Miliciano estava escondido em sítio de vereador do PSL

Matéria publicada no G1, relata que Gilsinho se disse surpreendido ao saber que o miliciano estava em seu sítio e negou conhecer o elemento, aventou a possibilidade de invasão do terreno.

Jornal GGN – O miliciano e ex-capitão da PM do Rio de Janeiro, Adriano Nóbrega, morto por policiais militares na manhã de hoje, domingo, na cidade de Esplanada (BA), estava escondido no sítio do vereador do PSL Gilsinho da Dedé.

Matéria publicada no G1, relata que Gilsinho se disse surpreendido ao saber que o miliciano estava em seu sítio e negou conhecer o elemento, aventou a possibilidade de invasão do terreno. E disse ainda que a propriedade não tem caseiro e é cercada de arame.

Diz que foi informado por um vizinho que uma operação tinha lugar em seu terreno, achava até que fosse assalto. Afirmou estar viajando e não ter nenhuma informação.

O vereador contou ter entrado em contato com um delegado da região e este o informou ser a operação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia com equipes do Rio. O vereador afirma que aguarda esclarecimentos da Secretaria.

E negou, três vezes, que o conhecesse. Disse que nunca falou com ele e que só sabia de sua cara por fotos publicadas na mídia. E reafirmou que nunca nem foi apresentado a ele.

O miliciano estava foragido há mais de um ano e era membro da organização tida como Escritório do Crime, com mandado de prisão expedido em janeiro de 2019, pela Operação Intocáveis 1, da Gaeco do Rio. Adriano era o único foragido em operação que mirava a milícia de Rio das Pedras e da Muzema, Zona Oeste do Rio.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope0 da Polícia Militar do Rio de Janeiro estava sendo monitorado desde que foi ventilado que ele estaria escondido na Bahia.

Em nota, a SSP-BA afirmou que Adriano era suspeito do envolvimento no assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, em março de 2018. Mas o nome do miliciano não consta do inquérito que investiga a morte da vereadora.

Segundo a SSP-BA, o miliciano foi localizado em um imóvel em Esplanada por equipes do Bope, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA.

A operação de localização foi uma ação conjunta da SSP-BA e da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol).

A Sepol informa que Adriano da Nóbrega era investigado já há um ano, pela Sepol e Gaeco, do Ministério Público. Ele estava sendo monitorado.

A SSP-BA disse, ainda, que Adriano resistiu com disparos de arma de fogo e acabou ferido. Chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu. Com ele foram encontradas uma pistola 9mm, mais três armas e 13 celulares.

Em nota, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ao qual Marielle era filiada, disse:

“A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça-chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”.

Redação

6 Comentários

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  1. Uma grande operação policial, num sitio deserto pertencente a um vereador do PSL que negou por 3 vezes conhecer o morto.
    E tudo isso antes do galo cantar!

  2. Além do sítio do vereador pelo psl (que, diga-se, mora em salvador mas foi eleito em esplanada, por si só, outro arrumadinho), haveria alguma outra ligação entre o agora assassinado e aquela região? Nâo, né?
    Então, se quebrarem os sigilos do dito mirim, com certeza, encontrarão rastros, pistas e dinheiro (muita grana: pretíssima) a embalar o vereador em suas travessuras.
    Mas, quem investigará se, até mesmo, os poliças do ptaiano foram coniventes com o assassinato?
    E quantos poliças estiveram envolvidos no morticínio, diga-se, contra apenas 1 elemento?
    E se sabiam que ele estava sozinho na casa, qual a razão para não cercarem e ficarem esperando que ele se rendesse?
    Enfim, outro crime a espera de alguma vazajato…

  3. Os antigos comparsas e homenageadores do miliciano mandaram ele prá zona rural e ele ficou crente que estaria protegido. Assim, longe dos olhos do público, ficou mais fácil eliminá-lo.

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