Deus é brasileiro e não teve apagão, diz ministro da Energia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, colocou suas esperanças nas mãos de Deus para a falta de água e energia em São Paulo e na região sudeste. “Deus é brasileiro. Temos que contar que ele vai trazer um pouco de umidade e chuva para que possamos ter mais tranquilidade ainda”, disse, nesta terça-feira (20), durante a coletiva de imprensa.
 
Enquanto isso, o discurso de negar a situação, tantas vezes repetido pelo então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a questão da água, foi também assumido na energia. “Não houve apagão, o que houve foi um corte preventivo feito pelo operador para evitar desligamento de maiores proporções”, entendeu o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, também concordado pelo ministro. 
 
O apagão ocorreu após o consumo recorde de energia nas regiões Sudeste e Centro-OEste, em 11 estados e o Distrito Federal. Com o forte calor, o alto gasto de energia gerou 51.596 MW (megawatts) às 14h32, segundo o relatório do ONS, responsável pela gestão de energia do país. 
 
A falta de energia atingiu a circulação de trens no metrô de São Paulo e chegou a desligar a usina nuclear de Angra 1, no Rio de Janeiro. O motivo para a queda de energia ainda está sendo investigado, podendo ser falha humana ou do sistema eletrônico das unidades, provocando a queda de frequência das turbinas, apesar de tanto o diretor-geral do ONS e o ministro Eduardo Braga garantirem que o desligamento foi preventivo. 
 
O apagão motivou a determinar um plano emergencial de mais 1.500 MW de abastecimento do sistema nos próximos dias e semanas. Para isso, usinas térmicas da Petrobras que estavam desligadas para manutenção serão reativadas antes do previsto, acrescentando 867 MW até 18 de fevereiro. Outra parte virá da usina de Itaipú, com a transferência adicional de 300 MW, mais 200 MW da usina nuclear de Angra 1 e mais 400 MW vindos do nordeste.
 
Com informações da Folha de S. Paulo e do G1.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. Um  RACIONAMENTO programado

    Um  RACIONAMENTO programado de uma ou duas horas por dia regularizaria o sistema eletrico durante a estiagem.

    Porque não fazer? porque na cabeça de cupim é politicamente danoso.

    É muito pior CORTES DE SURPRESA que danificam equipamentos e interrompem atividades sem aviso.

    Com racionamento é possivel os usuarios se PROGRAMAREM, adptando-se ao racionamento.

    O mesmo se aplica à agua. RACIONAR é uma medida racional,  está na expressão, facil de executar, explicavel.

  2. Eu  não sou um “expert” em

    Eu  não sou um “expert” em energia elétrica como a mirima leitão pensa que é, mas pelo que entendi, houve uma falha no sistema de transfer~encia de energia da região norte para o sudeste, que resultou numa variação de frequência e tornou necesário o desligamento de cargas nos diversos estados, a cargo das distribuidoras locais.

        A falta de energia no metrô de SP não se deveu à falha no sistema norte-sul, pois não se acredita que a distribuidora de São Paulo fosse escolher fazer cortes no sistema de metrô dali.

        Para diminuir o risco de repetição dessa falha,  decidiu o MME reforçar a energia para o Sudeste com transferência maior de energia do Sul, a entrada de operação de usinas térmicas e aumentar a liberação de energia de Angra .

        Ao contrário do que afirmou a “especialista ” m.leitão,  não faltou geração.

  3. Os pelegos fica tudo pianinho

    Os pelegos fica tudo pianinho , porque só tem graça falar de má gestao quando o assunto depende do clima se o governo for do PSDB…rs 

    1. O assunto não depende do

      O assunto não depende do clima. Não temos uma crise pior no sistema elétrico PORQUE investimentos foram feitos. Isso se chama administrar!

      Nem todos podem falar o mesmo…

      1. Se foram feitos e ainda ha

        Se foram feitos e ainda ha algo grave como o apagão definir isso como ” administrar ” é um conceito bem tolerante que ira depender do gosto do fregues…rs 

  4. Graças a Deus o Brasil está

    Graças a Deus o Brasil está em recessão. Se mesmo com crescimento próximo de zero há apagão, imagina só se o país estivesse crescendo a padrões mexicano e colombiano.

     

  5.  Repare na solução…do problema de transmissão 🙂

     Repare abaixo na solucao para o que a esquerda pensa ser um mero problema da transmissao:

    O apagão motivou a determinar um plano emergencial de mais 1.500 MW de abastecimento do sistema nos próximos dias e semanas. Para isso, usinas térmicas da Petrobras que estavam desligadas para manutenção serão reativadas antes do previsto, acrescentando 867 MW até 18 de fevereiro. Outra parte virá da usina de Itaipú, com a transferência adicional de 300 MW, mais 200 MW da usina nuclear de Angra 1 e mais 400 MW vindos do nordeste.

    Mas está tudo bem porque a Dilma é do ramo, rsrsrs. Se não chover não é só o Alckmin quem vai perder a próxima eleição…

    Para completar, a frase do Ministro:

    “Esta energia não chegou porque teve problema da rede, e por esta energia não ter chegado, houve então um descasamento entre a demanda e a geração, que provocou a variação de frequência, que obrigou o desligamento de carga e do desligamento de usinas. Não é falta de geração”, relatou o ministro.

  6. Esse ministro deu bola fora

    Esse ministro deu bola fora ao falar de chuva. Chuva falta é para a população de grande parte do SE, com epicentro em SP

  7. Seria interessante que o GGN

    Seria interessante que o GGN não embarcasse nessa mania do pig de tudo que for para desgastar o governo se utiliza o sufixo “ão”. Mensalão, Petrolão, apagão. É tudo bordão, e o GGN bem poderia se diferenciar.

    É importante fazer a distinção. Ok, em ambos os casos, a luz apagou. Só que parece, mas não é a mesma coisa. O apagão com FHC foi causada por falta de investimento. Nesse caso agora, houve falha técnica, humana e etc. Também está havendo atraso nas obras das hidroelétricas, por problemas de burocracia “ecológica”. O Tijolaço explica direitinho. 

    Nem é questão de Fla-Flu partidário embora poderia ser. É que só se combate os problemas quando se sabe exatamente quais são. Sair da desinformação do pig que só quer bagunçar é condição sine qua non para cobrar uma solução real para problemas reais.

    Dito isso, o governo Dilma é uma lástima na comunicação. Geralmente fica calado, e quando fala, faz uma cagada dessas. Pronto, agora a crise da seca caiu definitivamente no colo do governo Dilma. Pois o ministro (da Dilma) disse que tudo vai se resolver porque “Deus é brasileiro”. O Alkmin não falaria uma bobagem dessas.

    Dilma, acorda, põe um porta-voz nessa procaria aí!!

    1. Amigo, repare na solução para

      Amigo, repare na solução para o problema técnico:

       

      “O apagão motivou a determinar um plano emergencial de mais 1.500 MW de abastecimento do sistema nos próximos dias e semanas. Para isso, usinas térmicas da Petrobras que estavam desligadas para manutenção serão reativadas antes do previsto, acrescentando 867 MW até 18 de fevereiro. Outra parte virá da usina de Itaipú, com a transferência adicional de 300 MW, mais 200 MW da usina nuclear de Angra 1 e mais 400 MW vindos do nordeste.”

       

      Técnico mesmo heim…

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