Petrobras: Graça Foster e cinco diretores renunciam ao cargo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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A presidenta da Petrobras, Graça Foster, e os diretores da empresa apresentam demonstrações contábeis do 3 trimestre de 2014 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Conselho de Administração da Petrobras vai definir os novos executivos que ficarão no comando da companhia – Fernando Frazão/Agência Brasil

A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, e cinco diretores da empresa renunciaram ao cargo hoje (4). O Conselho de Administração da companhia se reúne na próxima sexta-feira para a escolha dos novos executivos que ficarão no comando da companhia.

A informação foi confirmada pela Bovespa em comunicado ao mercado. Na solicitação, a Bovespa pede esclarecimentos à Petrobras sobre notícias publicadas na imprensa sobre o fato de que o Palácio do Planalto já havia informado à presidenta da Petrobras, Graça Foster, de que ela seria substituída no cargo.

“Solicitamos esclarecimentos, o mais breve possível, considerando o comportamento das ações no pregão de hoje, diante das informações do afastamento da cúpula da Petrobras”, diz o pedido da Bovespa.

Diante disso, a Petrobras informou, em nota, à Bolsa de Valores de São Paulo: “Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

52 Comentários

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  1. Nada de errado em trocar a

    Nada de errado em trocar a Diretoria da Petrobras.

    Novos nomes poderão trabalhar melhor, sem a atual pressão do mercado.

     

  2. Nossa!!! Agora fiquei

    Nossa!!! Agora fiquei comovida com a presteza com que a CVM se manifestou, diante de movimentação estranha na bolsa de SP. E eu imaginava que ela tinha se aut-destruído….

  3. Sei que sou chato, mas vou repetir:

    se lá aparecerem Meirelles ou Agnelli, pulo fora do barco Dilma II na hora.

    Ambos Meirelles e Agnelli tiveram chances inacreditáveis de estar no lugar certo na hora certa  (o 1º num banco americano na hora da decolagem do financiamento via leasing, depois na presidência do BACEN na hora do hiperciclo das commodities, o 2º no leme da maior mineradora de ferro do mundo na hora de um hiperciclo altista do minério de ferro) quando confundiram as circunstancias com seus talentos respectivos, e a custo de gastos inacreditáveis em “assessoria de imprensa” paga pelos acionistas ou os impostos do povo.

    O 1º na presidência do BACEN não quis ou não pude entender a importância da taxa de cambio no desenvolvimento de um pais, perdendo duas oportunidades históricas em meados de  2003 e em outubro 2008. Erros imperdoáveis.

    O 2º lançou a Vale, uma empresa  50 vezes menos complexa que a Petrobras (quem conhece mineração a céu aberto e prospecção-produção em alto mar vai entender), em aventuras absurdas que a atual diretoria da Vale, com o grande Murilo Ferreira na frente, ainda tem que limpar.

    Ter um ou dois dele na diretoria da Petrobras será o fim.

    A única vantagem para mim será de não ter mais que defender a Dilma no meio dos tucanos histéricos em Higienópolis e nos Jardins de Sampa.

     

  4. Graça não renunciou– ficou

    Graça não renunciou– ficou até o último segundo, que tara pelo poder.

                  Foi renunciada, E tampouco teve a grandeza de Mantega que ficou meses mesmo demitido.

                  Eu sempre poupei Graça.Mas a partir dessa atutude anti Brasil e desreipetuosa com sua chefe Dilma que a segurou enquanto foi até impossível segura-la, eu quero saber o porque Graça

                 ” Doou” aptos pros seus filhos durante a operação Lava Jato,

                      Medo de que, posto que ela é honesta? Ou não?

                       Que a Maga Patológica se explique na C P I  que virá.

  5. Graça Foster

    Inegável a roubalheira na Petrobrás.

    Inegável a leniência de sua cúpula a respeito.

    Tem mais é que sair mesmo.

    O problema é quem colocarão lá, mais um Levy, uma Abreu, um Mangabeira? Apavorantes perspectivas.

