Na Câmara 60% dizem votar por impeachment

Aumenta número de deputados pró-impeachment, mas oposição ainda não está garantida
 
A situação do presidente da Casa, Eduardo Cunha, também não é fácil, 61% dos parlamentares são a favor do saída do peemedebista 
 
 
Por Julio Pinto, no Facebook
 
Segundo o DataFolha, a situação não está favorável nem à Dilma nem ao Cunha
 
A maior parte dos deputados federais está decidida a votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara –a votação está prevista para o domingo, dia 17 de abril.
 
Em levantamento feito pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril entre os parlamentares, 60% deles dizem que darão votos favoráveis ao impedimento da petista.
 
O número, porém, não é suficiente para que se aprove o processo: caso a percentagem seja projetada para o total de 513 votantes (contando o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, que anunciou que deve se manifestar), o impeachment de Dilma teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que a ação seja levada ao Senado.
 
No lado oposto, 21% dos deputados declararam votos contrários ao processo –seriam 108 parlamentares a favor do mandato da presidente. Para permanecer no cargo, a presidente precisa que 172 parlamentares não votem pelo impedimento.
 
No recorte das quatro maiores bancadas da Câmara (PMDB, PT, PSDB e PP), a situação da presidente só pode ser considerada tranquila em seu próprio partido.
 
No PP, que o governo corteja para ampliar a participação na máquina federal –e que, em reunião nesta semana, decidiu permanecer formalmente aliado a Dilma–, votos pró-impeachment chegam a 57%; indecisos são 30%.
 
Os índices são semelhantes aos do PMDB, que era o maior aliado da presidente e desembarcou de sua base de apoio no mês passado: 59% dos deputados do partido devem votar pelo afastamento; 38% não se posicionaram.
 
Este é o terceiro levantamento do tipo feito pelo Datafolha entre os parlamentares. Em relação às pesquisas anteriores houve uma evolução no número de deputados federais a favor do impeachment (de 42% em dezembro para 60% em março e abril).
 
Também se registrou recuo entre os contrários ao processo (eram 31% em dezembro, ante 21% hoje) e entre os indecisos (de 27% para 18%).
 
No Senado, o cenário também é majoritariamente desfavorável a Dilma: 55% dos senadores afirmam que votariam pelo afastamento definitivo da petista; 24%, contra.
 
Alternativa ao impeachment, a renúncia de Dilma também é defendida pela maioria dos deputados (55%) e dos senadores (48%).
 
A pesquisa do Datafolha mostra também que a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tende a ser tão desconfortável quanto a da presidente.
 
Entre os deputados, 61% disseram que defendem sua renúncia (23%, que ele deveria permanecer no cargo).
 
O mesmo percentual declarou que votaria, no plenário, pela cassação de seu mandato, caso o processo chegue a esse estágio.
 
Folha de S.Paulo
 
Na Câmara 60% dizem votar por impeachment de Dilma e Cunha
 
 
Redação

30 Comentários

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  1. Manipulação e golpismo descarados

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/jeferson-monteiro-folha-manipula-pesquisa-sobre-impeachment-34-dos-deputados-entrevistados-sao-favoraveis-e-nao-60-como-afirma-a-manchete.html

    Jeferson Monteiro: 34% dos deputados entrevistados pelo Datafolha são a favor do impeachment e não 60% da Câmara, como diz manchete da Folha

    publicado em 08 de abril de 2016 às 12:55

    Folha de S. Paulo impeachment

    Jeferson Monteiro, no Facebook 

    Folha de S.Paulo traz em sua capa de hoje, a seguinte manchete “60% DA CÂMARA DIZ SER FAVORÁVEL AO IMPEACHMENT”.

    O jornal só esquece de destacar que a pesquisa foi realizada com apenas 291 dos 513 deputados, ou seja, 116 são contrários, que correspondem a 22% do total; 44% não quiseram responder, equivalente a 222 parlamentares; e por fim, 175 deputados são favoráveis ao processo, o que representa 34% da Câmara e não 60% conforme informado na manchete.

    1. Pois é Paul, é com fundo na

      Pois é Paul, é com fundo na tua postagem que eu fico indgnado de como este blog aqui publica estes fakes da Folha . . . cada uma . . . .

