O caso dos livros didáticos foi jogada comercial, e não evangélica, por Luis Nassif

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A portaria sai do Ministério da Educação e é publicada alterando as regras de seleção no bilionário mercado de livros didáticos, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do MEC, que compra anualmente 150 milhões de livros escolares a um custo de R$ 1 bilhão.

Altera itens que definiam número máximo de erros por página, necessidade de bibliografia e algumas obrigações em linha com princípios de direitos humanos.

Imediatamente, o fato é associado ao pensamento evangelizador do novo Ministro da Educação, Ricardo Velez Rodrigues.  Se não exige bibliografia, facilitará a vida das obras religiosas, que se baseiam apenas nas crenças, não na ciência.

Aí, o Ministério de Valdez diz que não tenha nada a ver com isso. Sequer conhecia esse texto. Então só poderia ter sido o Ministro de Temer, Rossieli Soares da Silva.

Resultado de imagem para Ministro da Educação de Michel Temer

 

Mas ele também nega.

A Folha traz nova hipótese: a alteração teria se dado na própria FNDE (Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação) a compradora dos livros.

Tem-se, aí, um roteiro simples de investigação.

Hipótese provável: as mudanças não tiveram motivação fundamentalista, mas comercial, de beneficiar livros que não conseguiam se enquadrar nos critérios anteriores.

Confirmada, o caso deixa de ser fundamentalismo religioso para se transformar em uma história policial.

 

Para elucidá-lo, não é necessário nem Power Point, basta seguir o dinheiro

  1. Que editoras seriam beneficiadas com a medida?

  2. Em qual gestão o FNDE fez a alteração.

No governo Temer, o presidente do FNDE era Silvio Pinheiro, político que trocou o PSDB pelo DEM.

 

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Na gestão Valdez, o presidente do FNDE é Carlos Alberto Decotelli.

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EM função da notória falta de experiência administrativa dos indicados por Valdez, há a hipótese do texto ter sido contrabando de um funcionário do FNDE. Não será difícil encontrar suas impressões digitais.

Luis Nassif

11 Comentários

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  1. “Confirmada, o caso deixa de

    “Confirmada, o caso deixa de ser fundamentalismo religioso para se transformar em uma história policial.

    Uma coisa não exclui a outra, Nassif. Aqui o fundamentalismo religioso é caso de polícia. Artigo 171, estelionato.

    1. Ia dizer a mesma coisa…;

      Hoje em dia ta dificil de separar o que é evangelico(na maior parte dos casos) do que é comercial……viraram quase sinonimos……

  2. Boçalnaros
    Nao descarto sequer a hipótese de no MP e no judiciário ter um monte de boçalnaros criacionistas. Contra Paulo Freire e as Ciencias Humanas ja há provas que existem varios.

  3. Evidentemente

    Desde que li a noticia de que o MEC mudara regras importantes e sérias para aquisição de livros didaticos, que me ocorreu que para muito além do fundamentalismo ha os negocios. O Brasil acima de tudo. Deus acima de todos. E o dinheiro garantindo tudo isso”. 

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