Aumento do volume do Alto Tietê: a mais nova barrigada da mídia na crise hídrica

O aumento do volume do Alto Tietê: A mais nova barrigada da mídia na crise hídrica

Sérgio Reis

Para espanto de muitos que acompanham mais de perto a crise hídrica, a SABESP noticiou, em sua seção de transparência, que o Sistema Alto Tietê contava com 8,9% de sua capacidade neste último Sábado. A surpresa deriva do fato de que, no dia anterior, a empresa noticiara que o sistema estava com apenas 6,6%. Curiosamente, um primeiro dado, de 6,5%, havia sido apresentado pelo Governo no horário habitual em que ocorrem as atualizações diárias. Foi, então, trocado pelos 8,9% acima. Sem nenhuma explicação técnica, a SABESP prosseguiu, divulgando hoje que a capacidade do sistema estava, agora, em 8,8%. De fato, essa mudança nos dados foi captada pela Milena, leitora do blog, a quem dou os créditos pelo registro abaixo:

De Sexta para Sábado, havia chovido cerca de 14 mm – uma precipitação moderada. A esta altura, um evento isolado desse seria absolutamente insuficiente para gerar um aumento de 2,3 pontos percentuais na capacidade global do reservatório – o que significa aproximadamente 12 bilhões de litros de água (a capacidade toda do reservatório Rio Claro, apenas para que tenham uma ideia). Entre Sábado e Domingo, por sinal, choveu 23 mm, e o nível do Alto Tietê permaneceu o mesmo: “8,9%”. Nos meios de comunicação, nenhum comentário ou questionamento. Há de se convir que um evento como esse geraria imensa curiosidade por parte da imprensa, mas o incremento foi noticiado como se fosse algo comum: “Após chuvas, Alto Tietê sobe, Cantareira desce”, era uma manchete do G1.

Hoje, no entanto, a Folha noticiava, como notícia principal no Portal do UOL, que “Chuva ameniza situação do Alto Tietê”. Vejam abaixo:

Ou seja, atribuíram, sem questionamentos, às precipitações do fim de semana o considerável aumento de seu nível em tão pouco tempo. A curiosa falta de senso crítico foi acompanhada pelo G1 (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/11/nivel-do-alto-tiete-sobe-com-chuva-mas-cantareira-continua-em-queda.html), mas de forma mitigada: apresentaram como causas do incremento do volume as chuvas e “obras de captação” – que não haviam sido explicadas, até o momento da publicação da notícia, pela SABESP. De todo modo, a reportagem comenta que a Secretaria de Recursos Hídricos iria explicar o fato, antecipando que, há cerca de 10 dias, comunicaram a autorização pelo DAEE para a construção de um dique na represa de Biritiba-Mirim. Como vocês já sabem, trata-se de um fato já relatado aqui no blog há pelo menos 4 meses (!). E, mais grave, há cerca de um mês comentei aqui a respeito do início da captação do volume morto desse reservatório.

Causa absoluta indignação, então, a falta de qualidade da cobertura jornalística sobre a crise hídrica. Se ela já é precária, de modo geral, com relação ao Cantareira, ela praticamente inexiste para o Alto Tietê – cuja situação é ainda muito mais grave, e proporcional ao silêncio da mídia ao longo destes últimos meses.

É a partir desse mau jornalismo que se torna possível a um governador de Estado dizer que “No caso do Alto Tietê nós subimos [nível do sistema], já estamos em quase 9% em razão de um novo sistema que foi incluído”. Lendo rapidamente a resposta de Alckmin, temos a impressão de que as obras em questão permitirão um contínuo e expressivo crescimento do Sistema, afinal, “já estamos em quase 9%”. Outra conclusão possível é a de que a situação vai se tranquilizar diante da “inclusão de um novo sistema”. Como assim?

