Não é intervenção, é o paroxismo da bagunça, diz Janio de Freitas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Em seu artigo de hoje, na Folha, Janio de Freitas afirma que Michel Temer não decretou intervenção, mas sim lançou o país no paroxismo da bagunça. E diz mais, que a intervenção não acabou antes de começar porque o Supremo não teve presteza para apreciar a iniciativa do Senador Randolfe Rodrigues, em nome da Rede, mostrando que o ato de Temer era ilegal por infringir os artigos 89, 90 e 91 da Constituição.
 
O fato é que a ilegalidade persiste, e deverá acompanhar a intervenção até o fim. Janio aponta a consolidação da ideia do fato consumado de um lado, e a falta de firmeza do Supremo de outro, que submeta o governo à Constituição e ao recuo. E, o pior, o Exército que enfrenta dificuldades internas para se manter na legalidade, é empurrado a criar extremos de fatalidade, com base em ato inconstitucional.

 
Temer passou por cima da competência dos conselhos da República e de Defesa da República ao decretar a intervenção, sem que se manifestassem. Só depois foi em busca da anuência, num movimento de correr atrás da exigência para legalizar o inconstitucional. Uma saída falsa, pondera Janio, pois que a leitura dos artigos nos remete ao ‘órgão de consulta’, ou seja, implica anterioridade. E o ato de Temer acaba por criar mais um conflito entre a Constituição e a intervenção.
 
Esta desordem toda acionada pelo decreto, mormente ideiais, cria mais um vácuo para a hipotética solução para o Rio. para Janio, exaltados ou não, os comentários que pipocaram criticam as omissões da medida, que deixou tudo no ar, e contra autoritarismo de preencher parte desse vazio. Aqui decreta-se o decreto de Temer para intervenção: ele lançou o país no paroxismo da bagunça. O que não é anormal, já que nem a maisfundamental das questões foi levantada pela turma palaciana.
 
No dia 15, Temer avisou ao Supremo sua decisão de intervir no Rio. A desculpa eram ações de deliquentes em estradas, durante o Carnaval findo, que fizeram com que Pezão falasse da incapacidade do Estado em contê-las. Assim, na bela Quarta de Cinzas, a decisão surgiu, sem exame razoável da intervenção. E sem lembrar que o aumento da presença do Exército já ocorrido mal foi notado e mesmo ajudou no crescimento da criminalidade.
 
Janio lembra ao presidente que o Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram, no ano passado, dados que não contemplam nenhuma cidade do Estado do Rio no ranking das dez mais violentas do Brasil. Nem entre as 20. E nem mesmo entre as 30. O aumento da violência no Rio pedia um exame minucioso antes da decisão. O articulista lembra que o Estado do Rio, mal ou bem, ainda tem recursos a serem mobilizados. 
 
E mais, Janio coloca os estados do Pará, Bahia e Sergipe, além de outros, na roda da violência. Não mereceriam eles nem um arremedo do que é prometido ao Rio?, pergunta o articulista.
 
E termina lembrando que Michel Temer e Moreira Franco têm interesses associados na política e nos tribunais. ‘Assim como os delinquentes, reprimidos menos ou mais de acordo com a política, e pendentes de julgamentos e prisões. São as duas pontas da ilegalidade intervencionista’, finaliza ele.
 
Leia o artigo na íntegra aqui.
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. equivoco

    “falta de firmeza do Supremo” ……………………….Equivoco do mestre!

    Acontece que o supremo de phrango não se desviou um milimetro do seu propósito. Sem nenhum escorregão, apoiou e é sócio do golpe ontem, hoje e sempre!  Com o respaldo midiático dos jornalistas de programa da globo. O próximo phuro de reportagem será a prisão com os pés e mãos algemados do Lula no jornal nacional. Aplaudido por todos os seguidores de novelas, patos amarelos, coxas, e atrizes com passado glorioso.

  2. Bando de

    Bando de estupidos…..

     

    querem combater o crime organizado revistando mochilas de crianças de jardim de infância…..pior que isso só juiz ameaçar greve por um direito ilegal…..o país virou de cabeça pra baixo, é o pandemônio oficial, com a participação de quem deveria zelar pela ordem e bem estar do país…….revistar mochila de criança ostentando fuzis, meu Deus!!!!!!!!

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