Para Marina, crise de Dilma é fruto da distribuição de “pedaços do Estado” a aliados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A ex-presidenciável do PSB Marina Silva criticou, na noite de quinta-feira (23), durante evento em São Paulo, a postura da parcela da sociedade que culpa exclusivamente Dilma Rousseff pela corrupção. Segundo informações da Agência Estado, Marina destacou a importância de a população sair da posição de “espectadora da democracia” para ser autora do processo democrático. “Aqui no Brasil está todo mundo feliz de dizer que a culpada pela corrupção é a Dilma. Quando a corrupção virar um problema nosso, criaremos instituições para coibi-la”, disse a ex-ministra.

Para Marina, “não é sustentável acharmos que a corrupção é o problema de uma pessoa, de um grupo ou de um partido.” Ela argumentou que o Brasil só saiu da ditadura quando percebeu que era um problema que deveria ser debatido pela sociedade, e não apenas por militares. “Enquanto a ditadura era um problema apenas dos militares, a coisa era feia.”

Na visão da ex-petista, a crise política que o governo Dilma enfrenta hoje “é resultado do que é esse presidencialismo que era de coalizão e que, agora, virou um verdadeiro presidencialismo de confusão”, disparou.

“A composição do governo, com raras exceções, tanto para a formação dos ministérios quanto para constituir maioria no Congresso não é feita em cima de um programa e, ao não ser feito em cima de um programa, mas da distribuição de pedaços do Estado para atender interesses de grupos ou indivíduos, dá no que está dando agora”, acrescentou.

Por fim, Marina disse que é natural que a popularidade de Dilma esteja em baixa e que ela tenha dificuldade de encontrar apoio mesmo entre seu eleitorado. “Não se sacrifica o destino de uma nação para ganhar uma eleição”, afirmou. “As pessoas se elegem com uma promessa e, em seguida, mudam o que prometeram da água paro vinho. É claro que há uma insatisfação da sociedade.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. Como estaria o País se a

    Como estaria o País se a Osmarina tivesse ganhado a eleição? Não creio que estaria melhor, creio mesmo que estaria bem pior. Ela critica a Dilma dizendo que se elegeu com uma promessa e depois mudou se esquecendo que ela, Osmarina, mudou mesmo durante o processo eletivo depois que recebeu um pito do Malafaia. Osmarina, é muito fácil ser estilingue, mas você como vidraça já estaria toda estilhaçada.

      1. Pois então Óneide ou Aliança,

        Pois então Óneide ou Aliança, já que você não tem certeza da sua identidade, eu tenho certeza de que estamos fazendo um Brasil melhor para todos. Você vê como avançamos, nas crises do FHC o povo reclamava era de fome mesmo, hoje vocês reclamam das mordomias que estão com medo de perder, ar condicionado, carro, etc., não estamos tão mal como vocês querem fazer parecer, não se preocupe que logo, logo, vocês voltam a curtir Miami e a gastar dinheiro em quinquilharias que   a d o r a m. Troll abestalhado!

        1. O POvo reclam e dos 55 mil

          O POvo reclam e dos 55 mil assassinatos por ano, das misérias mesmo.

          Vocês defensores do governo replicam N mentiras por um projeto de poder de partido e pessoal ,

          P Brasil esta em ultimo lugar nas suas prioridades.

  2. Essa aí perdeu a chance de se

    Essa aí perdeu a chance de se apresentar para uma terceira via quando se aliou a os tucanos em SP e ao Aécio no segundo turno, se portando exatamente como o que critica.

    Ou por acaso essas alianças foram por afinidades de programa? Tipo: ela, uma ambientalista, dando apoio ao governo que em 20 anos fez tanto pelo agora maravilhoso rio Tietê, exemplo de área de lazer, transportes e fornecimento de água para a população de tucanópolis?

    E fala em corrupção sem dar um pio sobre mensalão tucano, trensalão, helicópteros, etc…

    Pior que corruptos são indignados seletivos. Ao menos para mim.

  3. De novo essa história, de que

    De novo essa história, de que Marina não iria oferecer cargos aos aliados e só governaria com os “bons”? Essa piada já não ficou velha demais?

  4. Lembrou me do escaaaaaandalo

    Lembrou me do escaaaaaandalo nacional do pastor que se envolveu com sua secretaria aqui, nos anos 80.  Ela virou ex-secretaria permanentemente -posou pra Playboy, claro, mas foi so isso de emprego que ela conseguiu depois da tentativa de extorsao (ou o que quer que tenha sido).

    Marina, a ministra petista por carreira, depois de um subito, genial flash em sua mente, virou ex ministra ex petista.  Permanentemente.

    Esperando a Playboy anunciar alguma coisa qualquer minuto agora.  Porque EMPREGO Marina nao vai ter nunca mais e sabe disso.

    1. Ivan, a alternativa ao Pt (

      Ivan, a alternativa ao Pt ( tornar palatávele uma convivência democrática viável), creio não haver mais possibilidade . E eu não farei um mínimo esforço para que isso aconteça .

      Talvez no fundo do poço, o caos absoluto consigamos encontrar uma poderosa luz .

      Saudaç~~oes !!

       

  5. Adoraria que a Marina fosse uma alternativa real

    ao PT e ao PSDB, mas a verdade é que a combinação itaú+turma do Lara Rezende+religião não dá para encarar, acho que teria sido pior até que essa merda de governo que a Dilma resolveu fazer depois de ter ganhado a eleição. Se eu soubesse que a eleição era entre o candidato do itaú, o do bradesco e o do discípulo do george soros, teria votado em branco.

  6. A Marina ia distribuir o

    A Marina ia distribuir o Estado com o Itau e a Natura ou com o dono oculto do jatinho, ou pulando do PT pro PSB ou pro PV, ou, ainda, se aproximando do Aécio e do PSDB?  E o Al Gore?  E as ONGS estrangeiras?

    1. Imaginação

      Essas perguntas são fruto de uma imaginação fértil e delirante. Mas é preferível esta visão esquizofrênica do que a dura e cruel realidade de um governo que se diz da classe trabalhadora, mas suas medidas só nos atingem.

  7. Marina merece muito respeito.

    É muito provável que Dilma tenha se sentido honrada em tê-la como adversária (o jogo nada limpo da campanha eleitoral cola: é nossa realidade, e, pelo visto, vamos demorar muito nesses maniqueismos, nessas tão fáceis manipulações, nessas torcidas tipo Fla X Flu). Comentários que vierem (e se vierem) são por demais previsíveis.

  8. Marina oportunista (outra vez)

    Esquece, que se tivesse vencido também teria que governar com as forças majoritárias. Lula tentou sem e quase foi derrubado em 2005, não fosse PR e PMDB.

    A coalizão é absolutamente necessaria num espectro de mais de 30 partidos, o financiamento é privado e em que os eleitores não votam por ideologia ou inteligentemente, mas por interesses e simpatia. Não se concebe, como é comum, alguém votar em Dima para Presidente e no PSDB, DEM, PPS et caterva para o legislativo.

    O problema do Governo Dilma é a mudança na composição do Congresso… A base aliada diminiu de 35 a 40 % a adesão ao governo, sem falar que PSB e parcelas do PR pularam fora.

    Vai ser dificil a travessia. Os tubarões tem uma fome insaciável e cada vez maior…

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