Ora, mais uma vez somos brindados com um misto de mentiras e factoides, nada mais do que isso. Cabe esclarecer, então, o seguinte: 1) não há sistema novo algum que esteja sendo incluído, mas sim o volume morto da represa de Biritiba, conforme anunciado há tempos; 2) a chuva, muito provavelmente, não é responsável pelo crescimento nem de 0,1 ponto percentual do Alto Tietê (abaixo, mostrarei os dados); 3) a adição do volume morto do Biritiba não aumentará em mais nada a capacidade do Alto Tietê, porque os 10 bilhões de litros que entram são quase irrelevantes diante dos 517 bilhões que expressam a capacidade total do sistema; 4) na verdade, há uma maquiagem contábil muito curiosa aí – explicarei melhor a seguir, mas na verdade estão considerando o incremento de 10 bilhões de litros, sendo que 5 bilhões deles já foram consumidos.

Primeiramente, é preciso esclarecer que os níveis de todos os 5 reservatórios que compõem o Alto Tietê, de Sexta até hoje, diminuíram como nos outros dias ou mantiveram-se os mesmos. Não houve incremento algum dos níveis, o que significa que a chuva não impactou o sistema. Vejam abaixo:

Os dados acima, que compõem o monitoramento diário que realizo, a partir do SAISP, dos dados dos sistemas Cantareira e Alto Tietê, são inequívocos: os reservatórios tiveram seus volumes diminuídos, ou se mantiveram nos (baixíssimos) patamares atuais.

Então, o que ocorreu para que ocorresse o incremento em questão?

Antes de tudo, vale comentar que a SABESP, aparentemente, estava deduzindo o volume morto consumido de Biritiba no cômputo do volume total do Sistema – afinal, nenhuma menção pública à sua extração havia sido feita, nem havia conhecimento público de alguma autorização, por parte do DAEE, para a sua retirada (apenas para a execução das obras necessárias). Isso é o que tem ocorrido, p.ex., nos relatórios diários de monitoramento da ANA com relação à extração (ilegal) da segunda cota do volume morto do Atibainha (o montante retirado é deduzido do total restante, como um “débito” da primeira cota).

Em 31/10, o Sistema contava, na verdade, com 6,9%. Como Biritiba estava abaixo de seu volume operacional mínimo (previsto no Plano do Alto Tietê, disponível aqui: http://www.fabhat.org.br/site/images/docs/volume_4_pat_dez09.pdf), deduziam o volume morto extraído. Com isso, a capacidade do reservatório diminuía, com esse débito, para 6,11% (6,5% no cálculo da SABESP). E, então, o que fez o Governo, a partir do momento em que assumiu o volume morto? Incluiu-o em sua integralidade (10 bilhões de litros, e não os 5 bilhões restantes), o que fez com que a capacidade “subisse” para 8,9%. Esse dado, entretanto, simplesmente não é verdadeiro. Se considerarmos o que existe, de fato, em termos de volume morto restante, a capacidade do sistema deveria ter subido para 7,9%. Como a política de transparência do Governo Alckmin é, no mínimo, bastante frágil, torna-se possível adotar práticas como essa. No caso do Cantareira, em que há pressão federal, ao menos podemos contar com a visão alternativa trazida pela ANA. Infelizmente, para o Alto Tietê esse dissenso não está disponível. Abaixo, a síntese dos dados relatados acima:

A esta altura, não pareceria uma exigência excessiva esperar que nossa imprensa fosse capaz de dar notícias que, pelo menos, correspondessem aos fatos: o volume morto do Biritiba já começou a ser extraído há um bom tempo, a chuva não é a responsável pelo aumento do volume do Alto Tietê, as obras para a captação da segunda cota do volume morto do Jaguari-Jacareí ainda não estão prontas e isso pode significar o racionamento imediato, a segunda cota do volume morto do Atibainha já está sendo extraída (quase na metade, inclusive), e daí por diante.

