Para economistas, Selic deve cair para 9% para incentivar crescimento

 
Jornal GGN – Formado por nomes como Yoshiaki Nakano, Bresser-Pereira, Pedro Rossi e Mario Bernardini, o think tank Grupo Reindustrialização enumera medidas que podem colaborar para a retomada do crescimento econômica. 
 
Os analistas acreditam que focar o debate econômico somente no ajuste fiscal não será o suficiente para o retorno do desenvolvimento. “Precisamos, além de reduzir o déficit público, de medidas para auxiliar na desalavancagem do setor privado e para estimular o crescimento”, afirma Bernardini.
 
O grupo elaborou dois documentos visando a reindustrialização do país e medidas de emergência contra a crise.  Entre os pontos, estão a queda da Selic de 13% para 9%, a desvalorização da taxa de câmbio e retorno dos investimentos públicos.

 
Leia mais abaixo: 
 
Grupo Reindustrialização aponta medidas para reaquecer a economia
 
Think tank formado por economistas, professores e especialistas elaborou documentos que apontam as diretrizes para a saída da crise e para a reindustrialização do Brasil
 
Estabelecer condições que favoreçam a atividade econômica é a chave para que o país saia da difícil recessão em que se encontra. Este é o caminho defendido pelos membros do Grupo Reindustrialização, think tank composto por economistas como o Prof. Yoshiaki Nakano (EESP­FGV), que coordena o grupo, Antonio Correa de Lacerda (PUC­SP), Luiz Carlos Bresser­Pereira (FGV), Nelson Marconi (EESP_FGV), Edgard Pereira e Pedro Rossi (Unicamp), Francisco Pires Eduardo de Souza (UFRJ) e pelo engenheiro Mario Bernardini, entre outros.
 
Para o grupo, concentrar os debates econômicos exclusivamente no ajuste fiscal não é condição suficiente para que o Brasil volte a se desenvolver. “Esse diagnóstico apontado pela equipe econômica é parcial. Há simultaneamente graves problemas decorrentes do excessivo endividamento das empresas e das famílias. Precisamos, além de reduzir o déficit público, de medidas para auxiliar na desalavancagem do setor privado e para estimular o crescimento”, destaca Bernardini.
 
Medidas
 
O think tank já elaborou dois documentos contendo tanto medidas para reindustrializar o Brasil quanto medidas emergenciais para tirar o país da crise.
 
De acordo com o estudo, como explica Marconi, para destravar o mercado de crédito, o governo deve cortar ainda mais a taxa SELIC, saindo dos atuais 13% para 9%, o que facilitará a renegociação de dívidas de empresas e famílias e simultaneamente reduzirá a conta de juros no déficit público nominal, o que ajudaria a resolver parte do problema fiscal.
 
Outra ação recomendada é a desvalorização da taxa de câmbio. O grupo acredita que adotar, pelo menos, um câmbio de R$ 3,80, tornará as empresas mais competitivas e sugere que o governo utilize instrumentos como o IOF sobre entradas de capital e restrições no acesso ao mercado futuro para enfraquecer o Real.
 
Além disso, o documento ainda salienta que o papel do BNDES não deve ser “demonizado”, ainda mais em um momento em que as empresas não têm acesso a capital de giro e precisam retomar os investimentos. Nesse sentido, Lacerda afirma que a retomada acontecerá por meio das exportações e dos investimentos e, para isso, o Estado deve ser o indutor e os investimentos públicos precisam ser retomados.
 
Redução das despesas do governo
 
Para o think tank, o limite no crescimento da despesa precisa contemplar todo o gasto público, incluindo os juros. O governo deve continuar a cortar despesas e estudar medidas como a taxação de lucros e dividendos, heranças e grandes fortunas e o fim das desonerações previdenciárias para o agronegócio e instituições filantrópicas para abrir espaço nas contas públicas para a retomada dos investimentos públicos a um patamar da ordem de 2% do PIB a fim de induzir investimentos privados e possibilitar o crescimento da economia, condição essencial para aumentar a receita e eliminar, assim, o déficit público.
 

Redação

6 Comentários

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  1. Quando leio este “Tinques e Tanques” já me apavoro!