    1. Até onde sei, se houve

      Até onde sei, se houve leniência de cúpula com roubalheira não foi da diretoria que renunciou hoje. Até prova em contrário, os fatos aconteceram antes da presidência da Foster. Que a meu ver errou quando aceitou o cargo sem poder para escancarar a esculhambação pré-existente. Politicagens ? Paulo Roberto Costa saiu elogiado pelo Conselho . Alguns vêm entrevistas de Gabrielli como defesa da Petrobrás…

      De todo modo, admirável atitude da diretoria. Sangrar até o final do mes enquanto o governo se digna a escolher novos diretores ? Tem dó, nem todos têm vocação para Guido Mantega. Melhor irem aproveitar o carnaval.

      1. Nao é o que pensa Luciana Genro nao, Nira

        Que já clamou pelo afastamento de Graça. Sem um pingo de indicaçao de culpa. Mas, para bater no PT, tudo serve… 

        1. Anarquista, Luciana Genro e a

          Anarquista, Luciana Genro e a torcida do Flamengo ( ainda bem que sou vascaína ) clamaram pela saída da Foster. A Luciana, pelo menos, serve para irritar o Levy Fidelis .

          1. Folclore é coisa séria.

            Folclore é coisa séria. Divertido é lembrar logo de Luciana Genro e sua enorme influência ( ? ) quando todos os lados, por evidente oportunismo ,na ânsia de agradar ao tal mercado,  torciam pela saída da atual diretoria .

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

          2. Era uma resposta a você…

            Por isso marquei o contraste entre o que você diz agora (quando a Dilma demitiu a Graça) com o que a Luciana disse quando a Dilma nao demitiu a Graça. Ou seja, para psolistas, o importante é bater no PT. Se tem cao, por ter cao, se nao tem cao, por nao ter cao. Foi completamente motivada a escolha da Luciana. 

          3. Sei la’, se seu problema é

            Sei la’, se seu problema é com Psol e psolistas ( é assim ? ) então não acertou minha caixinha. Fico mais aliviada, enfim.

            Boa noite.

          4. Bom, tá certo…

            Mas se nao é, parece bem… O que é seu direito, claro. Nao gosto do jogo que o PSOL faz, mas nem por isso demonizo os psolistas sempre. Às vezes sim… Quando merecem, rs. Mas os defendo também. Simpatizo com Wyllis. E com Freixo, em quem já votei, e que agiu muito corretamente no segundo turno das eleiçoes. 

  6. Vão trocar a corrupção de hoje, pela corrupção de amanhã.

    A substituição seguirá o pragmatismo de apaziguar a base “aliada”. Podem esperar que o cunha vai colocar apaniguados lá. O pt está pronto para aceitar isso, com seu atual bordão: “senão dá impeachment”. É o medo que venceu toda esperança. Quem com porcos vive, deita-se na lama, depois não venham reclamar sobre as corrupções denunciadas. Quem nomeia corrupto, safado também é.

  7. No Tijolaço o Brito acha que

    No Tijolaço o Brito acha que a Dilma demitiu na hora errada. Mas pergunto quando seria a hora certa. É evidente que a opção por uma presidência “técnica” não deu certo, e teria que haver a troca.

    A maneira com menos desgaste seria se a Dilma fizesse todas as modificações em seu governo ao mesmo tempo. Saía Mantega, Graça e o que não saiu, o Cardozo, o que diliuiria o “problema Graça Foster”. Mas Dilma não o fêz

    Pelo menos ela saiu antes que o pig descobrisse o envolvimento do padrinho da prima de seu marido no Lava Jato. Agora, se for o Meirelles o escolihido é para “acalmar o mercado” e o pig, certo? Mas por acaso eles vão “se acalmar” enquanto não entregarem o pré-sal para a Chevron? É a pergunta que fica, e que eu mesmo respondo, não. A artilharia vai continuar, só que poupando o Meirelles, tipo “é nada pessoal”

  8. Nas especulações de nomes só

    Nas especulações de nomes só faltou o Bozó. Nomes que consertaram supermercados não tem nada a ver com a complexidade e peso estrategico-politico da Petrobrás. Só por acaso e sorte sairão nomes adequados.

