Os boletins de Eliseu Padilha: da alta após 2 dias para indefinido

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O ministro licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha, segue na sua licença médica, após realizar uma cirurgia de retirada de próstata. Apesar do êxito do procedimento, divulgado pelo hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a alta inicial programada para a última quarta-feira (01) será adiada, mais uma vez.
 
Ainda na segunda-feira (27), data em que foi realizada a cirurgia do ministro, o hospital divulgou o boletim médico informando que a cirurgia “transcorreu sem intercorrências”, que “as condições gerais estão estáveis” e que a saída de Padilha do hospital poderia ocorrer já dois dias depois.
 
Entretanto, o ministro decidiu prolongar a sua licença médica. Adiou para esta segunda-feira (06) a volta às atividades. Em pleno avanço das delações da Odebrecht contra o ministro, na articulação de caixa dois para financiamento das campanhas eleitorais de 2014, Eliseu Padilha tomou alguns dias a mais, justificando com a a recuperação médica. 
 
O afastamento de Padilha ocorreu no mesmo dia em que seu nome foi arrolado pelo amigo e ex-assessor de Temer, José Yunes. E o adiamento da volta ao trabalho ocorre na semana em que os delatores da Odebrecht também o implicam em esquema de caixa dois ao PMDB.
 
Para esta semana estão previstas as audiências do ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Claudio Melo Filho, e do ex-funcionário da Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos. Ambos deverão prestar depoimento ainda hoje ao ministro do TSE, relator da ação que pode cassar a chapa Dilma Russeff e Michel Temer, Herman Benjamin.
 
Cláudio Melo Filho foi o delator que narrou detalhes de como Michel Temer solicitou um repasse de R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, por meio de Eliseu Padilha, acordo que teria sido consolidado durante um jantar no Palácio do Jaburu, organizado pelo então vice-presidente da República, Temer.
 
Ainda está prevista uma lista de pedidos de investigação da Procuradoria-Geral da República, que deverá ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e trazer Padilha como um dos nomes, uma vez que é o principal citado em delações da Odebrecht. 
 
 
O próprio hospital, que inicialmente fez a previsão de alta para dois dias após a cirurgia, modificou o boletim médico durante toda a semana passada. O último, divulgado no sábado, trazia um parecer completamente diferente do primeiro: “Não há previsão de alta hospitalar”, anunciava.
 
Acompanhe as modificações de todos os boletins publicados pelo hospital sobre Eliseu Padilha:
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. O caso de prostata é grave,

    O caso de prostata é grave, talvez exija residencia médica por parte do paciente.

    Aí tem o dedo da Oderbrecht!

  2.  
    Um dia o Elizeu Quadrilha

     

    Um dia o Elizeu Quadrilha terá que desocupar o leito que ocupa. Somente um bando destituido de escrúpulos como o desses golpistas, são capazes de utilizar uma UTI hospitalar como valhacouto.

    Será que os bandidos não percebem que outros pacientes necessitam de internação, enquanto esse cafajeste, utiliza uma unidade de tratamento como esconderijo para se esconder da polícia. Isso é mais uma das barbaridades cometidas por membros dessa facção criminosa do traidor e golpista miShell temer.

    Orlando

  3. Aposto que nem foi operado.
    É

    Aposto que nem foi operado.

    É tudo abafa.

    Até os hospitais estão dominados por golpistas. Ainda mais no Sul.

  4. Hospital Moinhos de Vento????

    Sei lá parece ficção, me pergunto se o médico que atende ao “sinistro” vestiu camisa da CBF e bateu panela 🙁

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