Mas é óbvio, contudo, que – salvo honrosas exceções – não se trata de mera ignorância ou de falta de esmero, mas sim de um mau jornalismo – aquele que é feito sem seguir princípios básicos do ofício em virtude de conivência ideológica irrefreável (intencional ou não). Esse contexto, aliado à inimputabilidade comportamental dos níveis estratégicos da SABESP e do Governo, permitem com que Alckmin, às vésperas de uma tragédia, consiga surfar com vitalidade, apresentando medidas inóquas ou intempestivas como marcas de um governante engajado. E, assim, quanto mais a crise se aprofundar, menos os cidadãos irão entender o que está ocorrendo, e o porquê de termos chegado a isso. O nosso jornalismo-chacrinha mais confunde do que esclarece.

Ps: Agora à noite, o G1 (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/11/alto-tiete-ganha-18-ponto-percentual-com-uso-de-reservatorio-de-biritiba.html) publicou a “explicação” da Secretaria de Recursos Hídricos a respeito do incremento de 2,4 pontos percentuais do Alto Tietê: 1,8 pontos teriam advindo da captação do volume morto e 0,6 pontos seriam resultantes da chuva. Ainda que, em tese, o argumento faça mais sentido do que o ventilado pela Folha (para a qual todo o ganho de volume teria vindo das chuvas), mesmo teoricamente seria difícil de crer que mesmo cerca de 3 bilhões de litros tenham surgido a partir de precipitações. O erro original, na verdade, continua: a SABESP incorpora todo o volume morto do Biritiba como se ele estivesse começando a ser captado (e nós sabemos que hoje ele já se encontra a mais de 1 metro abaixo do mínimo operacional, o equivalente a mais de 5 bilhões de litros). A nota à imprensa ainda comenta que o volume morto é de 9 bilhões de litros (e não 10), o que dá a esse reservatório uma perspectiva ainda mais grave de esgotamento no curto prazo. Longe de fazer um jornalismo crítico e investigativo (justamente o que dizem que fazem – e não mera oposição situacional – com relação ao governo federal), parte substancial de nossa imprensa parece se contentar com a ideia de que o bom jornalismo está na competição pela reprodução mais literal das tergiversações do governo estadual.

 

Redação

27 Comentários

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  1. Sem contar que o picolé de

    Sem contar que o picolé de chuchu tem palanque todos os dias no SP TV, telejornal noturno da globo, sempre com ladainhas, fala fala e não diz nada, Lamentável !!!

  2. Se os paulistas não passarem

    Se os paulistas não passarem pelo menos tres meses de sede, para pagarem pelo crime de ter votado no PSDB, vai ter petista se afogando em cisterna de PVC de tanta raiva de São Pedro.

    Tudo gente “do bem”.

    1. Então, denunciar o

      Então, denunciar o ocultamento da real situação por parte do governo e da imprensa é “torcida”?

      Deixa eu esclarecer uma coisa: SÃO PAULO VAI FICAR SEM ÁGUA!!!!! E isso independe de qualquer torcida, meu caro. É fato consumado. A dúvida não é SE isso vai acontecer, mas QUANDO.

    2. Tira o se…

      Este governo esgotou em 1 ano o que a represa demora 5 anos para armazenar. As chances são de 95% de um colapso ano que vem.

      Tem que chover o dobro para repor a água perdida.

      Mas campanhas de estímulo ao aproveitamento das águas das chuvas, de reuso, tratamento dos esgotos, economia do uso da água, consertos das redes de distribuição, cobrança escalonada. Isto que deveria ter sido feito desde o início de 2014 este Governo não tomou iniciativa.

      Agora é rezar muito e fazer a dança da chuva.

    3. Olha o porquinho escandalizado

      Falando para o toucinho. Como se os paulistas não orassem todo dia para uma tragedia brasileira que caisse na cabeça da Dilma? O apagão virou secão¹

  3. Parabenizacao

    Como vai Sergio? Parabéns pelo trabalho de acompanhamento da situação. Suas atitudes questionadoras e inteligentes são admiráveis. Grande abraço

  4. Estabilidade do volume do Cantareira, mesmo com a chuva intensa

    De ontem para hoje, mesmo com a grande quantidade de chuva, o volume do cantareira permaneceu estável (-0,02%). Os volumes de todos os outros sistemas cairam.