  2. Quando 34% vira 60%….só no Br isso?

    Jeferson Monteiro: 34% dos deputados entrevistados pelo Datafolha são a favor do impeachment e não 60% da Câmara, como diz manchete da Folha publicado em 08 de abril de 2016 às12:55

    Folha de S.Paulo traz em sua capa de hoje, a seguinte manchete “60% DA CÂMARA DIZ SER FAVORÁVEL AO IMPEACHMENT”.

    O jornal só esquece de destacar que a pesquisa foi realizada com apenas 291 dos 513 deputados, ou seja, 116 são contrários, que correspondem a 22% do total; 44% não quiseram responder, equivalente a 222 parlamentares; e por fim, 175 deputados são favoráveis ao processo, o que representa 34% da Câmara e não 60% conforme informado na manchete.

    LINK -http://www.viomundo.com.br/denuncias/jeferson-monteiro-folha-manipula-pesquisa-sobre-impeachment-34-dos-deputados-entrevistados-sao-favoraveis-e-nao-60-como-afirma-a-manchete.html

  3. Caro Nassif
    Acredito que o

    Caro Nassif

    Acredito que o golpe não se realizará, mas nem por isso o governo Dilma terá tranquilidade.

    O massacre continuará, do mesmo jeito, o golpe midiático-judiciário- parlamentar, não dará um segundo de folga para Dilma.

    Do mesmo jeito, que se porventura (toc toc toc) o golpe acontecer, acabou a  cordialidade do brasileiro.

    Cunha e demais gangsteres entregam o Brasil,  seguramente um ou outro dos grandes ratos será assassinado, e a culpa recairá sobre o PT, de forma a justificar uma violência maior.

    Saudações

     

  4. Pois é. O ‘levantamento’ é

    Pois é. O ‘levantamento’ é uma ‘amostra’? Como é que se faz uma amostra de um universo como esse, de 500 deputados? Amostra, em principio, é um pedaço ‘representativo’ do todo. Nesse caso, é um embuste. Não é que os caras do insitutto nao saibam disso – nao sao ignorantes nem incompetentes. É  que a campanha exige esse ‘tratamento dos dados’, isto, é cozinhar os numeros para produzir, ainda uma vez, o clima de ‘ja ganhou’ ou de ‘rolo compressor’ que é indispensavel para fazer andar o impeachment. Já não conseguem fazer isso com as ruas – elas foram recuperadas pela esquerda. Precisam faze-lo por outras vias. A tática dos impichadores-golpistas é o da selecao da Holanda dos anos 70: o jogador adversario não deve ter um minuto para pensar. A bola chegou no seu pé, tem que ser desarmado, mesmo que no carrinho, na porrada.

  5. Amostragem
    “Foram ouvidos 291 deputados(*) e 68 senadores, e os resultados foram ponderados segundo as bancadas dos partidos, com o pressuposto de que a filiação é uma variável importante na definição do voto.

    (*)Como destacado no comentário de Paulo Toledo.

  6. Datafolha

    Ainda segundo o DataFolha, conforme pesquisa feita na sede da Gaviões da Fiel, 100% dos entrevistados apoiam o Corinthians. Quais deputados o DataFolha entrevistou? Seriam os de bico comprido?

  7. Ninguém mais dá atenção…

    Ninguém mais dá atenção a Folha já perdeu credibilidade. Ela vai falir se continuar andando em linha torta, nem sobra mais jornal para servir de forro para banheiro de cachorro, porque nas bancas, pelo menos em minha cidade vem meia duzia e quem assina é porque precisa para utilizar para alguma coisa  e mesmo assim estão jogando dinheiro  fora porque vem poucas folhas. Folha já era.

  8. O cUnha foi pra cadeia?

    O Janota liberou o Cunha? E o Cunha? Foi pra cadeia? E a muié do Cunha? E a filhota do Cunha? Golpista rasga a Constituição e não vai pra cadeia? O Judiciario é o golpe.

