Os desiludidos, por Leo Villanova

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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por Leo Villanova

Lourdes Nassif

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  1. Atenção Nassif, errata. Eu e

    Atenção Nassif, errata. Eu e alguns comentaristas recriminamos a Regina Duarte por ter chamado a Dilma de vagabunda. Ela discursou de fato, não sei o que disse, mas a frase atribuída a ela, na verdade foi dita pelo “casseta” descassetado Marcelo Madureira.

    Li no DCM que pediu desculpas. Acho importante porque embora ache a atriz lamentável em seus posicionamentos, esper-ase que o mínimo que uma senhora tenha é compustura de não chamar uma outra mãe e avó de vagabunda. Não num país machista como o nosso

  2. Não podemos nos iludir

    Estou lendo várias análises que afirmam que o fracasso das manifestações de domingo devem-se à desilusão de muitas pessoas que apoiaram o afastamento da Dilma com o que vem sendo executado no governo atual.

    Acho extremanente perigosa essa visão. Os grupos democráticos deste país com tantos oportunistas não podem mais dar-se ao luxo de serem ingênuos nem de trabalhar com entendimentos simplistas da realidade. Para tentar defender a democracia, ou o que resta dela, é fundamental trabalharmos com dados precisos da realidade e do que movem as pessoas nesta barafunda em que se tornou o país depois do golpe. Por isto, renovo minha visão para a menor presença de golpistas nas ruas, já exposta em outra postagem.

    Minha visão é mais pessimista e ao mesmo tempo mais simples. Moro em São Paulo, e claro que ela foi construída com base no que vejo e ouço por aqui, a partir de conversas que tenho tido com pessoas que apoiaram o afastamento da Dilma e que participaram das manifestações de rua no ano passado para afastar uma presidente sem que ela houvesse cometido nenhum crime de responsabilidade. Portanto, com base em conversas com golpistas, conscientes ou não da seriedade de se machucar a Constituição num país tão afetado por golpes ao longo de sua história.

    A maioria desse pessoal que apoiou movimentos golpistas no ano passado é muito ignorante politicamente e pensa de forma absolutamente maniqueísta. Não têm instrumental teórico e/ou informações plurais que os permitam ter uma visão mais ampla da nossa realidade, nem do ponto de vista sócio-político nem do ponto de vista econômico. Isso caracterizou a maioria dos manifestantes golpistas. Claro que havia também os oportunistas e os que tinham interesses ideológicos e de poder na execução do golpe, mas o primeiro grupo era francamente majoritário em quantidade. 

    Para o primeiro grupo, o que está prevalecendo agora é o sentimento de que foram “vitoriosos” com o golpe. Para eles, o afastamento da Dilma era considerado prioritário. Compraram as afirmações da mídia oligopolista de que isto era fundamental para combater a corrupção e para que o país se recuperasse economicamente. Afastada a presidente, para esse pessoal não há mais importância em ir para a rua. Preferem ficar em casa ou se divertir da forma como estão acostumados. 

    Para gente que prima pela ignorância política, é simles assim.

     

  3. Os Patos Patetas tomaram no caneco

    O pato pateta
    Pintou o caneco
    Surrou a galinha
    Bateu no marreco
    Pulou do poleiro
    No pé do cavalo
    Levou um coice
    Criou um galo

    Comeu um pedaço
    De jenipapo
    Ficou engasgado
    Com dor no papo
    Caiu no poço
    Quebrou a tigela
    Tantas fez o moço
    Que foi pra panela

  4. O pato vinha cantando

    O pato vinha cantando alegremente, quém, quém
    Quando um marreco sorridente pediu
    Pra entrar também no samba, no samba, no samba

    O ganso gostou da dupla e fez também quém, quém
    Olhou pro cisne e disse assim “vem, vem” 
    Que o quarteto ficará bem, muito bom, muito bem

    Na beira da lagoa foram ensaiar para começar 
    O tico-tico no fubá

    A voz do pato era mesmo um desacato 
    Jogo de cena com o ganso era mato

    Mas eu gostei do final
    Quando caíram n’água 
    E ensaiando o vocal

    quém, quém, quém, quém
    quém, quém, quém, quém
    quém,quém,quém

  5. Desiludidos X Crentes

    não somos uma nação de povo politizado, muito pelo contrário. Já bastam as mil divisões (por exemplo, a tolice de Marilena Chauí dizendo que odeia a classe média, quando há várias classes médias, é menos simples do que a filósofa acusada de plágio disse e a galelra gozou, uma pena). Não nego a luta de classes, mas discordo do modo tão ligeiro, e já quase debochando dos que não estão à altura, sem firmezas ideológicas (de esquerda, claro…), “ingênuos” (ouço essa expressão desde tempos de movimento estudantil pra calar abruptamente um interlocutor facilmente impressionável com a adjetivação).

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