar do rabo dos outros. Vergonhosa submissão de uma entidade que tempos atrás teria sido merecedora de elevada conceituação.

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