    É delirio achar que a gestão de uma empresa dessa mega importancia possa ser apenas “”professional””. É um cargo que tem dimensão politica e estrategica, não servem gerentes arrumadores adequados para fabricas de salchichas,

    a empresa é uma especie de eixo da economia brasileira e não vai perder essa caracteristica com nova diretoria.

    Um tipo de solução “Meirelles” vai funcionar apenas como moldura, não é do ramo de petroleo,  todas as “majors”

    de petroleo tem CEOs que fizeram toda sua carreira no setor petroleo, que é uma AREA MUITO ESPECIALIZADA, não é para executivo “faz tudo”, “pau pra toda obra”, não dá para aprender tudo em dois meses, know how é fundamental.

    Uma coisa certa é que empresa de petroleo corre sempre muitos riscos, é da natureza do ramo, não tem nada a ver com banco, é o anti-banco, a cabeça de um petroleiro é a de um aventureiro nato porque petroleo é sempre uma aventura,

    pode-se perfurar e não achar nada, dai se parte para outra perfuração, quem não tem essa alma não pode trabalhar com petroleo. A Exxon teve mega problemas no Alaska, a BP teve que pagar compensações de 18 bilhões de dolares no Golfo do Mexico, todas as majors sofreram nacionalizações, sabotagens, rompimento de concretos, é um ramo para nervos de

    aço e pé na lama, petroleo é um mixto de mineração, industria, tecnologia, transporte, logistica, não é para executivo monotrilho ou com uma receita só para consertar empresas, desses que cortam o cafezinho para fazer economia.

     

     

        1. Eita oposiçao por oposiçao, sem cuidado com a verdade…

          Sobre Graça Foster, na Wikipédia 

          Formada em Engenharia química pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1978mestre emEngenharia de Fluidos e pós-graduação em engenharia nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Cursou também o MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV/RJ). 

          Entrou na Petrobras como estagiária, aos 24 anos.

          a

          Ou seja, com formaçao especializada em assuntos ligados a petróleo e na Petrobrás há séculos… Isso nao é ser da área de petróleo? Nao é o que pensa a sociedade internacional que recentemente a premiou (nao estou dando mais detalhes porque nao encontrei a informaçao na Wikipédia, e no Google os primeiros resultados sao sobre a demissao). 

           

          1. Eita digo eu, é óbvio que a

            Eita digo eu, é óbvio que a Graça Foster está fora do caso, a carreira dela é mais que conhecida e reconhecida. A resposta era ao comentário anterior, que pedia nome ligado à área de petróleo antes de 2002. Depois de 2002, fora da Foster, é claro, só o Dutra. Nào me consta que o Gabrielli fosse da área de petróleo antes de financeiro e presidente da Petrobrás.

            E complementando, apesar de não me achar dona da verdade, tenho sim compromisso com ela. Cada uma .

          2. Ou seja, depois de 2002, de 3 presidentes, 2 eram da área

            O que torna o seu comentário anterior completamente sem sentido… Mas para bater no PT tudo serve, né/ 

          3. Tem jeito não. Quem está

            Tem jeito não. Quem está batendo no PT, meus santos ? Anarquista, entrei nesse post apenas para externar solidariedade – e ela nem precisa disso – a uma profissional séria que foi envolvida num imbroglio que não foi ela que armou. E que, se quisermos ser dramáticos, foi praticamente imolada num mafuá de baixa política.

            Já li comentário de auto intitulado petista, aqui no blog, dizendo que em recente entrevista Gabrielli mostrou que, ao contrário de Graça Foster, defendia a Petrobrás. Pena que não soube defender tão bem quando dirigia a empresa e isso tudo aconteceu. Mas é paulada na Foster e no máximo silêncio obsequioso com a diretoria anterior.