  9. Pesquisa de boca de morto!

    Pesquisa do datafolha com esses “profissionais” não funciona. Os da bancada do PSDB, da do BBB e outros Bs* são os únicos que votarão em peso pelo impedimento. A coluna do meio vai ficar em cima do muro até a última hora, junto com o Samuel Wainer: mortinhos!

  10. A conta certa é 60% de 291

    A conta certa é 60% de 291 deputados que responderam a pergunta. Isso dá 175 votos a favor do impedimento da Presidenta Dilma. 

    Na bem da verdade e do andar da carruagem, a oposição não chega a 230 votos.

  11. Uma dúvida. Se os votos

    Uma dúvida. Se os votos contra o relatório na Comissão do Impedimento tiver a maioria, o processo já é arquivado ou ainda irá a plenário da Câmara para votação ?

  12. Dito de outra forma.40% são

    Dito de outra forma.

    40% são contra o impeachment. 

    Logo 513 X 0,4 = 205.

    Como o governo precisa de 171 voto para barrar o impeachment, nesse caso, por esses cálculos, não haverá impeachment.

    Data Folha garante que a Dilma não sofrerá impeachment – essa manchete poderia sair no G1

  13. Eu acho o GGN um site sério,

    Eu acho o GGN um site sério, mas quando publica pesquisas do DataFalha fica parecendo que estou no FasciBurro.

  14. A farsa da Votação do Impeachment no Congresso:de madrugada.

    Pelo teatro do absurdo dessa Comissão para admissão do Impeachment, que vai ser votado no plenário, dá prá entender a tentativa desesperada do Cunha prá estabelecer a ordem dos votos no plenário. Os pobres coitados que falarem depois da Jandira Feghai, do Sílvio Costa e da Benedita da Silva estarão ferrados! Há outras colocações ingratas mas, se for por ordem alfabética, vai ter deputados pelo golpe piscando antes de declarar seu voto.

    Ps.: Quem falar depois do “pastor” Marco Feliciano estará feito: a “mãezinha” dele sente dificuldades econômicas. Filho ingrato e pão duro!

  15. CE de Impeachment : apresentação dos comentários
    Parabéns aos parlamentares que apresentaram votos contrários ao pedido de impeachment na CE da Câmara.

    Ontem e hoje, pela madrugada, apresentaram seus argumentos – alguns, votos em separado – com empenho, coração e muito do espírito democrático que nem sempre temos visto estes dias.

    Em alguns momentos foi emocionante.

    Destaque para Jandira, Damous, Benedita, Zarattini, Fontana, Molon, Silvio Costa, Pimenta.

    No G1:  http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/04/comissao-do-impeachment-de-dilma-frases-dos-deputados-sobre-o-parecer.html

    Jandira Feghali (PC do B) – “O relatório do deputado Jovair Arantes não poderia sequer analisar uma denúncia arquivada. Não poderia dispor em 12 páginas situando item a item a parte arquivada da denúncia. Obviamente isso induz raciocínio. Aqui não tem menino, não tem criança. (…) Esse relatório é ilegal e inconstitucional. (…) Não há nenhuma violação à Lei Orçamentária que significaria crime de responsabilidade. (…) As defesas de Nelson Barbosa e José Eduardo Cardozo foram absolutamente competentes e brilhantes por desnudar a manobra, a manipulação e a tentativa de criar uma comissão para depois inventar o fato e o crime. (…) Se não há crime de responsabilidade, é golpe.”

    Wadih Damous (PT-RJ) – “O relatório integra o jogo político que está em voga no país, um jogo político rasteiro, e como peça jurídica é imprestável, de cabo a rabo. (…) O relatório é mais eloquente naquilo que ele não contém do que no que ele contém. No relatório não se ouve a voz da defesa. E isso está em voga nos dias de hoje, em que não há mais distinção entre o juiz e o acusador. Só vale para a Dilma, para o PT, só vale para Lula. O relatório é eloquente em não se ouvir a voz da defesa. (…) Um relatório que precisou de 150 páginas para mostrar que houve indícios.”