  5. O Alckmin Sabia ?

    Será que o Alckmin sabia? Daria uma excelente capa de revista, se o governador não assinasse revistas e jornais para as repartições públicas do Estado, ou não tivessem o ex governador e atual SENADOR DA REPÚBLICA, o privata Serra. doado terreno p/ a Globo e não tivesse renomeado a Av. das Águas Espraiadas para Jornalista DR ROBERTO MARINHO.

  6. Não é à toa que dança da chuva

    existe até hoje ! Dançam, dançam, dançam, até a chuva aparecer, ops, até começar o período chuvoso!

    Lembro, na minha adolescência, quando Aureliano Chaves era governador de Minas Gerais, ele recebia reclamações de seca no norte de Minas, próximo a Montes Claros. 

    Até que um dia ele resolveu visitar a região. E não é que, ao desembarcar do avião em MC, caiu um temporal ?

  7. Estado Islâmico pra lá de Bagdá… logo cedo na manhã chuvosa

    microconto para twitter e orquestra de 140 toques

    da vida que nos toca:

     

    78.

     

    Chove a cântaros. Eu e doutor Alckmin dançando na chuva. Ele, bem mais aliviado e num gesto instintivo, afrouxa o pescoço. Por ora, a salvo.

     

    jc.pompeu, nov 2014

  8. É modus operandis tucanus

    É modus operandis tucanus blefar com pesquisas manupuladas… para manipular dados da SABESP é um pulinho…

    INCRIVEL!!!!

    – Tá no DNA tucano a desonestidade…

     

  9.  
    Olha só quem fala ? Há mais

     

    Olha só quem fala ? Há mais de 2 anos berravam noite e dia: Não vai ter Copa ! Se acontecer, será um desastre. Teremos apagão nos aeroportos. Vai faltar energia. O pré-sal não existe. Por último, vamos derrotar o PT e a Dilma ficará desempregada.

    Não aprendem nada. Nem os tucanos derrotistas e derrotados, muito menos, quem neles acredita.

    Ressentidos desde que foram enxotados da presidência  pelo povo brasileiro em 2013. Passaram a atuar como aves de mau augouro. Porém, incompetentes do jeito que são, vivem quebrando a cara. Não acertam uma.

    Orlando

     

  10. Origado Sergio,
    Só sobrou

    Origado Sergio,

    Só sobrou você na mídia para fazer um verdadeiro trabalho de investigação nesta crise! 

    Aproveitando, você teria uma opinião sobre o sistema Rio Claro? Sei que esta ainda mais fora da mídia tradicional que o Alto Tietê mas ele esta numa trajetoria que pode o levar a secar totalmente em 2 meses…Perdeu quasi 20 pontos porcentuais em 1 mês. Agora esta com 40.7% ou seja, secará no Reveillon se continuar assim. 

    Os outros sistemas estão caindo num ritmo alucinante para tentar salvar o Cantareira e o Tietê e mesmo assim estes dois continuam caindo…

     

    1. Obrigado, Nicolas. Vou tentar

      Obrigado, Nicolas. Vou tentar escrever um artigo sobre as condições gerais dos reservatórios, considerando a “solução” de interligar os reservatórios apresentada por Alckmin. Antecipo que a capacidade de reservação do Rio Claro é extremamente pequena, o que faz com que ele possa perder ou ganhar muito volume de água em pouco tempo. Mas, de fato, ele poderia secar totalmente em menos de 60 dias caso não tenhamos chuvas.

  11. A mídia, os tucanos e alguns

    A mídia, os tucanos e alguns do judiciários são medíocres! Imagina se o PT governasse São Paulo nessa crise. Os coxinhas, o PIG e o Gilmar Mendes iriam pedir socorro ao EI, pois Obama não está nem aí para os viralatas do Brasil.