             

             

             

             

          4. Provoquei vc contrastando seu comentário com o da Luciana Genro

            Que ao que parece nao concorda com você sobre a Graça. OU… Para bater no PT tudo vale. Bate-se por ter cao (por Dilma nao ter demitido a Graça) e por nao ter (por Dilma ter demitido a Graça…)

    1. Discordo

       Caro AA, 

        Como deixaram rolar muito tempo uma diretoria fraca, em corner, composta de ” petroleiros” , associada a um Conselho de Administração eminentemente politico, e amorfo, o momento dos ” petroleiros ” já passou, alem do que os problemas graves da PBR, não estão em areas de engenharia, produção, exploração ou técnicas, mas na gestão administrativa, financeira e contabil – de “compliance ” nem comento sobre algo que inexistiu nesta empresa.

         Agora é a hora para uma diretoria de “peso”, de um Conselho idem, com transito comprovado e experiência, em reestruturação financeira, que possua cabedal para discutir com a Price, Deolitte e BNP Paribas, com a CVM e a SEC, até com a possibilidade, nefasta, de ter que convencer aos acionistas do cancelamento, ou suspensão temporaria, mas cumulativa, do pagamento de dividendos, negociar com os detentores de bonus, a reavaliação destes ativos, até mesmo uma troca destes papéis.

          Cortes: Este papo de “cortar até no cafézinho” é meio que ridiculo, mas urge que a próxima diretoria separe os ativos bons, dos ativos contaminados, reduza o plano de investimentos, até mesmo cortanto inciativas ainda em planejamento, e reduzindo o fluxo para os já iniciados que não tenham horizonte de breve retorno, segurar a prospecção, exploração e até a produção, não seria má idéia – todas as petroleiras fizeram e estão fazendo isto ( a ExxonMobil em seu balanço do ultimo trimestre 2014, reduziu fortemente estas despesas em até 14%, aumentando seu lucro liquido em até 6,00 % no trimestre, ofertando um lucro por ação de 11,0%, quando comparado a 2013), Chevron e BP, seguiram por caminhos semelhantes.

            Trata-se de uma operação de guerra, de controle de danos e perdas, com horizonte de resolução muito curto, pois até março, no maximo abril, um balanço auditado, deverá ser apresentado, caso contrario todos os bonus lançados pela PBR no mercado, alguns com vencimento até em 2020, podem ser liquidados antecipadamente, e a empresa cair em default.

             O governo foi lento, burro – não montou um gabinete de crise no ano passado –  continua lento e burro, ao substituir uma diretoria, sem ter outra já a mão, pronta para assumir, tendo que dar garantias – não totalmente firmes – através de estudos da AGU, que os futuros diretores não serão envolvidos em inquéritos da Lava – Jato.

    2. Besteira

      E além de ser besteira é mentira.

      O Helge Lund da Statoil nem sabia o que era pretróleo quando assumiu a companhia depois dos escândalos de corrupção, deixou todos os noruegueses milionários.

      O Miller da Gazprom nunca tinha trabalhado com petróleo, e o Peter Voser da Shell veio da Brown Bovery e depois da Roche, nada de petróleo.

      CEO não tem que entender do métier da companhia, até é bom que não entenda.

      1. REX TILLERSON – CEO da Exxon,

        REX TILLERSON – CEO da Exxon, 34 anos de carreira na Exxon, engenheiro de petroleo.

        BEN VAN BEURDEN – CEO da Royal Dutch Shell, 33 anos de carreira na Shell, fisico

        CLAUDIO DESCANZI, CEO da ENI, 33 anos de empresa, engenheiro e fisico

         

        Essa é a regra, quais as exceções?

        1. KKKKKKKK

          Os teus tres exemplos são a regra, os meus tres são as excessões, é isso mesmo ?

          E onde fica a tua pomposa e categórica afirmação”todas as majors”.

          Você é uma piada.

  9. Cumpriu seu papel de destruir

    Cumpriu seu papel de destruir a empresa, criar o caos para a entrega aos “home de mercado”, que virão com a grande solução de entregar a exploração de petróleo a quem sabe.

  10. Lamentável perder Graça

    Lamentável perder Graça Foster na gerência da Petrobras. Graca mostrou competência dedicacao  e desprendimento, com excelents resultados operacionais.

  11. FUP: Punir corruptos, mas sem destruir a Petrobras

    Petroleiros: Punir corruptos, mas sem destruir a Petrobras

    publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 11:03

    Petrobras-001

    DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL

    via Conversa Afiada

    Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição dos culpados.

