MPF pede suspensão de benefícios de ex-diretor da Petrobras por delação

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Imagem: Bigfull

da Agência Brasil

MPF pede suspensão de benefícios de ex-diretor da Petrobras por delação

Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal, que suspenda os benefícios do acordo de delação premiada concedidos ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no processo que responde na 13ª Vara Federal de Curitiba. O MPF suspeita que Costa tentou ocultar provas e obstruir investigações relativas a desvios de recursos da estatal petrolífera.

São réus no mesmo processo as filhas de Costa, Arianna Costa Bachmann e Shanni Costa Bachmann, além de Márcio Lewkowicz, genro do ex-diretor da Petrobras.

Para os procuradores da República, depoimentos que Costa e suas filhas prestaram no âmbito do acordo de colaboração premiada contradizem declarações prestadas durante os interrogatórios e são parcialmente refutados por provas reunidas ao processo, como conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial. Na avaliação dos procuradores, as contradições são suficientes para que Moro suspenda os eventuais benefícios concedidos ao ex-diretor.

Os procuradores também reforçaram o pedido de nova condenação de Costa. O ex-diretor da Petrobras já foi condenado em outros processos da Lava Jato. Um dos primeiros investigados a fechar acordo de delação premiada para detalhar o esquema de propinas e desvio de recursos na Petrobras, Paulo Roberto Costa cumpre, atualmente, pena em regime aberto.

Defesa

O advogado de Costa, João Mestieri, informou à imprensa que, tão logo soube do pedido do MPF, reuniu-se com os procuradores em Curitiba, para explicar que, a seu ver, não há discrepância ou desmentido nos depoimentos e provas reunidos.

Mestieri comprometeu-se a entregar aos procuradores, na próxima quarta-feira (22), documentos demonstrando a “coerência dos depoimentos, que convergem para a absoluta afirmação e reafirmação de todos os pontos constantes da colaboração premiada [acordada] por todos os familiares [de Costa]”.

O advogado classificou o processo sobre tentativa de obstrução da Justiça de “ação penal de menor importância”.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. E aquele cheque nominal para

    E aquele cheque nominal para Temer de um milhao era mentira documentada ou nao era?

    E aqueles milhoes de dolares na conta estrangeira de Jose Serra?  Era verdade documentada ou nao era?

    E aquelas contas em Liechtenstein de Aecio Neves?

  2. Este súbito ataque aos delatores premiados.

    A República de Curitiba vem sendo duramente criticada  devido ao escândalo das delações premiadas. Afinal é deplorável ver que todos os ladrões confessos, que se submeteram a Moro estão   soltos, e voltaram a seus domicílios com gordas poupanças. A critica nas redes, blogs tomaram uma dimensão suficientemente grande, que aumentou principalmente, com a briga pelo poder entre judiciário e legistlativo. Não apenas políticos ameaçados reajem, mas também os que tem ambições e enxergam os perigos de um judiciário todo poderoso se manifestam e tocam nesta ferida. Assim  dos mais variados cantos surgem ataques à Republica de Curitiba. Moro deu liberdade apenas aos que se submeteram e escolheu alguns para  exemplo. Dirceu, Vaccari e Palloci são alvos do golpe,  Marcelo Oderbrecht, não quis se curvar, e também foi escolhido para exemplo. Além do mais Moro precisa de um empresário poderoso preso, para ganhar a mídia e o publico. Mas devemos sempre recordar o Banestado.

    Quando o ataque aumentou, escolheram Eike como exemplo para a mídia, e  prenderam Sergio Cabral para amedrontar os políticos, já que Cunha era exemplo máximo de prisão de político.  Ações para demonstrar força.  Assim as ações, justas ou não, vem sendo cada  vez mais midiáticas, tentando mostrar força por um lado e isenção do outro. Mas é uma coincidência no mínimo curiosa  notar que só  agora Dallagnoll tenta resgatar  uma mentirinha pequena de Paulo Henrique,  para colocá-lo na cadeia 

    A infantilidade do ataque de Dallagnoll é digno de um Power Point, pois os fatos alegados de forma alguma se referem a delação, mas sim à óbvia conduta criminosa que no fundo foi absolvida por causa da delação. Os conteúdos alegados no auto mostram  uma peça jurídica ridicula. Mas vale lembrar que Dallagnol não se pronunciou quando um certo delator voltou atrás no famoso  cheque de Temer.

    A outra coincidência é que de repente,  midiaticamente a Receita Federal vai taxar os delatores. Incrivelmente eu não sei o que vão taxar, pois se taxarem o roubo estarão legalizando o dinheiro do roubo. Midiaticamente isto parece até como, vamos devolver o dinheiro publico, mas não é. A devolução do dinheiro deveria ter sido exigida junto com as penas pecuniárias. Mas todos sabemos que houve acordo financeiro. Agora para fins mediáticos  inventaram  o imposto de renda sobre o roubo é muito estranho, e me parece apenas um golpe  demagógico.

    Mas se continuarem tratando assim seus colaboradores veremos o que mais eles poderão delatar.

  3. O Delator deixará de se beneficiar com sua própria torpeza

    Os Delatores se beneficiam até com suas torpezas.

    Porque não lhe dão outra oportunidade, como fizeram com o Delator que disse ter dado um milhão à Dilma, sendo que na verdade o propineiro foi o Mi$hel Temer?

    Ele desdelatou.

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