    Quando as pessoas começam abdicar de sua língua nativa, já vejo sacanagem por trás. “Tinques e Tanques” porra nenhuma, porque não Grupo de Estudo, Grupo de Análise e Proposição ou outras formas de chamar pessoas que estão estudando algo e a partir dos seus estudos estão fazendo propostas. 

    Simplesmente porque este tal de “Tinques e Tanques” escondem por trás da palavra um sentido que não me agrada. Se formos para a “maravilhosa” wikipedia ver a defnição que ela dá, que pode até não ser precisa, mas é assustadora.

    Think tanks são organizações ou instituições que atuam no campo dos grupos de interesse, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos, com vistas a influenciar transformações sociais, políticas, econômicas ou científicas sobretudo em assuntos sobre os quais pessoas comuns (leigos) não encontram facilmente base para análises de forma objetiva. Os think tanks podem ser independentes ou filiados a partidos políticosgovernos ou corporações privadas.

    Vamos traduzir para o português corrente, são organizações ou instituições, ou seja um pessoal que está organizado ou acobertado por uma dada instituição que em 99% dos casos não se sabe  os objetivos destas instituições.

    Difundem conhecimentos sobre assuntos estratégicos. Piorou ainda mais, pois a palavra estratégia no passado era utilizada pelos exércitos, ou seja, a montagem de uma estratégia para ferrar o inimigo, ou seja, uma estratégia sempre subentente um ardil, um contorno, uma mistificação ou usualmente uma sacanagem de um grupo para ferrar outro.

    Agora que conhecimentos são estes? Vão mostrar da onde eles saíram? Como foram tratados? Ou se não vão usar a falácia da autoridade (em latim fica mais forte e mais bonito argumentum magister dixit)? Ou vão mostrar suas hipóteses, suas condições iniciais e seus modelos? Claro que não, vão simplesmente dizer que todos vocês são ignorantes e devem respeitar o que falamos, esquecendo que qualquer uma das condições citadas (hipóteses, condições iniciais e modelos) dão soluções diferentes e algumas vezes antagônicas.

    O objetivo é claro na definição da Wikipedia. É te tomar por imbecil ou completamente leigo sobre o assunto (como economistas especialistas não vivessem fazendo mais merda do que se seguissem muitas vezes o bom senso e rudimentos não se tivessem outras conclusões). Isto é a DITADURA DO SABER INEXISTENTE.

    A última parte da definição é a mais importante, os “Tinques e Tanques” PODEM ser politicamente independentes a partidos, PODEM ser independentes a governos e PODEM ser independentes a corporações privadas, mais uma coisa é certa JAMAIS SÃO INDEPENDENTES DE UMA IDEOLOGIA.

    1.  
       
      Ótima caqueirada

       

       

      Ótima caqueirada RDMAESTRI desferiste no cucuruto desses bostas!

      Neste bando de “Tinques e Tanques*” teria sido aproveitado, ao menos um, daqueles talentosos gênios economistas ocultos, que projetaram a fabulosa “Ponte para o Futuro.” Ponte de merda, que ao cabo, revelou-se uma precária pinguela. Imprestável até para o FHC atravessar o córrego de esgoto a céu aberto do governo temer & quadrilha.

      Orlando

      * “Tinques e Tanques”

      NA VERDADE, ESTES “EXPERTS,” NÃO PASSAM DE SERVIÇAIS DE LUXO DA CASA-GRANDE, CULTIVAM A PABULAGEM EM LÍNGUA ESTRANGEIRA,TENTANDO REPRODUZIR COSTUME DA PROVINCIA QUANDO SENHORZINHOS RETORNADOS DA EUROPA COM ANEL DE DOUTOR NO DEDO, E, FALANDO ESQUISITO, PRA IMPRESSIONAR PAINHO, O IGNORANTE CORONEL

       

  2. Pois é, RDmaestri …

    baita coisa purgante, né? Grupo de Estudo e pronto, catso! O cara vê a palavrinha escrita  e fica intimidado de ler … Quanto ao grupo de estudiosos do tema, Maestri ó, qq coisa que se faça para fazer esse “moinho rodar” novamente eu aplaudo. Pq Lula só em 2018, depois de muita briga! abs

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