Não haverá repactuação no País sem eleições diretas, avalia Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A ex-presidente Dilma Rousseff defendeu, durante a abertura do 6º Congresso Nacional do PT, que novas eleições diretas sejam convocadas como saída para a crise política gerada a partir das revelações da Lava Jato contra o governo Temer. Na visão de Dilma, há uma “divergência instalada entre o segmento golpista”, que não quer aceitar que a “alternativa clara e possível [para sair da crise] é a eleição direta. Não haverá repactuação no País sem eleição direta.”

“Não porque nós tenhamos o melhor candidato, mas porque eleição não é vergonha. Vergonha é querer ganhar no tapetão, eleger um candidato biônico”, disse Dilma. “É Diretas Já pela sobrevivência do País como um País sério”, acrescentou.

“O que nós queremos é que não inviabilizem Lula em qualquer processo eleitoral. Não estou dizendo que a vitória é garantida. Estou dizendo que tem que ser garantido o direito de qualquer cidadão brasileiro de competir.”

Após avaliar o estrago provocado pelas medidas encampadas por Temer nesse um ano de governo, Dilma disse que o País é “ingovernável” sem a realização das diretas, sem reforma política e sem a democratizaão dos meios de comunicação. Ela também defendeu a eleição de uma constituinte para aprovar as reformas que o País precisa com legitimidade.
 
Dilma ainda disparou contra Temer, afirmando que não era possível imaginar que ele não estivesse envolvido em esquemas de corrupção, sendo parte de um grupo político formado por figuras como Eduardo Cunha. “Ninguém pode dizer que não estava claro quem eram esses que estão no poder. Ninguém pode dizer que o que foi gravado [por Joesley Batista, da JBS] não era de conhecimento das instâncias de investigação. As tais 21 perguntas de Cunha eram um roteiro claro de investigação. Mais claro, impossível.”
 
Dilma ainda ponderou que o processo de impeachment, um golpe na Constituição, gerou um cenário imprevisível. “Quando se atroplea a Constituição e faz um impeachment sem crime de irresponsabilidade, tudo é possível. E é isso que nós estamos vendo: o Executivo briga com o Ministério Público, o Ministério Público, com Judiciário e o Judiciário, com Legislativo. Cria-se um esfacelamento institucional, um esgarçamento dos direitos.”
 
Para Dilma, o PT ainda deverá resistir à “sistemática tentativa de nos criminalizar”.
 
O Congresso deste ano é em homenagem a ex-primera-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro passado. Dilma resgatou a memória da esposa de Lula e ainda fez um discurso voltado ao empoderamento feminino, lembrando que o PT foi o partido que elegeu a primeira mulher presidente, e que a experiência ficou marcada pelo enquadramento machista e misógino que a grande mídia fez de seu governo.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Linda!
    Gigante em nossa

    Linda!

    Gigante em nossa história –  mais uma vez a única da foto de cabeça erguida. Ao lado de seu ministéro, escolhido de acordo com oprograma de governo eleito, e igualmente lindo!

    Violentada, novamente, pela gloebbels do trplex da paulinha de paraty, pelos saad, frias e mesquita de sempre.

     

    E ela, a gigante de sempre.

     

    VOLTA DILMA!

    carminha balbucia com janota pelas restaurantes de rbasilia, solitarios e amedrontados: “semcrime…sem imepacment”

     

    Eles sabem q sai mais barato anular o impechment sem cirme e entrarem como heróis pra hsitoria doq afundar no esgoto abraçados com MT da mala e aécio/perrelas do helicoca.

    O poder emana do povo – e tamo junto, DILMA!

  2. Enquanto rola o 6º Congresso

    Enquanto rola o 6º Congresso petista, não sai da esteira o nome de Lula, cada vez mais acelerada para vê-lo esburrachado na cela de Moro.

    As notícias sobre a provável delação de Palocci, que mesmo sem tê-la feito ainda, já os noticiários indicam muito do que dela sairá. Já citaram nomes de várias empresa, de vários políticos, etc., mas, como todos os notciciários que assito nesses dias de reunião dos petistas, jornalistas voltam à cantilena. Lula não escapará desta vez.

    Não sei se posso estar enganada, mas acho que Lula anda muito agastado com essas notícias sobre delação de Palocci. Primeiro andou elgiando seu ex-ministro como um dos politicos mais inteligentes. Agora, nos últimos dias, anda mui calado. recluso. 

    Pelas notícias sobre a delação de Palocci, escutei u jornalista dizer, claramente, que Moro só aceitará a delação dele se Lula for citado. 

    Até Hadad já vem sendo comentado pelos procuradores, como quem favoreceu empresas no seu mandato para conseguir dinheiro via caixa 2. Isso pra Dória é um brinde.

     

  3. Sabemos o que fazer

    DILMA apontou as tarefas políticas necessárias para o Brasil soberano. Concordo 100% com ela, nesta ordem:

    (1) Eleições Diretas

    (2) Democratização da mídia

    (3) Constituinte soberana

    Mas tem deputado e senador petista que anda conciliando com os golpistas, corruptos, entreguistas. O Congresso do PT deveria começar por EXPULSAR esse traidores que se consideram “pragmáticos”.

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