    É urgente denunciar, no entanto, que esta ação tem servido a uma campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior à dos desvios investigados.

    A Petrobrás tem sido alvo de um bombardeio de notícias sem adequada verificação, muitas vezes falsas, com impacto sobre seus negócios, sua credibilidade e sua cotação em bolsa. É um ataque sistemático que, ao invés de esclarecer, lança indiscriminadamente a suspeita sobre a empresa, seus contratos e seus 86 mil trabalhadores dedicados e honestos.

    Assistimos à repetição do pré-julgamento midiático que dispensa a prova, suprime o contraditório, tortura a jurisprudência e busca constranger os tribunais. Esse método essencialmente antidemocrático ameaça, hoje, a Petrobrás e suas fornecedoras, penalizadas na prática, enquanto empresas produtivas, por desvios atribuídos a pessoas físicas.

    Ao mesmo tempo, o devido processo legal vem dando lugar ao tráfico seletivo de denúncias, ofensivo à consciência jurídica brasileira, num ambiente de obscuridade processual que propicia a coação e até o comércio de testemunhos com recompensa financeira. Na aparente busca por eficácia, empregam-se métodos que podem – isto, sim – levar à nulidade processual e ao triunfo da impunidade.

    E tudo isso ocorre em meio a tremendas oscilações no mercado global de energia, num contexto geopolítico que afeta as economias emergentes, o Brasil, o Pré-Sal e a nossa Petrobrás.

    Não vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o julgamento e a punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser ingênuos nessa hora: há poderosos interesses contrariados pelo crescimento da Petrobrás, ávidos por se apossar da empresa, de seu mercado, suas encomendas e das imensas jazidas de petróleo e gás do Brasil.

    Historicamente, tais interesses encontram porta-vozes influentes na mídia e nas instituições. A Petrobrás já nasceu sob o ataque de “inimigos externos e predadores internos”, como destacou a presidenta Dilma Rousseff. Contra a criação da empresa, em 1953, chegaram a afirmar que não havia petróleo no Brasil. São os mesmos que sabotaram a Petrobrás para tentar privatizá-la, no governo do PSDB, e que combateram a legislação do Pré-Sal.

    Os objetivos desses setores são bem claros:

    – Imobilizar a Petrobrás e depreciar a empresa para facilitar sua captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros;

    – Fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás e a política de conteúdo local; favorecendo fornecedores estrangeiros;

    – Revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal.

    Para alcançar seu intento, os predadores apresentam a Petrobrás como uma empresa arruinada, o que está longe da verdade, e escondem do público os êxitos operacionais. Por isso é essencial divulgar o que de fato aconteceu na Petrobrás em 2014:

    – A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior);

    – O Pré-Sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia;

    – A produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros cúbicos/dia;

    – A capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil barris/dia, com a operação de quatro novas unidades;

    – A produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu 17%, para 1,3 bilhão de litros.

    E, para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobrás tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso).

    O crescente sucesso operacional da Petrobrás traduz a realidade de uma empresa capaz de enfrentar e superar seus problemas, e que continua sendo motivo de orgulho dos brasileiros.

    Os inimigos da Petrobrás também omitem o fato que está na raiz da atual vulnerabilidade da empresa à especulação de mercado: a venda, a preço vil, de 108 milhões de ações da estatal na Bolsa de Nova Iorque, em agosto de 2000, pelo governo do PSDB.

    Aquela operação de lesa-pátria reduziu de 62% para 32% a participação da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa aos interesses de investidores estrangeiros sem compromisso com os objetivos nacionais. Mais grave ainda: abriu mão da soberania nacional sobre nossa empresa estratégica, que ficou subordinada a agências reguladoras estrangeiras.

    Os últimos 12 anos foram de recuperação e fortalecimento da empresa. O País voltou a investir em pesquisa e a construir gasodutos e refinarias. Alcançamos a autossuficiência, descobrimos e exploramos o Pré-Sal, recuperamos para 49% o controle público sobre o capital social da Petrobrás.

