Para Macron, acordo UE-Mercosul depende de Acordo Climático

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Emmanuel Macron, presidente da França, ontem, dia 29, disse que seu governo apoiar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul dependerá da posição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre o Acordo Climático de Paris.

Macron disse que não se pode pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológico e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. ‘Queremos acordos equilibrados’, disse Macron, sem citar, no entanto, as declarações contra o Acordo de Paris feitas por Bolsonaro.

As afirmações foram feitas em entrevista coletiva conjunta com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, com o qual Macron se reuniu dois dias antes do início da Cúpula dos Líderes do G20, grupo que congrega as maiores economias mundiais.

O Mercosul – que une Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com Venezuela temporariamente suspensa – e a UE negociam o acordo baseados em três pontos: diálogo político, a cooperação e o livre-comércio. E isso há quase vinte anos.

Macron afirmou que pretende avançar nas relações com a Argentina, e elogiou Macri por seguir um ‘rumo claro’. Ressaltou, ainda, que a França apoiou o pedido de empréstimo da Argentina ao Fundo Monetário Internacional (FMI), de US$ 57 bilhões, após a grave crise cambial que acometeu o país.

Disse também que pretende criar um fórum econômico bilateral entre França e Argentina, para que empresas de médio porte dos dois países façam mais investimentos cruzados em setores como inovação e turismo.

O presidente francês ainda indicou que, sobre a cúpula do G20, que triunfe o espírito de ‘diálogo e cooperação’. Destacou que tem uma relação ‘fácil e fluente’ com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em temas como segurança e luta contra o terrorismo, mas admitiu a presença de ‘desacordos’ nas discussões sobre comércio e clima.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. A indigente burguesia brasileira não entende quanto ela é ……

    A indigente burguesia brasileira não entende quanto ela é ignorante e ridícula.

    Há poucos meses a Europa assinou um acordo de livre comércio com o Canadá, dezenas de restrições ambientais, de uso de agrotóxicos e mais outras barreiras não alfandegárias foram deixadas de lado pela Comunidade Europeia no fechamento deste acordo, Emanuel Macron, presidente da França ignorou a grita dos ecologistas franceses como de parte da oposição a esquerda, mas com toda uma gritaria o tratado passou.

    Agora quando chegou o momento de assinatura de um tratado com o Mercosul, Macron que anda com a popularidade começando a se aproximar com a de Temer, cantou de galo (o símbolo da França) e exigiu que para o seguimento de negociações o Brasil seguisse os acordos sobre o clima.

    Se a exigência de cláusulas não econômicas de conservação da natureza, da biodiversidade e de mais outros motivos nobres fosse uma constância nas ações da Comunidade Europeia e na França, todos nós deveríamos servir de claque ao presidente francês e conseguir alguma popularidade para ele que no momento está precisando um ponto que seja.

    O rigor das cláusulas ambientais contra o Brasil, é semelhante ao rigor da justiça brasileira quando trata de corrupção, ela só vê de forma inclemente os problemas do PT, sendo que a maioria sem provas e sem documentos, mas com muita convicção, isto tanto para os com alguns indícios como para outros completamente imaginários. Esta mesma justiça quando trata do PSDB, deixa passar não indícios ou suspeitas, mas casos em que há “recibos” sob a forma de extratos de contas enviados a partir do exterior e mandados por diligentes promotores europeus para a justiça brasileira, mas estes são olimpicamente ignorados.

    A nossa indigente e ignorante burguesia brasileira, não entende que o mesmo critério de dois pesos para duas medidas que é empregado pela justiça brasileira quando julga PT e PSDB, é utilizado para os países Imperialistas quando julgam problemas ambientais de países como o Canadá e o Brasil.

    Como para os membros da elite Imperialista mundial há repúblicas bananeiras e países a serem respeitados, há nas negociações internacionais a mesma divisão que a justiça brasileira faz com o PT e PSDB, ou seja os chinelões que não possuem no momento nenhum pudor de se baixar aos poderosos internacionais curvando-se de tal forma que mostram a bunda para os oprimidos nacionais, e há os países respeitados.

    Poderia até imaginar que o macaquinho brasileiro, que com sua rede de lojas se acha no direito de humilhar seus empregados, jamais será convidado para um jantar informal com algum grande imperialista, pois na verdade além de não saberia quais garfos e facas que utilizaria, ele também se comportaria da mesma forma ridícula que grava seus vídeos para o YouTube.

    Esta mesma indigente classe e ignorante classe burguesa brasileira, representada pelo caso acima, não entende que os deferimentos e rapapés do  Imperialismo vale só para quem é do Império.

     

  2. De qualquer modo (razões

    De qualquer modo (razões políticas francesas à parte… em parte), o Boça vai  sentir na carne que ser o Trump e ser dos Estados Unidos, confrontado com um trumpismo de empregado latino-americano, tem grande diferença. 

    Isto também é ser puxa-saco, perguntam as pedras. 

  3. Fomenta mais uma firula à (moda) francesa

    Desde a segunda metade da década de 1990, o Mercosul e a União Europeia tentam engendrar um acordo comercial para dinamizar as relações econômicas. Em grande medida, a França – juntamente com a Irlanda – sempre foi aquele que mais tem se mostrado reticente em dar cabo às negociações, face à necessidade de relevar os interesses de seu protegidíssimos setor agrícola. “Ah, mas os subsídios agrícolas drenam maior parte do orçamento da comunidade”. Não importa.

    Sabe-se que o NENHUM, NENHUM candidato à presidencia francesa ganha uma eleição caso não faça o corpo a corpo nas feiras agrícolas do interior. Não, não é o grand monde parisiense, não é a elite financeiro-empresaril de La Defense que ganha; é o agricultor de Saint-Nazaire quem fecha as eleições.

    Macron não é nenhum bobo. Esperto como é, pegou a deixa da crítica de Bolsonaro ao Acordo de Paris para formatar mais um uma desculpazinha, mais uma firula à francesa para dar continuidade à postura usual de enrolation nas negociações Mercosul-UE. Assim, tenta fazer um agrado ao meio rural francês em meio às sufocantes manifestações nas grandes cidades tomadas pelos jaquetas-amerela.

     

     

    1. Eden SP : PERFEITO !!!!!!!!

      Muito papo furado. E grande pare do Brasileiros e suas Elites e pseudo Intelectuais cobram estas falácias. Macro é outra Primeira Ministra da Noruega que vem esfregar na cara dos Brasileiros e suas Autoridades, que doa dinheiro para “salvar a Amazônia” enquamto faz aquelas monstruosidades com População, Território e Meio Ambiente de Barcarena / PA. Que fica no meio da Amazônia. ‘Conheceis a Verdade. E a Verdade Vos Libertará’.  

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