    Henrique Fontana (PT-RS) – “O que está ocorrendo aqui é a tentativa de chegar ao governo do país sem voto. A partir de um grande acordão de elite. (…) Sei que nosso governo tem defeitos, sei que ocorreram casos de corrupção, mas tenho convicção que a presidenta Dilma é uma mulher honesta. (…) Agora não me digam que um dos políticos mais corruptos da história do Brasil terá legitimidade para liderar a tentativa de cassação do mandato de uma presidente honesta. Eduardo Cunha não tem condição ética e moral nem de continuar como deputado federal. (…) Digo ao relator, no vosso relatório é defendido um golpe de estado, porque não há crime de responsabilidade. Se querem governar, se preparem para ganhar eleições.”

    Carlos Zarattini (PT-SP) – “Em nenhum dos pontos se comprova a acusação de crime de responsabilidade, como prevê a Constituição para justificar o impeachment. (…) Isso ocorre porque a oposição não conseguiu ganhar as últimas quatro eleições. (…) Uma oposição onde o PSDB nunca é incomodado pelo Ministério Público. (…) A oposição que dar um golpe, quer tomar o poder sem voto. Quer fazer da votação no plenário uma eleição indireta. O objetivo desse golpe é acabar com a raça do PT. Mas outro objetivo, muito mais criminoso, é reduzir os direitos dos trabalhadores. Parem de boicotar o Brasil.”

    Paulo Pimenta (PT-RS) – “Temos a convicção de que esse processo é ilegal e eivado de vícios. (…) No dia que Eduardo Cunha abre o processo de impeachment, ele passa a ser o novo ídolo da oposição. Passa a ser o juiz do processo contra uma presidente que não pesa contra ela nenhuma denúncia de crime, que tem uma história honrada, que não tem conta no exterior. Muito diferente do presidente Eduardo Cunha e de vários líderes desse processo golpista. Esse processo tem um vício original, ele é um gesto de vingança, ele não tem interesse público. (…) Por isso que os senhores fazem aqui um exercício de retórica e não falam da denúncia.”

    Alessandro Molon (REDE-RJ) – “Popularidade não é um elemento que deve ser tomado como indicador de uma decisão a ser tomada. (…) Em momento nenhum a Constituição permite um julgamento pelo conjunto da obra. (…) É um julgamento jurídico, feito por um órgão político.”

    Silvio Costa (PTdoB) – “Se a OAB entendesse que esse atual pedido de impeahcment que todos estamos debatendo aqui tivesse alguma substância jurídica, é evidente que a OAB não teria entrado com outro pedido. (…) E a melhor defesa politica não foi nenhum de nós que fizemos, com todo respeito com a chapa ‘Temo Cunha’. (…) A melhor defesa política que eu vi foi do ministro Barroso. Ele dando aula em uma faculdade, sem saber que estava sendo gravado, ele disse ‘Que país é esse? Vocês viram a quem que a gente corre o risco de entregar esse país?’ (…) Vocês que acreditam na democracia, fiquem tranquilos. Eles não colocarão 342 votos no painel.”

    A sessão especial continua …

  16. Picciani acaba de revelar o voto contra como parlamentar
    Não vê base legal e ressaltou a enorme gravidade da aprovação.
    Chamou à reflexão e à responsabilidade do momento.

    Falará como Líder (PMDB) na segunda feira. A ver.

    Importante.

    No G1:

    Leonardo Picciani (PMDB-RJ) – “Eu tive a oportunidade de examinar a peça. A única e exclusiva razão do meu posicionamento, não encontrei na peça, na argumentação dos seus autores, indícios de que a presidenta tenha cometido o crime de responsabilidade. (…) Eu vim aqui falar do conjunto da obra. Mas o conjunto da obra não preenche a lacuna legal. (…) Então eu pergunto novamente: se há dúvida, se tem alguma dúvida, será que nós temos que ir adiante e romper o pilar republicano? A meu juízo não.”

  17. Dando asas à meias verdades

    Repercutir matérias tendenciosas como essas da Folha, aqui, é contribuir com a disseminação das meias verdades dos golpistas em um lugar que goza de credibilidade como é o caso deste Blog porque, em outro espaço, já foi explicado o alcance verdadeiro da pesquisa, ou seja, que dos deputados consultados, 60% votam pelo impeachment!!!.  A meu ver, isso é muito diferente de 60% da Câmara!

     

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