    É dificil saber quem é pior: os tucanos, o PIG ou o judiciário que nada faz sobre essa situação.

     

  12. Daqui a pouco vem o Alckmim

    Daqui a pouco vem o Alckmim comemorar e agradecer aos 99% do povo  paulista pelo maciço engajamento  na economia ” voluntária” de água e reforçar sua benesse de desconto na conta. Tudo sob controle.

  13. Seca

    Nassif,

    Não dá mais para a população brasileira ser manipulada descaradamente desse jeito. Alguma coisa precisa ser feita IMEDIATAMENTE.

    Esses irresponsáveis devem dar risadas das notícias que veiculam, pois pensam que somos jumentos (alguns são).

    Me sinto desrespeitado como cidadão por acessar um site sabendo que tudo é manipulado para mostrar uma situação totalmente irreal. Isto deveria ser punido com cadeia aos responsáveis (desde o repórter até o dono do veículo de comunicação).

    Vou escrever no portal da presidência o que escrevi aqui. Não aguento mais.

  14. E dá para confiar nessa

    E dá para confiar nessa gente? Parece até piada divulgar uma coisa dessas no portal de transparência. De transparente o governo e a Sabesp não têm nada.

  15. Alckmin + Grande Mídia = festival de mentiras

    Parabéns pelo trabalho jornalistico que vem fazendo. Essa tragédia anunciada tem a responsabilidade carimbada do governo Alckmin e da grande mídia. E o glorioso Ministério Público de São Paulo??? Regulação da mídia já!

  16. Re-estatizar Sabesp / Federalizar

    Solução re-estatizar a Sabesp. A situação da Cantareira é reflexo da Sabesp empresa privada visando o lucro dos acionistas minoritários não tem interesse em investimento de planejamento de longo prazo ou que não tenha pay-back financeiro, ou seja, questão social, e infraestrutura do pais ou recuperação ambiental dos danos causados no rios não são  e não nunca serão pauta  e prioridade da Sabesp enquanto empresa com ações na Bolsa. A missão da Sabesp se fosse para saneamento básico a fundo perdido para melhoria da saúde da população e abastecimento de água, por exemplo teria investido em tubulação (atualmente de material leve no lugar de cerâmica ou concreto) em Duas vias interligando bacias da região sul, norte, centro oeste e nordeste e sudeste, aproveitaria as cheias de cada região e eliminaria riscos de seca. Não foi um seca de um ano a causa da falta de água. Governo federal deveria estatizar serviços de agua  concedido a Sabesp a bem do interesse da população, por falta de compromisso do governo estadual com ação inter-estaduais e do planejamento dos recursos hidricos tanto  para abastecimento de água potavel quangto para resgate do transporte fluvial abandonado.

  17. aumento da demanda

    Sérgio, obrigada pelo crédito 🙂
    Hoje, 05/11, todos os reservatórios continuam em queda. Além de todos os motivos conhecidos (efeito esponja, demora no efeito das precipitações sobre os mananciais, etc), tenho um palpite: a irresponsabilidade da imprensa na divulgação dos dados está resultando numa ignorância coletiva. Como o que se fala há meses é que o problema está na “pior seca dos últimos 80 anos”, a população acaba relaxando e usando mais água quando chove.
    A única solução no curto prazo (ou seja, desde abril) teria sido pegar forte na redução da demanda, pois não haveria tempo hábil para as obras necessárias para resolver o estado precário do nosso sistema de abastecimento.
    Ao contrário do governo federal, que hoje, 2 meses antes, avisa que em janeiro haverá corte no fornecimento de energia, o governo estadual, no meio do caos, continua sinalizando que “está tudo sobre controle”.
    O pior é que aposto que a imprensa não reconhecerá a transparência do governo federal nesse momento, que apesar de todas críticas que vem recebendo ainda “dá a cara a tapa” com esse comunicado.

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