Temer e Aécio colhem tempestade porque plantaram vento, diz Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Jornal GGN – Em entrevista a uma rádio da Paraíba, o ex-presidente Lula disse na manhã desta quarta (5) que Aécio Neves, Michel Temer e seus respectivos partidos colhem tempestade porque plantaram vento, ou seja, são alvos de ataques da mídia a reboque da Lava Jato porque incentivaram isso no passado, contra o PT.

Segundo Lula, Temer e Aécio estão provando do próprio “veneno”. “Estão colhendo tempestade porque plantaram vento. Eles plantaram isso. Esse País vive clima de ódio e intolerância porque desde 2013 eles vendem facilidades e culpam o PT”, disparou.

Questionado sobre a situação de Temer, acusado de receber propina por delatores da JBS, Lula – que é alvo de delatores da OAS e Odebrecht em Curitiba – ressaltou que é um defensor das garantias constitucionais e do direito à ampla defesa. E, antes de abordar o papel da oposição ao PT na Lava Jato, criticou o uso da imprensa pela força-tarefa para provocar a destruição da imagens dos investigados.

“É preciso que as pessoas que fazem acusações tenha provas materiais. Tem muito delator mentindo. Inclusive o Ministério Público esta numa encalacrada. Eles se comprometeram com a Globo em vender mentiras todo dia e agora não têm o que entregar. No meu caso, eu provei minha inocência; agora quero que provem minha culpa”, disse Lula.

“No caso do Temer, eu quero é que ele seja investigado e se for culpado, condenado”, acrescentou, destacando que mesmo contra o presidente, Polícia Federal e Ministério Público não têm direito de incitar a opinião públicas sem provas de todas as imputações que fazem.

ELEIÇÕES

Questionado sobre o cenário da eleição de 2018, Lula disse que “é muito difícil hoje imaginar que você possa fazer a aliança política que foi feita em 2010, mas é muito complicado também imaginar que um partido sozinho tem força para ganhar as eleições.”

“Obviamente que eu sonho em construir um bloco de esquerda progressista com o PSB, com o companheiro Ricardo Coutinho (governador da Paraíba), eu sonho em construir com o PDT, eu sonho em construir com o PCdoB, eu sonho em construir com outros partidos de esquerda e com personalidades dignas que existem também nos outros partidos políticos. Mas isso, primeiro nós vamos ver se eu vou ser candidato, primeiro se o partido vai me lançar candidato, depois que o partido tomar a decisão é que nos vamos começar a conversar”, disse o ex-presidente.

Defendendo o retorno do PT ao governo e de sua agenda social, Lula disse que nem fala mais em “governo”. “Eu falo em voltar a ser presidente, se os partidos de esquerda quiserem, para cuidar do povo. A palavra não é governar, a palavra é cuidar”, comentou, destacando os feitos de sua gestão e de sua sucessora no Planalto, Dilma Rousseff.

Lula também defendeu um papel mais forte do Estado para retormar o crescimento econômico e mudanças na agenda internacional, devolvendo ao Brasil o protagonismo de antes.

Ele ainda comentou que não gosta de ver teoria da conspiração em tudo, mas acredita que, em certo nível, há interesse dos Estados Unidos em desestabilizar os governos eleitos democraticamente na América Latina e, no caso do Brasil, não foi diferente. Lula associou o fomento aos protestos de rua, que eclodiram em 2013, aos interesses da grande mídia brasileira e de empresas estrangeiras que estão de olho na Petrobras.

“Embora eu não veja golpe e tudo, eu vejo muita gente grande querendo desestabilizar o Brasil. Tinha interesse americano de que o Brasil não desse certo, mas é achometro meu, não tenha prova nenhuma.”

Abaixo, a entrevista completa:

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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    1. Ivan

      Olá,

      o vídeo é um embed do Facebook de Lula. Talvez por isso não consiga ver. Não tem similar no youtube ainda. Quando subirem, trocaremos o vídeo.

      abs

       

  1. A única esperança

    Lula, o homem e o símbolo, É a única esperança do Brasil.

    Não por ser algum Salvador da Pátria, mas por seu equlíbrio, seu carisma, sua liderança, sua sapiência política, por seu amor ao povo brasileiro e, principalmente, por ser o único capaz de aglutinar milhões de patriotas em torno de si.

  2. Pra você meu primero voto para fazer, brilhar nossa estrela

    Lula talvez seja o quadro mais lucido sobre o Brasil. Vamos em frente, Lula, com você e com a esquerda progressista.

  3. temer…

    Um Presidente que desmerece a Justiça e o Estado  que ele mesmo escreveu e que jurou defender, mostra a latrina onde estamos enfiados. Devemos crer em que? No Estado, na Democracia, no Poder que deveria ser Soberano e unicamente do Povo Brasileiro ou nas pessoas que agora se acusam, depois de compartilharem conjuntamente o Poder por quase meio século?  Estes bandidos deveriam estar todos presos. De Lula a Aécio. De Temer a FHC. As pessoas e a mídia se compadecem de bandidos como Dirceu ou Genoino, mas nunca li uma única linha sobre a Presidente do Banco Rural, que pegou a maior pena no Caso do Mensalão. E cumpriu de forma fechada, mesmo sendo mulher, ter família e filhos. Se Joesley não tivesse sido ágil, a culpa da Lava Jato e da Cleptocracia no Poder Público brasileiro também recairia sobre o açougueiro. Que Estado que temos que permitiu tamaho achaque por tantas décadas? Qual a serventia do Poder Judiciário? Que Poder Judiciário? Onde estaão eleições livres diretas, facultativas de pleitos, referendos e plebiscitos obrigatórios? Igual a países mais desenvolvidos, em urnas de papelão, em cédulas de papel, num dia comum de trabalho? Só porque a Casa Grande foi pintada de vermelho e aumentado alguns comôdos, não deixou de ser Casa Grande.   

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