    O valor de mercado da Petrobrás, que era de 15 bilhões de dólares em 2002, é hoje de 110 bilhões de dólares, apesar dos ataques especulativos. É a maior empresa da América Latina.

    A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de apenas 2% em 2000, hoje é de 13%. A indústria naval brasileira, que havia sido sucateada, emprega hoje 80 mil trabalhadores. Além dos trabalhadores da Petrobrás, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.

    É nos laboratórios da Petrobrás que se produz nosso mais avançado conhecimento científico e tecnológico. Os royalties do petróleo e o Fundo Social do Pré-Sal proporcionam aumento significativo do investimento em Educação e Saúde. Este é o papel insubstituível de uma empresa estratégica para o País.

    Por tudo isso, o esclarecimento dos fatos interessa, mais do que a ninguém, aos trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira, especialmente à parcela que vem conquistando uma vida mais digna.

    Os que sempre tentaram alienar o maior patrimônio nacional não têm autoridade política, administrativa, ética ou moral para falar em nome da Petrobrás.

    Cabe ao governo rechaçar com firmeza as investidas políticas e midiáticas desses setores, para preservar uma empresa e um setor que tanto contribuíram para a atração de investimentos e a geração de empregos nos últimos anos.

    A direção da Petrobrás não pode, nesse grave momento, vacilar diante de pressões indevidas, sujeitar-se à lógica dos interesses privados nem agir como refém de uma auditoria que representa objetivos conflitantes com os da empresa e do País.

    A investigação, o julgamento e a punição de corruptos e corruptores, doa a quem doer, não pode significar a paralisia da Petrobrás e do setor mais dinâmico da economia brasileira.

    É o povo brasileiro, mais uma vez, que defenderá a empresa construída por gerações, que tem a alma do Brasil e simboliza nossa capacidade de construir um projeto autônomo de Nação.

    Pela investigação transparente dos fatos, no Estado de Direito, sem dar trégua à impunidade;

    Pela garantia do acesso aos dados e esclarecimentos da Petrobrás nos meios de comunicação, isentos de manipulações;

    Pela garantia do sistema de partilha, do Fundo Social e do papel estratégico da Petrobrás na exploração do Pré-Sal;

    Pela preservação do setor nacional de Óleo e Gás e da Engenharia brasileira.

    Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas, nosso presente e nosso futuro.

    PS do Viomundo: Por favor​,​ enviem adesão, nome, entidade, cidade, para João ​M​oraes​, da direção da FUP, Federação Única dos Petroleiros:  [email protected]

  12. Amém Jesus!

    Leal, excelente caráter, Graça sofreu um desgaste desnecessário pela falta de capacidade decisória de Dilma. Ambas padecem do mesmo mal, são técnicas que carecem de estatura diplomática e política.

    Dilma ascendeu devido à vaidade de Lula, que poderia ter escolhido, dentro do PT, alguém com maior capacidade.

    E Graça padeceu,à toa, asumindo um cargo que não combinava com sua personalidade,, porque Dilma se achava no direito de escolher quem lhe dava na telha, sem examinar o perfil. Que agora seja deixada em paz, curtindo um merecido descanso.

    1. Pode até ser que nem Dilma

      Pode até ser que nem Dilma nem Graça Foster tenham aquela esperteza que tem o Lula, o Eduardo Cunha,o Alckimin, entre outros.  Mas isso para mim é um bom sinal, porque é essa esperteza que tem levado o país para o buraco. 

      Perfeito seria se políticos espertalhões fossem substituidos por técnicos e funcionários públicos de carreira, concursados,aprovados por competência e não por cotas.

      1. Desde o dia em que tu foster…

        O problema tanto da Foster quanto da Roussef é terem aquela mentalidade pequenininha de funcionário público, o povo do carimbo e da formalidade.

        O país precisa é de iniciativa privada.

  13. Contente, Nassif? Resultado q vc ajudou…

    Afastou-se uma diretora honesta e que está na origem da tentativa de limpeza dos ralos. Os ratos agradecem. 

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